Backstage escrita por Bull Terry Doll


Capítulo 3
Adolescence


Notas iniciais do capítulo

Triste, ninguém lê ;-; Eu não passei de ano, e esse próximo ano vai ficar complicado escrever, então vou escrever vários capítulos antes de postar cada um. Qualquer sugestão vai demorar a aparecer. Ainda por cima, estou num mau-humor enorme, acho que se encontrasse alguém da minha escola, não importa quem seja, eu mandaria se f****, sério. E olha que não costumo falar palavrões. Que ótimo.
Boa leitura, se alguém estiver lendo.



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Tinha se passado uma semana, e nada de novo. Claro, todos ali entendiam que os produtores não eram máquinas de fazer música, mas a demora, considerando que há pouco os Kagamine estrearam, era de deixar qualquer um ansioso. Era como se o público estivesse se acostumando.

Felizmente, o produtor de Cendrillon fez uma versão dessa música para os Kagamine, com a mesma melodia, mas uma letra menos trágica que a música original. A mestra ficou muito feliz, e chamou os gêmeos.

Len e Rin estavam brigando pelo controle da televisão, quando foram chamados. O objeto acabou voando direto para o colo de Len que sorriu vitorioso. A loira não deu importância e atendeu:

– Moshi Moshi, Tsuki-chan?

– Rin-chan, música pra você e Len. Vou mandar pra vocês pela impressora, okay?

– Impressora? - Rin olhou para um canto da sala, onde havia a dita cuja. Não tinha percebido ainda. Algumas folhas de papel foram se apresentando com a letra e as cifras.

Era estranho como sabia ler cifras perfeitamente, nem demorava muito pra saber com ficariam as notas. Um humano normal conseguia isso? Ou ela aprendeu antes de seu sono? Deixou essas questões de lado, e foi mostrar as cifras para o irmão.

Logo nas primeiras linhas, eles ficaram corados. Apesar disso, treinaram juntos a música, ignorando o que diziam, só treinando pausas, e a vez de cada um, e nisso se passaram três dias. Quando Fuyuku chamou-os de novo, desta vez pra gravar o PV, os dois foram em silêncio.

Descobriram que Tsuki criou num programa de computador duas crianças iguaizinhas a eles, apenas menores, apelidados de Chibi Rin e Chibi Len. Acharam que seria um PV tranquilo até, para a primeira música inteira que faziam, mas se enganaram feio.

– Eu não vou ficar de quatro em cima da Rin! - Len reclamou, constrangido. Sua irmã apenas ficou calada, a vermelhidão tomando conta de seu rosto de forma preocupante.

– É só por um minutinho, gravando vocês. Não é muito, foi o que pude imaginar já que não aceitam nem um beijo no rosto! - A morena falou, numa posição dominadora. - Se não fizerem, sem banana e laranja por um mês!

Sim, eles acabaram viciando nessas frutas, e não vivem sem elas.

–NÃO!

E foi assim que aceitaram fazer essa cena, e o motivo do rubor nas bochechas ser tão real.

Quando terminaram, foram dormir sem se falar, cobertos de vergonha pelas cenas feitas. Mas a vergonha não se resumiu a isso, já que Tsuki teve a ideia de mostrar o PV aos outros, de tão bom que ficou.

(http://www.youtube.com/watch?v=oG4lGJaTCt8)

Len e Rin passaram uma semana sem se falar de puro constrangimento, e um mês sem se olharem nos olhos.

owowowowowo

O alarme de Fuyuku tocou alguns meses depois, mais um vocaloid acordando. Chegou no laboratório e puxou a maca com uma garota, e foi buscar roupas e os fones de ouvido após ver os sinais vitais. Quando voltou, encontrou a outra se olhando num espelho. Cabelos longos e rosados, os olhos bem azuis, o corpo desenvolvido e alto demais para uma adolescente, com uma avental que cobria o suficiente, mas ficando um pouco menor que o normal.

– Quem sou eu?

– Lembra-se de alguma coisa? - A menina pulou de susto e se virou para a dona da voz. - Vejo que não, não é? Seu nome é Megurine Luka, e tem vinte anos. Você é uma Vocaloid.

– Luka? - Ela repetiu como um pokemon, olhando para as próprias mãos. - E o que é Vocaloid?

– Vocaloid são seres especiais como você, que cantam, dançam, mas acima de tudo, sentem.

– Eu posso fazer tudo isso? - Luka ainda estava insegura.

– Claro! Afinal, eu te criei, sei que você é capaz.

A adulta de cabelo rosa pensou por uns segundos. Se foi Tsuki que a criou, talvez realmente pudesse cantar, dançar, essas coisas. Mas achou que faltava alguma coisa. Ainda assim, acenou que tudo bem.

– Que bom! - Tsuki pulou em cima, abraçando-a. Depois de vestí-la com uma blusa e uma saia comprida com uma fenda de lado, ambas pretas com detalhes dourados e um fone de ouvido combinando, levou-a ao refeitório, onde todos estavam reunidos. Todos mesmo, até os mais velhos. - Minna, esta é a nova vocaloid, Megurine Luka. Tratem-na bem, okay? Vou te entregar a chave de casa, qualquer coisa ou problema, tem os vizinhos ou é só falar comigo. Vou arrumar sua casa. Por enquanto, passeie um pouco com o pessoal, eles já sabem o caminho.

