A Última Mordida escrita por DeborahK


Capítulo 8
Capítulo 8.1 - Seguida




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Sentei na minha mesinha do computador e fiquei esperando ele ligar, senti minha garganta queimar, com certeza eu precisava caçar. Entrei na minha caixa de e-mail e havia um e-mail de Renne, minha mãe sempre mandava fotos pra ela, claro que fotos antigas. Renne era muito observadora mas também fingia não ter nada de errado.

Olá Nessie minha querida
Vovó está morrendo de saudade, como anda a vida na casa nova?
Conte-me tudo, todas as novidades
Beijo da vovó Renne


Sorri ao ler seu e-mail, assim que os Volturi deixaram Forks a 7 anos atrás, minha mãe ligou para Renne, claro que ela viu a diferença na voz da minha mãe. Assim que minha mãe desligou, Renne ligou para Charlie e ele a aconselhou a querer saber o menos possível, e que Bella estava bem e feliz e ressaltou que eu era linda e saudável, e que parecia muito com a Bella. Renne só acreditou quando mandaram as fotos pra ela, claro ela se assustou com minha mãe que estava bem mais pálida, os olhos com uma cor que não era dela e o corpo magnífico. Claro Renne também viu a semelhança que eu tinha com minha mãe, os olhos chocolate do mesmo tom, a pele do mesmo tom de quando minha mãe era humana, e os cachinhos de Charlie só que com a cor bronze do meu pai.
Renne sempre ligava, ela só veio uma me ver quando eu ainda era pequena, e uma quando eu já estava maiorzinha, desde então a uns 3 anos não nos vimos, acho que ela levaria um choque se nos visse de perto, mamãe sofria com isso, mas estava feliz por não ter perdido totalmente o contato com sua mãe.
Vovó era muito elétrica e tinha certeza que ela estava esperando uma resposta então digitei rápido

Vovó a vida aqui está ótima, fiz amigos na escola o que é muito bom
A casa é linda, enorme e aberta como a outra em Forks
O ruim é estar longe de todos, inclusive vovô Charlie e Jake
Eles fazem falta, também estou com saudade, você tem que vir conhecer a casa nova
Mamãe esta adorando a faculdade, é tudo muito legal aqui
As pessoas são bem diferentes da de Forks
Ah vovó estou mesmo com saudade
Beijinho da Nessie


Enviei o e-mail e desliguei o computador.
Esme me chamou anunciando que as panquecas estavam prontas.
Desci as escadas e falei a ela que com a sede que estava eu não conseguiria comer, agradeci as panquecas mas disse que queria caçar antes.
Ela se ofereceu pra ir comigo, mas eu disse que preferia ir sozinha, afinal tinha que me acostumar a fazer isso sozinha. Eu caçava rápido, não precisava de muito, só o suficiente para acalmar a sede. No final de semana provavelmente iria acompanhar meus pais então disse a ela que voltaria rápido, antes até dos meus pais voltarem.
Ela pareceu preocupada, mas eu prometi que seria rápida e que estaria com o celular, ela enfim concordou e meu deu um beijo antes de eu sair.

Eu não estava com pressa quando sai, afinal ainda tinha umas boas três horas antes das aulas da faculdade acabarem então caminhei um pouco até o centro da cidade.
Estava bem movimentada como imaginei ninguém me conhecia então andei tranquilamente por ali.
Olhar vitrines não era lá muito empolgante, mas era melhor que ficar em casa.
A medida que eu andava as lojas ficavam para trás e o trafego de pessoas diminuíam muito, então decidi que estava na hora de caçar.
Encontrei uma abertura na floresta atrás de uma loja, olhei em volta e não havia ninguém por ali. Corri para dentro da mata rápido de mais, Entrei cada vez mais fundo e em menos de 10 minutos eu já estava bem afastada da cidade e dos humanos, parei pela primeira vez para sentir o cheiro da minha presa
Ali seria difícil encontrar algum Urso ou Leões da montanha, o Maximo seria algum Puma perdido.
Então teria que me contentar com os cervos ou algum outro animal herbívoro.
Fechei os olhos e me deixei guiar, logo os encontrei era um bando relativamente pequeno havia um macho e duas fêmeas. Tinha certeza que em algum lugar estaria o resto deles, mas não importava, ali já estava o suficiente pra mim.
Não tive duvidas de quem seria meu alvo, o macho era quase duas vezes o tamanho das fêmeas e minha garganta não iria queimar pelo menos até o final de semana, mas se eu desse sorte pegaria outra quando estivesse voltando pra casa
Fui rápida, não queria assustar muito as fêmeas, claro era inevitável mas se eu fosse rápida elas não veriam muita coisa e minha presa sofreria menos, não gostava de ter que ouvir eles sofrerem.

