O Príncipe e A Plebéia escrita por ravenclawgirl


Capítulo 16
Capítulo 16




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/348316/chapter/16

Fomos até o seu carro, e os paparazzi nos seguindo. Ele os ignorou, colocou nossas malas no porta-malas do seu carro, abriu a porta da frente pra mim, e para Lola a de trás. Ela sorriu pra mim, eu fiz um sinal de silêncio. Ele entrou no carro e acelerou à caminho do set de gravação, onde minha mãe estava, e começou a puxar assunto.

- Já sabe dirigir ? - Perguntou pra mim.

- Ah, mais ou menos. Só o que eu aprendi com o meu pai. - Sorri.

- Sério? - Ele sorriu, eu apenas balancei a cabeça positivamente.

- Quer dirigir? - Perguntou me fitando e sorrindo.

- Não, pelo amor de Deus! - Lola implorou fazendo cara de pânico. Não sei por que, mas ela acha que eu corro demais. Mas é exagero dela, eu não vou mais de 185 km/h. Nate sorriu.

- O que houve? Está com medo?

- Eu? Não! - Disse ela balançando a cabeça negativamente. Eu sorri.

- Ela acha que eu corro muito. - Disse fitando meus pés.

- Eu acho, não. Eu tenho certeza! - Disse mexendo naquele cabelo loiríssimo. Eu apenas sorri, nem tinha percebido que ele tinha encostado o carro.

- Já chegamos? - Perguntei.

- Não. - Disse me dando a chave do carro. Lola fez uma cara de choro que eu tive que rir.

- O quê? - Disse

- O quê? - Lola gritou. Nate fez uma careta, que me fez rir.

- Nate, você tem certeza? - Disse sorrindo. Ele assentiu e deu a chave na minha mão.

Eu peguei a chave com medo e sai do carro para trocar de lugar com ele. Lola não parava de mexer no cabelo. Quando finalmente sentei no banco do motorista, ela segurou meu braço.

- Vê se não corre muito. - Disse ela. Eu sorri e liguei o carro. Andei "devagar", como tinha prometido para a Lola. Ela ficou mais tranquila, mas eu não estava gostando muito. Eu estava mais ou menos 80 km/h. Lola estava relaxada no banco de trás, enquanto Nate me dava instruções de como chegar no set. Faltava pouco para nós chegarmos lá. 

Já era 19h26min da noite quando chegamos. Os outros atores já tinham terminado as gravações e estavam jantando, menos minha mãe e Frederick, que, com certeza estavam me esperando. Eu estava achando eles tão, próximos. Ele conversava com a minha mãe com tanta "intimidade", seus corpos próximos um do outro. Mas logo se afastaram quando ouviram minha buzina.

- Olá. - Disse saindo do carro. Minha mãe sorriu e correu ao meu encontro para me abraçar. Lola também saiu do carro e a abraçou. Frederick veio ao nosso encontro.

- Nossa. A pequena Alex dirigindo?

- Fred, ela não é tão pequena assim. - Disse Nate piscando pra mim. Eu senti um arrepio na espinha. Ele era tão lindo e charmoso. Lola ria do meu rosto ficando vermelho. Minha mãe nos fitava séria.

- Meninas, querem conhecer uns amigos meus? - Nate nos disse com um sorriso.

- Claro! - Lola gritou e segurou no braço dele. Achei-a meio... Descarada. Talvez fosse ciúme, coisa boba.

- Alex, você vem? - Disse sorrindo pra mim. Eu encarei minha mãe, que sorriu. Eu sorri e dei a mão pra ele e ele nos levou pra dentro do set.

Entramos no set, fiquei olhando cada detalhe do cenário. Era como se fosse uma sala de um apartamento. Sasha e Gregory estavam sentados, um do lado do outro, abraçados. Lola não parava de tagarelar comigo, mas quase não prestei atenção no que ela estava falando.

- Gente! - Nate chamou a nossa atenção.

