O Príncipe e A Plebéia escrita por ravenclawgirl


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, estava sumida porque estava ocupada escrevendo outras fanfics, sem contar nos outros trabalhos que eu estava fazendo. Agora que está tudo organizado, vou postar.

OBS: Esse capítulo contém algumas descrições impróprias para menores de 16 anos (como está na descrição da história). Quem ainda quiser ler, fique a vontade ;)



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Já era de manhã, minha cabeça estava "girando", acho que tinha de exagerado um pouco no vinho. Não me lembrava de quase nada, estava tonta, não conseguia firmar meus pés no chão. Joguei-me na cama pra tentar dormir de novo, mas meu celular começou a tocar de novo.

- Alô? - Disse entre dentes

- Oi, pequena. - Ah, era ele!

- hm, Olá. - Tentei forçar um sorriso, mas estava tão enjoada que nem conseguia ficar sentada de tão zonza.

- Nossa, pela sua voz a noite foi boa ontem.

- Uhum. - Respondi me olhando no espelho. - E você, como foi?

- Estou na casa do meu pai.

- Sério? - Eu sorri.

- Sim, o Ash está comigo. Ele ainda não acordou. Mas... E você? Está se sentindo bem? - Disse ele se mostrando preocupado. Que fofo!

- Ah, eu acho que exagerei no vinho. Não sei por que eu bebi, não sou de beber. E o pior é que eu não lembro o motivo. - Disse fazendo força com a minha mente pra tentar me lembrar do que aconteceu.

- Então eu já sei, tome um banho, se arrume que eu vou te buscar pra nós tomarmos um café juntos, tá bom? - Ele disse. Eu sorri, parecia uma boa ideia.

- Ok, tomarei qualquer coisa pra acabar om esse enjoo.

- Ok. Então me espera, beijo. - Disse ele desligando o telefone. Eu tentei me levantar da cama, mas acabei caindo de joelhos no chão. Minha cabeça estava a mil, meu estômago estava fervendo, e por algum milagre, tomei forças para sair do chão e correndo em direção ao banheiro: Eu iria vomitar.

Sinceramente, nunca tinha me sentido tão enjoada em toda a minha vida. Fui diretamente ao chuveiro, e após um longo banho (bastante refrescante), sequei meus cabelos, vesti um vestido laranja, uma sandália, e peguei uma bolsa. Quando desci as escadas, vi minha mãe sentada no sofá, assistindo televisão... Com o Frederick? E eles estavam... Abraçados? Foi quando eu me lembrei da noite passada.

- Mãe, estou saindo. - Disse me dirigindo a porta o mais rápido o possível. Não escutei o que minha mãe disse, se é que ela disse alguma coisa. Não queria esperar Nate na porta de casa, não queria falar com ela por enquanto, fui andando e procurando meu celular sem prestar muita atenção na rua, quando fui surpreendida por um carro que quase me atropelou.

- Alex! - Eu reconheci aquela voz, e me senti culpada. Nate quase me atropelou por causa da minha falta de atenção. Ele saiu do carro desesperado e me abraçou muito forte, como se eu fosse fugir dele.

- Meu Deus! Você está bem? Nossa me desculpa. - Ele disse preocupado. Tadinho! Eu não consegui conter as lágrimas.

- Porque está se desculpando? A culpa é minha! Eu estou tão zonza e... Tão... - Me engasguei tentando engolir o choro.

- Calma. - Ele me abraçou e me levou pra dentro do carro. A nossa sorte é que não tinha nenhum paparazzo por perto.

Ele me levou a uma cafeteria, sentamos em umas cadeiras vazias e começamos a conversar.

- Toma. - Me ofereceu o café com creme, que por sinal é uma delicia.

- Me conta o que aconteceu?

- Ah... - Comecei mexendo no meu cabelo. - Minha mãe e o Frederick estão ficando. - Terminando de dizer isso, Nate se engasgou com o café.

- Como assim?