Fui certeira no meu alvo e quebrei seu pescoço de uma só vez, o som fez as duas fêmeas se virarem e depois saírem correndo.
Quando não havia mais sangue no cervo em meus braços percebi que ainda estava com sede, ele era grande, mas ao contrario do que pensei não era suficiente.
Me levantei e fui procurar o resto do bando ou se desse sorte encontraria as fêmeas perdidas
Enquanto corria me lembrei de Jake, ele sempre caçava comigo. Era bom ter companhia nas viagens de caça, ele tornava mais fácil tudo aquilo.
Senti a tristeza chegando, tive que diminuir o ritmo pra me recompor. Respirei fundo e enfim me acalmei, eu teria muito tempo pra tristeza agora não era à hora.
Me concentrei na caça e fui até onde as fêmeas perdidas estavam abati a maior apesar de ela não ser tão maior assim que a outra.
Quando terminei a queimação na garganta era muito pouca, quase inexistente.
Eu sabia que estava bem longe de casa então decidi que estava na hora de voltar. Esme com certeza estaria preocupada.
Corro de volta para a cidade rápido de mais, quando estava perto da cidade comecei a sentir um cheiro diferente, não era nem um pouco conhecido.
Parei pra tentar identificar o cheiro era... era parecido com cheiro que os vampiros tem, um cheiro mais adocicado, porque humano eu tinha certeza que não era.
Comecei a ficar nervosa.
Eu saberia se houvesse vampiros por perto, não saberia?

Olhei em volta, mas ao fazer isso senti uma forte dor na barriga, não pude deixar de ofegar, era muito forte.
Fiquei mais nervosa ainda, eu sabia que tinha outro vampiro por ali, mas ele não podia me encontrar.
Não daquele jeito.
Tentei olhar em volta de novo, mas a dor me golpeou mais forte, eu estava enjoada, parecia que todo o sangue que bebi iria voltar sem minha permissão.
Eu tinha que me recuperar, não podia ficar ali.
Com sorte chegaria à faculdade antes de pensar em ir pra casa, lá eu poderia falar com meu pai.
Então decidi ir direto pra lá.
Respirei fundo e corri, corri o Maximo que eu pude a dor não ajudava, mas conforme eu corria a dor suavizava um pouco.
Quando estava mais tranquila percebi que estava sendo seguida. Ele ou ela estava longe, mas ainda sim eu sentia sua presença.
Tentei olhar pra trás pra ver quem era, ou tentar ver alguma coisa, mas isso só trouxe a dor de volta.
Voltei a correr rápido, eu tinha certeza que já estava bem perto da faculdade. Controlei meus pensamentos.
Assim que pensei nisso vi a abertura ainda um pouco longe, mas ela estava lá.
Corri mais ainda e logo entrei no estacionamento da faculdade e procurei pelo carro do meu pai. Por sorte ele deveria estar concentrado em alguma coisa, afinal ele estava na faculdade e nem fazia ideia de que eu poderia estar ali, então não prestaria a atenção nos meus pensamentos.
Me recostei no carro dele e tentei me recompor. Levei um susto quando o celular vibrou

