O Príncipe e A Plebéia escrita por ravenclawgirl


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem o sumiço, estava terminando as provas e tive alguns trabalhos extra-curriculares pra fazer. Mas agora eu estou de volta ;)



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Lola e Brendan saíram do carro e avançaram em nós. Por ser muito pequena, quase caí no chão. Mas não fiquei brava, estava feliz, muito feliz. Mas minha felicidade quase acabou quando Fred saiu da minha casa com a minha mãe.

- Ah, eu sabia que eram vocês. - Fred disse.

- Oi Fred. - Nate disse me abraçando. Eu sumia naqueles braços fortes e enormes. Eu adorava isso. Minha mãe não parava de me encarar, desta vez ela estava pensativa, como se ela quisesse me dizer alguma coisa. Mas eu não quis tocar no assunto, não naquela hora.

- Bom Elaine, estamos indo. - Fred disse.

- Ok. Quando estiver tudo certo, me liga.

- Tudo bem. Até logo. - Disse ele pegando na mão da minha mãe e elevando-a até os seus lábios. Eu estranhei o modo que ele olhou para ela.

- Meninos, vão se despedir das namoradas, estou esperando no carro. - Disse dando de costas e entrando no carro. Lola e Brendan não perderam tempo e chaparam-lhe um beijo na boca que eu fiquei até sem jeito.

- Tchau meu amor. - Brendan disse acariciando o rosto dela.

- Tchau. - Ela sorriu. Brendan nos encarou e Nate me olhou sem jeito. Eu sorri, e ele me beijou na testa.

Ele deu de costas, mas não sei o que deu em mim que eu segurei a mão dele. Aproximei-me devagar, acariciei o seu rosto, fazendo suas bochechas corarem. Ele deu um meio sorriso e olhou para minha mãe, que ainda estava na porta. Ele encarou o chão por um bom tempo. Eu não me importei com a presença da minha mãe, apenas envolvi minhas mãos em seu pescoço e o beijei. Ele retribui tímido. 

- Até algum dia. - Disse acariciando meu rosto.

- Tchau. - Eu sorri e o vi dando de costas e entrando no carro para ir embora. Ao me virar para entrar, vi que minha mãe não estava mais na porta, nem Lola.

- O aconteceu lá fora? - Minha mãe perguntou assim que eu entrei. Acho que ela não viu o beijo que eu dei nele.

- Ah, bom...

- Não precisa mentir Alex. Você e o Nate se beijaram, eu vi. - Ela disse dando de costas e indo para a cozinha.

- Você viu? - Disse surpresa. Ela não disse nada, apenas balanço a cabeça positivamente. Lola me abraçou e deu aqueles gritinhos.

- Eu ouvi quando ele te pediu pra namorar com ele. - Disse aquela bocuda.

- O quê? - Minha mãe gritou da cozinha e correu até a sala. Eu tinha levado o susto com o grito dela.

- Alex! Por que não me contou isso? - Disse ela espantada.

Eu fiquei meia sem jeito, eu devia ter contado isso para minha mãe. Senti-me culpada.

- Ah, mãe. Perdão. - Disse sem jeito. Ela sorriu e me abraçou.

- Ah filha, tudo bem. Bom, agora você é namorada de um famoso né? - Disse ela dando um sorriso malicioso, achei estranho ela ter feito isso.

- Acho que sim. - Disse sem jeito. 

- Bom... - Ela saiu da sala, voltou pra a cozinha e chegou com uma caixinha de remédio na mão.

- Já chegou a hora de você tomar isso. - Ela me deu a caixinha azul. Tinha um nome estranho, estava tentando ler. Eu não sabia o que era, Mas logo soube o que era quando a Lola riu. Então eu nem perguntei.

- Mãe! - Gritei jogando o anticoncepcional no sofá. Exatamente, era um Anticoncepcional!

- Filha, calma. - Minha mãe disse contendo o riso. Lola gargalhava.

- Mãe! É um anticoncepcional! 