- Como assim? Eles estão juntos! - Disse engolindo uma dose de café.

- Mas, como você sabe? Você os viu se beijando?

- Vi, eu acho. Quero dizer, não lembro muito bem. - Disse confusa.

- Você acha. - Ele disse pra mim, me fazendo lembrar da noite passada, mas dessa vez com clareza.

- Eu vi. - Disse determinada.

- Quando?

- Ontem. Eu estava falando com a Lola pelo telefone, quando eu olhei na cozinha, eles estavam rindo, abraçados e...

- E aí, eles se beijaram. - Disse ele tentando entender. Eu apenas balancei a cabeça e continuei.

- E hoje eu os vi, sentados no sofá, abraçados assistindo televisão. Acho que ele dormiu lá em casa.

- Ok. E você? - Ele perguntou pegando na minha mão.

- Eu? Como assim?

- É. Você, o que você acha? Porque você parece confusa. - Ele tinha razão, eu estava confusa, eu não sabia o que fazer. Tentei ser o mais franca o possível.

- Bom, eu não sei. Parte de mim quer que ela seja feliz. Quero dizer, desde que meu pai morreu, a minha mãe não ficou com mais ninguém. Mas, a outra parte fica apreensiva, porque eu não quero que ela se machuque.

- Você não quer que ela se machuque, ou você está com ciúmes? - Ele disse me deixando mais confusa ainda, e um pouco irritada.

- O que você está querendo dizer?

- Bom, como você mesma disse, seu pai foi o único homem que sua mãe amou de verdade, depois dele não teve mais ninguém. Com isso, vocês duas ficaram muito próximas. Então, ela agora com outro cara, você tem medo de que ela se afaste de você. - Ele fez uma pausa e viu que eu fiquei sem jeito.

Ele continuou.

- Alex, eu sei que ela é sua mãe, que você a ama, que você se preocupa com ela, mas ela já é uma mulher bastante vivida, ela sabe se cuidar sozinha. Se ela se machucar, ela vai saber dar a volta por cima. - Ele me abraçou e enxugou as minhas lágrimas.

- É nessas horas que eu sinto falta do meu pai. - Disse baixinho, ele sorriu e me beijou.

- Quer ir pra casa? - Ele perguntou mexendo no meu cabelo, eu balancei negativamente e sorri.

- Vamos dar uma volta por aí. - Disse acariciando seu rosto

- Sua mãe não vai ficar preocupada? - Ele perguntou segurando minha mão entrelaçando seus dedos no meu. Senti algo completamente anormal sob a minha pele, um arrepio incompreensivo. Cheguei meus lábios pra perto do dele e disse:

- Eu ligo pra ela depois.

Ele sorriu e nós saímos da cafeteria em direção ao carro. Passeamos pela cidade ao som de Foo Fighters, cantando em voz alta. Até que ele parou e ficou me ouvindo.

- Nossa. - Ele sorriu.

- O quê? - disse fazendo careta.

- Você canta bem.

- Sério?

- Sim. Sua voz é linda. - Ele disse me fazendo ficar sem jeito.

- Ah, a sua também é. - Retribuí

- Eu sei. - Disse fazendo careta. Eu dei um leve tapa no seu ombro, o fazendo rir. Tudo estava indo bem até começar a chover.

A chuva apertava mais ainda conforme o tempo, e eu mirava a janela embaçada. Nate bufou quando viu que a chuva aumentou.

- O que houve? - Perguntei inocentemente. - Não gosta da chuva?

Ele não respondeu, apenas sorriu. Nossa, como amo o sorriso dele.

Ele continuou dirigindo por mais algumas horas até que o motor do carro parou.

- Legal. - Ele resmungou, mirando para o medidor de gasolina. Não era nem necessário ele me explicar que ele não tinha enchido o tanque.

- Bom... - Eu disse, me virando e encarando-o. - Tem algum plano B?

