No capítulo anterior vimos que em quanto nossos heróis estavam a caminho de Floaroma, lugar onde aconteceria o segundo torneio de Sinnoh, Barry toma uma atitude e pede para Ash e Gary treina-lo, surpresos com o pedido os dois perguntam o motivo e descobrem que o amigo se sentia frustrado por nunca ter conseguido se igualar aos demais, em outras palavras que tinha o anseio de se tornar mais forte, compreendendo os sentimentos do amigo os dois aceitam o pedido e começam a treinar Barry, vimos também que alguma coisa preocupava Dawn que procurava algo em seus desenhos, e para completar, um grande problema se instaura as vésperas do torneio, um enxame de beedrill ataca a cidade levando o caos aos moradores, felizmente o problema foi sanado graças aos esforços de nossos heróis que com a ajuda do garchomp de Ash jogaram os pokémons de volta para a floresta, e em meio a isso tudo um velho conhecido faz sua entrada, Harlei que aparece para a surpresa de Ash, o que esperar desse encontro inesperado? E como ficará o torneio de Floaroma? A resposta para essas perguntas vocês descobrirão agora, boa leitura.

— Nossa, que técnica forte, quase que eu voo junto com os beedrill- falou Dawn levantando- se.

— Verdade, será que não dava para você pegar um pouco mais leve Ash? – era a vez de Barry reclamar.

— Bem eu não tive escolha, era isso ou deixar a cidade ser destruída- defendia-se o rapaz.

— Bem, bem, não briguem, tudo já passou, e estamos todos bem, não é mesmo?- apartava Dent.

— Dent tem razão, não é hora para ficar brigando, temos que ver se mais alguém precisa de ajuda- explicava Gary.

— SIM!- respondiam todos.

— Com licença- dizia Harlei se levantando.

— Quem é você?- perguntava Barry.

— Desculpem, eu já ia me esquecendo, pessoal esse é Harlei, um velho conhecido, e rival da May- apresentava Ash.

— Olá, meu nome é Harlei, e como todos devem imaginar sou um coordenador que veio para participar do torneio que irá acontecer nessa cidade.

— Prazer em conhecê-lo!- cumprimentavam todos, mas logo em seguida Dawn o reconhece e puxa Ash para longe.

— Ei Dawn, por que fez isso?- indagava Ash.

— Esse ai não é aquele rival esquisito da May que vivia perseguindo ela para fazer todo tipo de maldade?

— Sim, é ele mesmo, por quê?

— Como assim “por que”, você não acha que esta muito despreocupado perto daquele que já aprontou muito?

— Relaxa Dawn, ele não é mais assim, a própria May já havia me contado que de uns tempos pra cá ele mudou muito, inclusive, ele não apronta mais, agora ele compete de forma limpa e honesta.

— Mesmo?

— Sim, ela falou até que o próprio jeito de ser dele mudou.

— E você acredita nisso?

— Bem se ela disse então eu acredito, até porque é só você olhar pra ele que percebe que ele mudou- de fato, Harlei havia mudado muito, ele não vestia mais aquelas roupas extravagantes, agora usava uma camisa social verde claro, com jeans azul e calçava sandálias marrons — Você tinha que ver como ele era, parecia até um cacturne super desenvolvido- o jovem riu ao lembrar de como Harlei se vestia.

— Bem, se você diz, então não vou discutir- falou a menina dando-se por vencida.

— Ei vocês ai, o que tanto cochicham?- perguntou Barry.

— Não é nada, só estava falando para o Ash que talvez o torneio seja adiado devido aos estragos que os beedrill causaram- disfarçou a menina.

— Espero que não, estava tão empolgado para fazer a minha estreia em Sinnoh- indagou Harlei.

— Então você também irá participar dos torneios de Sinnoh Harlei?- perguntou Ash.

— Sim, depois de perder em Jotho para May resolvi que iria ganhar o próximo grande festival, e como fiquei sabendo que o de Sinnoh esse ano iria ser grande é claro que não poderia deixar de participar.

— O que quer dizer com será grande?- perguntou Gary.

— Vocês não sabiam? Corre o boato que muitos coordenadores fortes estão se dirigindo para esse continente em busca da taça da fita de Sinnoh, inclusive treinadores que se tornaram lendas no mundo Pokémon.

— Lendas? O que você quer dizer com isso?- era vez de Barry perguntar.

