Breakaway escrita por ChocolateQuente


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi Oi Oi, essa é minha segunda história aqui no Nyah. Espero que curtam tanto quanto curtiram a primeira. [ Acho que estou falando sozinha ainda. ¬¬]



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A manhã estava quente para o começo do outono, mas mesmo assim coloquei meu casaco amarelo na bolsa. Afinal uma garota prevenida vale por duas, não é? A propósito, eu sou essa garota. Em breve você verá meu nome na capa de livros famosos em livrarias renomadas, mas até lá preciso fazer uma matéria mais do que incrível e instigante para ganhar meu diploma. É, eu estudo na Universidade de Londres, no curso de jornalismo. E é pra lá que preciso ir.

********

Peguei meu capacete e desci as escadas amaldiçoando o síndico que ainda não havia consertado o elevador. Sentei na minha pequena motocicleta e “acelerei”, atingindo o limite de velocidade do meu veículo. 60 km/h. Com essa droga de moto, eu nem conseguia sentir o vento nos meus cabelos, e toda aquela adrenalina de estar flutuando. Tudo que eu sentia era impaciência e irritação. Pilotei, berrando para os motoristas até a Universidade e estacionei ao lado dos carrões dos FDP’s. (Calma gente, só são filhinhos de papai.). Andei até minha árvore favorita, no meio do campus e sentei à sua sombra. Abri meu caderno de anotações e pus-me a encarar os alunos andando no gramado. Suas caras eram de que eles prefeririam a morte a estar ali. O que eu não entendia. Faculdade era algo que você escolhia. Não era como a escola, que você não conseguia imaginar pra que iria precisar de tudo aquilo.

– Você gosta mesmo de mato não é? – a voz enojada me fez rir e continuar a encarar os alunos.

– Você deveria gostar também.

– Vamos para a terra firme? Não consigo me equilibrar aqui. – ela berrou se apoiando na árvore para limpar os saltos. Revirei os olhos e me levantei.

– Vamos Chloe. – eu disse passando as mãos na calça jeans. – Porque eu fui escolher andar com uma patricinha do curso de moda? – eu sacudi a cabeça enquanto andava.

– Porque os gatinhos te reparam quando eu estou por perto.

– Nossa, a modéstia ficou lá na árvore junto com a sujeira dos seus sapatos. – eu revirei os olhos e ela riu.

– Pare de reclamar. – ela disse enquanto quase saltava para se equilibrar em cima dos saltos na grama. – Ah, desenhei uma coisa que é sua cara. – ela falou mais alto do que o normal, batendo as mãos.

– Se tiver plumas, gliter, babados, mais de um laço, e mais de duas cores, nem me mostre. – eu disse e ela riu.

– Como se eu não te conhecesse. Qual é? Eu sou o futuro da moda. Você vai amar. – ela disse e eu ri assentindo. - Nossa senhora das belezas exóticas, traga-me esse italiano. – Chloe sussurrou parando de repente. Encarei-a e arqueei uma sobrancelha. Ela olhava fixamente para uma direção e eu segui seu olhar. Na verdade quase todas as garotas a sua volta olhavam fixamente para o cara de chapéu que estava encostado a um pilar na frente da Universidade. Ele era de estatura mediana e bronzeado, bem bronzeado em comparação a nós britânicos. – De que curso ele deve ser? – Chloe perguntou quando nos sentamos em um banco de madeira.

Ele usava um chapéu preto, cobrindo parte dos cabelos lisos que iam repicados até um pouco abaixo das orelhas. Os braços fortes estavam à mostra em uma regata preta. E o jeans escuro, os tênis surrados, e a barba por fazer me levaram a crer que ele não se importava nem um pouco com a aparência, descartando assim várias opções de curso.

– Quem disse que ele é italiano? – perguntei pra Chloe que já tinha desviado a atenção do garoto para o seu caderno de desenhos.

– Ele tem cara de italiano. – ela deu de ombros e eu ri.

– Não tem não. – eu discordei e ela riu.

– Incrível seria se você concordasse comigo. – ela disse revirando os olhos. A sirene soou nos alto-falantes e nós duas nos levantamos – Boa aula, a gente se vê na hora do almoço. – ela se despediu andando até o prédio dois, de Moda. Eu me virei para o prédio três. E antes de ir encarei mais uma vez o garoto, que agora se desencostava do pilar. Minha curiosidade me fez querer descobrir de que curso ele era, então andei mais vagarosamente, esperando que ele se direcionasse para algum prédio. Ele o fez, andando até o prédio cinco. Artes. Claro. Eu sacudi a cabeça, andando até meu prédio. Quem era aquele cara?

*********

Corri para minha sala, e sentei-me em uma carteira na fileira da frente. O professor de redação entrou com a cara debochada de sempre.

– Como andam seus trabalhos de conclusão de curso? – ele perguntou jogando seus materiais na mesa. As pessoas começaram a falar empolgadas e eu afundei na cadeira sentindo uma agonia me incomodar. – Sarah? – ele me encarou e eu o olhei de olhos arregalados.

– Tudo... Ótimo. Meu trabalho está ficando incrível. O senhor vai adorar. A-D-O-R-A-R. – eu sorri nervosamente ajeitando os cadernos.

– Que bom. – ele sorriu forçado antes de se virar para outro aluno. Suspirei e abri meu caderno de anotações. Um bando de rabiscos sem nexo preenchiam as primeiras páginas. Nenhuma ideia. O que eu faria?


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Notas finais do capítulo

E então? Eu sem que tá no começo, mas o que acharam? Comentem por favor. *-*



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