- Calma, você fala como se fosse uma bomba. - Minha mãe tentou me acalmar.

- Mas é uma bomba! Pra mim é!

- Filha, agora que você está namorando, você tem que está preparada pra tudo. Você não é mais uma garotinha, tem dezoito anos. E, geralmente é nessa idade que... As "coisas" começam a acontecer. - Disse ela me olhando com malícia, e fazendo ênfase na palavra “coisas”. Entendeu né?

Eu fiquei quieta, e me sentei. Ela estava certa, eu não era mais uma garotinha. E, por incrível que pareça, eu fiquei triste com isso. Lola percebeu meu semblante triste e parou de dar risada.

- Tudo bem amiga?

- Ah, sim. - Disse, encarando o remédio em cima do sofá. Minha mãe se sentou ao meu lado.

- O que houve? - Ela perguntou.

- Nada mãe. 

- Ter certeza? - Ela insistiu. 

- Tenho mãe. - Alterei minha voz. - Estou bem. - Bufei e subi para o meu quarto. Eu não sei o que deu em mim, mas veio uma vontade de me jogar da cama e... Chorar. É eu fiz isso. Eu fiquei tensa com o fato da minha mãe ter dado aquele remédio pra mim. Eu nunca tinha conversado com ela sobre esse tipo de assunto. Eu enxuguei minhas lágrimas quando alguém bateu a porta.

- Posso entrar? - Era ela, minha mãe.

- Pode. - Disse com meu rosto enterrado no travesseiro. Ela se sentou do meu lado e brincou com os meus cabelos.

- Eu sei que você ficou um pouco sem jeito com aquilo. - Disse ela. Eu não disse nada, fiquei em silêncio.

- Sabe filha, nós nunca tivemos esse tipo de conversa. Bom, eu nunca falei com você sobre esse assunto por que... Bom, você sabe né?

- Achou que eu não fosse mais virgem? - Sussurrei no travesseiro.

Ela sorriu, e massageou meu ombro para poder encará-la. Eu continuei com a cabeça enterrada no travesseiro.

- Não achei isso. Eu achei que, você já soubesse desse assunto por conta das conversas com suas amigas.

- Mãe, Eu não tenho muitas amigas no colégio. A única amiga de verdade que eu tenho é a Lola, e a gente não fala sobre isso. - Dizendo isso, minha mãe acariciou minha cabeça e eu me virei. Ela sorriu.

- Cadê a Lola ? - Perguntei encarando a porta, achando que ela estava lá.

- Está na sala, assistindo TV. Ela que quis que eu viesse sozinha pra falar com você. - Disse ela colocando uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. Ah, Lola.

- Filha, sexo só é bom quando você faz com que você ama. Se você faz com qualquer um, você não sente a mesma coisa de quando você faz com que você realmente ama.

- E... - Fiquei sem graça de perguntar, mas respirei fundo e perguntei. - Como é, realmente?

- Depende. - Disse ela. - Tem gente que sente dor, tem gente que não sente... Depende da pessoa.

- Mas, como foi pra você? - Disse um tanto que, sem jeito. Era a primeira vez que eu conversava com a minha mãe sobre isso. Ela sorriu maliciosamente.

- Bom, eu esperava perder a virgindade depois do casamento. Mas, as coisas foram esquentando entre eu e seu pai e aí... Você sabe né? – Ele disse piscando para mim. Eu a encarei e percebi que ela acabara de entrar em devaneio, relembrando os tempos de quando meu pai era vivo.

- Seu pai foi o homem mais maravilhoso que eu conheci. Ele era carinhoso, gentil, autêntico. Você puxou a ele.

- Sério mãe? – Eu disse surpresa. Ela sorriu.

- A nossa primeira noite juntos foi encantadora. Quando acabou, eu queria mais, mas nós estávamos cansados. Nos amamos a noite toda.

- A noite toda? Foi tão bom assim?