- Na verdade tenho dois. - Disse ele, maroto. - Ou ficamos aqui e esperamos a chuva passar, ou... - Ele hesitou, mordendo os lábios.

- Ou... – Repeti

- Podemos ir para o meu apartamento. - Disse ele tímido.

Também fiquei sem jeito, afinal de contas era a primeira vez que eu iria ficar sozinha com ele. Tá, eu sei que já tenho 18 anos, e estava prestes a completar 19, mas, sabe como é né?

- Hum... - Foi tudo o que consegui responder. Mas aí eu sacudi a cabeça, pois já estava com pensamentos pervertidos ativados em minha mente. "Deixe de ser medrosa" pensei, mas era difícil não pensar em outra coisa se não... Você sabe. E já estava ficando ansiosa, minha boca estava seca, eu precisava falar algo.

- Alex? - Nate me chamou atenção. - E aí?

- Ah... - Consegui dizer pelo menos isso. - Está bem.

- Está bem... O quê? - Ele parecia confuso, logo ficou corado quando eu notei que ele estava quase rindo de mim.

- Vamos pra sua casa, digo, seu apartamento. - Disse com firmeza.

- Tudo bem. - Ele disse abrindo a porta do motorista. - Vamos?

- O quê? Agora? Mas, está chovendo muito. - Disse espantada com sua atitude, quero dizer, já esperava isso.

- Calma, é logo ali. - Ele saiu e apontou para um prédio que vinha depois de mais três prédios semelhantes.

Ele me surpreendeu abrindo a porta do carro e me puxou para fora, e riu de mim porque eu gritei de susto.

- O que houve? Você não gosta da chuva? - Ele disse sarcasticamente, me fazendo fechar a cara.

- Calma, eu estava brincando. - Disse ele apreensivo com a minha expressão.

- Sim. - Tentei demonstrar seriedade. - É claro que estava.

Ele levantou uma das sobrancelhas e eu o empurrei, gargalhando pela rua.

- Vai ficar parado? - Gritei enquanto eu corria até a escada que dava na porta do prédio. Ele sorriu e veio em seguida me alcançando e me pegando pela cintura.

- Então é assim que você joga né? - Ele sussurrou tocando seus lábios molhados de chuva perto dos meus, só que desta vez eu não precisei ficar na ponta dos pés. Logo me dei conta que estávamos na escada em frente ao portão do prédio dando uns amassos, e, se estava desse jeito fora do apartamento, imagine como vamos ficar dentro?

- Primeiro as damas. - Ele disse abrindo o portão.

- Obrigada Senhor. - Disse, tentando forçar um sotaque britânico, o que não deu certo porque ele riu de mim.

Entramos pela portaria e fiquei um pouco surpresa de ver como Nate tratou o porteiro. Eu não imaginava que ele fosse tão gentil e educado - Graças à fama que ele tinha de problemático -. Ele deu uma “boa tarde”, perguntou como estava a esposa e o filho que estava doente, e me apresentou como sua namorada. (Confesso que senti um arrepio na espinha quando ele disse aquilo) Por fim, ele se despediu e entramos no elevador.

Chegando o 5º andar - onde ele morava - Ele fez uma reverência para eu passar primeiro. Eu sorri e fingi desfilar pelo corredor quando eu fui surpreendida pelas mãos gigantes dele me pegando no colo e me rodopiando até para dentro do apartamento. Ele parou, e ficou me olhando como na primeira vez que nos vimos no aeroporto. E eu não estava nem aí pelo fato de estar toda molhada e meu cabelo está um nó, ele me olhava com carinho, ternura, e desejo. Muito desejo.

