Germán sem aproximou de mim em modo de proteção. Eu estava paralizada. Sentia que aquele ser ali na minha frente estragaria minha noite.

- R-r-rafa? - eu gaguejei.

- Sim, meu amor! - ele começou a me girar.

Germán ficou vermelho de raiva e saiu correndo do restaurante. Sabia! SABIA que Rafa Palmer faria isso acontecer. Ele sempre fazia isso com o Pablo, só que eu não ligava (Talvez porque eu só gostasse do Pablo como um amigo) Mas com Germán, eu fiquei furiosa e super triste, senti que tudo ia por água abaixo. Rafael Palmer tinha passado dos limites.

- RAFAEL! - eu berrei e atraí olhares de todo o restaurante. - Caramba! Você não para nunca! Chega! - eu abaixei um pouco o tom de voz. - Eu não gosto de você como mais que um amigo! Chega! Tá vendo o que aconteceu? Viu o que fez? Dá licença que vou atrás do meu N-A-M-O-R-A-D-O! Não se atreva a me seguir. -

Desabafei e saí do restaurante sem dar oportunidades para ele falar. Avistei Germán sentado num banco da praça com o semblante confuso. Pensativo ele fitava o chão.

- Germán! - corri em direção à ele.

- O que quer, Angeles? - ele respondeu frio.

- Germán, não fale assim por favor, eu...

- COMO não falar assim? - ele me interrompeu gritando. - NUNCA ESPEREI UMA COISA DESSAS VINDA DE VOCÊ! - e então ele saiu correndo.

Sentei no banco e pus-me a chorar em meus joelhos. Estava uma linda noite. O céu estrelado, lua cheia... Mas eu estava triste. Sabia que Rafa Palmer ia arruinar meu namoro. E o pior é que Germán não tem culpa de ter ciúmes, eu agiria do mesmo jeito (talvez até pior).

E então começa a chover. Nem liguei. Não tinha para onde ir mesmo. Fiquei sentada no banco, deixando as lágrimas sairem livremente. Logo, adormeci no banco da praça, na chuva, com frio (e com fome pois acabamos nem jantando)

Pov Germán

Eu estava voltando para casa numa angústia tremenda. Também estava preocupado com a Angie porque a deixei sozinha e começou a chover. Eu estava bravo, mas eu continuava a amando.

Entrei em casa e dei de cara com Violetta e León no sofá, vendo um filme. O que esse menino fazia na minha casa? Ainda por cima abraçado com a minha filha! Decidi não falar nada, eu já estava bravo o suficiente.

- Pai! Er... Desculpa, eu achei que você e a Angie voltariam mais tarde.. - ela disse se virando. - Cadê a Angie?

Eu entrei no escritório furioso e fiquei lá por um tempo.

Pov Violetta

Tinha algo errado. Cadê Angie? Papai está tão bravo quanto parece? Ai não, eles brigaram!

Chamei León para ficar aqui enquanto eles estavam fora. Eu disse que não queria ficar sozinha, mas isso foi só uma desculpa para vê-lo. Ficamos vendo um filme de terror e ele me abraçava e me beijava quando eu ficava com medo.

Até que papai chegou. Pedi delicadamente para León ir embora pra que eu pudesse conversar com meu pai. Ele me deu um selinho e foi.

Entrei no escritório e fui bem direta:

- Sem delongas, papai, onde está a minha tia? O que aconteceu?

- Violetta, isso não lhe interessa e...

- Papai! - gritei.

- Sei lá o que aconteceu, Violetta, ela encontrou um cara no restaurante e ele ficou de gracinha com ela. Fiquei furioso e saí correndo de ciúmes.

Que cara era esse?

- Onde ela está agora?

- Quando saí ela estava na praça.

- Papai, está chovendo! - eu gritei apontando para janela. - Ela não tem para onde ir!

Ele ficou quieto.

- Que cara era esse? - eu perguntei.

- Eu é que vou saber? Só sei que tinha cabelos no ombro e pelo que eu me lembre, acho que o nome dele é... Acho que é Rafa, será isso?

- RAFA PALMER! - berrei para mim mesma.

- O conhece? - papai perguntou pensativo.

- Mas é claro! Papai como pode fazer isso com a Angie? Rafa Palmer é um cara que sempre deu em cima da Angie, desde sempre, e ela não gosta dele, eu tenho certeza, eu já vi os foras que ela dava nele! Como pode fazer isso com ela? Ah meu Deus, eu mesmaa vou lá na praça, não quero que ela passe a noite lá.

