Don't let the sunshine fall from the sky, just find the sunshine in your own mind. You're a lollipop, no second prize, an apple somewhere, in somebody's eyes…

Droga de cellular. Abri um olho e estiquei a mão para achar o celular. Tateei e não o encontrei.

Hey girl, whatcha' doing? Hey girl, where you going?

Porcaria. Cade? Levantei e empurrei Taylor para o lado. Ele murmurou alguma coisa e voltou a dormir.

Shot in the arm, a twinkly eye, she could have fell, fell out of the sky, she could have fell right out of the sky.

Caramba. Parei para ouvir o toque e enfiei a mão embaixo das costas de Taylor, e o achei.

Who's that girl? Who's that girl?

– É a Chloe. – eu atendi e ouvi a voz dela.

– Isso são horas? – perguntei e ela riu.

– São sim. Onze da manhã, gata.

– Onze? Já? – perguntei levantando-me.

– E então? O que vamos fazer hoje? – Chloe perguntou e eu esfreguei os olhos.

– Bom dia Chloe, há quanto tempo não nos vemos, não é? Como você está? Eu to bem...

– Deixa de ser resmungona. Estou indo praí. Ou vamos pra casa do Chad? – ela perguntou me fazendo encarar o espelho.

– Não sei se Chad tem tempo pra isso, hoje. Venha pra cá, Taylor está aqui.

– Já?

– É, ele dormiu aqui. Problemas com o apartamento e o pai.

– Ok. Estou indo. Beijinho. – Chloe desligou e eu me virei para encarar Taylor.

– Acorda Sr. Músculos. – eu berrei empurrando-o.

– Ai. Sua coisa. – ele resmungou e abriu os olhos sentando-se na cama. – Que foi?

– Chloe está vindo.

– Está? – ele perguntou e eu assenti.

– Dia da família. – murmurei virando-me para sair do quarto. Taylor me seguiu.

– E Chad? – eu abri a geladeira e fiquei olhando. Podia dizer que não o queria lá, mas Taylor acharia estranho eu estar tão brava.

– Pode chama-lo se quiser. Mas não creio que ele virá. – eu disse pegando uma garrafa com suco de laranja.

– Hum. – Taylor apoiou os braços na mesa e puxou a garrafa de suco, virando-a na boca.

– Se não parar agora, te expulso daqui. – eu disse e ele parou, colocando a garrafa na mesa. Peguei-a e virei-a na boca.

– Espertinha. – Taylor riu e eu quase me engasguei com o suco. – Bem feito.

Taylor e eu tomamos café da manhã e arrumamos a casa. Tomei banho e quando Taylor estava no banheiro Chloe chegou. Os cabelos estavam mais claros. Eu sorri.

– Está linda.

– Obrigada. – ela sorriu e beijou minha bochecha. – Liguei pra Chad. Ele me contou tudo. – ela sussurrou olhando por sobre meu ombro. – Sinto muito.

– Sobre o que você está falando? – sussurrei como ela.

– Sobre você e ele, e... Sobre seu pai também.

– Como Chad soube do meu pai?

– Acho que Taylor contou a ele.

– Nossa, esse telefone sem fio é eficaz mesmo. – eu forcei um riso e ela riu.

– Sério. Sinto muito por seu pai, e quanto a Chad... Deixa para lá. Sofrer por um cara não está com nada.

– Não estou sofrendo. – eu resmunguei sentando-me no sofá. – Deixa isso pra lá. Não quero ficar falando dele.

– Ok, e quanto a Matteo? – encarei-a e ela deu de ombros. – Só quero saber das novidades.

– Não o vejo desde... Sexta. – eu disse simplesmente e ela sorriu.

– Tá rolando?

– Não. Não está rolando nada.

– Desde quando esconde as coisas de mim?

– Não estou escondendo nada Chloe.

– Claro que está. Só quero saber o que está rolando entre vocês.

– Porque não me conta o que está rolando entre você e Taylor? Porque vocês também estão saindo todo dia, e por isso, nem lembram mais da minha humilde existência. – eu falei gesticulando lentamente os lábios. Ela revirou os olhos.

– Ok. Estamos saindo. Nos conhecendo melhor. Ele é engraçado, carinhoso, e meu Deus, como é lindo. – ela apertou as próprias bochechas e eu ri.

– E o beijo? – perguntei arqueando uma sobrancelha contendo um riso.

– Beijo? Que beijo? – ela me olhou e eu a encarei. – Estou falando sério. Não nos beijamos.

– Como não?

– Não estamos tão a vontade assim. É estranho beijá-lo logo de cara.

– Vocês estão saindo a um tempão.

– Eu sei, mas... Não rolou ainda.

– Nem um climinha?

– Climas? Vários. Mas eu nunca consigo deixar rolar.

– Por quê?

– Por que... Ainda me sinto incomodada, parece que estou infringindo uma lei.

– Que lei Chloe?

– Ele gostava de você.

– E dai?

– E dai que se eu me apaixonar por ele e ele ainda gostar de você? Não tenho vocação pra sofrer por ninguém. – eu tive que rir, interrompendo a série de perguntas e respostas rápidas que estávamos fazendo.

– Para de ser medrosa. – eu disse. – Precisa relaxar. – eu disse pensando na quantidade de vezes que eu tinha escutado aquelas palavras no último mês. – Sério, nunca vai rolar nada entre Taylor e eu, e vocês estão se gostando. Um pouco, mas estão. Se nunca deixar acontecer, como espera que... Aconteça? – eu falei e ela suspirou.

– Ok. Vou ver o que... Acontece. – ela riu e Taylor entrou na sala.

– Oi, falando de mim? – ele perguntou antes de balançar a cabeça em cima de mim, fazendo seus cabelos respingarem água em mim. Empurrei-o. – Oi. – ele sorriu pra Chloe e deu um beijo demorado em sua bochecha.

– Oi. – Chloe sorriu de volta.

– O que vamos comer? Estou com fome. – eu disse levantando-me do sofá.

– Que tal pizza. Estou com muita vontade de comer pizza. – Chloe disse e eu assenti.

– Pizza então. – eu joguei o telefone pra Taylor. - O número ta na porta da geladeira. – eu disse e ele assentiu indo pra cozinha.

Suspirei enfiando as mãos nos bolsos da calça. Pizza me fazia lembrar do Matteo. O italiano misterioso, ou não tão misterioso. Sorri.

– Pensando em que? Ou em quem? – ela falou maliciosamente e eu ri.

– Matteo.

– Nossa, respondeu assim, sem hesitar?

– É. – eu cantarolei e passei uma mão entre os cabelos. – Vou ligar pra ele.

– Isso ai amiga, garota de iniciativa. – Chloe berrou e eu ri, inclinando-me para pegar o celular que tocou no mesmo instante. Olhei o visor e sorri. - Se me disser que é ele...

– É ele.