— Bem deixe-me ser mais claro, o mundo da coordenação Pokémon é vasto, sua popularidade é tão grande que já alcançou quatro das cinco grandes regiões, perdendo apenas para as batalhas Pokémon, e nessas regiões tiveram coordenadores que fizeram seus nomes e deixaram suas marcas, muitos deles até ganharam em mais de uma região, mais muitos deles também nunca saíram de sua região de origem deixando seu status lá, e outros cuja fama é tremenda que preferiram se afastar dos palcos, mas, especialmente esse ano esse tabu será quebrado, pois muitos desses coordenadores já confirmaram sua presença nesse grande festival.

— Incrível, pelo que parece a concorrência será grande- surpreendia-se Dent.

— Mas espera, que coordenadores virão?- perguntava Gary.

— Todos os tipos, muitos deles bem famosos, como por exemplo, aquele que nunca ganhou nenhuma mais já esteve em muitas finais, Kenny, o bardo Pokémon que venceu em duas regiões, Nando, a treinadora cujo rugido severo intimida seus oponentes, Zoey, esses e muitos outros já confirmaram presença- depois da explicação de Harlei todos ficaram surpresos ao ouvirem tantos nomes conhecidos.

—Dawn, todos são seus rivais- dizia Ash.

—É, eu nunca imaginei que todos fossem competir na mesma competição de novo- comentou Dawn.

— Espera, isso é mesmo possível, quer dizer, tanta gente poderosa se reunindo em um único local?- indagava Barry incrédulo.

— Ora, é só olhar ao seu redor e verá que o que acabei de dizer é a mais pura verdade- disse Harlei com um sorriso malicioso.

— O que você quis dizer?- falou Barry confuso olhando para os lados.

—Vencedora do grande festival de Kanto do ano passado, Dawn Berlitz e o melhor treinador Pokémon do mundo atualmente, Ash Ketchum, são nomes bem famosos não acha? Principalmente quando estão associados a “presa rubra”- nesse momento Ash, Dawn e Gary se surpreendem.

— Como você sabe sobre isso?- pergunta Gary em tom serio.

— Bem, não há ninguém no mundo Pokémon que não saiba sobre a presa rubra- disse Harlei.

— Presa rubra... – pensou Dawn.

— Não é disso que estou falando, é sobre... - nesse instante Gary não tem tempo para terminar a frase.

— Gary, é melhor irmos, podem estar precisando da nossa ajuda no centro da cidade- falou Ash colocando a mão no ombro do amigo em tom calmo, mas ao olhar em seus olhos Gary percebeu que o amigo poderia brigar com Harlei ali mesmo se ficasse por mais tempo naquele lugar.

— S-sim é verdade, é melhor irmos- disse Gary entendendo a situação.

— Ei Harlei-san!- disse uma voz infantil, respondendo ao chamado o jovem olha para trás e se vê mordido pela boca de um grande lagarto escuro.

— Ahhhhh! Mas o que é isso?- gritava Harlei fazendo todos rirem.

— Garchomp retorne- disse Ash apontando a pokébola e retornando o Pokémon — Francamente, mesmo evoluindo ele nunca perde esse habito, desculpa Harlei.

— T-tudo bem, não doeu tanto- falou Harlei ainda um pouco tonto.

— Aproposito, quem são essas crianças?- indaga Barry.

— Ah! Nós estávamos indo tomar sorvete enquanto a enfermeira Joy tratava dos meus Pokémons, mas ai os beedrill atacaram e o resto vocês já sabem- explicou Harlei.

— Bem, vamos andando, ainda precisamos ver como estão às coisas- disse Gary indo em direção à cidade, logo atrás Dent e Barry o seguiam.

— É melhor irmos também, certo crianças, vamos voltar ao centro Pokémon- gritou Harlei reunindo a todos — E Ash, mais uma coisa, essas pessoas estão se reunindo por um único motivo.

— E qual seria?

— Outro boato, o de que todos estão aqui para atrair um peixe maior.

— Peixe maior?- perguntou Dawn.

— Eu não entendo onde quer che... – nesse momento Ash percebe o que Harlei esta insinuando.

— Parece que entendeu, May também foi atraída por esse rumor, você sabe não é? Que ela está aqui.

— Por que está falando dela agora?- perguntou Ash.

— Ash eu sei muito bem o que é uma briga de growlithe grande, até por que eu mesmo já presenciei muitas quando via vocês três reunidos, e devo dizer se você esta aqui também isso pode significar o inicio de mais uma, até mais, passar bem- despedia-se Harlei segurando as crianças pelas mãos.

— Que cara mais estranho, até parece que ele sabia o que vai acontecer- surpreendia-se Dawn.

— É, ele passa essa impressão às vezes, vem, vamos nos juntar a Gary e os outros- falou Ash indo em direção ao centro da cidade.