Ele me pôs no chão e acariciou meu rosto antes de me beijar. Sua mão esquerda permaneceu sob meu rosto, enquanto seu braço direito me envolvia tão forte que meus seios se contraíram contra o seu peito forte e pude sentir seu coração bater acelerado, no mesmo ritmo que o meu. Senti minhas mãos deslizarem sobre seus braços musculosos, me fazendo pensar no que aquele físico seria capaz de fazer comigo. A mão que estava acariciando meu rosto enquanto ele me beijava desceu direto para o meu pescoço, nossas línguas formaram uma sincronia perfeita e a mão de Nate desceu mais uns milímetros, parando no meu ombro. Quase implorei para que ele finalmente me tocasse, mas não fiz. Senti meus dedos amaciando seus cabelos acobreados, o fazendo sorrir, mas não era um sorriso comum, era diferente de todos os sorrisos que ele já tinha dado, e aquele sorriso fez com que meus dedos repetissem o movimento que fazia no couro cabeludo dele, até que sua mão desceu mais um pouco, amaciando meu seio direito. Eu suspirei, aliviada por finalmente ser tocada. Ele continuou descendo sua mão, parando agora nos meus quadris. Minhas mãos estavam envolvendo seu pescoço, até que em uma atitude voluntária eu pulei em seu colo, envolvendo minhas pernas na sua cintura, o fazendo sorrir daquele jeito novamente.

Enquanto ele me deitava no sofá, sentia meu corpo pegar fogo. Eu precisava tirar aquele vestido laranja, e precisava que ele tirasse. Minhas mãos subiram até tocar seu abdômen e tirar sua camisa, ele deitou em cima de mim e me beijou feroz. Sua língua se enrolando com a minha, me fazendo ficar mais excitada, suas mãos subiam e desciam sobre as minhas coxas até que uma das mãos dele tocou em outro lugar, me fazendo gemer baixinho. Suas mãos subiram e logo tiraram meu vestido, me deixando seminua, percebi que Nate também estava apenas de cueca, e não pude deixar de olhar para as partes dele . Seus lábios mudaram o percurso, a língua que estava dentro da minha boca estava dando chupadas no meu pescoço, e depois desceu mais um pouco e foi para os meus seios. Seus lábios desceram mais um pouco e ele estava beijando minha barriga até que mirou para o seu alvo, tirou o que lhe impedia de chegar onde queria e colocou sua boca lá.

Apesar de sempre achar isso que ele estava fazendo nojento, eu não pude me conter. Eu gemia, ofegava, e agarrava seus cabelos, o pressionando contra as minhas partes, fazendo-me gemer mais ainda. Era muito gostoso, e percebi que ele também era gostoso quando vi seu traseiro de fora. Ele levantou sua cabeça e voltou a beijar minha barriga. Seus lábios foram subindo, subindo até ele novamente chupar meu pescoço, mas desta vez com companhia. Eu senti algo grosso e grande entre as minhas pernas, entrando em mim. Confesso que doeu um pouquinho, mas admito que foi muito mais gostoso do que ele com a língua no mesmo lugar. Senti uma onda de calor subir sobre meu corpo, como se minha temperatura tivesse aumentado, e o mais engraçado é que eu pude sentir que a pele do Nate estava na mesma temperatura que a minha. Nossos corpos estavam em sintonia, mexendo juntos. Eu gemia, ria, e ele ofegava e suspirava no meu ouvido.

Era tão gostoso ficar com ele assim, nós dois, nus. Eu estava em ecstasy, não queria parar, e nem ele, mas ele precisava, até que ele parou, repousando sua cabeça suada sobre mim.

Ele estava ofegante, e eu também. Eu acariciava suas costas enquanto ele brincava com o meu cabelo molhado por causa da chuva, e agora do suor.

- Alex. - Ele disse ofegante.

- Diga. - Eu disse, em órbita.

- Eu te amo. - Ele sussurrou, levantando sua cabeça e me encarando novamente, como da primeira vez que ele me viu. E foi quando eu reparei que em todos os nossos encontros, ele sempre me olhara assim, apaixonado. Aquela frase ecoou na minha mente, como um acorde de piano feita especialmente para aquele momento tão sublime. Senti meu rosto queimando quando ele o acariciou, foi quando ele disse novamente:

- Alex, eu te amo, de verdade. - Dessa vez, ele se aproximou e me deu um beijo. Seus olhos estavam brilhantes, e ansiosos, como se fosse os olhos de uma criança prestes a ganhar um presente. Eu suspirei e retribui o sussurro:

- Eu também te amo.