- Vamos lá. - Gregory se levantou. - Quem é a Alex?

- Eu. - Disse sorrindo. É impressionante como eles já sabiam meu nome.

- Como sabem da Alex? - Nate perguntou.

- Brendan disse que ela viria hoje. - Sasha se levantou. - E disse que ela ia trazer uma amiga. Então, se ela é a filha da Elaine...

- A amiga sou eu! - Lola respondeu com um sorriso. Ela abraçou Sasha e cumprimentou Gregory. Olhei para trás e lá vinha Brendan, carregando duas caixas de pizza.

- Aí está a garota do Nathan! - Gritou. Nate fechou a cara, e eu fiz uma careta para Lola, que olhava Brendan de cima a baixo, mordendo o lábio inferior. Ele deu as caixas de pizza pro Gregory e me abraçou.

- E aí? Viagem turbulenta?

- Não, foi bem tranquila. - Sorri. Ele olhou para Lola e sorriu.

- E essa é a...

- Lola - Disse ela sorrindo e estendendo a mão para cumprimentá-lo. Ele pegou sua mão e elevou-a até seus lábios.

- Muito prazer, Lola. - Disse beijando sua mão. Nate e Gregory fizeram careta um pro outro, Sasha tentou segurar o riso e eu também.

- O prazer é todo meu. - Lola sorriu mordendo o lábio inferior.

- Então, posso abrir a pizza? - Disse Gregory abrindo uma caixa e ameaçando pegar uma fatia.

- Já abriu né. - Nate sorriu.

- Meninas. Estão com fome? Ou estão de dieta? - Brendan perguntou sarcasticamente.

- E eu sou garota de fazer dieta? - Disse pegando um pedaço de pizza. Lola sorriu, impressionada com o meu jeito de falar.

- Eu também não sou garota que comer alface. - Disse ela sorrindo.

- Ok, vamos comer a pizza no seco né? Porque o meu caro amiguinho aqui esqueceu o refrigerante. - Nate disse num tom de sarcasmo. Brendan sorriu e mostrou a língua pra ele.

- O refrigerante está no carro, seu idiota. - Disse ele.

- Então, porque não trouxe seu idiota? - Disse Nate, fazendo uma careta. Brendan fez uma careta.

- Eu vou pegar. - Disse se levantando e indo na garagem do set. Lola ficou encarando-o por trás, e mordeu o lábio inferior mais uma vez.

- Lola? - Sussurrei, balançando-a.

- O quê?

- Pare com isso. - Disse fazendo uma careta. Ela sorriu.

- Cheguei. - Brendan gritou, segurando um engradado de Coca-Cola. Ai meu Deus! Meu vício eterno. Comemos a primeira pizza e partimos pra segunda rodada.

- Então. - Gregory disse depois de engolir um pedaço de pizza. - Vocês ainda estão na escola?

- Acabamos de terminar o 2º grau.

- Ah, meu ensino médio. - Brendan suspirou, olhando pro nada.

- Foi bom? - Lola perguntou.

- Meu melhor ano escolar. - Disse ele sorrindo.

- E vocês, estão cursando faculdade? - Perguntei.

- Sasha e Brendan fazem faculdade de literatura. Eu faço de Direção de artes, e Gregory terminou esse ano a faculdade de fisioterapia.

- Hum, interessante. - Lola disse mordendo um pedaço de pizza.

- E, literatura é chato? - Perguntei.

- Depende do seu gosto pra ler. – Sasha brincou

- Como assim? 

- Bom, é meio complicado explicar. Só entrando lá pra saber. - Brendan disse.

- Por que a pergunta? - Nate perguntou com um sorriso. Eu sorri.

- Eu ainda não decidi se vou pra faculdade.

- Espera aí? A indecisa aqui sou eu. - Lola disse, fazendo todos rirem, incluindo eu.

- Não sabe ainda o que você quer fazer? - Gregory perguntou. Eu apenas balancei a cabeça negativamente.

