Coletânea De Poesias escrita por Jordy Canuto


Capítulo 9
Primeiras Palavras




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Sinta a noite como eu vejo

Olhe a vida passando

Como uma avenida movimentada

Toque a nota final

Dessa sonolenta noite

Não tenha medo

Avance os sinais

Não há mal

No que você faz

Tenha um pouco de paciência

Se o mundo não é o bastante

Veja a noite, como eu vejo.

Sinta cada lágrima cair do céu

Só tenha prudência

Para não errar nas derrapagens

Dessa sombria noite

Se os horizontes lhe perseguirem

Não tenha medo da vida

Sorria mesmo que tudo

Esteja errado a cada semblante

Desses milhares de miragens

Em meio à multidão

Repleta de fantasmas.

Não procuro saber, onde estão;

Às luzes da cidade

Cada brisa lembra-me

As chaves menores de Sonata

Pois existe algo a se ver

Nos caminhos da escuridão.

Ouço sua vez ecoando

Pelas árvores de nosso parque

Ainda toco o piano

Através das folhas secas

Parece que o tempo

Se perdeu em sua relatividade

Posso vê-la, ah! Como caminha sozinha

Mas, tome cuidado!

Há lugares enigmáticos demais

Nessa noite de lua nova

Pedida nessa praça

Fora da rotação.

Perdoe os meus erros

Ouça pelas folhas secas (e)

Veja além de sua beleza

Perceba que cada linha de sua vida

É só um momento perdido

Na história menor dos contos humanos

Analise que não há nada para ser mudado

Tente, mas nem mesmo uma viagem no tempo.

Irá trazer passar a instabilidade do sol de verão

Sorria quando sua face for esculpida

Pelas pontas das folhas

Nessa brilhante estrela

Veja como eu vejo você

Cante para acordar o dia e o tempo

Não se esqueça de que o universo

Não pertence somente aos seus olhos.


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