Ele sorriu. Um sorriso largo, feliz, satisfeito, e me beijou.

- Sabe? É a primeira vez que você diz que me ama.

- É. – Disse acariciando seus cabelos. – E também é a primeira vez que faço isso.

- Hum... – Ele disse com malicia e acariciando minha coxa. – Jura?

- Para com isso. – Eu ri. Mas fiquei um pouco sem jeito por dizer isso a ele, entretanto, uma hora ele iria acabar descobrindo.

- Bem, me perdoe pela sua primeira vez ter sido no sofá. Ficou desconfortável? – Disse ele ironicamente e sentando-se no sofá. Eu lhe dei um leve chute e ele sorriu.

- Bom... Acho que não. – Eu disse. Ele sorriu e se levantou em direção ao quarto dele, e voltou vestindo apenas uma calça de moletom e segurando um cobertor e uma camisa do Guns and Roses. Eu a vesti e desfilei com a camisa até a geladeira. Eu a abri e tirei um bote de sorvete e peguei uma colher.

Ao olhar a janela, percebi que ainda estava chovendo. Eu voltei até a sala, desfilando na frente do sofá. Ele sorriu maliciosamente.

- Sabe? – Disse me olhando no reflexo da TV desligada. – Eu gostei dessa blusa.

- Ela também gostou de você. – Disse ele me puxando contra seu corpo, me abraçou e me cobriu com o cobertor. Nós dividimos o pote de sorvete e ele ligou a TV, e eu percebi que já era tarde quando o jornalista disse as horas.

- Droga! – Sussurrei

- O que foi?

- Já são quatro horas da tarde! Minha mãe deve está pirando. – Disse levantando-me do sofá e procurando minha bolsa, que logo me lembrei de que estava dentro do carro.

- Onde você deixou seu carro?

- Eu não o deixei, ele parou por vontade própria. – Disse ele usando novamente o seu tom de sarcasmo.

- Tá, mas onde ele está?

- Bom, estava há dois quarteirões daqui. Mas... – Ele olhou para o relógio. – O rebocador deve ter chegado e trazido ele ao estacionamento daqui.

- É que... – Eu disse andando para todos os lados. – Eu preciso do meu celular. Preciso ligar pra minha mãe.

- Ou... – Ele levantou e pegou o telefone. - Pode ligar pra ela neste telefone, gênio.

Me senti estupida, é claro que ele tinha um telefone e é claro que eu sabia o telefone de cabeça, eu poderia ter pedido permissão pra ligar. Mas, para não ficar sem jeito, acabei insinuando uma cara feia e mostrei a língua. Ele sorriu.

Disquei o número da minha casa rapidamente.

- Alô

- Mãe?

- María Alexandra Martinéz Richards, onde você está nessa tempestade?

- Olha mãe, não está chovendo tanto assim...

- Não me interessa! – Ela estava ficando brava. – Você não disse pra onde ia, e já são quase sete horas. Quando começou a chover e vi que ainda não tinha chegado, fiquei preocupada.

- Ah, mãe. Sinto muito. – E eu realmente sentia.

- Está bem, onde você está?

- Estou... – Mordi o lábio e encarei Nate, que estava devorando o pote de sorvete sozinho (Ele iria se ver comigo depois.).

- Está com Nate, não é? – Ela disse. Claro que estava com ele, sem a Lola aqui, eu estaria com mais quem? Com ele, óbvio.

- No apartamento dele pra falar a verdade. – Disse num só minuto. É sério, eu não ia dizer isso, mas quando dei por mim, saiu da minha boca. Do nada.

