Acho Que Estou Ficando Louca escrita por ladyjane


Capítulo 6
Capítulo 6




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– Em duas horas? Mas já? – perguntei, meio desesperada. – Então temos que ir logo, mas espera! Onde nós vamos tomar banho?

– Sim! Vamos logo. Eu reservei o banheiro do Centro Pokémon. Não precisam me agradecer.

– Reservou o banheiro do Centro Pokémon? – Drew perguntou – E isso é permitido?

– Claro que é.

– Claro que não! – Drew continuou insistindo.

– Tá bom! Eu subornei a enfermeira Joy! Mas você preferia o que? Ficar sem tomar banho?

– Eu não!

– Então pare de reclamar e vamos logo!

E então nós fomos correndo para o Centro Pokémon e eu mal podia acreditar que a Solidad fosse capaz de subornar alguém.

Quando chegamos lá, o Centro Pokémon não estava tão lotado como antes.

– Em que posso ajudar? – perguntou a enfermeira Joy.

– Eu fiz a reserva do banheiro. – Solidad respondeu e eu abafei um risinho.

– Ah, mas é claro, por aqui. – Ela apontou para uma porta.

– Vamos – Solidad abriu a porta.

– Eu acho que não seria muito recomendado nós entrarmos juntos – Drew comentou.

– Não seja idiota. Entre logo.

E nós entramos. Chegamos em uma sala com várias portas.

– O que exatamente é isso? – Drew perguntou.

– Os banheiros. Anda logo. Escolha uma porta e vá tomar banho. Nós só temos 1 hora e meia.

Eu fui a primeira a me dirigir até uma das portas. Até que senti falta de alguma coisa.

– Legal – comecei a falar – mas eu ainda tenho que pegar a minha mala. Meu vestido de festa está lá dentro junto com todas as outras coisas que eu preciso.

Solidad apenas olhou para um canto. Eu olhei também e lá estava a minha mala junto com a do Drew e da Solidad.

– Você pensou em tudo mesmo – peguei minha mala e entrei em uma das portas.

O banheiro era grande. Grande mesmo. Eu pensei que iria ser um espaço pequeno que nem o da minha casa. Pensei também que iria ter um chuveiro, mas não. Na minha frente estava uma banheira. A maior e mais chic que eu já vi na minha vida. Está aí algo que eu jamais sabia que existia em um Centro Pokémon.

Me aproximei da banheira. Ela já estava cheia de água. Tirei minha roupa e entrei. A água estava quente. Apenas fechei os olhos e relaxei. Mas quando fechei os olhos, a primeira coisa que eu vi (dentro dos meus pensamentos, é claro) foi o Drew. Apenas vi o rosto dele. Sorrindo. Aquele sorriso que só ele conseguia fazer.

Abri os olhos. Respirei fundo e fechei de novo. Vi o Drew mais uma vez.

A partir daquele momento, decidi que não iria mais fechar os olhos.

O que estava acontecendo comigo? Será que eu estava... não... não, não, não! Eu simplesmente não posso. Não posso estar apaixonada por ele.

E se ele estivesse falando a verdade? E se toda aquela história sobre ele ser apaixonado por mim for verdade? Não. É muito improvável. Ou será que não é tão improvável assim?

Decidi apenas parar de pensar nisso e só aproveitei a água da banheira. Botei alguns sais de banho na água e fiquei lá por mais alguns minutos.

Saí da banheira quando vi que só faltavam 45 minutos para a festa.

Me enxuguei e botei meu vestido. Era um vestido azul com detalhes brancos e saia rodada. Do jeitinho que eu gosto.

Não demorei muito para passar a maquiagem; eu não gostava de exagerar muito nisso. Deixei meu cabelo solto. Eu o preferia assim. Depois me olhei no espelho e gostei do resultado final. Eu estava pronta para a festa. Faltavam 20 minutos.

Saí do banheiro e encontrei a sala vazia. Ou o Drew e a Solidad já haviam terminado ou ainda estavam tomando banho. Do mesmo jeito saí da sala e voltei ao Centro Pokémon.

– Você foi a última a sair. Seus amigos já foram para o local da festa faz uns 10 minutos – disse a enfermeira Joy.

– Então acho melhor eu me apressar – acenei e saí do Centro Pokémon.

Caminhei sem rumo pela cidade. Eu não sabia onde seria a festa, então apenas continuei andando. Uma hora eu iria achar.

– May!

Alguém me chamou. Olhei para trás e vi Solidad e Drew.

Solidad estava com um vestido vermelho que dava um ar muito sério a ela e Drew estava com um terno preto meio azulado. Na verdade era azul bem escuro. Quase preto. Mas por que eu estava prestando atenção naquilo?