- E como foi. – Ela disse aos risos. Quando olhei para a porta, vi que Lola estava encostada na parede sorrindo. Eu a chamei para se juntar a nós, e minha mãe continuou:

- Alex, ele gosta de você. É nítido ver. E quando se está apaixonado, agimos como se não houvesse consequências. Ainda mais quando se é muito jovem como vocês dois. Por isso, você tem que está preparada para essas coisas, porque uma hora, querendo ou não, vai acabar acontecendo. É espontâneo, não tem como evitar. E algum dia, vocês acabarão fazendo.

- Não mãe. - Disse sorrindo. - È claro que eu e o Nate, bom, não iremos fazer... Aquilo. - Ela sorriu e me abraçou.

- Filha, se ele gosta de você e você gosta dele, então vocês têm que investir nesse relacionamento. - Disse ela. 

- O Mesmo pra você, Dona Maria Lurdes! - Disse dando um puxão no cabelo dela.

- Aí. - Ela resmungou.

- Desculpa, puxei muito forte?

- Não, é que eu não gosto que me chamem pelo meu nome verdadeiro. - Disse ela fazendo cara feia, e nós rimos. 

Eu estava mais aliviada por ter tido essa conversa com a minha mãe. Acho que estava faltando esse tipo de intimidade entre a gente. Bom, nem toda a intimidade. Ainda tinha algo que me incomodava no momento. O que estava acontecendo entre minha mãe e o Fred? Eu sei que eles estão trabalhando juntos em um filme, mas... Ultimamente, eles andam muito "próximos". Mas, se tiver alguma coisa, além disso, ela vai me contar.

Nós descemos para jantar. Minha mãe preparou picanha, ela estava de bom humor, achei estranho. Não dissemos nenhuma palavra, eu até queria tocar naquele assunto "Elaine & Frederick". No momento eu até iria abrir minha boca, mas meu telefone tocou.

- Alô?

- Oi linda. - Ao ouvir aquela voz suave eu sorri. Minha mãe deu de costas pegando o meu prato vazio. Lola me olhava com malícia, eu ignorei o olhar dela.

- Oi. - Respondi. Ele sorriu.

- Só liguei pra saber como a minha namorada está? - Quando ele disse isso, eu rolei os olhos e sorri. Pra falar a verdade eu não parava de sorrir, ele me fazia sorrir sem motivo.

- A sua namorada está muito bem, quer deixar recado? - Disse sarcasticamente. Como sempre.

- Sim. - Disse retribuindo o tom. - Diga a ela que eu quero desejar boa noite, e que durma bem.

- Pode deixar que eu darei o recado. - Sorri e ele também.

- Você é sempre sarcástica assim?

- Só quando estou inspirada.

- Essa inspiração por acaso sou eu? - Disse ele com aquele tom de voz mais fofo do mundo.

- Hum, talvez. - Sorri, e ele também.

- Então, é... Acho que é uma boa noite - Disse ele tímido.

- Ah, Boa noite. - Sorri.

- Durma bem tá?

- Claro, agora com essa ligação vou dormir muito bem. - Eu disse e ele sorriu.

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Duas semanas depois...

Estava faltando uma semana para o Natal, e fazia duas semanas que eu e Nate estávamos namorando. Mas, nós não nos víamos mais, só trocávamos mensagens, achei estranho, mas não queria pressioná-lo. Lola estava arrumando as malas para passar o natal com os pais, estava um pouco triste porque iria ficar longe do Brendan. Minha mãe tinha ido ao shopping comprar meu presente, e adivinham com quem? Acertou quem disse Frederick. Agora, mas do que nunca tinha a total certeza que eles estavam juntos. Tá, eu poderia estar errada, mas poderia não estar. Eu ficava pensando nisso enquanto ajudava a Lola com as malas.

- Que horas o táxi vem te buscar? - Perguntei enquanto descia com uma mala dela.

- O Brendan vai me levar para o aeroporto. - Disse ela pegando seu casaco e sentando no sofá. Ouvi meu celular tocando.

- Alô?

- Preciso te ver - Era ele!