— Ei Ash espera-corria Dawn na direção do amigo.

Mais tarde naquela noite:

— AAAAAH! To morto, por favor, alguém me enterre- reclamava Barry jogando-se no sofá.

— Deixe de idiotices Barry só foi um pouco de trabalho braçal- repreendeu Gary.

— Sim, é verdade, as únicas pessoas que deveriam estar cansadas aqui são as meninas, afinal, tiveram que tratar de vários Pokémons- concordava Ash.

— É isso mesmo, você não deveria ficar reclamando, não fez quase nada- debochava Mai.

— Mai, você também não teve tanto trabalho- disse Sayaka desconcertando a irmã.

— Que seja, não tenho nem mesmo força para discutir, trabalhamos duro, ajudamos a arrumar a cidade, e o torneio de amanhã vai acontecer sem mais problemas, acho já fiz demais por um só dia, vou para cama mais cedo- resmungava o garoto.

— Ei, não pense que escapara tão fácil, lembre que daqui a pouco começa o nosso treinamento especial- avisava Gary.

— Depois de tudo que aconteceu hoje nós ainda vamos treinar?

— Do que você esta falando? Se quiser ser um vencedor deve treinar até o limite.

— Mas acontece que eu já estou no meu limite- gritava o jovem.

— Não exagere, foi você mesmo que pediu por isso, vem vamos- disse Gary com toda a calma do mundo arrastando Barry pelo pé.

— Ei eu to falando serio, to muito cansado pra treinar- reclamava o garoto.

— Se tem força pra reclamar, tem força pra treinar.

— Ok, ok, pelo menos deixe eu jantar primeiro- chorava Barry já bem longe fazendo todos rirem da cena.

— Bem, é melhor eu ir preparando o jantar, com licença- falou Dent indo em direção à cozinha.

— Bem Mai, é melhor nos aprontarmos pro jantar, vamos- explicou a mais velha.

— Certo, até depois pessoal- despediu-se a mais nova indo atrás da irmã deixando apenas Ash e Dawn ali.

— Nossa, todos estão bastante animados, certo, acho que vou treinar mais um pouco também, será que você pode me ajudar... – o garoto para ao perceber que a amiga não estava prestando atenção — Dawn, ei Dawn você me ouviu?- perguntava o jovem acenando a mão na frente do rosto da amiga.

— Ah! que susto, que foi Ash?- surpreendia-se a menina.

— Eu é que pergunto, eu estava falando com você, não me ouviu?- explicava o amigo.

— Desculpe, estava distraída.

— Você esta bem? Parece que esta preocupada com algo.

— Bem é que eu estava pensando no que o Harlei falou naquela hora, sobre eu, você e a presa rubra- nesse momento Ash fica nervoso com o que Dawn fala— O que será que ele quis dizer? Afinal a presa rubra é o lugar que você trabalha não é mesmo? Eu nunca fui lá, então porque ele disse aquilo?

— B-bem, quem sabe, v-vai ver que ele pensou que você trabalhasse comigo já que estávamos juntos- falou Ash em tom nervoso.

— Será mesmo?

— N-não pense muito Dawn, foi só um engano.

— É, você tem razão, vai ver foi só isso mesmo- disse a garota dando um sorriso.

— Não é, agora eu vou treinar mais um pouco, você pode me ajudar?- perguntou Ash parecendo mais calmo

— Claro, só preciso tomar um pouco de agua, vai na frente que depois te alcanço.

— Certo, só vê se não demora- despediu-se o jovem indo em direção a sala de treinamento.

— Ainda sim gostaria de saber o que foi aquilo, bem não deve ser nada mais, deve ter sido como o Ash dis... Ai... O que... Minha cabeça está doendo – sentindo uma repentina dor de cabeça Dawn cai de joelhos e desmaia, nesse momento varias imagens vinham a sua mente.

— Certo, quem derrubar ele primeiro vence- disse Ash.

— Ou seja, eu- gritou Dawn saindo correndo.

— Ha Ha Ha, você tinha que ver a sua cara, foi tão engraçado - falava Ash de costas já em outra cena.

— Que irritante, quando vai parar de rir? Já não teve o suficiente?- criticava Dawn irritada.

— Que isso sirva de lição, quem sabe da próxima vez você me escute- debochava o rapaz.

— Eu ainda digo que poderia ter conseguido sem você- resmungava a garota cruzando os braços.

— Dawn, só quero que saiba que nesse trabalho a cooperação é importante, afinal nós somos... – Dawn não conseguiu ouvir a ultima parte, uma luz incandescente aparecia a sua frente, e aos poucos ela abria seus olhos.