Eu ía sair do escritório, mas fui interrompida por um berro:

- NÃO! Tem razão, filha, deixa que eu vou. - ele se levantou e eu dei um sorriso.

Pov Germán.

Eu ia depressa com o carro pensando nos últimos minutos. Tudo acontecera tão rápido e eu agi sem pensar. Como eu fui tolo o suficiente para deixar minha princesa sozinha numa praça perigosa nesta chuva?

Quando eu cheguei lá, ela ainda estava no banco. Saí do carro e me aproximei.

- Angie!?

Nenhuma resposta. Aí que notei que ela adormecera. Ela estava toda molhada por causa da chuva que nessa hora virara uma mini-tempestade.

A peguei no colo e a levei até o carro. Assim que a aconcheguei no banco de trás eu entrei no carro e fiquei a admirando e pensei: "Germán, como você foi idiota!". Peguei meu casaco e coloquei por cima dela e sequei seu rosto com um lenço.

Cheguei em casa e Angie ainda estava num sono profundo no banco de trás do meu carro. A chuva estava menos rígida que antes.

Entrei em casa com Angie no colo. Violettaa já tinha ido dormir, pois estava tudo escuro e quieto. Coloquei Angie na minha cama e a abracei para esquentá-la.

Pov Angie

Eu acordo totalmente disposta. Abro os olhos e vejo algo inesperado. Eu não tinha dormido na praça?

- Bom dia, meu amor! - Germán dá um beijo em minha bochecha e me aperta pra si.

- Estou sonhando?

- Não, princesa, eu me arrependi e te trouxe para casa. Desculpe ser tão idiota na noite passada.

- Obrigada. - eu disse e deitei minha cabeça em seu peito.

Ficamos assim abraçadinhos por um bom tempo. Eu queria que tudo parasse para eu nunca mais largar daquele abraço. Ainda não caiu a ficha que eu dormi mesmo na mesma cama que ele. Isso já acontecera, mas dormimos um de cada lado, e desta vez, passamos a noite inteira abraçados.

Me sentia tão bem... Eu não estava sonolenta como acordo todas as manhãs. Ele resolve quebrar o silêncio acariciando os meus cabelos e dizendo:

- Angie... Eu queria te dizer uma coisa muito importante.

- O quê? - eu levantei a cabeça.

- Angie... Eu... Eu... Eu te amo muito. - ele corou.

Eu sorri carinhosamente para ele e respondi num cochicho:

- Eu te amo mais!

Ele sorri e me beija. Que beijo gostoso. Apaixonante, é incrível como ele faz eu o amar cada dia mais.

- Acho difícil você me amar mais! - ele voltou a me apertar *-*

- Então amamos igual, ok? -eu ri e ele concordou com mais um beijo.

- Daria minha vida para de ver sorrir.

Assim que ele disse essaa frase, com poucas e simples palavras, meu coração começou bater mais forte. O que o aamor não faz com a gente?

- Meu Germán! - eu disse acariciando o outro lado do peito, o qual eu não estava com a cabeça apoiada.

- MINHA Angie! - ele disse e começou a me encher de beijos pelo rosto, o que me fez rir.

Ficamos mais um tempo ali, deitadinhos, abraçadinhos, se beijando e conversando o que não tivemos a oportunidade de conversar na noite de ontem.

Depois de meia hora descemos para o café. Violetta deixou um bilhete dizendo que saiu. Ela ia terminar de organizar as coisas para festa da Cami que seria hoje. Ramalho estava no escritório e Olga ainda preparava o café da manhã. Então eu e Germán decidimos assistir TV até a comida estar na mesa. E assim fizemos.

Comemos e Germán foi na empresa para resolver um problema que segundo ele, não era nada demais.

Pov Germán

Vários funcionários haviam sido demitidos por um descuido, agora eu teria que contratar muita gente. Fiz isso durante uma parte da manhã.

Contratei nove novos funcionários. Uma delas, uma tal de Esmeralda, ficava me flertando, mas eu ignorei por completo, a única mulher que me importa (além da minha filha) é a Angie. Minha Angie. E era na Angie em quem eu não conseguia parar de pensar durante esta horinha que fiquei na empresa contratando gente.

Decidi enviar uma mensagem:

"De: Germán

Voltando para casa, beijos, minha princesa!!!

5 de dezembro às 9:07"

Quando cheguei em casa, Angie assistia um filme. Me juntei a ela e assim ficamos 10 minutos.

De repente, a campainha toca.