- Oi sumido. - Disse com um pouco de azedume. Não queria dizer isso pra ele, ele tinha suas razões de só mandar mensagens. Ele estava gravando um filme, Alô, Alex! Você está namorando um famoso! Mas estava preocupada, ele acha o que? Fica cheio de romantismo e depois, some? Poxa, eu sou inexperiente nesse assunto. Ele é meu primeiro namorado - Logo um famoso né. - e eu, sou a terceira ou quarta dele.

Ele ficou em silêncio. Ah meu Deus, eu falei alguma coisa errada? Mas, a culpa não é minha. Droga o que foi que eu fiz!

- Desculpa amor. - Ele disse. Parecia triste, ah droga! Tá vendo o que você fez Alex? Espere... Ele me chamou de amor? É sério? Não consegui ficar em pé, eu tive que sentar.

- Tudo bem. - Disse sem graça. - Eu que te peço desculpas pela maneira que eu falei.

- Tudo bem amor, você está certa. Devia te dar uma satisfação. - Ele disse agora, com a voz um pouco mais forte.

- O que você disse? - Eu tive que perguntar, não resisti.

- Eu disse que você estava certa. - Disse ele sorrindo. Eu sorri, sabendo que estava me enrolando.

- Antes disso.

- Antes?

- Sim, você me chamou de amor. - Eu disse tímida, ele riu e suspirou.

- Foi sim, te chamei de amor. - Ele sorriu. - Por isso preciso te ver. - Disse ele decidido. Eu me assustei, o que uma coisa tem a ver com a outra?

- Pode ser hoje? O Brendan vai buscar a sua amiga pra levá-la no aeroporto e eu vou aproveitar a carona.

- Ah... - Eu não sabia o que dizer. - Tudo bem. Pode vir.

- Está bom. Ele está aqui em casa, estou indo agora. - Espere, agora? Como assim? Eu fiquei desesperada, eu ia ficar sozinha em casa com ele.

- Ok. - Disse apenas isso. Despedimo-nos e desliguei o telefone.

- Pela sua cara deve ter sido o Nate que te ligou. - Lola disse, eu balancei a cabeça positivamente.

- Até que enfim ele desistiu das mensagens e ligou pra você. - Ela disse, levando uma de suas malas para a porta.

- Ele vai vir aqui - Eu disse. - Brendan vai trazê-lo junto. Ele quer conversar comigo.

- Vixi... - Lola disse fazendo uma careta.

- Não é nada disso que você está pensando. - Disse cortando-a e me levantando do sofá.

- Bom, então?

- Na verdade ele estava até um pouco entusiasmado. Ele até me chamou de amor. - Eu sorri, lembrando da voz dele me chamando de amor. E a voz dele repetia-se inúmeras vezes na minha cabeça. 

- Uh! - Lola me empurrou para o sofá e ficou cantarolando. Logo percebi uma coisa muito importante, o que me fez levantar feroz do sofá.

- Ah meu Deus! - Gritei.

- O quê amiga?

- Ah meu Deus! Ah meu Deus! - Eu exclamava pela sala.

- Meu Deus, digo eu. O que foi? - Lola estava ficando assustada. Tadinha.

- Nate vai vir aqui, e eu estou assim! - Disse me olhando de cima a baixo.

- Calma amiga. Você está ótima. - Disse Lola, tentando me confortar. Mas eu sabia que estava péssima. Tirando a minha cara de sono, eu estava de blusa branca e calça preta de moletom. Iria dar 12h50min da tarde e eu ainda estava de pantufas. Eu subi para o meu quarto e tentei procurar algo casual, que dê para eu ficar em casa e que também dê para eu sair, caso a gente decida na hora.

Lola veio atrás de mim para me ajudar a escolher a roupa. Ela jogou quase todas as peças de roupa que eu tinha. 

- E aí, tem alguma ideia do que vai vestir? - Lola perguntou enquanto eu tirava minha roupa e corria para o chuveiro.

- Cara, eu não sei. Quero vestir uma coisa que dê pra ficar em casa, mas que também dê para sair.