- Bom, e vai ficar aí até amanhã, porque a previsão do tempo disse que vai chover o dia inteiro. – Terminando de dizer isso, meu coração ficou na boca. Eu não ouvi o resto do que ela disse por que a frase “vai ficar aí até amanhã” ecoava na minha mente.

- Tá mãe. Eu ouvi. – Mentira, não ouvi nada.

- É sério Alex. Comporta-se. – Ela devia ter me dito isso antes de eu sair de casa. – Pelo menos tomou a pírula?

- Sim mãe. Agora tenho que desligar

- Ok. Beijos.

- Beijo. – Disse desligando o telefone e sentando no sofá.

- E aí, o que ela disse?

- Bom, ela disse que era pra eu ficar aqui até a chuva passar. – Eu disse sentando-me no sofá e cruzando as pernas.

- Olhe só... – Ele se aproximou. – Hoje de manhã, a previsão do tempo disse que o tempo iria fechar, e que iria chover o dia todo.

Ele chegou mais perto, e eu sorri.

- Bom, então eu acho que vou ter que dormir aqui. – Eu disse.

Ele sorriu.

- Sua mãe disse que era pra você ficar até a chuva passar, né? – Sussurrou. Eu apenas sorri.

- E se amanhã ainda estiver chovendo? Você sabe né... – Disse ele acariciando minha coxa e beijando meu pescoço. – Pode chover a semana toda.

- É... – Eu não conseguia falar com a boca dele mordiscando a minha orelha e a mão dele nos meus quadris.

- Pode chover amanhã, depois de amanhã, um mês, um ano... – Quando me dei conta, estava no colo dele. Ele olhou pra mim e sorriu, levantou-se me carregando em seus braços e se dirigiu ao quarto dele. Eu gargalhei baixinho, o fazendo rir também.

Não pude deixar de notar que ele era um cara organizado e que sua cama era enorme. Ele me colocou na cama e se deitou ao meu lado, começou a acariciar meu rosto e brincar com o meu cabelo. Ele não dizia nenhuma palavra, apenas me olhava como se eu fosse a única garota no universo, o que me deixava um pouco sem jeito e ao mesmo tempo emocionada, pois nunca tinha recebido um olhar daquele.

- O que foi? – Perguntei inocentemente. Ele sorriu.

- Nada. – Respondeu apenas isso e continuou a me encarar.

Ele pegou na minha mão e ficou brincando com os meus dedos, acabou que nossos dedos se entrelaçaram. Eu me virei de frente pra ele e o encarei na mesma intensidade que ele me olhara. Ele sorria desviando o olhar. Só estávamos juntos alguns meses, mas pareciam que eram anos, pela maneira que nós nos olhávamos.

Eu encostei minha cabeça em seu peito nu e ele ficou fazendo cafuné, e antes que eu pudesse fechar os meus olhos, ele respirou fundo e jogou para o lado e ficou em cima de mim. Ele sorria maroto e eu o encarava assustada, ele beijou meu nariz e... Começou a falar em espanhol. Pelo menos ele tentava, e eu o corrigia aos risos. Mas, ele começou a me surpreender: Ele se sentou do meu lado e me encarou daquele jeito de novo:

- Soy un pionero que ha estado buscando durante tanto tiempo algo tan auténtico, especialmente para almacenar y llamar a la mía. Hasta que por fin he encontrado, hecho de las montañas más altas de un diamante en bruto, tan grosero, pero tan hermoso. Esa pequeña joya que me calienta el frío, me sacó de la soledad, y me trajo de nuevo a la luz. Pero la piedra se había ido, dejándome solo. Pero el sol me trajo de vuelta, esta vez en forma de una mujer tan fuerte y tan hermoso como el diamante, pero era mejor que la he perdido. Ella me abrazó y me dijo que me amaba. Y fue entonces cuando me di cuenta de que el verdadero diamante es la mirada de la persona que te ama.

