Os Secretários escrita por S A Malschitzky


Capítulo 5
Os cabelos loiros e cabeças voadoras


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem. :D



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– Ok. – digo.

Voltamos para a sala de roupas e olho estranhamente para ela.

– Adisson. Vamos dormir aqui?

Ela abre a porta e vejo dois colchões brancos colocados no chão e um roupa solta igual a de Adisson.

Coloco o pijama e me sento no colchão mordendo a ponta do indicador aflita.

– O que foi? – pergunta Adisson sentando-se ao meu lado.

– Você não me falou nada sobre copos. – digo. Ela me olha estranhamente. – Você me ensinou sobre os sinais que as pessoas usam, mas você não me falou nada sobre sinais com copos.

– Sinais com copos normalmente são sinais de quebrador de regras. – murmura ela. – Como foi o sinal?

Olho em volta procurando um copo.

Acho um porta lápis. Me levanto e derrubo tudo em cima da mesa.

– Ok. – digo tentando me lembrar exatamente como foi. Até que percebo que foi a coisa mais simples do mundo. Levanto o copo bem como ele fez. – Assim.

Coloco tudo de volta no porta lápis e me assusto com a cara de Adisson.

– O que foi?

– Eu acho que... Brianna ele gosta de você.

– Hã? – pergunto fazendo uma cara estranha. – Boa noite. – digo me tapando com as cobertas brancas.

Fecho os olhos e tento pegar no sono.

– Brianna! – Alguém sacode meus ombros. – Acorde!

Vejo os olhos esverdeados arregalados na minha direção.

– Quer se atrasar no primeiro dia? – pergunta ela.

Solto um grunhido e me viro de lado.

– Mais cinco minutos.

– É assim que a bebida se chama. Se ficar mais cinco minutos Candice vai gritar com você. E Matt vai me irritar pelo resto da vida então levanta agora daí!

Ela sacode meus ombros. Arregalo os olhos e ela sorri.

– Eu sou um máximo. Olha só para estes olhos.

– Que roupa preparou para mim hoje? – digo me espreguiçando.

As mangas do pijama solto escorregam até os cotovelos.

– Hm. – diz ela com a mão no queixo e encara os cabides com roupas coloridas. – Vestido... – Ela dá dois passos para o lado e pega um vestido preto. – E os cabelos presos.

– Pode me dar um cachecol? – digo. – Enlouqueceu? Não vou ficar sem cachecol e de cabelo preso ainda mais.

– Eu não deixei essa cicatriz para deixá-la escondida! – diz ela com o dedo levantado. – Você faz o que eu mando e pronto.

– Não! – grito. – Eu não vou usar cabelo preso!

– Não enxerga o quão criança está sendo? – pergunta ela jogando o vestido em cima da cama. – Brianna, eu normalmente não deixo nada que possa ser diferente dos outros. Mas quando vi você na cerimônia, quando vi aquele garoto, não vale a pena esconder isso. Principalmente quando pode encontrá-lo novamente.

– Eu virei uma secretária. – digo colocando os cabelos para trás das orelhas. – Não é este o conceito de virar uma? Deixar a vida antiga para trás?

– Não quando se tem a vida que você teve. – Ela suspira. – Andy, todos os outros secretários são pobres, e infelizes. Você era infeliz porque não queria mostrar suas cicatrizes. E ninguém aqui tinha um amigo como Olly.

– Olly não era exatamente meu amigo. Ele era amigo do meu irmão. – Suspiro e puxo o vestido. – Ok.

– Eu sempre venço.

Coloco o vestido e olho com desprezo para Adisson.

– Ah, não fique com essa cara emburrada. – diz ela pincelando meus olhos. – Você tem um rosto tão bonito. Ele deu tanto trabalho. Não vale a pena estragá-lo certo?

Dou de ombros.

– Certo? – pergunta ela novamente.

– Certo. – digo.

Ela prende meu cabelo em um coque, deixando uma franja caída perto de meu olho e sorri olhando para meu pescoço.

– Você ficou com uma cara fofa, mas quando virem a cicatriz, saberão que não podem mexer com você.