Entregou a chave, e saiu correndo e saltitando, falando com alguém por um pequeno fone de ouvido. Luka olhou insegura para todos, que ainda a olhavam com curiosidade.

– O-ohayo.

Para a surpresa da garota de cabelo rosa, eles logo abriram um sorriso acolhedor, convidando-a para se sentar com eles. Conversavam muito, mas ela só ouvia, prestando atenção em cada um. Logo conseguiu entender como era cada um.

Miku era muito alegre e vibrante. Len era calmo, inteligente e obedecia fácil sua irmã. Rin era teimosa e curiosa, Len era o único que conseguia dobrá-la, e isso quando ele queria, mas no geral, o irmão cumpria os desejos dela. Meiko era madura e cabeça quente, quase só bebia sakê. Kaito era viciado em sorvetes, e parece meio bobo, mas não é. Os mais velhos deram um oi, mas ficaram mais na deles.

Depois de saírem do refeitório, foram ao mini parque. Len e Rin no Guitar Hero, Miku mostrando tudo, não entendia como ela não se cansava, e os outros por aí. Mas logo se cansaram, então a Hatsune teve uma ideia.

– Eu sei de um lugar bem legal, parece abandonado, mas acho que Tsuki pretende usar pra algum PV.

Andaram por uma trilha atrás da roda gigante, num caminho cheio de árvores repletas de flores de cerejeiras cor de rosa, até um lugar que lembrava uma casa antiga e oriental, bem grande. O lugar era deserto, e conseguiam ouvir sons de gafanhotos e corujas dali, apesar de não verem nenhum bicho. A luz da lua era a única que iluminava o lugar... Até Miku clicar no interruptor de luz. Aí puderam ver o lugar todo.

– É lindo! - A garota de cabelos rosados comentou, impressionada. O lugar era bem tradicional, e apesar de estar de noite, não chegava a parecer assombrado. As luzes eram abajures tradicionais, vermelhos, e o lugar tinha muitos quartos. Depois de explorarem tudo, ficaram cansados, já estavam bocejando, e foram para suas casas dormir.

owowowowowo

Miku acordara sem piedade as outras meninas do quarto, animada pra mostrar algo à nova amiga. Levou-as até o jardim, onde estavam todos as crianças do orfanato.

– Tsuki-tan, você sabe cantar? - A menor perguntou.

– Não muito, gomenasai.

– Aah. - A menina de cabelo esverdeado murchou, mas seu sorriso voltou depois - Então vou te mostrar uma coisa. Sabe que todo o povo do orfanato canta?

– Sério? - Tsuki se preocupou em ser deixada de lado, já que não sabia cantar bem, só assoviar. Estava ainda num estado de melancolia pós-choro.

– Hai! Mas já que você não canta, pode ser nossa empresária!

– Okay. Canta um pouco, pra eu ver?

(http://www.youtube.com/watch?v=8FY8TxMFKsM– ignorem as Miku's lá atrás)

E Miku cantou de forma fofa, dançando e acompanhando a música com o próprio corpo, fazendo até um biquinho em alguns momentos, e todos pararam de brincar pra assistir a menininha. Quando terminou de cantar, se curvou como que agradecendo ao público e olhou para a outra, que estava boquiaberta.

– Eu que vou ser sua empresária, viu? - Avisou, fazendo a menor rir.

A Hatsune foi brincar com as outras meninas, então duas crianças gêmeas se aproximaram. Eram praticamente iguais, a diferença era que o menino tinha uma franja rebelde e a garotinha prendia a franja com grampos de cabelo, além de enfeitar a cabeça com um chamativo laço branco. Estes era Rin e Len, mas eles só tinham dois anos e não sabiam falar ainda.

Tsuki depois soubera que a mãe dos pequenos abandonou-os por não ter como cuidar deles, o que indignou-a e lhe desenvolveu um sentimento de proteção com os dois. Além de Miku e Haku, vivia colada neles, seja com um ou os dois no colo, seja segurando a mão deles.

Mas no momento, ela só queria ficar sozinha. Mesmo que Miku tivesse lhe devolvido um pouco do animo, estava melancólica demais pra brincar, então tentou ignorar quando eles puxavam a barra de sua blusa pra chamar sua atenção. Claro, até Rin fazer menção de chorar.

– Não, não chora! - Tsuki pegou-a no colo, tentando acalmá-la, e Len viu a oportunidade, resolvendo chorar também. - Não chora você também! Kami-sama, se vocês chorarem, eu choro junto!

Com os dois no colo, ela tentava de tudo para que não chorassem, mas só se acalmaram quando ela improvisou uma música, assoviando.

– Que bom que vocês dois estão felizes agora... - Suspirou. Só queria ficar quieta, na dela, e vinha duas criancinhas carentes. Não que ela própria não fosse carente, mas mal pôde ficar de luto desde a morte de seus pais, graças a bagunça que se tornou sua vida depois daquilo. Segredos, enigmas, tantas coisas pra lidar, que mal tinha tempo para seus próprios pensamentos.

Seu momento de tristeza foi interrompido tantas vezes pelas duas crianças em seu colo que ela desistiu, e foi brincar com Miku, com os gêmeos lhe seguindo pra todo lugar. Com o tempo, se acostumou, e até se sentia sozinha quando não tinha os dois grudados nela.


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