Lado A Lado - O Que Houve Depois? escrita por Perniente
Notas iniciais do capítulo
Olá, pessoal!
Bom, depois de meses sem publicar a continuação, creio que vocês nem lembram mais da minha história... Mesmo assim, rolou uma inspiração aqui e retomei a escrita (viva!)
Não sei se perdi a mão do casal Laured, mas espero que continuem gostando.
(Perdão de novo por todos os meses de espera, lindas)
Edgar apressou-se para alcançar a esposa e a filha. Estava preocupada com a conversa que acabara de ter com Catarina. Teria a gravidade da doença a transformado em uma pessoa melhor? Seria ela capaz de mentir sobre algo tão sério? Se fosse mesmo verdade, o que ele, Edgar, poderia fazer?
Precisava urgentemente conversar com Laura...
Chegou em casa um tanto preocupado por tê-las perdido de vista, mas certo de que as mulheres de sua vida haviam tomado o caminho de casa. Acertou: encontrou Laura esperando-o no sofá da sala, assim que passou pelo vestíbulo.
Edgar disse com ar de preocupação: Laura, que bom que vieram pra casa! – sentou-se ao lado dela dando-lhe um beijo no rosto e buscando um abraço o qual a professora não negou dar.
Laura emburrada: Você demorou, imagino que a conversa com aquela... –respirou, recompondo-se – imagino que tinham muito para conversar... – cruzou os braços demonstrando sua desaprovação diante do ocorrido
Edgar deu um meio sorriso: Está com ciúmes, meu amor? Sabe que não tem motivo algum pra isso, não é?
Laura soltou os braços, tentando acalmar-se: Eu sei, eu sei... Mas aquela mulher me tira do sério, vê-la novamente depois de tudo que soubemos que ela fez... Argh! – ergueu as mãos como se estrangulasse alguém à sua frente e recompôs-se – Está bem, diga, o que ela queria falar com você?
Edgar suspirou: Melissa está no quarto?
Laura: Lourdes está ajudando com o banho. Vamos, Edgar, é algo grave?
Edgar levantou-se do sofá: É, é sim, meu amor... Catarina está muito doente. Tuberculose, segundo ela
Laura: Meu Deus, Edgar! É uma doença séria, tem feito muitas vítimas nos últimos anos...
Edgar: Sim, ela disse que foi contagiada na prisão e, devido à falta de cuidados, está num estágio muito avançado.
Laura levantou-se procurando o olhar perdido do marido: E agora, Edgar? O que ela espera de nós?
Edgar: Pois é, Laura, isso que me preocupa... Ela pediu pra conviver com Melissa no tempo que ainda a resta de vida. Com todas as medidas preventivas necessárias, considerando a saúde também frágil da menina...
Laura: Ai, Edgar... Sei que é filha dela, mas depois de tudo que aconteceu, expor Melissa a esse risco!? Não me parece ser uma boa ideia...
Edgar: Eu sei, não me agrada a ideia de ver minha filha convivendo com Catarina, mas é mãe dela, e está a beira da morte!
Laura: Mas você ainda não me contou... O que você disse a ela?
Edgar: Dei uma quantia em dinheiro, falei para hospedar-se em alguma pensão e me enviasse um recado com o endereço. Queria pedir sua opinião antes de tomar qualquer decisão... O que você acha que devemos fazer, meu bem?
Laura abraçou o marido e sorriu: Você não imagina o quanto estou contente com sua pergunta, Edgar!
Edgar acariciou as faces rosadas da amada: Já errei muito em não pedir sua opinião quanto a assuntos que envolvem nossa família. Não quero correr o risco de te decepcionar de novo – complementou beijando a testa de Laura.
Ficaram abraçados, pensando no que fariam diante às novidades, até Laura soltar-se, caminhando pela sala respondendo à questão do marido:
– Como você bem disse, essa mulher é, infelizmente, mãe biológica da Melissa. Isso não podemos mudar. Sendo assim, precisamos tomar todas as medidas possíveis para não deixar Melissa vulnerável à doença da mãe. Amanhã mesmo falarei com meu pai, ele precisa examinar Catarina e confirmar se o estado dela é tão grave quanto ela diz ser.
Edgar esboçou um sorriso: Eu tenho tanto orgulho de você, Laura, da tua sabedoria e determinação... Confesso que ainda me surpreendo com o quanto você é coerente – abraçou mais uma vez a esposa.
Laura: Que bom que concorda comigo, meu amor! Amanhã já podemos tomar todas as providências necessárias. – retribuiu os carinhos do amado, agradecendo-lhe com um beijo dócil – Mas por hoje, tudo bem se jantarmos e formos descansar? Essas crianças aqui estão cada dia mais pesadas... – sorriu acariciando o ventre voluptuoso.
Edgar acompanhou as carícias da esposa aos filhos ainda não nascidos: Claro, meu amor! Depois de tantas surpresas, merecemos um repouso tranquilo... Vou ver se Lourdes terminou de dar banho em Melissa e peço para servir o jantar, está bem? – disse beijando rapidamente a esposa antes de ir rumo à escada.
Laura sentou-se na poltrona em frente ao piano e, ainda acarinhando a barriga, pensou na conversa que tivera com o marido e sobre o novo cenário que se formava em suas vidas. Não pôde deixar de se preocupar, mas dessa vez prometia a si mesma, Catarina não atrapalharia sua gestação ou interferiria em sua relação com Edgar.
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Espero que tenham curtido esse retorno (ainda não muito emocionante, mas necessário, né?)
Beijos a todas!