(Tradução: Eu sou um pioneiro que há tanto tempo vem buscando algo tão autêntico e especial para guardar e chamar de meu. Até que finalmente eu achei, feita das mais altas montanhas um diamante bruto, tão rude, porém tão belo. Aquela pequena joia me aqueceu do frio, me tirou da solidão, e me trouxe de volta a luz. Mas essa pedra sumiu, me deixando novamente só. Mas o sol me trouxe de volta, desta vez em forma de uma mulher, tão rude e bela como o diamante, porém ela era melhor que aquele que eu perdi. Ela me abraçava, e dizia que me amava. E foi aí que eu percebi que o verdadeiro diamante é o olhar da pessoa que te ama.).

Eu o encarei, emocionada. Eu não conseguia conter as lágrimas, ele tinha acabado de recitar um poema, em espanhol, e ele tinha dito todas as palavras certas. Ele sabia falar espanhol fluentemente, e eu nunca tinha ouvido esse trecho antes. “Foi ele quem compôs.” Pensei.

 – É de minha autoria. – Disse ele tímido e encarando as mãos. - Eu a escrevi faz alguns meses, faz muito tempo que eu não escrevo, uns dois anos eu acho. E quando eu te conheci e descobri que você era Porto-riquenha eu a traduzi para o espanhol, então me desculpe se não ficou muito bom.

- Você me enganou. – Eu disse, fazendo ele me encarar meio triste.

- Você disse que não sabia falar espanhol, e você me deixou sem palavras com esse poema. – Quando eu terminei de dizer, ele deu aquele sorriso dele de garoto sapeca que me deixava doidinha.

- Eu queria fazer surpresa.

- E eu adorei. – Eu disse dando um beijo em seu pescoço. Ele me abraçou forte e se jogou contra o colchão da cama, me fazendo rir. Mas eu tinha que retribuir, tinha que dizer algo pra ele, então eu sentei em cima dele e recitei um trecho de um dos meus escritores latinos favoritos:

- Soy un ser inestable, difícil de entender. Yo dudaba de que alguien me ame de esa manera porque todo el mundo ha dado para arriba en mí. Hasta que el sol a través de mi ventana y te traigo, hijo de Apolo. Pero mi miedo me hace lejos de usted, pero usted todavía no ha se me acercó y me calienta. Así que les pido: No te olvides, no te olvides, por favor nunca me olvides y que mi corazón está en tus manos ahora y Te amo con toda mi alma y la mayor parte de mi vida.

(Tradução: Sou um ser instável, difícil de se entender. Eu duvidava que alguém me amaria desse jeito, pois todos já desistiram de mim. Até o sol atravessar a minha janela e me trazer você, Oh, filho de apolo. Mas o meu medo faz com que eu me afaste de você, mas você ainda sim se aproxima de mim e me aquece. Por isso eu te peço: Não se esqueça, não se esqueça, por favor nunca se esqueça de mim e de que meu coração agora está nas suas mãos e que eu te amo com toda a minha alma e mais que minha vida.)

Terminando de dizer isso, ele me olhou com paixão, levantou-se dando uma gargalhada gostosa comigo em seu colo e me beijou. Seu beijo era tão quente que logo me deu vontade de tirar aquele blusão, e percebi que ele também queria se despir graças. Logo nos olhamos maliciosamente e ele começou a beijar meu pescoço e acariciar minhas coxas, e suas mãos foram subindo até minhas costas e descendo até meu traseiro, me fazendo gemer baixinho. Ele deitou em cima de mim novamente e começou a acariciar minhas partes íntimas, mas de um jeito diferente que me fazia gemer entre os beijos que ele me dava e quando eu dei por mim, estávamos fazendo amor de novo. E dessa vez foi muito melhor do que no sofá, talvez porque tinha mais espaço.


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Notas finais do capítulo

Não se preocupe... Esse é o primeiro e último capítulo que contém descrições sexuais, eu até editei para não ficar muito pesado pra vocês lerem. Enfim, amanhã posto o próximo capítulo porque tenho que acordar cedo amanhã pra trabalhar.

Beijos ;)



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