Concordo com a cabeça e pego os sapatos pretos e lustrosos de sua mão.

Coloco-os nos pés e saímos da sala.

Vamos para o outro prédio.

– Estamos atrasadas novamente? – pergunto olhando em volta.

– Sempre. – diz ela.

Parece o mesmo prédio, só que maior e mais parecendo uma escola.

Armários prateados, relógios dourados e janelas com adornos de flores.

Ela para na frente de uma porta prateada e reluzente.

Ela me entrega uma pasta preta e suspira.

– Não fique errada. E não diga nada sobre você.

Concordo com a cabeça e ela abre a porta.

Todos me encaram com um olhar indecifrável.

Diana acena para mim e tira a pasta de seu lado.

– Oi. – digo. – Perdi alguma coisa?

– Ah não. – Diana ajeita o vestido branco e aproxima a cadeira da mesa. - Só a Claire chegando completamente bêbada e dizendo que ama o loirinho.

– Vamos começar então. – Um parlamentar um pouco mais estabanado e estranho que os outros entra na sala com várias pastas nas mãos. Os óculos retangulares, camisa com uma macha de café, gravata vermelha e os cabelos castanhos despenteados. – Candice?

Diana cutuca meu braço. Me levanto e vou até ele.

– Bonita cicatriz. – diz o garoto loiro praticamente deitado na cadeira, mascando chiclete e olhando para mim.

O parlamentar me alcança uma pasta preta e sorri.

– Stan. – diz ele e Claire se levanta e coloca o pé para eu cair. Dou um pulinho e sorrio. – Um a zero para Brianna. – Ele ri.

Me sento novamente na cadeira e espero até que todos estão com as pastas pretas.

– Então, - O parlamentar pega um controle remoto prateado e luzes azuis saem de cima da mesa formando uma tabela de números e palavras. – Podem começar a reunião. Brianna, a primeira palavra é sua.

Porque?

Pigarreio e olho a tabela. População de Greeneland. Quatro milhões, trezentos e quarenta e cinco.

População de Greeneland. – murmuro.

– Caleb? – pergunta o parlamentar.

O garoto loiro levanta a cabeça e olha para a tabela.

– Teve a diminuição de uma pessoa na população.

– Uma secretária. – diz Claire olhando em meus olhos.

– Ou um secretário. – diz Diane.

Claire balança os dedos e lança um olhar de raiva para Diana.

– Vai me morder por acaso? – pergunta Diana e solta um rosnado.

O parlamentar pigarreia e olha para Diana.

– É só isso que temos que fazer? Ver a população de cada país? – pergunta Caleb em um tom arrogante e olha para mim. – Brianna concorda comigo.

– Eu nunca disse isso. – digo.

– Ah, mas ficou toda derretida quando olhei para você ontem.

Todos começam a rir. Me levanto e vou na sua direção.

– De onde você é? – pergunto com raiva. – Pode se julgar a arrogância pelo lugar.

– Greeneland! – diz ele ainda quase deitado na cadeira. – Mas eu não vivi exatamente lá. Oxford. E você?

– Acabou de quebrar uma regra sabia? – pergunto cruzando os braços.

– Está apaixonada por mim sabia?

Dou um tapa em sua cara e saio da sala.

Eu sei que é só um teste, que ele foi colocado lá para me irritar, mas não vou ficar no mesmo lugar que este garoto nunca mais.

– Brianna! – ouço sua voz irritante e o baque da porta. – Ah, não fica com raiva.

– Sai daqui! – grito indo para qualquer direção.

Não sei como, mas ele para em minha frente e se encosta na parede.

– Ah qual é? – diz ele olhando para meus olhos. – Bonitos olhos.

Dou a volta por ele e continuo andando pelo corredor.

Ele abre uma porta de um deposito e me empurra para dentro.

Ele olha para a cicatriz em minha perna e passa o dedo sobre a cicatriz.

– Hm. Duas. – diz ele com uma cara malvada.

Dou um soco em sua cara e sua cabeça voa caindo em uma caixa. O corpo some no ar.


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Notas finais do capítulo

muahaha!!! fim da linha para Caleb!!!!



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