- Rennesme?
- Esme me desculpa por não ter ligado
- Onde você esta? Seus pais chegaram logo.
- Estou aqui na faculdade esperando eles
- Você esta bem?
- Sim vovó logo estaremos em casa, não se preocupe – odiei mentir a Esme mas era melhor poupá-la por enquanto.
- Tudo bem venham logo
- Ta bom vovó, te amo. –
Desliguei o telefone esperei o final das aulas
Agora com certeza meu pai sabia que eu estava aqui. Alice não podia me ver, mas veria Esme preocupada comigo e meu pai iria se concentrar nos meus pensamentos.
Então tentei controlar e não pensar no que aconteceu pra não assustá-lo. Claro ele ficaria maluco quando eu falasse.
Eu tinha meus truques pra deixá-lo de fora da minha cabeça.
Eu ficava pensando na infância, ou no Jake, ou eu traduzia minhas musicas preferidas pra qualquer outra língua, era fácil me concentrar em outra coisa.
Quando eles entraram no estacionamento me olharam desconfiados, Emm e Jas pareciam surpresos, claro eles não sabia que eu estava aqui, Alice deve ter falado pra Rose e pro meu pai e meu pai contato a minha mãe.
Se eles pudessem correr tinha certeza que o teriam feito.

- Porque essas caras? Não posso vir buscar vocês? – tentei descontrair um pouco, no caminho eu teria uma crise.
- Aconteceu algo filha? – perguntou minha mãe
- Hum... Só estava caçando por perto e resolvi esperar vocês – Me concentrei mais em qualquer outra coisa, se não meu pai me pegaria
- Então porque você esta escondendo seus pensamentos? – claro ele percebeu
- Não to – menti
- Tudo bem, vamos pra casa. Alice, Jas vocês vão com a Rose?
- Sim Edward – tia Alice já ia em direção ao carro de Rosalie.
Entrei no carro com meus pais e saímos do estacionamento rápido o bastante pra chamar a atenção.
Tia Rose dirigia bem atrás de nos. Tinha certeza que aquilo era irritante pra ele e tio Emmett.
Meu pai estava prestando atenção em mim, claro ele sabia que eu estava escondendo algo
Olhei em volta e vi que a estrada estava vazia então...
- Pai
- Sim – ele me olhou pelo retrovisor e então deixei meus pensamentos mostrarem a ele o que aconteceu.
Não sei como aconteceu foi rápido de mais e se eu não fosse uma meio vampira com a mente mais rápida, talvez eu não teria tempo de e segurar e evitar me chocar com o assento da minha mãe.
Ela também se segurou no painel. E por alguns centímetros Rosalie também evitou bater no volvo do meu pai.
Ele freio violentamente fazendo todos se assustarem.
Minha mãe estava em choque, e meu pai paralisado.

- Rennesme o que você mostrou a seu pai – ela gritava desesperada – Edward, fale comigo. Edward.
Meus tios já estavam fora do carro esperando alguma reação do meu pai ou de qualquer um de nós.
- Por que... Você não falou... Antes – meu pai quase grunhia, ele saiu do carro e começou a falar com Emmett e Jasper
- Alguém seguiu Rennesme na floresta!
- Quem? Algum conehcido? – perguntou Jasper
- Não sei, ela não conseguiu ver, ele deve ter algum poder de preservação, ela se sentiu mal quando tentava ver quem era. Quero que Carlisle de uma olhada nela.
- Onde você estava? – perguntou Rosalie
- Alguns metros a leste da faculdade.
Não tive tempo de falar mais nada. Jasper e Emmett não estavam mais lá
Meu pai entrou no carro de novo
- Alice, Rose voltem pra casa, vou levar Rennesme até o Carlisle
- Pai eu estou bem, podemos ir pra casa também.
Ele pareceu não me ouvir, apenas manobrou o carro e foi em direção ao hospital.
- Pai... eu estou bem
- Rennesme por favor, não me deixe mais nervoso do que já estou
Minha mãe olhava para o meu pai meio em choque não sei, mas e vi ela tocar o braço dele para tentar acalmá-lo
- Pai, eu estou bem, você poderia esperar Carlisle chegar em Casa
- Rennesme – minha mãe me olhou e estendeu a mão pra mim, eu sabia o que ela queria, então passei todas as imagens de novo pra ela.
Minha mãe paralisou de novo no carro, e meu pai fazia uma careta enquanto ouvia tudo de novo
Enfim ela olhou para o meu pai e disse:

- Edward, precisamos saber quem era
- Eu sei Amor, eu sei
- Pai
- Sim – ele olhou pelo retrovisor de novo
- Está tudo...
- Rennesme não esta nada bem, você não entende o quanto é importante?
- Pai, não falei isso, só estou dizendo para você se acalmar, eu estou bem e deve ter sido conhecidencia alguém estar lá na mesma hora. Ninguém esta atrás de mim.
- Rennesme Carlie, por favor não banque sua mãe hoje
- Edward – minha mãe chamou sua atenção – Pare de dizer isso, ela é minha filha claro que se parece comigo se não gosta do meu jeito não devia estar comigo.
Meu pai encarou minha mãe surpreso, ela quase nunca explodia assim
- Bella amor não foi isso que eu disse
- Ah não? Porque quando ela diz algo que não te agrada você a compara a mim?
- Amor, não fale assim, é só porque ela não se preocupa consigo própria exatamente como você
- Tudo bem Edward, não vamos discutir isso na frente da Nessie, ela só esta tentando dizer pra você se acalmar.
- E você está calma? – perguntou ele
- Claro que não, estou preocupada com a segurança dela. Mas você tem que se acalmar, vai acabar deixando ela mais nervosa

Sinto muito deixar vocês nervosa, mas eu só vou me acalmar quando souber quem esteve na floresta e até lá você não vai mais sair sozinha
- Pai eu sei me cuidar.
- Isso não significa que eu não vá cuidar de você.
- Vou ter que andar com babás agora?
- E você não vai criar problemas quanto a isso, vou te levar pra escola e de hoje em diante caçar sozinha está fora de cogitação.
- Ótimo agora que começo a ter uma vida, tenho que voltar a ser uma criança indefesa. Se você não se lembra eu não sou tão frágil assim.
- Pra mim você é frágil, você é minha filha. Sempre vou proteger você.
Não fazia sentido discutir com meu pai então tive que me conformar.
Chegamos ao hospital e ele praticamente me arrastou para a sala de Carlisle
Ele levou um susto quando invadimos sua sala depressa de mais para os humanos.
- Edward o que aconteceu? – ele perguntou enquanto se levantava
Meu pai contou tudo o que aconteceu, desde eu sendo seguida até o mal estar.
Carlisle veio até mim e começou com suas perguntas
- Você já sentiu isso antes?
- Não – eu respondi depressa
- Me explique exatamente o que você sentiu
- Vovô, eu apenas me senti enjoada, não sei bem explicar, mas uma dor muito forte na barriga. Parecia que todo o sangue que eu havia bebido ia sair sem minha permissão.
- Isso só acontecia quando você tentava olhar em direção ao tal estranho?
- Sim, quando eu olhava pra trás a dor piorava muito.
- Entendi, Edward venha comigo por favor.

Eles sairão deixando eu e minha mãe sozinhas.
Ela veio em minha direção e me abraçou
- Não se preocupa, vamos encontrar essa pessoa
- Eu não estou preocupada
Ela sorriu e me olhou
- Mas eu estou – disse ela
- Não se preocupa mãe, ninguém vai me fazer mal
- Eu espero que não filha – sorri pra ela e lhe dei um beijo no rosto
- Obrigada por defender do papai no carro ele é meio paranoico né?
Ela assentiu e ouvimos os passos deles, segundos depois eles entraram no escritório de novo.
E como imaginei não falamos absolutamente nada.
O caminho para casa foi silencioso e rápido
Tentei perguntar ao meu pai o que ele e Carlisle falaram, mas ele apenas disse – Nada
Foi essa a única conversa que tivemos até em casa. Eu não sabia o que eles haviam falado, então fiquei na minha. Deixei minha cabeça o mais vazia possível.
Quando chegamos em casa Esme estava quase indo atrás de nós.