— Ela esta acordando- disse uma voz que parecia ser a de Sayaka.

— Dawn, você esta bem?- perguntava Ash se aproximando.

— Hein? Onde eu estou? O que aconteceu?

— Você não lembra? Você estava demorando então fui te procurar, foi quando te encontrei desmaiada- explicou o rapaz.

— É mesmo, agora me lembro, de repente minha cabeça começou a doer e desmaiei- naquele instante as imagens voltam a cabeça da menina — Essas imagens, o que são elas?

— Imagens? Do você esta falando?- perguntou Sayaka.

— Varias imagens que vem à minha cabeça, imagens que eu não entendo-falava Dawn colocando as mãos na cabeça com uma expressão triste.

— Dawn, vai ficar tudo bem, você só esta cansada, afinal o dia hoje foi bastante agitado, apenas deite e descanse- disse Ash deitando à amiga.

— Certo, mas quem vai te ajudar com o treinamento?

— Não se preocupe, eu não vou mais treinar, vou ficar aqui com você essa noite.

— Não, o torneio é amanhã, você precisa treinar- falava a menina.

— Então por que não fazemos assim, eu e Mai ficamos com você esta noite e o Ash vai treinar- propunha Sayaka — Tudo bem para você Ash?

— Isso me deixa mais tranquilo, ok, eu vou treinar então, até depois- despedia-se o garoto.

— Ash! Então, como esta a Dawn?- perguntava Dent na frente do quarto junto de Barry.

— Ela ficará bem?- era a vez de Barry perguntar.

— Calma pessoal, ela ficará bem, só precisa descansar- acalmava Ash.

— Que bom, por um minuto pensei que o pior havia acontecido- disse Dent mais aliviado.

— Cara que susto.

— Pessoal, podem nos dar licença? Quero falar uma coisa com o Ash- pediu Gary chegando ao local.

— S-sim, claro, vamos Barry me ajude a fazer uma sopa pra Dawn.

— Certo- concordou jovem seguindo Dent.

— O que você queria conversar Gary?

— Você sabe muito bem do que se trata, e sabe melhor ainda o que aconteceu com a Dawn.

— É difícil de acreditar, mas acho que aquilo que o Harlei falou hoje desencadeou essa situação.

— E então, o que fara agora?

— Nada, até agora ela não viu nada de importante, tudo ficará bem se não mencionarmos mais nada sobre a presa rubra.

— Parece ser mesmo a escolha certa a se fazer, mas você sabe que não pode ficar escondendo o jogo pra sempre não é mesmo? Uma hora essa grande represa pode vir a estourar e você sabe muito bem disso.

— Não irei deixar, não posso permitir que isso volte a acontecer, nunca me senti tão mal quanto naquela vez, e aconteceu novamente, só que dessa vez foi com a May, meus amigos se machucando por minha culpa- nesse momento Ash fica tão exaltado que soca a parede — Não posso deixar ela ser arrastada para isso novamente.

Longe dali, em um pequeno centro Pokémon localizado na floresta, uma jovem que estava adormecida já algum tempo começa a recobrar a consciência, e aos poucos seus olhos a revelam a imagem de um quarto para ela desconhecido, ainda atordoada ela olha para os lados e nota suas coisas em cima de uma cadeira que estava ao seu lado.

— Onde estou? O que aconteceu- e no mesmo instante sua pergunta foi respondida, havia lembrado do acidente na floresta, do Drapion, de... Ash — Ash... Ash... ASH!

— Meu Deus, o que foi isso?- pergunta a enfermeira Joy entrando no quarto — May? Graças a Deus você acordou.

— Enfermeira Joy, onde estou? Cadê o Ash? – perguntava a menina ainda um pouco confusa.

— Calma, calma, você esta no centro Pokémon, e não se preocupe, o Ash esta bem- explicava a enfermeira calmamente deitando May novamente.

— O que aconteceu? Eu me lembro de ter sido envenenada por um Drapion e depois... Não consigo lembrar.

— Depois disso o Ash a trouxe correndo a este centro, ele chegou aqui todo ferido e esfarrapado, quando perguntei a ele o que havia acontecido ele simplesmente disse “Por favor, salve a minha amiga”.

— Ash... E o que aconteceu depois? Onde ele está?

— Como eu disse antes, ele esta bem, mas infelizmente ele não esta mais aqui, disse que tinha um assunto urgente para resolver.

— Entendo- nesse instante a menina abaixa a cabeça e faz uma expressão de tristeza.