– Finalmente você terminou de tomar banho. – disse Solidad. – Vamos logo. A festa vai começar agora. E, mudando de assunto, esse vestido está perfeito.

– Obrigada. O seu também está.

– E eu? – Drew perguntou.

– Você não está de vestido.

– Ah! Sério? Não me diga?! Perguntei como está a minha roupa.

– Está... – avaliei de um modo rápido e indiferente – legal.

Virei as costas e fui caminhando para o cerimonial. Eu estava com muita fome e queria entrar logo para comer alguma coisa.

Passei por toda aquela gente amontoada na porta e consegui entrar.

Quando entrei, percebi que estava no topo de uma escada larga. Dava pra ver tudo aqui de cima. O salão era enorme e eu já podia ver a mesa de comidas. Comecei a descer os degraus. Tinha muitas pessoas no salão e todas estavam conversando casualmente e sendo super educadas. Não tinha ninguém perto da mesa de comidas. Às vezes alguém aparecia por lá e pagava alguma coisa. Eu já estava formando um plano de ficar o tempo todo do lado da mesa. Eu sempre fazia isso em festas. Esse era o motivo de eu ir a festas: comida de graça.

Cheguei perto da mesa e peguei um petisco. Depois peguei outro, e outro, e outro e fiquei lá, só aproveitando a comida de graça. Até que ouvi uma voz.

– O que você quis dizer com “legal”?

Era o Drew. Por que ele estava me seguindo?

– Exatamente o que eu disse. Legal.

– Mas... você não acha que está muito sexy ou alguma coisa assim?

– Não. – menti.

– Hum... porque você está.

Aquilo era algum tipo de brincadeira, ele estava falando sério, ou só estava querendo fazer eu gostar dele? Porque eu sinceramente acho que a terceira opção é a correta.

– É sério. – ele disse.

– Se você acha...

Ficamos em silêncio. Eu achei que ele iria ir embora, mas não foi. Enquanto estávamos lá, parados e em silêncio, eu observei a festa. Quase todos os coordenadores estavam lá, inclusive os jurados. Acho que ficamos uns 15 minutos sem falar, até que o Drew se manifestou.

– Eu... gostaria de conversar sobre hoje lá no restaurante e... sei lá, tudo.

Não falei nada. Apenas olhei para baixo e suspirei. Eu estava ansiosa, isso não podia negar.

– Eu gosto de você, May. De verdade. Se tiver alguma coisa que eu possa fazer para provar.

– Se eu conseguisse simplesmente acreditar...

Ele olhou para mim com aquela expressão de novo.

– E por que não pode simplesmente acreditar? – ele perguntou

Fiquei em dúvida se devia falar ou não do Dylan. O que aconteceria se eu falasse? Será que ele entenderia e me deixaria em paz? Ou será que ia rir de mim? A reação dele podia ser qualquer coisa e eu não estava preparada para qualquer coisa.

– Pode confiar em mim. Você simplesmente não acredita em mim porque... sou popular com as garotas ou existe um motivo por trás disso?

– Eu não sei se devia...

– Certo. Pedi para você confiar em mim, mas isso obviamente você não consegue fazer.

– Se quiser saber eu posso te contar.

– Eu quero saber.

– É pelos dois motivos. Drew, você é um cara muito popular e eu não consigo acreditar que entre todas as garotas, a única que você realmente sente atração sou eu. E o outro motivo é que... tinha um garoto uma vez e ele... ele disse que me amava e ele me tratou muito bem e parecia realmente que ele sentia algo por mim, mas depois eu descobri que aquilo era tudo mentira e que ele só estava querendo ter mais outra na listinha de garotas dele.

Ele ficou calado por um longo momento. Apenas me observava e eu tentava manter o mínimo contato visual possível.

– Eu acho que nós devíamos conversar em outro lugar, não acha?

– Se você achar melhor assim... – respondi.

Ele se virou e começou a andar em direção à porta. No caminho, nós passamos por Solidad e ela nos olhou com interesse, mas não veio conversar. Apenas ficou na dela, conversando com o Robert.

Tivemos que subir aquelas escadas. Depois, saímos do cerimonial. Nos distanciamos um pouco até chegarmos a uma rua que estava deserta no momento.

Havia um banco por perto. Drew se sentou.

– Se quiser sentar também, fique à vontade.

Me sentei do lado dele. Eu estava mais ansiosa do que nunca.

– Então – ele começou – você disse que um garoto quebrou seu coração e agora você não consegue confiar quando alguém diz que gosta de você.

– A sensação é horrível. Parece que todos vão fazer isso e você acaba preferindo não confiar em ninguém. É mais seguro.

– Então você prefere não arriscar. Mas... e se alguém disser que gosta de você e for verdade? Você vai preferir não confiar nele?