- Não tem nada que você gosta de fazer? - Sasha perguntou.

- Bom, eu gosto de tocar piano. - Disse timidamente.

- Sério? - Nate disse maravilhado. Eu balancei minha cabeça positivamente.

- Que coincidência, ele também toca. - Sasha disse para Nate. Ele fez uma careta. 

Eu fiquei surpresa, pois, eu tinha me lembrado do sonho que eu tive.

- Verdade? - Perguntei sorrindo

- É. - Disse envergonhado. - Mas, só um pouquinho.

- Ah, eu também toco um pouco.

- Ah, qual é! - Lola e Brendan disseram em coro, depois se encararam.

- O quê gente? - Nate disse assustado.

- É gente, o que foi?  - Disse encarando a Lola.

- Alex, você ainda pergunta? Você disse que toca só um pouquinho. Ah, por Deus! Você é o Steve Wonder do caribe. - Disse ela me fazendo corar de vergonha.

- E o Nate? Ele parece o Elton John tocando piano. - Brendan disse empurrando o amigo. Ele sorriu, rolando os olhos. Nós continuamos a conversa quando minha mãe e Frederick chegaram.

- Ok crianças grandes, está na hora de ir pra casa. - Disse Frederick. Nate fez beicinho e Brendan fechou a cara, fazendo beicinho. Lola riu, e ele piscou pra ela. Eu estava estranhando essa relação dos dois.

- Tá bom mãe. - Disse me levantando e puxando Lola comigo.

- Então, é isso. Tchau gente. - Lola se despediu.

- Até algum dia. - Disse Gregory e Sasha em coro. Eu, Lola, e minha mãe fomos até o estacionamento quando ouvi alguém gritando meu nome.

- Alex! - Era o Nate. E, com ele via o Brendan, trazendo algo na mão.

- Ah, sua amiga esqueceu essa corrente. - Disse Brendan encarando a Lola. Ela sorriu e pegou a corrente de Nossa Senhora (Sua família era bastante religiosa e dera a corrente pra ela). Eles se olharam e ela o levou até o carro. Brendan fez careta pro Nate. Ele sorriu e me fitou. Eu olhei pra minha mãe, que fez sinal mostrando o relógio,

- Cinco minutos. - Disse.

- Ouviu minha mãe né? Cinco minutos. - Disse sorrindo.

- Queria mais que cinco minutos com você. - Disse ele, todo galanteador.

- Fala.

- Bom, como você e a Lola são novatas aqui, então, eu, como habitante natural desse país, e o clandestino do Brendan queremos mostrar a cidade a vocês. Topa?

- Hum. - Disse encarando o céu, depois olhei pra trás e vi Lola e Brendan, flertando.

- Tá bom. - Respondi. Ele sorriu e fez um sinal de positivo para Brendan, que retribuiu o sinal. Eu sorri pra Lola, que também sorriu.

- Ok, amanhã às 18h00min?

- Te aconselho a passar lá em casa mais cedo. - Sorri

- Tá bom, você que manda. Que hora? - Disse colocando as mãos no bolso da frente e encarando seus olhos verdes, tão brilhantes.

- 17h30min, que tal? - Sorri.

- Tá bom. Então, até amanhã.

- Até amanhã. - Sorri. Ele chegou mais perto de mim e me deu o beijo no rosto. Senti minhas bochechas queimarem. Eu sorri e voltei pro carro, chamando a Lola pra entrar. Quando o carro se afastou, vi Brendan e Nate rindo e dançando. Eu e Lola rimos daquela cena. Não só eu estava nas nuvens, mas Lola também.

Chegamos à casa nova que minha mãe tinha alugado, eu e Lola fomos para o nosso quarto. Decidimos que iríamos dividi-lo, então arrumamos nossas coisas e fomos pra cozinha, onde minha mãe estava preparando o jantar.

- Posso saber o motivo dos risinhos? - Minha mãe perguntou.

- Vou sair com o Brendan. - Lola disse sorrindo.