- Acho melhor colocar uma coisa pra ficar em casa. - Lola disse com malícia. Eu desliguei o chuveiro e abri a porta, a encarando.

- De preferência, algo bem sexy. - Disse ela soltando um risinho irônico, que logo se cessou quando ela me viu na porta do banheiro a encarando. Sinceramente, eu não gostava dessas coisas que a Lola fazia comigo. Principalmente sabendo que ela já não é mais virgem, e fica fazendo com que eu sinta vontade de... Você sabe.

- Ah, qual é Alex? - Disse ela sem jeito. - Vocês vão ficar sozinhos em casa. Tem tudo pra dar certo.

- É. - Disse voltando para o chuveiro. - Só que acontece que estamos na casa da minha mãe, e só estamos juntos há duas semanas, não dois anos.

- Hum, então daqui a algum tempo você pretende...

- Epa! - A repreendi abrindo a porta.

- Foi mal, não falo mais nesse assunto. A não ser que você queira.

- Obrigada. - Disse saindo do banheiro. Lola era boa de escolher roupas, ela me deu um short jeans e uma blusa branca larguinha, que tinha que usar um top por baixo. Logo ouvimos a buzina tocar.

- Ai caramba, é ele! Ele chegou! - Disse mexendo no meu cabelo molhado.

- Calma amiga. - Disse ela pegando o celular. Caramba, com todo esse rolo com o Nate, eu tinha me esquecido dela.

Eu estava ficando nervosa, eu não sabia o que fazer com o cabelo. E o Nate estava lá embaixo, eu não queria que ele esperasse muito tempo. “Ah, porque eu tinha que nascer com o cabelo tão cacheado, e tão cheio?” Eu pensava. Enquanto eu estava distraída secando meu cabelo, ouvi passos na escada. Achei até que fosse minha mãe, ou que a Lola tinha esquecido alguma coisa. Mas...

- Alex? - Droga.

- Ai, Nate. - Disse assustada. Eu me virei, segurando meu cabelo. Ah, eu estava horrível.

- Desculpa. - Disse ele colocando as mãos no bolso. Eu sorri meio torto e sentei.

- Você me assustou. - Disse procurando alguma coisa para prender meu cabelo, mas sem tirar os olhos dele. Dá pra imaginar como eu estava atrapalhada né? Ele ficou encarando minha mão se espalhando pela mesa e riu. Notando que eu estava encarando-o, ele encarou a porta.

- Tudo bem? - Perguntei pegando uma pregadeira e prendi meu cabelo, fazendo um rabo-de-cavalo no alto. Levantei-me depressa, derrubando minha caixa de bijuterias. Que horror!

- Acho que é você que não está bem. - Disse se movendo e me ajudando a pegar as bijuterias e colocando na caixa. Nós pegamos a caixa juntos e ele colocou-a na mesa.

- Não se preocupe, estou bem. - Disse colocando alguns fios que ficaram soltos atrás da orelha.

- Tem certeza? - Ele perguntou. “Não, eu não estou bem. Estou com Nate Smith, um ator famoso, e, MEU NAMORADO. E estamos em casa, sozinhos, no meu quarto! Como posso estar bem?” Eu pensava assim, mas eu não iria responder isso.

- Tenho. - Acabei dizendo isso. Ele sorriu e segurou minha mão, sem dizer nada. Aquilo me timidou. Ele me olhava nos olhos, e me olhava tão doce. Eu me aproximei dele e sorri, retribuindo o olhar.

- Eu senti sua falta. - Ele disse, acariciando meu braço.

- Eu também senti. - Disse, quase suspirando. - Por que você sumiu? - Finalmente perguntei. Ele sentou na cadeira, triste. Porque eu fui perguntar ?

- Estava procurando meu pai. - Ai meu Deus, porque eu fui perguntar? 

- Sério ? - Perguntei sem jeito. - E o achou ? - Ele não respondeu, apenas balançou a cabeça negativamente. Eu me senti mal, mas eu tinha que saber o motivo dele não me ligar mais.