– Eu não vou saber se ele está mentindo ou não, por isso sempre vou preferir não confiar.

– Mas... você vai desistir do amor só porque um idiota qualquer te iludiu?

– Você não tem o direito de falar nada, Andrew. Você não sabe como dói descobrir que uma pessoa que você realmente gostava estava mentindo para você.

O que mais me surpreendeu com daquilo foi que eu tinha chamado ele de Andrew.

– Tem razão, eu não sei. Só estou dizendo que isso não te dá motivos para você não acreditar mais em ninguém.

– Mas é difícil! Principalmente quando esse alguém é você. Não que eu não sinta nada por você, mas é difícil acreditar que você talvez possa sentir alguma mínima coisa por mim.

– “Não que eu não sinta nada por você”? O que você quer dizer com isso?

Oh shit! E agora? Como eu iria explicar aquilo? Será que eu deveria contar a verdade a ele. Eu gostava dele, sinceramente. Só achava difícil de acreditar que ele gostava de mim também.

– É... exatamente o que eu disse.

– Mas... você disse que não queria me dar uma chance.

– Em nenhum momento eu neguei que sentia alguma coisa por você, Drew. Eu só nunca quis arriscar.

Ele ficou me olhando. Apenas olhando. E por um longo tempo.

Eu não sabia o que fazer. Talvez não era para eu fazer nada. Fiquei ali só olhando. Esperando ele falar alguma coisa, mas ele não disse nada.

Toda aquela ansiedade estava me matando. Eu tinha que arranjar algum jeito de acabar com aquilo. De sair dali.

– Drew, eu... eu acho melhor a gente voltar para a festa.

– Espere! Eu preciso conversar com você. Se você diz que sente algo por mim então por que não me dá uma chance?

– É mais difícil do que você pensa.

– As coisas são muito simples. Só que às vezes as pessoas as tornam mais difíceis. É o que você está fazendo agora.

– E se... você estiver mentindo para mim?

– Não tem como eu te provar que eu estou falando a verdade. A escolha é sua.

– Eu... tenho que pensar.

– Não pense muito. Com uma decisão tão simples dessa, o cérebro não é de grande ajuda.

Antes que eu pudesse responder, Solidad apareceu do nada. Ela sempre aparece do nada. É como se ela soubesse o momento exato de aparecer.

– Ei, vocês dois! Voltem para a festa. Daqui a pouco vão soltar os fogos!

Levamos um susto. Drew foi quem se levantou primeiro.

– De qualquer maneira, – Solidad continuou – o que vocês dois estavam fazendo aqui?

Drew não respondeu; apenas foi embora.

– Ei, Drew! Volte aqui! – quando ela percebeu que ele não iria voltar, suspirou. Depois se virou para mim – May, você pode por favor me dizer o que estava acontecendo aqui?

– Por que quer saber?

– Está tentando me dizer de um jeito educado para não me meter onde não sou chamada?

– Nós só estávamos conversando.

– Sobre o que?

– Olha Solidad, eu tenho mesmo que ir.

Nem esperei ela responder. Comecei a andar muito rápido e depois de alguns segundos, eu já estava correndo em direção à praia, onde as pessoas iriam ver os fogos.

No final de todos os Grandes Festivais, fogos de artifício eram lançados para comemorar a realização de mais um evento super importante para os coordenadores do mundo todo.

Me apressei. Não queria perder o momento mais lindo do Grande Festival.

– May! – ouvi alguém me chamar.

Parei. Olhei para os dois lados mas não vi ninguém. Então olhei para trás e lá estava ele. Drew.

– Eu estava te esperando. – ele disse – Pensei que poderíamos ir até a praia juntos. Se você quiser.

– Mas é claro.

Foi uma longa caminhada. Cada segundo do lado dele parecia uma eternidade. E eu gostava daquilo.

Não falamos nada durante o caminho. Só percebi que às vezes ele sorria do nada. Nesse momento pensei se devia dar uma chance a ele. Eu queria; queria muito, mas tinha medo. Era esse medo que vencia. Sempre. Mas dessa vez eu tinha que vencer.

Quando chegamos na praia, ela estava lotada. Muitos coordenadores estavam na expectativa de ver as lindas luzes coloridas no céu. Era uma noite um pouco fria, mas fria de um jeito agradável. Do jeito em que você sente o vento e tem uma sensação boa. Era aquele vento relaxante que te faz se sentir ótima não importa a situação. E também tinha o som das ondas e o cheiro do mar. Ah! O cheiro do mar! Como eu adoro o cheiro do mar. E o som das ondas. O som mais lindo do mundo. E para completar... o Drew. Comecei a perceber que a presença dele ali só fazia tudo ficar ainda mais perfeito. Eu ainda tinha medo, mas se eu fechasse meu coração para todo mundo, se eu desconfiasse de todo mundo só por causa do Dylan, eu nunca iria saber como é amar alguém. Era por isso que eu tinha que expulsar meu medo. Era por isso que eu tinha que ser mais forte que ele.

