Paraíso Proibido escrita por Tamy Black


Capítulo 1
Fugitiva




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BPDV

Eu estava farta daquilo tudo. Cansada de ser paparicada e viver presa naquela mansão subterrânea em Volterra. Preferia mil vezes ter morrido junto com os meus pais naquele acidente. Tudo bem que foi há vinte anos, mas eu preferia ter morrido a viver essa vida, se é que se pode chamar isso de vida.

Não tenho do que reclamar, meu pai é o vampiro mais poderoso do mundo, por assim dizer. Isso mesmo que você leu: vampiro. Nunca na minha vida acreditei nessas besteiras de vampiro, lobisomens e tal. Mas existem e eu sou uma.

Meu nome é Isabella Marie Swan, mas depois por ser a filha do chefe, meu nome é Isabella Marie Volturi. Tenho uma mãe, é a Kate, ela é um doce de pessoa. Quando foi transformada, ela tinha 32 anos e eu tinha 18 quando Aro me transformou. Kate é loira e branca como todo vampiro, seus olhos escuros e seus cabelos que iam até os ombros.

Alguns vampiros têm dons, o meu é que posso criar um bloqueio mental e proteger quem eu quiser e a mim mesma, ou seja, podem colocar o melhor rastreador na minha cola que ele não me acha. Já a Kate, minha mãe, ela tem o dom de ser imperceptível. Ela pode se camuflar, e também podem colocar o melhor rastreador que ninguém a encontra. Além de ter uma super audição, nós vampiros já a temos apurada assim como todos os outros sentidos, mas o dom da Kate é bem mais.

Quero sair de Volterra, fica na Itália. Já tenho tudo programado pra sair daqui. Já comprei passagens pra mim e pra Kate, já tenho nossos documentos falsos e tudo que precisamos. Hoje é o dia do Baile Anual dos Vampiros da Europa – uma festa idiota em que a promiscuidade rola solta −, e com isso nossa casa estará muito atarefada e meu pai me esquecerá por uns instantes, o que me dá tempo de fugir.

São oito horas e já estou pronta pra sair daqui. Quando de repente Kate entra esbaforida no meu quarto.

- Vamos Bella, está todo mundo no salão e seu pai ainda não se deu conta de você. – ela disse apressada.

- Você tem certeza de que quer ir comigo Kate? – eu perguntei a ela, não queria que ela se arriscasse por mim.

- Lógico que tenho garota! Acha mesmo que eu te deixaria? Você é como uma filha pra mim! – ela disse me abraçando. – Mas vamos logo! Pegou suas coisas?

- Sim, já peguei tudo Kate. – eu disse e saí andando pra fora do meu quarto.

Como a mansão era subterrânea, tivemos que subir pra cidade pela tubulação de esgoto, o que não era muito bom. Eu havia escrito uma carta para o meu “pai”, agradecendo por tudo. Mas acho que ele não vai ficar muito feliz.

Conseguimos chegar com facilidade à superfície. Pegamos um táxi e fomos para o aeroporto. Chegamos e fizemos os check-in. Nós duas estávamos no avião já.

- Finalmente conseguimos Kate! – eu sorri pra ela.

- Que bom, menina! – ela sorriu forçada.

- O que houve K? – às vezes eu a chamava assim.

- Seu pai está furioso! – ela disse.

- Ele já descobriu? – eu perguntei aflita.

- Já. – ela assentiu. – Mas, só lidará com a sua busca amanhã, já que a casa está cheia. – ela disse.

- Oh... – eu murmurei.

- Para onde vamos mesmo, Bella? – ela me olhou sorridente.

- Para um fim de mundo chamado Forks. – eu sorri.

- Onde fica? – ela me olhou confusa.

- Nos Estados Unidos, lugar onde eu nasci. – eu disse.

- Você nasceu nessa cidade? – ela me olhou.

- Sim, antes de vir morar na Itália com os meus pais, eu nasci lá e morei até os meus quatro anos. – eu disse sorridente.

- Não acha que seu pai vai desconfiar? – ela me perguntou receosa

- Não, ele deve achar que eu vou ficar numa cidade esplendorosa. – eu disse calmamente.

- Hm... Se você diz. – ela me olhou.

O voo até os EUA foi tranqüilo. Nós estávamos bem alimentadas, ouvi uma história de vampiros vegetarianos que só bebiam sangue de animais. E assim que planejei fugir, resolvi experimentar caçar animais, junto com a Kate. Não ficávamos satisfeitas, mas ficávamos bem alimentadas para ficar na presença de humanos.

Chegamos a Forks já de tarde e fomos para a casa que eu comprei para mim e para Kate. Ainda hoje iria com a minha mãe fazer a matrícula na escola daqui, como não consegui me formar, resolvi voltar a estudar. Kate não aprovou muito, pois eu estaria no meio de muitos humanos... Cheiro delicioso e tal, compreensível, mas eu já estou mais controlada nesse aspecto. Ela disse que começaria com o seu sonho de criar um jardim. E foi por isso que a casa que comprei tinha um jardim imenso pra ela cuidar.

Entramos na nossa casa. Ela era linda! Pequena, mas aconchegante. Tinha uma sala ampla e uma cozinha pequena. Tínhamos que manter as aparências. A única coisa que eu gostava da comida humana, eram as bebidas alcoólicas. Mas tínhamos que fazer compras para dizer que somos normais.

Meu quarto era espaçoso, não do mesmo jeito que era em Volterra, mas era muito bom. Eu que escolhi a decoração por meio de catálogo. Paredes brancas e roxas, minha cama de casal king size, não que eu fosse dormir, mas gostava de me deitar. Uma escrivaninha com meu notebook, meu livros, TV de LCD, essas coisas. Um pequeno banheiro e meu closet. Coisas da Kate, ela ama fazer compras. O que eu não suporto!

Depois que nós arrumamos na casa, fomos até a escola, às aulas já haviam começado fazia uma semana. Eu ia entrar como uma novata que veio com a mãe da Alemanha. Justificativa por eu ser branca.

Quando saímos da escola era cedo ainda e os alunos estavam em aula, estava matriculada no último ano, fazer o que se não posso aparentar menos idade. Fui com Kate comprar um carro. 

Chegamos à concessionária e todos os vendedores quiseram nos atender, talvez pelo fato de sermos bonitas aos olhos humanos, compramos dois carros. Um C3 preto pra Kate e um Peugeot vermelho metálico pra mim. Depois de pagarmos os carros, fomos pra casa. E amanhã eu vou começar na escola. Estou muito empolgada pra isso! Faz muito tempo que eu não freqüento a escola. 



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Notas finais do capítulo

CAPÍTULO REPOSTADO. (AGO/2012)