- Eu não devia ter deixado você ir – Claro que já haviam contado a ela
- Esme eu to bem não se preocupa
- Claro que me preocupo... eu não devia... – eu a interrompi antes que ela ficasse pior. Eu a abracei
- Vovó eu estou bem aqui, e estou bem
- Que bom, eu não sei o que faria se... - eu a interrompi de novo
- Vovó esquece isso – ela me abraçou forte dessa vez – Jas e Emm já voltaram?
- Não eles estão percorrendo a floresta, o cheiro esta em toda parte. É como se ele ou ela estivesse correndo por todos os lados. Não sabemos se para nos confundir ou se ele costuma estar sempre lá.
- Ele ou ela não deve ser mal vovó, senão teria tentado me atacar – ela estremeceu
- Não fale isso Rennesme
- Rennesme – chamou meu pai da garagem
Dei um beijo em Esme e corri ate onde meu pai estava.
- Sim pai
- Jacob quer falar com você – ele estendeu o celular
- Não acredito que você ligou pra ele
- Não foi eu, foi sua mãe
Claro que minha mãe havia ligado para o Jacob, ela devia estar querendo desabafar
Peguei o celular da mão de meu pai e ele sumiu segundos depois.

- Oi Jake
- Porque você não me ligou? – ele gritava no outro lado da linha
- Será porque minha mãe ligou primeiro?
- Você teve tempo suficiente pra me ligar
- Jake não aconteceu nada
- Não foi o que a Bella me contou
- Caramba porque esta todo mundo nervoso eu já disse que estou bem
- Rennesme você trate de ouvir seu pai entendeu? Nada de sair sozinha, ou eu trago você pra Forks e te amarro na cama
- Eu não sou mais um bebe Jake
- Mas é teimosa – claro que eu era
- E o que isso tem a ver com você? – ele ficou calado por alguns segundos
- Rennesme eu sou seu namorado – pelo menos ele parecia mais calmo
- Sim você é, mas já disse que eu to bem então não tem o porquê ficar todo nervoso
- Você não entende?
- Entender o que Jacob?
- Que se alguma coisa aconteceu a você eu não vou me perdoar

- Jacob a culpa não é sua nem de ninguém, coisas acontecem no mundo
- Mas não com você – ele estava nervoso de novo
- Olha Jake, eu estou bem, então trate de se acalmar ta legal. Nem que eu quisesse eu sairia sozinha, você sabe como meu pai é, provavelmente vai me seguir o tempo todo. Então não venha me dizer o que eu tenho que fazer porque eu já estou irritada com tudo isso
- Essa mudança fez muito mal a você
- Por quê?
- Olha só como você esta falando
- Você queria que eu estivesse dando pulinhos de alegria, agora que tenho uma vida quase normal tenho que andar com babás o tempo todo
- Isso é pra sua segurança Rennesme
- Eu sei me cuidar
- Mas que droga para de ser teimosa
- Jacob eu vou tomar um banho, depois nos falamos
- Por favor Nessie se comporta
- Vou me comportar, serei uma ótima menina, não se preocupa
- Te amo
- Também te amo

Desliguei o telefone e entrei, minha mãe estava esperando na sala

– Desculpa – disse ela assim que entrei
- Tudo bem mãe.
- Ele precisava saber – ela parecia triste e culpado
- Tudo bem mãe, você tem razão ele ia saber de qualquer maneira
- Desculpa, não queria que vocês brigassem
- Mãe não se preocupa, depois eu converso direito com ele.
- Tudo vai voltar ao normal, nos vamos resolver tudo isso e você vai poder ser uma adolescente normal de novo.
- Claro que sim, já passamos por coisas piores
- Filha, seja razoável com seu pai – ela me abraçou
- Claro mãe – ela me olhou e deu um pequeno sorriso – Que foi? – perguntei
- Nunca me vi como mãe, e hoje olha pra mim. Mãe de uma adolescente e ainda por cima, toda preocupada e protetora
- Falam que agente nunca sabe o que é ser mãe ate ser não é? – sorri pra ela
- Isso é verdade, eu jamais imaginei que ficaria assim tão paranoica
- Você esta se saindo bem mãe – ela riu – Mas você tem sorte, pelo menos você é mãe – eu nunca seria, apesar de ser nova de mais pra pensar nisso, eu jamais teria filhos.
- Nessie não... – ela foi interrompida pelo barulho horroroso do novo jipe de Emmett, era bem parecido com o outro só bem mais novo – Não sei porque o Emmett comprou esse negocio
Tia Rose preocupada como ela era, levou o jipe para ele e o Jasper. Claro correr era mais rápido, mas quem ia colocar isso na cabeça dela?