Eu tinha o vento frio, o som das ondas, o cheiro do mar e o Drew. Era uma noite perfeita e eu estava muito feliz. Uma felicidade que vinha de dentro para fora. A melhor forma de felicidade.

Faltavam apenas alguns minutos. Drew se sentou na areia e eu me sentei do lado dele.

– Quanto tempo falta? – ele perguntou

– Espero que não muito.

Para passar o tempo, decidir olhar em volta. Eu conhecia vários dos coordenadores que estavam ali. Já tinha batalhado contra a maioria deles.

Olhei mais um pouco e vi Solidad a uma distância considerável da gente. Ela estava conversando com o Robert. Solidad e Robert. Sempre achei que os dois ficavam bem juntos.

– May, você me promete uma coisa? – Drew olhou para mim.

– O que seria?

– Me promete que vai pensar bem em me dar uma chance?

– Sem problemas. Eu prometo.

Alguns segundos depois, os fogos começaram.

Logo no primeiro barulho, a multidão aplaudiu. Uma explosão vermelha, depois verde, depois uma azul. Todas as cores estavam presentes.

Depois veio o dourado e o prateado. Lindas chuvas de brilhantes. Olhei para o lado e vi que Drew estava totalmente vidrado naquilo. Mas ele tinha toda a razão de estar. Era lindo.

Depois começaram a aparecer fogos de artifício em forma de pokémons. Primeiro apareceu um Feraligatr, em homenagem à vencedora do Grande Festival. Depois apareceu o Flygon do Drew em verde brilhante.

– Isso me fez lembrar – olhei para ele – Obrigada de novo.

– Não precisa me agradecer. – ele deu um sorriso lindo. Verdadeiro.

Apareceu minha Glaceon e o Flareon do Drew. Um do lado do outro, brilhando. O lapras da Solidad também teve seu lugar de honra no céu em azul e prata. Depois desses vieram mais outros lindos pokémons.

Por último, grandes letras em vermelho e verde reluziram no céu “Não há lugar como Hoenn”. E fim. Depois disso vieram os aplausos. Muitos minutos de aplauso depois daquele show belíssimo.

– Eu gostei muito. – Drew falou.

– Eu também! Foi simplesmente perfeito.

Nossos olhos se encontraram e nós ficamos olhando um para o outro de novo. Não me entenda mal, era uma sensação ótima.

– Eu pensei com muito carinho e acho que já decidi. – eu disse

Ele não respondeu. Devia estar esperando eu dizer minha resposta.

– Eu ainda tenho um pouco de medo, você sabe... de ter meu coração partido novamente, mas eu não vou deixar o meu medo me vencer. Eu só quero que você saiba, Drew... que eu não quero algo passageiro.

– Nem eu. Eu te amo. Isso é para sempre.

Eu sorri e ele retribuiu o sorriso. E naquele momento não foi preciso dizer mais nada. Eu confiava nele e ele confiava em mim. Aquilo e o amor bastavam para nós. Era tudo de que precisávamos.

Ele chegou mais perto de mim e eu pude sentir a respiração rápida dele. Ele olhava diretamente para mim. Eu não conseguia tirar os meus olhos dos deles. Eram hipnotizantes. Aqueles lindos olhos verdes... eles sorriam para mim.

Ficamos assim por algum tempo e foi perfeito.

Ele chegou ainda mais perto, até nossos lábios se tocarem. E nesse momento eu fechei os olhos. Eu queria sentir, apenas sentir. Os lábios dele eram tão doces, tão macios...

Depois veio um beijo de verdade. O mais maravilhoso do mundo. E ele gostava de morder meus lábios bem de leve, mas de um jeito que me deixava totalmente apaixonada.

Eu podia beijá-lo por toda a eternidade e nunca iria me cansar. O vento, o cheiro do mar, o som das ondas e o calor do corpo do Drew. Era uma combinação perfeita. Mas nós infelizmente não podíamos ficar lá para sempre.

Ele se afastou lentamente e eu abri meus olhos. Ficamos nos olhando de novo, e dessa vez ele sorriu para mim. Eu retribui o sorriso e naquele momento eu soube que era para sempre. Naquele momento eu soube que eu o amava e que ele me amava também.

Eu podia até estar ficando louca, mas pela primeira vez depois de muito tempo, eu voltei a confiar em meu coração, e foi o que mais valeu à pena em toda minha vida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam da minha primeira fanfic? Críticas, sugestões e elogios são sempre bem vindos (;