Breakaway escrita por ChocolateQuente


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Oi meu povo. Desculpa mais uma vez pela demora. Eu sei que tenho me desculpado com frequência, mas é que tá meio difícil de conciliar meus afazeres. Então acho que só vou poder postar nos sábados. Mas se der, posto em outros dias. Blza? Espero que curtam esse cap, pra compensar vou postar dois seguidos. *-*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/347896/chapter/6

- Bom dia meus futuros jornalistas. – a professora Dana, de histórias, entrou na sala com um sorriso largo. – Como vão seus trabalhos? Estou ansiosa por eles. – ela riu colocando sua bolsa ecológica em cima da mesa. Burburinhos animados ecoaram pela sala. Eu apenas ri. – Sarah? Sobre o que é o seu trabalho? – ela perguntou me fazendo pular na cadeira.

- O que?

- Sim. Sobre o que é? – ela perguntou novamente apoiando-se à mesa.

- Er... Eu não posso falar muito sobre ele... Tudo que posso dizer é que é um trabalho investigativo... Sobre algo... Alguém... – eu hesitei nas palavras e ela assentiu.

- Ok. Estou ansiosa. Seus trabalhos sempre me deixam orgulhosa, sei que não vai me decepcionar. – ela sorriu e eu forcei um sorriso nervoso.

Eu espero não me decepcionar também. Pensei afundando na cadeira.

****************

Quando as aulas do dia acabaram fui para o estacionamento e fiquei surpresa por não encontrar nem Chloe nem Chad lá. Meu celular tinha pifado de vez, então não pude ligar pra eles. Subi na moto e dirigi até a lanchonete. Encarei a caminhonete verde nos fundos da lanchonete e bufei. Chad com certeza ainda estava bravo comigo.

- Porque não me esperou? – perguntei entrando na sala de funcionários. Taylor me encarou e Chad continuou amarrando os sapatos.

- O que foi? – Taylor perguntou.

- É assim agora? Não vai mais falar comigo? – perguntei e ele apenas suspirou se levantando para fechar a porta do seu armário, depois de pegar a camisa.

- Pensei que viria com seu italiano. – ele disse simplesmente.

- Meu o que? Não seja idiota Chad. – eu berrei andando até o meu armário.

- Você é que está agindo como idiota aqui. – ele disse e eu me virei para encará-lo. Sua expressão era dura, mas eu sabia que ele estava preocupado. – Você está se colocando em perigo e quer que eu faça parte disso? – ele falou e eu balancei a cabeça, pegando meu uniforme. Andei a passos duros em direção ao banheiro, mas antes de entrar o encarei.

- Talvez eu esteja me colocando em perigo, mas... Eu esperava que você estivesse comigo pra me proteger. – eu disse e voltei a andar.

Eu odiava brigar com Chad, porque nossas brigas eram raras, mas quando aconteciam demoravam pra se resolver. Diferente de Taylor que brigava por coisas bobas e minutos depois estava rindo pra mim, Chad e eu só brigávamos por motivos fortes. Eu sabia que estava me colocando em perigo, mas... Eu o queria perto de mim. Porque é isso que amigos fazem.

*****************

O resto do expediente foi normal. O clima entre Chad e eu ainda estava tenso, e nós dois nem nos olhávamos. Eu sabia que ele viria falar comigo no final do dia, mas essa demora estava me matando. Odiava de verdade ficar assim com ele.

- Minha Sarah? – Taylor chamou aparecendo na porta da sala dos funcionários.

- Oi? – encarei seu rosto e ele sorriu.

- Me empresta sua moto, pra eu ir pra academia de luta? – ele pediu e eu assenti.

- Tudo bem eu pego um táxi. - eu disse jogando a chave pra ele.- Tenta voltar inteiro. – eu disse e ele sorriu.

- Deixa comigo, e você tenta falar com Chad. Ele só está preocupado. – ele disse antes de soltar um beijo no ar e sair. Assenti, e suspirei pegando minha bolsa, pendurei-a no ombro e saí.

Saí pelos fundos da lanchonete e encostei-me a caminhonete verde. Vi as luzes do Dinner serem apagadas gradativamente e encarei a porta dos fundos esperando que ele saísse. Alguns minutos depois Chad saiu. Uma expressão dura no rosto que me fez suspirar. Ele se aproximou da caminhonete e só notou minha presença quando parou ao meu lado. Ele me encarou e soltou um som gutural quase inaudível.