- É mesmo? - Minha mãe sorriu.

- E a Alex com o Nate. - Lola disse. Eu suspirei e abaixei minha cabeça. Minha mãe não disse nada, o que eu achei estranho.

- Ok mãe, pode falar. - Disse

- Falar o quê? - Disse minha mãe levando a louça pra pia. Eu encarei Lola, que fez uma careta. Eu fiquei surpresa, ela não falou nada sobre, eu ir devagar, que eu estava começando a levar a sério, que ele é famoso e ele poderia se aproveitar de mim e blá blá blá. Mas, ela não disse.

- Mãe, está tudo bem?

- Está filha. Por quê?

- Não sei. A Lola disse que eu ia sair com o Nate e você não disse nada.

- E por que eu teria que dizer alguma coisa Alex? - Disse ela se virando pra mim.

- Porque você é minha mãe. - Disse. Ela sorriu.

- Alex, você e a Lola já têm 18 anos. Não são mais crianças, já sabem se cuidar sozinhas, e se comportarem diante dos garotos.

- Que bom que você confia em mim e na Lola. - Disse abraçando-a. Lola sorriu e nos abraçou também.

- Tá bom, adoro essa conversa de vocês, mas nos temos que subir. Temos que escolher qual roupa vamos sair amanhã. – Disse Lola se dirigindo a escada.

- É mesmo. Boa noite mãe. - Disse abraçando-a e subindo as escadas.

- Boa noite. - Ouvi minha mãe dizer.

Entramos no quarto, eu peguei minha camisola e vesti. Lola abriu o armário, tirou um monte de roupas e jogou em cima da cama, não me fazendo dormir.

- Ai Lola, o que é isso?

- O que é isso? Roupas é claro. - Disse pegando uma blusa amarela. Ela olhou para a blusa e fez careta, jogando-a no chão.

- Tenho que escolher alguma coisa bonita pra amanhã. - Disse jogando as peças no chão. Uma por uma.

- Ah Lola, vê isso amanhã. - Disse, virando para o lado.

- Aqui! - Gritou ela, me fazendo pular da cama.

- Ah, já achou? Ótimo, vamos dormir. - Disse puxando-a pra cama.

- Calma senhorita. Eu achei sim, pra você. - Disse sorrindo me mostrando um vestido preto justo no corpo de alça fina. Eu arregalei meus olhos e joguei o vestido em cima da cama dela.

- Ficou maluca?

- Por que amiga? Você vai ficar bonita com esse vestido. Você, com esse corpão, usando esse vestido, vai deixar o Nate doidão. - Disse sorrindo maliciosamente.

- É, e vai imaginar que sou igual a essas piranhas que, com certeza ele já ficou. Tenho que mostrar que sou diferente.

- É mesmo né? Tem razão. - Disse pegando o vestido e se olhando no espelho. Eu rolei os olhos, Lola gostava de "mostrar" suas curvas de modelo.

- Bom, deixe-me ver. - Disse revirando o bolo de roupas em cima da minha cama. Não tinha achado uma roupa de acordo com a minha personalidade, estava ficando cansada e com sono, até Lola gritar.

- Achei! - Disse jogando em cima de mim um vestido rosa rodadinho e curto. Eu peguei no vestido e sorri.

- Gostei. - Disse, antes de entrar no banheiro para experimentar.

- E aí amiga? - Disse batendo na porta. Eu sai do banheiro meio desanimada.

- O que foi amiga?

- Ah, eu não sei. - Disse me olhando no espelho. - Está muito simples.

- Já sei. - Disse pegando uma jaqueta jeans claro. Eu coloquei a jaqueta e sorri.

- Hum, melhorou. - Disse bocejando. - Agora, vamos dormir?

- Argh, tá bom dorminhoca. - Disse me empurrando. Eu tirei a jaqueta, o vestido, deitei na cama de calcinha e sutiã mesmo, e caí no sono.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Príncipe e A Plebéia" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.