Understand: Angels And Demons escrita por Raphael Abreu
Notas iniciais do capítulo
Pessoal, esse é a primeira história que eu escrevo. Espero que vocês gostem. Aceito sugestões.
Já estava ficando nervosa, sem paciência, olhava para o relógio e era como se o tempo não passasse, até que não aguentei mais e perguntei:
– Já esta perto?
– Está sim, você é a próxima, pode entrar! – a secretária me respondeu, levantei-me e fui em direção à sala dela, eu nunca tinha feito isso, era a minha primeira vez, estava tão nervosa.
– Então... Daniella não é? Aqui diz que você foi abandonada na porta de um orfanato de freiras, e ainda hoje você mora lá, não é? Então me diga por que está aqui? – ela perguntou-me.
– Na verdade me mandaram vir aqui, por que dizem que tenho problemas psicológicos... – Tentei responder do modo mais natural possível.
– Interessante! Então, Daniella vamos conversar um pouco, ok? – Disse ela – Conte-me, que problemas são esses que as pessoas dizem que você tem? – Perguntou-me.
Respirei bem fundo e respondi:
– As pessoas me chamam de louca, por que... eu vejo coisas, coisas que ninguém mais vê.
A doutora frangiu a testa e com uma voz preocupada me perguntou:
– Que tipo de coisas você vê, por exemplo?
Pensei um pouco, e então respondi:
– Às vezes eu vejo vultos, e algumas vezes esses vultos tomam formas específicas.
– Especificas? Como assim? – ela perguntou já assustada.
– Como se fossem anjos... – Eu respondi.
Por alguns minutos a doutora ficou em silêncio, copiando apenas num papel, de vez em quando ela olhava para mim, com um olhar de preocupação, logo a doutora pediu para sua secretária para chamar a pessoa responsável por mim, ela queria falar com ela, pediu para que eu saísse e ficasse lá fora, então me levantei e fui em direção à porta.
Quando Beth – minha responsável – entrou, e me pediu para ficar tranquila, que ela iria dar uma palavrinha com a psicóloga. Saí. Sentei-me no banco e fique por pelo menos meia-hora. Apesar de já saber qual seria o diagnostico da doutora, ainda assim fiquei um pouco esperançosa.
Beth saiu da sala com uma cara aflita. Ela aproximou-se e disse:
– Vamos! Temos um longo dia pela frente.
Levantei-me e a segui. Fiquei meio aturdida com a situação. Perguntei à ela:
– O que ela disse Beth?
– Ela... hum... – gaguejou Beth – Ela falou que... Ah, besteira...
Olhei para Beth e parei de caminhar. Ela deu três passos antes de virar -se para mim.
– Quer dizer então que você me trouxe aqui pra nada? – Perguntei.
Ela olhou bem fundo nos meus olhos.
– Olha a minha opinião quem precisa de ajuda é aquela doutora... – Virou-se e continuou andando.
Corri atrás dela para acompanhar seus passos.
– Mesmo assim eu quero saber o que ela disse! – falei.
– Quer saber a verdade então? Ela mandou eu interná-la numa clínica. Disse que você tem realmente sérios problemas.
Aquilo foi como um soco no estômago. Senti-me inútil. Como ela poderia dizer que eu sou tão problemática assim? Eu sou uma pessoa normal, como qualquer outra. Meus nervos começaram a fervilhar. Meus começaram a derramar lágrimas. Comecei a suar frio. Senti como se meu corpo quisesse tomar um rumo do qual meus pensamentos não ordenavam. Beth voltou e falou:
– Não chore! Amanhã iremos em outro psicólogo.
Aquilo fez com que eu me acalmasse. Beth ligou para o seu taxista, Josh. Em 3 minutos ele chegou.
– Rápido, como sempre! – Comentou Beth.
Entrei no carro calada. E, fui deixando-me ser levada pelos pensamentos. Quando algo em cima de um prédio chamou minha atenção. Asas abertas, como as de uma pomba, e pelo menos 100 vezes maior. Desviei o olhar e coloquei a mão sobre o rosto. Por que isso acontece logo comigo?
Ouviu a voz de Beth ao celular.
– Dani! Marquei sua consulta amanhã. – Comentou. – Não se preocupe tudo acabará bem!
Voltei meu olhar para cima do prédio em que vi o estranho vulto, o único problema é que já não estava mais lá. E, a essa altura, eu mesma estava começando a considerar o que a doutora dissera.
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