O Homem que Eu Amo escrita por Angel_Nessa


Capítulo 6
O HOMEM QUE EU AMO - Parte V




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Naruto saiu para a missão me deixando a espera de seu beijo e de sua volta. Eu não quis que Naruto me beijasse antes de partir, porque não queria que aquele fosse nosso último beijo, eu não queria que aquele momento se convertesse em nossa despedida.


Assim como Naruto me pedira "aquela noite", eu lhe pedi que ele trouxesse de sua missão um beijo para mim. E eu esperaria por seu beijo, a cada noite sonharia com seu retorno trazendo em seus lábios um sorriso tão bobo tão típico dele.


Três dias seriam os dias da missão, três dias seriam os dias de minha espera.


Logo depois que Naruto saiu eu fui para o escritório de Tsunade-sama, precisava falar com minha sensei a respeito de toda aquela história que ele havia me contado.


Em passos leves eu me dirigi pelos corredores até parar em frente a porta que dava acesso a sua sala. Olhei para a fechadura e estiquei minhas mãos com cuidado para tocá-la; mal minha mão encostou no metal frio eu a tirei rapidamente e decidi bater na porta antes de entrar. A voz de Tsunade-sama muito pronto autorizou a minha entrada.


- Sakura o que faz aqui tão cedo? – perguntou ao ver-me entrando.


Percorri rapidamente o olhar pela sala e percebi que ela estava sozinha, Shizune não estava lá, então me senti a vontade para falar.


- Eu vim falar a respeito do Naruto.


Tsunade-sama apoiou os cotovelos na mesa e atou as mãos na altura dos olhos.


- Então, ele já te contou.


- Tsuname-sama, por favor, me diga que ele me mentiu.


Era tudo o que eu ânsia escutar naquele momento, que toda a história do selo ter ser rompido era mentira inventada para me machucar; porém não foi isso que eu ouvi dos lábios de Tsunade-sama.


- Se eu lhe dissesse que é mentira, seu coração ficaria mais calmo?


- Não – lhe respondi de pronto.


Meu coração não se acalmaria com uma mentira, no fundo eu queria saber a verdade, mesmo que essa verdade despedaçasse minha alma.


Tsunade-sama girou a cadeira em direção a janela e ficou fitando a paisagem de Konoha iluminada pelos primeiros raios de sol da manhã


- Todas as pessoas tem um fardo a carregar... o do Naruto é a kyuubi.... e o seu será de aprender a viver sem ele.


As palavras duras e verdadeiras de Tsunade-sama atravessaram minha alma e romperam meu coração; aquelas palavras tão sábias de quem sabe o que é perder um grande amor se transformaram em kunais que me atingiram sem chance de defesa. Viver sem o Naruto... Eu não queria, não queria mais sentir a dor de se perder quem se ama; eu já havia sofrido tanto quando Sasuke deixara Konoha, e agora Naruto seria quem sairia de minha vida... Eu não podia aceitar essa realidade.


- Não é assim – respondi depois de um longo período de silêncio – o meu caminho ninja é diferente.


Sai do escritório de Tsunade-sama sem esperar por uma resposta por parte de minha sensei. Em passos firmes andei pelos corredores que me conduziriam à saída daquele lugar, em meu coração, eu levava o desejo de trilhar um caminho diferente.


Naruto me ensinou que sempre havia um caminho o qual nós mesmos podíamos construir, um caminho tão  próprio nosso que todos os obstáculos podiam ser superados desde que sempre levássemos em nossos pés calçados e em  nossos corações as defesas necessárias para  a enfrentar qualquer desafio. Eu acharia o meu caminho para sair dessa situação, eu o trilharia sem medo e conduziria Naruto junto comigo; eu só não sabia como encontrar a entrada desse caminho.


Decidi me afastar para encontrar esse caminho. Afastei-me de todos naquele dia, e me escondi em meio à floresta da morte; um nome tão apavorante para uma floresta que não mais me assustada, porque eu havia aprendido que há coisas na vida que podem ser mais apavorantes do que a morte... De certo, viver é mais apavorante que a morte.


Sentada em meio aos galhos das árvores com a cabeça encostada no tronco da árvore e as pernas balançando de maneira quase que coordenada eu fiquei olhando para o interior da floresta e deixei meus pensamentos voarem livre; esperava que algum pensamento rebelde me guiasse por um caminho tão oposto àqueles caminhos que me eram postos a minha frente.  


Horas… minutos… passavam imperceptíveis por minha mente que tinha um redemoinho em seu interior. Esperava que o vento que soprava me trouxesse uma resposta, porém o único som que se escutava era o das folhas se movimentando.


No final da tarde retornei a casa, mas não a minha casa, eu fui para a casa de Naruto. Não queria ver ninguém, eu só queria ficar sozinha.


O apartamento dele estava vazio, como era o esperado, afinal ele estava fora em missão.


Me aproximei da janela e vi um vaso com algumas flores murchas cujas as pétalas estavam sobre a superfície do móvel.


- O Naruto é tão descuidado... essas flores estão aqui a um longo tempo... desde que eu as trouxe.


Peguei as flores e joguei-as na lata do lixo na cozinha; voltando para o quarto deite-me na cama e fiquei fitando o teto de madeira do apartamento. Um pensamento bobo típico dos apaixonados passou por minha cabeça e se fez palavras em meus lábios.


- Será que o Naruto está pensando em mim?


Lembranças de nossa noite juntos vieram a minha mente. Ah, se eu pudesse ter parado o tempo naquele momento, eu o faria.


 


Se eu pudesse deter o tempo em minhas mãos


Se eu pudesse apenas ficar escutando as batidas de seu coração


Se eu pudesse abraçar todo o seu corpo


O prenderia em meus braços, a gritos pediria para que jamais fosse embora.


Se pudesse...


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Notas finais do capítulo

nota da autora: Sakura está sofrendo por pensar que Naruto pode morrer, será que ela vai encontrar um caminho para salvá-lo?



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