O Homem que Eu Amo escrita por Angel_Nessa


Capítulo 22
O HOMEM QUE EU AMO - cont. PARTE XIV




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Naruto começou a andar para frente e eu segui seus passos andando de costas, quando estava próxima a cama ele me empurrou e sentou-se ao meu lado, logo voltando a me beijar. Ele apoiou suas mãos na base de minha coluna e foi me baixando pouco a pouco até que deitei na cama.


 


Naruto se posicionou sobre mim, mas usou os braços como apoio no colchão para não fazer muita pressão sobre meu corpo.


 


Eu coloquei minhas mãos em suas costas e comecei a deslizá-la arranhando-o suavemente; nossos movimentos eram feitos em meio à penumbra da noite. A única fonte de luz provinha do poste de luz que ficava quase em frente à janela de Naruto. Com freqüência um relâmpago tornava o ambiente mais claro, e nesses momentos de flash podíamos ver claramente as expressões faciais um do outro.


 


Agradeci aos céus pela ausência de luz, de outra maneira Naruto poderia notar que eu estava um pouco mais gordinha. Antevendo essa pergunta em qualquer situação, eu havia formulado como resposta que eu estava comendo muito nos últimos tempos e por estar fora das missões, estava tendo pouca atividade física. Essa era uma mentira que eu esperava que o convencesse, a verdade é que eu estava comendo bem menos do que normal.


 


Minhas mãos, um pouco trêmulas, tatearam o cós da calça dele, ergui-me um pouco, e Naruto parou de me beijar; comecei a abaixar sua calça, mas minha posição não era muito favorável para esse movimento.


 


Naruto deitou-se a meu lado com a calça levemente abaixada, eu me posicionei sobre seu tronco; sentei-me em seu abdômen e apoiei minhas mãos em seu peito.


 


Num flash de relâmpago vi que seu rosto estava sereno, ainda que seu olhar fosse pura preocupação. Uma dúvida ocorreu-me naquele momento.


 


- Naruto, se eu tivesse que partir, você me deixaria ir?


 


Ele ficou em silêncio por um tempo e num segundo flash de relâmpago vi que seu olhar agora estava triste. Em meio à penumbra, repentinamente, o vi abrir um largo sorriso.


 


- Sakura-chan, eu jamais a deixaria ir... Você é a pessoa mais importante para mim!


 


Eu encostei a testa em seu peito e senti um alívio ao ouvir suas palavras.


 


- Então, sabe como eu me sinto.


 


Para mim, Naruto parecia correr sempre em direção a própria morte ignorando meus apelos como se não eu não fosse capaz de ouvi-los; mas no fundo ele entendia como eu me sentia, porque ele também não queria me perder.


 


Naruto colocou sua mão sobre minhas costas.


 


- Eu queria que você nunca tivesse que me deixar – eu sussurrei.


 


Eu queria poder ficar ao lado de Naruto para sempre, simplesmente não conseguia imaginar como seria acordar sabendo que não mais o veria sorrindo para mim, sabendo que nunca mais sentiria seu cheiro ou escutaria sua voz.


 


Eu fiquei um tempo escutando as fortes batidas de seu coração que tinha um ritmo acelerado. Eu comecei a beijar seu peito traçando um caminho de beijos de seu coração até sua barriga onde a marca do selo estava estampada, a cada dia a marca do selo se tornava mais clara e quase não se notava mais sua existência.


 


Naruto sentou-se na cama, tomando meu rosto em meio a suas mãos começou a beijar-me. Ele não dava tempo para que pudesse respirar, mas eu também não queria respirar; eu queria sentir seus lábios sobre os meus, queria sentir sua respiração sobre meu rosto, queria sentir seu coração batendo ao mesmo compasso que o meu. Acima de tudo eu queria sentir que Naruto estava ali comigo.


 


Eu tombei meu corpo, e deitei-me com a cabeça virada para o lado oposto da cabeceira da cama, a camiseta preta que eu vestia subiu um pouco até a altura do meu quadril.


 


- Eu te amo, Sakura-chan – ele me disse enquanto beijava meu pescoço.


 


Era mais fácil escutar uma declaração de amor vinda dele do que saída de meus lábios. Por muitos anos Naruto foi sempre o primeiro a dizer as palavras que me custaram aceitar em meu coração como verdadeiras.


 


  - Eu também te amo – eu sussurrei segurando firme sua cabeça.


 


Já não me custava dizer que o amava. Ainda que fosse desnecessária essa declaração de amor, era maravilhoso escutar a confirmação através de palavras do que sentíamos em nossos corações.