- Eu não devia ter perguntado. - Sussurrei para mim mesma, mas ele ouviu.

- Não, não se desculpe. Você tem todo direito de saber. - Disse ele segurando minha mão de novo.

- Mas ... - Disse soltando a mão dele e indo sentar na minha cama.

- Esse assunto do seu pai é algo muito particular.

- Ei! - Ele disse num tom engraçado e se sentou do meu lado. - Você tem todo direito de saber da minha vida, até da parte particular. Você é minha namorada, e tem que saber de tudo sobre mim. - Eu não pude deixar de sorrir quando ele disse "Você é minha namorada". Ele segurou minha mão, fazendo com que eu olhasse pra ele.

- Você gostaria de ficar com ele no natal né? - Disse, me sentindo um pouco mais a vontade.

- Gostaria, muito. - Suspirou. - Mas, eu posso passar com a minha namorada. Se ela quiser, é claro. - Eu sorri novamente.

- Será uma honra. - Eu disse. Eu me olhou novamente, com aquele olhar doce que me deixava acanhada. Ele elevou sua mão para trás da minha cabeça, e eu encarei o lençol rosa da minha cama quando percebi que tinha soltado meu cabelo. 

- Por que você fez isso? - Disse tímida.

- Por que não faria?

- Meu cabelo está horrível. - Eu disse, mexendo nele. Ele sorriu

- Seu cabelo está lindo. - Quando ele disse isso, meus olhos se voltaram para o espelho. Ele tinha razão, meu cabelo estava lindo. Estava cheio de ondas, caindo sobre meus ombros.

- Você é linda. - Ele disse, fazendo com que eu olhasse pra ele.

- Eu sou? - Perguntei maravilhada. Não que eu não me achasse feia, mas linda? Linda é mais do que bonita, certo? E ele não me achava bonita, ele me achava linda!

- É. Você é. - Disse ele se aproximando para me beijar. Eu quase hesitei, estávamos na minha cama, sozinhos. Mais o meu desejo de beijá-lo era maior, então eu o beijei. Eu senti a mão dele na minha nuca, o que fez todos os pelos do meu corpo se arrepiarem. Minhas mãos seguraram seus braços e ele me beijava e sorria ao mesmo tempo.

- Eu te amo. - Disse ele entre beijos. Eu tive que parar, o encarei assustada e ao mesmo tempo maravilhada. Ele disse que me amava? Como assim? Como uma pessoa como ele pode me amar?

- O quê? - Eu disse. Ele me olhou envergonhado, fitou o chão, mas ele respirou fundo e repetiu o que disse.

- Eu disse que eu te amo. - Ele disse decidido. Suas mãos seguraram as minhas com força, ele estava nervoso, porém muito consciente do que estava fazendo. 

- Você disse que me ama? - Perguntei desacreditada, ele sorriu.

- Disse. E digo mais, desde a primeira vez que eu te vi eu senti algo estranho no meu estômago. Eu nunca tinha sentido isso antes, nem quando eu estava com a Tiffany. Cada noite que eu ia me deitar, eu pensava em você. Mesmo não te conhecendo, eu imaginava como você era. Eu sonhava como seria se eu te conhecesse, e quando finalmente te conheci... - Ele suspirou e sorriu pra mim. Eu estava boquiaberta com a declaração dele, nunca pensei que alguém como ele fosse gostar, ou melhor, se apaixonar por mim.

- Antes eu queria negar, eu não queria acreditar, eu não queria me ferir de novo. Mas, você me fez ter coragem de me expressar, de dizer o que sinto. - Dizendo isso, ele se sentou novamente do meu lado e colocou sua mão na minha bochecha, acariciando-a.

- Eu te peço desculpas, desculpa por está sendo muito melodramático, desculpa por está sendo um tanto que rápido de mais. Mas, a verdade é que, eu estou amando você. Eu te amo Alex, te amo por você ser honesta, por você ser verdadeira consigo mesma e com os outros. Eu te amo. Te amo mais do que qualquer coisa que já tenha amado. - Ele sorriu, aliviado. Eu suspirei, não consegui conter as lágrimas. Abaixei minha cabeça e enxuguei as lágrimas para que ele não visse. Mas não deu muito certo.