— Mas ele pediu para lhe entregar isso assim que você acordasse- disse a enfermeira mostrando uma carta para a menina.

— Isso é pra mim?

— Sim, tome- falou Joy entregando o pedaço de papel.

— Ash... - falava a menina em quanto segurava a carta.

— Normalmente eu iria pedir que a lê-se depois que descansasse mais um pouco, mas vendo que esta curiosa sobre o paradeiro dele eu vou abrir uma exceção, só não se exalte muito- disse a enfermeira dando-lhe uma piscadela — E antes que eu me esqueça, transferimos suas Pokébolas do outro centro, elas estão aqui em cima- explicou a enfermeira apontando para mesa ao lado da cama de May, logo em seguida ela saiu e deixou a morena sozinha, que por sua vez não perdeu tempo em abrir o envelope e ler a carta.

“May, quando ler está carta eu possivelmente já estarei bem longe, a verdade é que eu queria estar ai quando você abrisse os olhos, mas tinha uma coisa que eu precisava fazer antes, desculpe...

Sobre o que houve na floresta, a culpa foi toda minha, mais uma vez provei o quanto sou fraco em proteger pessoas importantes pra mim, mas prometo que na próxima vez que nos encontrarmos, serei alguém que nunca mais deixara você se machucar.

Bem, acho que é só isso, espero que melhore logo, até a próxima.

ASS: Ash!”

Após ler a carta, uma enorme tristeza surge no coração de May, e antes que percebesse o papel que segurava se molha lentamente com as lagrimas que brotavam de seus olhos azuis, sentindo-se solitária a morena pega uma de suas Pokébolas, dentro da qual sai um Pokémon cinza e azul, era glaceon que ao notar sua treinadora chorando foi rapidamente ao seu encontro.

— Gla, gla- rosnava o Pokémon como se perguntasse o que acontecia.

— Ah glaceon, já faz um bom tempo que não nos vemos não é? Desculpe, é que na verdade depois de deixar você e os meus outros Pokémons aos cuidados da enfermeira Joy eu voltei a me encontrar com o Ash- explicava a menina escondendo seu rosto deitando ele em seus joelhos, “possivelmente esta tão triste e envergonhada que não tem coragem para mostrar seu rosto”, foi o que pensou glaceon — Depois disso nos confrontamos a equipe rocket que estava tentando tirar Pokémons inocentes de seu habitat, tentando fugir da nave deles nos caímos em uma floresta, e quando estávamos prestes a sair dela fomos atacados por um Drapion selvagem, ou melhor, eu fui atacada primeiro quando sem saber entrei no território dele, para me salvar Ash também foi ferido, depois disso eu desmaiei e só acordei agora- nesse momento o Pokémon percebeu que os soluços de May ficaram mais intensos, o que significava que a morena voltava a chorar— Ele não esta mais aqui, precisou ir pois tinha um assunto pendente, deve ser trabalho com certeza- disse a morena forçando uma risada — A enfermeira Joy me entregou uma carta que ele deixou, nela ele explica os motivos de ter partido mais cedo, e pede desculpas por não poder ficar, desculpa-se também por ter me envolvido nisso tudo, e disse que na próxima vez que nos encontrarmos ele estará mais forte, e não deixará que eu volte a me ferir... Por quê?... Por quê?- ao terminar de explicar a menina vagarosamente levanta seu rosto, este estava completamente diferente do normal, sim, este rosto de agora estava vermelho e molhado, tudo por causa das pequenas gotas cristalinas que escorriam de seus olhos, este rosto, mostrava um semblante completamente triste e desesperador, tristeza, essa era a palavra que melhor definia o rosto de May, lentamente glaceon caminhou até sua treinadora, que por sua vez abraçou sua fiel companheira — Por que, por que ele se culpa por um erro que foi só meu? Ele é tão gentil, e esforçado, sempre me protegendo, e eu, sempre me metendo em problemas... Ei glaceon, você acha que eu sou um estorvo pro Ash?- pergunta a menina com os olhos ainda chorosos a sua Pokémon, que com um tímido gemido balançou a cabeça fazendo um gesto de “não”, depois disso a morena continua a chorar abraçando glaceon, mal sabia ela que a enfermeira Joy estava ouvindo tudo do lado de fora.

— Pobre May, eu entendo sua dor, e posso garantir que Ash deve ter sentido algo parecido quando foi incapaz de protegê-la, mas o que mais me assusta é o fato do presidente ter previsto o que ia acontecer com esses dois, certo, como prometido entregarei esta outra carta a May quando ela estiver completamente recuperada.

CONTINUA NO PROXIMO CAPITULO!