 


Naruto ergueu um pouco mais minha camiseta e eu levantei meus braços para ajudá-lo a tirar aquela única peça de roupa que eu vestia. Os pêlos de meu corpo se eriçaram ao sentir o frio vento da noite tocando meu corpo desnudo.


 


Ele levantou-se e também se despiu de maneira apressada, em seguida voltou a deitar-se sobre mim. Naruto voltou a me beijar com carinho, uma de suas mãos estava no colchão e a outra estava em meu ombro; lentamente ele foi abaixando o corpo.


 


Eu espalmei minha mão sobre seu peito impedindo seus movimentos.


 


- Eu quero que me toque – eu pedi num sussurro.


 


Eu sei que fazer um tipo de pedidos desses pode parecer ousado de minha parte, mas eu desejava sentir as mãos de Naruto sobre meu corpo; eu precisava sentir que ele estava ali me amando completamente.


 


Tal pedido causou a Naruto vergonha porque ao escutá-lo eu senti as mãos dele tremerem e seu corpo tombou no colchão ao lado. Eu coloquei minha mão sobre seu peito e através da palma de minha mão eu senti seu coração batendo mais forte.


 


- Sakura-chan... Eu não sei como tocá-la – ele disse todo sem jeito.


 


Uma das grandes qualidades do Naruto era a honestidade. Eu ri discretamente e isso fez Naruto corar ainda mais.


 


- Seu bobo, não precisa saber me tocar – com minhas mãos puxei seu rosto para perto de mim – Apenas o faça.


 


Muitas pessoas escrevem livros de como se entregar ao outro, no entanto, não há regras para se amar; quando chega o momento os corpos seguem uma sincronia própria, e quanto mais amor envolvido numa relação, mais ligados os corpos parecem estar. Acho que isso que eles chamam de almas gêmeas; dois corpos que compartilham os mesmos desejos e parecem estar unidos por uma química que não existe nas tabelas periódicas.


 


Naruto voltou a apoiar os joelhos sobre o colchão e a ficar sobre mim, ele colocou sua mão sobre meu ombro e delicadamente começou a deslizá-la por sobre meu corpo, eu mantinha a expressão séria, ainda que sentisse tanta alegria dentro de mim que eu apenas desejava rir. Na verdade, eu não sabia se queria rir porque estava feliz ou por causa do jeito desajeitado e envergonhado de Naruto me tocar.


 


Uma sensação de êxtase e prazer invadiu meu corpo ao sentir sua mão masculina tocar as partes mais sensíveis de meu corpo.


 


Ele passou as gemas do dedo suavemente por meus seios rígidos, desceu por minha barriga e passou por meu umbigo; Naruto mantinha todo tempo o olhar sério e preocupado, como se estivesse calculando minuciosamente cada movimento que faria.


Ele deteve suas mãos sobre meu ventre e ficou me encarando por um tempo em silêncio; eu sentia sua excitação por estar me tocando daquela maneira, e sabia que ele também sentia que eu estava excitada.


 


Naruto voltou a deslizar suavemente sua mão direita sobre meu ventre, a outra mão, ele a colocou na lateral de meu quadril. Eu me preparei para o que viria a seguir, foi quando num flash de relâmpago o vi sorrir de forma travessa; nessa hora eu previ o que aconteceria.


 


- Naruto, não! – eu adverti-o brava.


 


Mesmo o proibindo de antemão, Naruto pareceu tomar minhas palavras como um estimulante para fazer o que pretendia.


 


Ele abaixou a cabeça em direção a minha barriga e começou a beijar meu umbigo; não pude evitar o acesso de risos que veio ao sentir seus lábios sobre minha pele. Eu tentei o afastar, mas Naruto segurou meus pulsos.


 


A excitação de Naruto e a minha diminuíram no momento em que meus risos começaram, e não posso negar que fiquei frustrada e furiosa por ele ter estragado aquele momento de prazer me provocando cócegas com seus beijos molhados.


 


Hoje quando relembro essa cena, já não sinto mais frustração e muito menos raiva pela atitude de Naruto naquele momento, pelo contrário, me sinto muito feliz por ele ter feito o que fez. Eu não sei se ele pensou da mesma forma que eu vim a pensar alguns anos mais tarde, mas eu sempre acreditei que Naruto fez aquilo para me mostrar que ele me amava muito além do prazer que o toque da carne nos podia proporcionar.