Poucos minutos depois Rose, Emm e Jas entraram em casa e meu pai desceu as escadas.
- Nós temos que pega-lo – disse ele irritado e então imaginei que meus tios não tiveram sucesso na floresta
- O que aconteceu Jasper? – perguntou Esme
- Eu não sei Esme, só sei que ele não é qualquer vampiro, quando o cheiro ficava mais forte, sentíamos enjoo e não conseguíamos ir adiante – respondeu ele.
- Mas eu posso ler a mente dele – meu pai já andava de um lado pro outro.
- É possível que você tenha mais sucesso – Jasper respondeu de novo.
- Vamos deixar isso pra amanha Edward, Nessie precisa dormir ela tem aula amanha – Esme se preocupava com todo mundo, era a mãe e avó mais incrível e carinhosa.
Todos concordaram em continuar o assunto no outro dia e quase me arrastaram ate o quarto.
Fui ate o banheiro fazer minha higiene, tomei um belo banho, coloquei meu pijama que não parecia nada um pijama, tinha um brilho de mais, detalhes de mais. Claro era um presente de Alice
Voltei para o quarto e sentado ao lado da minha cama estava Edward meu pai, com uma porta retrato nas mãos.
Ele me olhou e sorriu, depois deu um tapinha na perna. Era como ele fazia quando eu era pequena e ele me chamava pra sentar no seu colo.
Fui ate ele e me aninhei no seu colo como se eu fosse uma garotinha, o que não era mentira

– Você cresceu tão rápido – disse ele olhando a foto em que eu estava no seu colo ainda bebê
- Mas eu vou sempre ser o ser bebê não é?
- Sim sempre – ele deixou o porta-retratos de lado e me abraçou mais forte – eu nunca vou deixar ninguém fazer nada de mal com você
- Confio em você papai
- Me desculpe se as vezes exagero, mas é que eu amo você e não vou deixar você desprotegida nunca
- Papai me desculpa ser tão chata às vezes, eu sou uma adolescente então tenha paciência
- Como isso aconteceu?
- O que? – ele me deixou confusa não tinha acontecido nada
- Você adolescente, nem acredito
No mesmo momento que ele falou me lembrei de uma coisa.
- Ai meu Deus – me levantei e meu pai olhou em volta procurando o que me sobressaltou
- O que foi?
- Tenho pais adolescentes pra sempre – ele riu e me puxou de volta
- Me disseram que eu fiquei chato depois que você nasceu. Mas quando se é pai agente amadurece muito
- Errado, dizem que você ficou chato quando conheceu a mamãe – ele riu – Papai?
- Sim?
- Onde você esta com a cabeça?
- Como assim filha?
- Você não ouviu o que eu estava pensando, então estava concentrado em outro pensamento
- Sua mãe esta bem elétrica hoje, ela não sabe como agir
- Vá acalmá-la – me levantei do colo dele e fui pra cama
Ele me cobriu e me deu um beijo na testa
- Boa noite princesa
- Boa noite papai – sorrimos um para o outro e ele saiu
A noite foi tranquila pelo menos sem pesadelos, nem sonhos ao menos conseguiria descansar.


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Notas finais do capítulo

Essa é a parte 1 do capitulo 8, a outra será postada na visão de Edward, espero que gostem...