Na hora em que eu ia matá-lo minha varinha, minha varinha foi arremessada e a parede se quebrou com um estrondo.

– Droga. - ouvi o Potter dizer e vi um grande e irritado trasgo montanhês.

– Merda! - eu disse e olhei para a janela, onde uma vassoura já me esperava.

Peguei o Potter pela manga e o arrastei até a janela, o trasgo derrubou a armadura que eu estava escondida e pulei com o Potter para a vassoura. Os alunos da sala começaram a sair por causa do barulho e muitos alunos começaram a se amontoar nos jardins do castelo.

– ALUNOS POR FAVOR SE DIRIJAM AOS SEUS DORMITÓRIOS! - ouvi a voz da vice-diretora Michele com a voz ampliada. - Desçam das vassouras! - ela gritou para mim

– Droga! - eu disse irritada e aumentei a velocidade na vassoura.

– DESÇAM AGORA MESMO DA VASSOURA! - ela gritou para mim irritada.

Inclinei a vassoura em desci em direção a professora. O Potter começou a gritar e colocou a mão em meus olhos para eu parar a vassoura. Mas deu uma cotovelada em sua barriga fazendo ele me soltar e começar a me xingar. Inclinei meu corpo para ganhar mais velocidade e o Potter se segurou em mim.

– PARE AGORA MESMO! - a professora gritou e pegou a varinha para lançar um feitiço, mas antes disso eu freei a vassoura, um pouco depois de tirar as algemas dele usando sua varinha e o Potter caiu.

Assim que a professora tirou a concentração de mim joguei um feitiço paralisante nela e ela não conseguiu jogar nenhum feitiço no Potter.

– ARESTO MOMENTUM! - ouvi alguém gritar e o Potter parou a poucos centímetros do chão.

Finalizei o feitiço que eu havia lançado na professora e desci da vassoura. Ela correu até ele e viu que o mesmo estava desacordado.

– MARK! - gritei abrindo espaço no meio do grupo de pessoas que já o rodeavam. - A vassoura estava enfeitiçada! Eu não acredito que você caiu! - comecei a dizer e abracei o Potter, como meu plano havia falhado eu precisava encenar.

– Se afastem! - gritou a enfermeira e eu me afastei já chorando.

A enfermeira jogou um feitiço em Mark para ele flutuar e enquanto tirava ele dali eu precisava resolver a minha situação. Apontei a varinha para a vassoura, para enfeitiçá-la e depois corri até perto do castelo para pegar a minha varinha, que por sorte não estava quebrada e foi fácil de achar.

– Tiffany, será que eu poderia falar com a senhorita? - perguntou a professora pouco depois de eu ter voltado para perto do grupo de alunos que iam para dentro do castelo.

– Claro. - eu disse e a segui até a sua sala.

Eu até que estava um pouco nervosa, desde o sexto ano eu não mentia para alguém e estava com um pouco de medo de não ser tão convincente.

– Sente-se. - ela pediu e eu me sentei na cadeira em frente á dela. - Conte-me o que aconteceu.

– Eu estava indo para a aula de poções, quando vi Mark aparecer correndo. - comecei a explicar olhando nos olhos dela, normalmente as pessoas acreditam mais quando fazemos isso. - Eu disse que precisava falar com ele e ele me disse que não era uma boa hora, mas eu estava desesperada. Não sei se a senhora sabe, mas havíamos terminado nosso namoro.

– Ouvi falar. - disse ela me olhando atentamente e me forcei a chorar. - Prossiga.

– Sim senhora. - eu disse e limpei uma lágrima do meu rosto. - Eu disse para o Mark que eu o amava e ele disse que havia feito uma besteira enorme e logo depois o trasgo apareceu. Eu levei um susto e acabei jogando minha varinha pela janela sem querer e Mark chamou a vassoura para nos tirar dali, porém eu estava chorando e ele enfeitiçou a vassoura para ela descer.

– Não me lembro de tê-la visto chorando quando parou a vassoura. - disse ela e ergueu uma sobrancelha.

– É porque na hora em que eu percebi que a vassoura estava descendo sozinha eu parei de chorar e entrei em desespero, eu tentei colocar a vassoura para cima e desfazer o feitiço, mas Mark não conseguiu se segurar.

Continuei olhando para os olhos dela. Eu sabia que ela não estava acreditando em mim, mesmo sendo uma das melhores mentiras que eu já houvesse inventado.

– Me empreste sua varinha. - ela pediu e eu entreguei. - E a do Potter também.

– Aqui está. - eu disse e entreguei.

Limpei o falso choro e vi ela falando:

– Priori Incantato.

Na varinha do Potter apareceu o feitiço que eu usei para enfeitiçar a vassoura e na minha apareceu Nox.

– Obrigada, pode ir. - ela disse depois de um tempo e me entregou minha varinha.

– E a do Potter? - perguntei.

– Não se preocupe, quando ele estiver bem eu mesma devolvo á ele. - ela disse e eu dei de ombros, - Pode ir.

– Com licença. - eu disse e me levantei, sorri assim que passei pela porta, pelo visto eu não havia perdido o jeito, mas isso também significava que eu teria que ficar mais tempo por aqui. E precisava de um plano novo, mas antes de começar um novo plano eu precisava visitar Mark.

– Posso entrar? - perguntei para a enfermeira e ela exitou antes de abrir a porta. - Prometo que serei rápida.

– Tudo bem. - ela disse e me deixou ir até a cama onde Mark estava deitado.

– O que você está fazendo aqui? - ele perguntou irritado e se sentou.

– Você terá que fingir que ainda somos namorados. - eu disse ele olhou de forma estranha para mim.

– Olha, se você me ouvir... - ele começou a dizer e eu fiz um sinal com a mão para que ele parasse.

– Não quero desculpas Potter, eu já sei o que aconteceu. - eu disse controlando minha vontade de chorar, que agora era de verdade. - Apenas finja que ainda namoramos e sua família continuará bem.

– Eu não quero fingir que eu namoro você Tiff, eu realmente quero voltar a namorar você, de verdade. - ele disse e eu olhei com nojo para ele, depois de ter me traído com a vadia da Lola como ele poderia dizer aquilo para mim?

– Isso não vai acontecer. - eu disse com a voz firme. - Vamos namorar por vinte dias, acho que isso é suficiente e depois nunca mais chegue perto de mim.

– E se eu não quiser? - ele perguntou e eu me aproximei ameaçadoramente dele.

– Se você não quiser eu vou matar cada pessoa da sua família e por último matarei você, com um morte lenta e dolorosa, pois acredite ou não, eu posso fazer isso. - eu disse e peguei minha varinha.

Antes que Mark reclamasse de alguma coisa eu tirei da mente dele o que realmente aconteceu com o trasgo e coloquei a minha memória lá dentro da minha conversa com a vice-diretora.