 


Num momento como naquele, e na posição que nos encontrávamos era certo que qualquer homem seguiria seus institutos naturais e proporcionaria o prazer que silenciosamente a parceira exigia, porém o Naruto fez o que poucos homens fariam, ele me fez rir. E isso foi muito bom, já que em meio a tanta escuridão que vinha habitando meu coração nos últimos tempos, tudo que eu precisava era rir e não sentir prazer; afinal qualquer homem que me tocasse intimamente poderia me provocar prazer e me fazer ficar excitada, no entanto Naruto, ao contrário, preferiu me fazer rir; e eu sabia que era rindo era como ele gostava de me ver.


 


Depois de muitos risos e protestos de minha parte Naruto parou de beijar meu umbigo e começou a traçar um caminho de beijos em direção a minha boca. Ele beijou meu pescoço enquanto se posicionava novamente sobre mim, senti que sua excitação voltava a crescer.


 


Num movimento suave dobrei meus joelhos e arqueei as pernas. Gentilmente ele se abaixou e me penetrou tomando cuidado para não ser violento demais. Em meio a caricias e num jogo de corpos, que iam de um lado a outro da cama, unidos um ao outro, nós fizemos amor; uma união carnal que representava a união de nossos sentimentos.


Estava cada vez mais freqüente aquele nosso tipo de união, no entanto a situação que enfrentávamos nos fazia sentir que somente assim podíamos ter a certeza de que estávamos juntos compartilhando nossos medos e nossas angústias, porque isso é amar de verdade, compartilhar não somente nossas alegrias como também nossas dores.


 


Exaustos nos deitamos lado a lado. Naruto ficou fitando o teto que frequentemente era iluminado pelos relâmpagos que ainda cortavam os céus de Konoha. Eu me aproximei de seu corpo e puxei o cobertor para me cobrir, eu estava começando a ficar com muito frio.


 


Naruto pareceu-me indiferente a minha aproximação, ele apenas manteve os olhos fixos no teto do quarto. Eu me sentei na cama e Naruto despertou de seu transe.


 


- Sakura-chan está tudo bem?


 


- Sim – respondi com um sorriso nos lábios – Eu vou vestir a sua camiseta, estou com frio.


 


Eu estava com fortes dores em meu ventre. Achei que fosse por causa da baixa temperatura.


 


Em meio aos cobertores encontrei a camiseta preta que Naruto me dera toda abarrotada, eu a vesti rapidamente e voltei a me deitar. Naruto levantou-se e vestiu a calça, e tão rápido quanto se levantara voltou a deitar-se a meu lado.


 


Eu lhe dei as costas ficando numa posição lateral, coloquei a mão direita embaixo da minha cabeça. Naruto também se deitou de lado e passou seu braço por cima do meu, tateando o colchão ele buscou minha mão esquerda e a agarrou.


 


- Sim – eu disse num tom de voz claro e firme.


 


- O que disse?


 


Naruto ficou confuso.


 


- Sim, vamos nos casar.


 


- Nos casar...? – repetiu Naruto ainda mais confuso.


 


- Na primeira vez que dormimos juntos você disse para nos casarmos, e eu nunca te dei uma resposta.


 


- Você se casaria comigo? – eu senti um misto de incredulidade e alegria em sua voz.


 


- Colegas de academia, companheiros de equipe, amigos, namorados... E por que não agora marido e mulher?


 


- Poderíamos ter uma família... – disse Naruto devaneando todo animado.


 


Senti um nó na garganta ao escutar aquilo e inconscientemente apertei mais forte a mão de Naruto.


 


- Hey Sakura – ele reclamou da força que usei para apertar sua mão.


 


Rapidamente eu aliviei a pressão.


 


- Quando tudo isso acabar Naruto, nós teremos nossa família. Por isso eu preciso que continue do meu lado.


 


- Eu estou com você, Sakura-chan, sempre vou estar... Você é a única mulher que eu amei... É quem eu sempre vou amar e proteger, dattebayo.


 


Algumas lágrimas escorregaram de meus olhos, e uma delas caiu sobre as costas da mão de Naruto. Ele não me disse nada, apenas se aproximou ainda mais de mim e beijou meu ombro.


 


Ali em silêncio eu adormeci ao seu lado. Eu estava tão cansada que nem percebi quando Morpheu veio e me levou ao mundo dos sonhos, um mundo ao qual eu ultimamente vinha querendo pertencer eternamente.


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Notas finais do capítulo

nota da autora: Naruto e Sakura cada vez mais provam que são um para o outro, e para confirmar tanto amor nada como uma união de corpos, uma forma de demonstrar que eles estavam ali um para o outro.

Ainda que tempestades devastadoras rondem essa relação, eles rezam em seus corações por dias de sol.



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