- Pode me dar uma carona? – perguntei e ele balançou a cabeça.

- Como se você precisasse pedir. – ele murmurou e eu sorri fraco. Chad andou e abriu a porta do lado do motorista, mas eu entrei na frente fechando-a de novo.

- Vamos parar com isso? Odeio esse clima. – eu disse alto demais e minha voz ecoou na rua. Ele riu.

- Eu também odeio, mas...

- Mas nada. – eu disse puxando-o para um abraço.

- Me desculpa por hoje, mas você há de convir que o que está fazendo ou tentando fazer é loucura. Pare de bancar a CSI, por favor. Por mim. – ele pediu afastando-me para olhar em meus olhos.

- Chad...

- Sarah, por favor.

- Chad, por favor. É o meu trabalho. Quando eu for uma jornalista, vou precisar correr perigo de vez em quando. – eu disse e ele revirou os olhos. – Por favor, não quero ficar brigada com você, mas também não posso desistir disso.

- Você nem sabe se é verdade, pode ser apenas um boato. Vai perder tempo com nada, em vez de se dedicar a uma matéria realmente importante? – ele perguntou me fazendo suspirar.

- Ok. – eu disse e ele abriu um sorriso. – Vou ter um plano B. – seu sorriso sumiu dando lugar a um revirar de olhos. – É sério. Vou tomar todo cuidado do mundo e vou ter um projeto paralelo a esse. Eu prometo. – eu disse beijando os dedos. Chad me analisou e suspirou por fim.

- Entra logo, já está tarde. – ele pediu abrindo a porta da caminhonete.

- Chad? – chamei e ele respirou fundo antes de me encarar.

- Tudo bem. Mas se fizer qualquer coisa sem estar em total segurança e principalmente sem me deixar a par de tudo antes, eu... Eu... Eu mato você. – ele disse me fazendo rir.

- Tudo bem. Obrigada, você é o melhor. – eu sorri abraçando-o.

Agora estava tudo realmente bem, mas eu ainda precisava traçar um plano para o italiano. Para o Matteo... Matteo de que?

**************

Joguei minha bolsa no sofá e andei vagarosamente até o banheiro. Tomei um banho e vesti meu pijama velho. Sentei no sofá com meu caderno de anotações e escrevi. ‘Matteo ?’ em letras garrafais, no topo da página em branco. A caneta pendeu entre meus dedos quando meus pensamentos começaram a voar. Pensamentos sobre a verdade. Perguntas sobre a verdade. Será mesmo que ele teria feito isso?

Suspirei e endireitei meu corpo quando meu celular começou a tocar entre as almofadas do sofá. Quando ele tinha voltado a funcionar?

- Alo? – murmurei ao atender.

- Liebe? – a voz doce e hesitante fez meu coração dançar no peito.

- Mamãe? – perguntei e ela suspirou.

- Oi minha querida. – ela sussurrou e eu soube por quê.

- Mãe, eu estou com saudade. – eu disse já sentindo meus olhos embaçarem.

- Eu sei minha princesa, eu sei. – ela disse antes de fungar.

- Como meu pai está? – perguntei.

- Ele está bem meu amor, mas sente sua falta. Você sabe que ele sente. – ela disse a última frase depois de me ouvir murmurar alguma coisa.

- Eu sei.

- Você precisa voltar logo.

- Não posso.

- Venha nos visitar então. Ele vai ficar feliz em vê-la.

- Não acredito nisso. Não depois do que eu falei.

- Ele já te perdoou meu amor. Por favor. Venha nos visitar.

- Mãe...

- Por favor. – ela pediu e eu suspirei.

- Vou tentar. Eu prometo. – eu disse e ela sorriu.

- Obrigada. Preciso desligar agora, mas vou tentar te ligar depois, tá?

- Tá bom, mãe. – eu sussurrei. – Ah, manda um beijo pro meu dhaidí. – eu disse hesitante e ela sorriu.

- Vou mandar. Durma bem, eu te amo. – ela disse antes de desligar.

Segurei o celular junto ao rosto mais alguns segundos e depois suspirei, jogando-o em cima do sofá. Eu precisava acabar logo com isso. Precisava terminar a faculdade e resolver as coisas. E pra isso eu precisava dele. Ou melhor, da história dele. Eu pensei encarando o nome rabiscado no topo da folha do meu caderno de anotações. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam? Comentem por favor. Vou postar outro agora. *-*