- O que houve? Eu falei alguma coisa errada? - Perguntou ele, um tanto inseguro. Meio arrependido, achando que eu não gostei do que ele disse.

- Nada, é que... Nunca pensei que alguém como você pode sentir algo tão forte por mim.

- Achei um defeito seu. - Disse brincando com o meu cabelo.

- Além de eu ser baixinha. - Eu disse tentando fazer graça. Ele acariciou meu rosto.

- Você não se acha boa o bastante pra alguém. Mas olha só, você é boa o bastante pra mim. – Ele disse, enxugando uma lágrima que caíra em meus olhos.

- Sabe, eu gosto mais de garotas de tamanho médio. - Ele disse aproximando seus lábios. 

- No meu caso, tamanho pequeno. - Eu ri, ele continuou me olhando amorosamente. Eu sorri, nós nos beijamos de novo.

Nos beijamos novamente, diferente de quando nos beijamos pela primeira vez. Era apaixonado, daqueles que tira o seu ar. Eu nunca tinha beijado ninguém assim antes, nem mesmo ele. Não pude evitar que minhas mãos tocassem seus enormes braços e logo suas mãos seguraram minha cintura com força, o que me fez parar de beijá-lo imediatamente. 

- O que houve? - Perguntou ele confuso. Eu fiquei envergonhada por dizer que estava um tanto insegura e nervosa em beijá-lo no meu quarto, sentados na minha cama.

- Ah, nada. - Disse, um tanto sem jeito.

- Mesmo? - Ele se levantou e chegou perto. - A sua cara mudou, o que houve? - Eu o olhei séria, não consegui esconder que eu estava tensa. Ele olhou pra mim, notando minha tensão.

- Ah... - Disse olhando para o teto e sorrindo. - Entendi. - Disse sorrindo pra mim, me deixando sem graça. 

- Pare de rir. - Disse fitando o chão.

- Desculpa. - Disse ele mordendo o lábio inferior, me fazendo ter pensamentos não muito puros.

- Não se preocupe, não vou fazer nada. - Ele sorriu e me abraçou. - A não ser que você queira que eu faça. - Sussurrou no meu ouvido, me fazendo encará-lo séria imediatamente.

- Desculpa. - Ele disse. Eu sorri.

- Vamos para a sala. - Disse segurando sua mão e saímos pela porta, seguido com um "tá bom" dito por ele.

Nós descemos as escadas de mãos dadas, como se fôssemos duas crianças. Chegando na sala, ele me pegou no colo de surpresa e me rodopiou. Eu não parava de rir, acho que nunca rir tanto em toda a minha vida. Pra falar a verdade, eu nunca estava tão feliz em toda a minha vida. Depois de me rodopiar, ele me beijou. Um beijo tão feroz, tão sensual, que fiquei um tanto sem jeito de continuar beijando-o.

- Pare com isso, daqui a pouco minha mãe chega. - Disse, tentando descer. Ele me desceu, mas não me soltou.

- Tentando se livrar de mim? - Disse ele num tom de voz sexy que, confesso que me deixou excitada. Ele tentou me beijar, mas eu virei o rosto, fazendo com que ele beijasse meu pescoço. Era engraçado ver ele todo curvado, mas eu tinha que parar antes que passasse dos limites.

- Ok. - Disse me afastando. Ele me abraçou, e nos jogamos em cima do sofá. Ele me beijava enquanto eu procurava o controle da televisão. Com a TV ligada, iríamos nos distrair. Achando o controle, liguei a televisão e procurei um canal. Acabei optando por um canal de desenhos, e ficamos assim, sentados no sofá, abraçados e assistindo desenhos. É pra rir!


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Notas finais do capítulo

Por hoje é só que eu tenho que ir trabalhar porque eu já estou atrasada ;)



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