Os Secretários escrita por S A Malschitzky
Notas iniciais do capítulo
espero que gostem. :D
– Ok. – digo.
Voltamos para a sala de roupas e olho estranhamente para ela.
– Adisson. Vamos dormir aqui?
Ela abre a porta e vejo dois colchões brancos colocados no chão e um roupa solta igual a de Adisson.
Coloco o pijama e me sento no colchão mordendo a ponta do indicador aflita.
– O que foi? – pergunta Adisson sentando-se ao meu lado.
– Você não me falou nada sobre copos. – digo. Ela me olha estranhamente. – Você me ensinou sobre os sinais que as pessoas usam, mas você não me falou nada sobre sinais com copos.
– Sinais com copos normalmente são sinais de quebrador de regras. – murmura ela. – Como foi o sinal?
Olho em volta procurando um copo.
Acho um porta lápis. Me levanto e derrubo tudo em cima da mesa.
– Ok. – digo tentando me lembrar exatamente como foi. Até que percebo que foi a coisa mais simples do mundo. Levanto o copo bem como ele fez. – Assim.
Coloco tudo de volta no porta lápis e me assusto com a cara de Adisson.
– O que foi?
– Eu acho que... Brianna ele gosta de você.
– Hã? – pergunto fazendo uma cara estranha. – Boa noite. – digo me tapando com as cobertas brancas.
Fecho os olhos e tento pegar no sono.
– Brianna! – Alguém sacode meus ombros. – Acorde!
Vejo os olhos esverdeados arregalados na minha direção.
– Quer se atrasar no primeiro dia? – pergunta ela.
Solto um grunhido e me viro de lado.
– Mais cinco minutos.
– É assim que a bebida se chama. Se ficar mais cinco minutos Candice vai gritar com você. E Matt vai me irritar pelo resto da vida então levanta agora daí!
Ela sacode meus ombros. Arregalo os olhos e ela sorri.
– Eu sou um máximo. Olha só para estes olhos.
– Que roupa preparou para mim hoje? – digo me espreguiçando.
As mangas do pijama solto escorregam até os cotovelos.
– Hm. – diz ela com a mão no queixo e encara os cabides com roupas coloridas. – Vestido... – Ela dá dois passos para o lado e pega um vestido preto. – E os cabelos presos.
– Pode me dar um cachecol? – digo. – Enlouqueceu? Não vou ficar sem cachecol e de cabelo preso ainda mais.
– Eu não deixei essa cicatriz para deixá-la escondida! – diz ela com o dedo levantado. – Você faz o que eu mando e pronto.
– Não! – grito. – Eu não vou usar cabelo preso!
– Não enxerga o quão criança está sendo? – pergunta ela jogando o vestido em cima da cama. – Brianna, eu normalmente não deixo nada que possa ser diferente dos outros. Mas quando vi você na cerimônia, quando vi aquele garoto, não vale a pena esconder isso. Principalmente quando pode encontrá-lo novamente.
– Eu virei uma secretária. – digo colocando os cabelos para trás das orelhas. – Não é este o conceito de virar uma? Deixar a vida antiga para trás?
– Não quando se tem a vida que você teve. – Ela suspira. – Andy, todos os outros secretários são pobres, e infelizes. Você era infeliz porque não queria mostrar suas cicatrizes. E ninguém aqui tinha um amigo como Olly.
– Olly não era exatamente meu amigo. Ele era amigo do meu irmão. – Suspiro e puxo o vestido. – Ok.
– Eu sempre venço.
Coloco o vestido e olho com desprezo para Adisson.
– Ah, não fique com essa cara emburrada. – diz ela pincelando meus olhos. – Você tem um rosto tão bonito. Ele deu tanto trabalho. Não vale a pena estragá-lo certo?
Dou de ombros.
– Certo? – pergunta ela novamente.
– Certo. – digo.
Ela prende meu cabelo em um coque, deixando uma franja caída perto de meu olho e sorri olhando para meu pescoço.
– Você ficou com uma cara fofa, mas quando virem a cicatriz, saberão que não podem mexer com você.
Concordo com a cabeça e pego os sapatos pretos e lustrosos de sua mão.
Coloco-os nos pés e saímos da sala.
Vamos para o outro prédio.
– Estamos atrasadas novamente? – pergunto olhando em volta.
– Sempre. – diz ela.
Parece o mesmo prédio, só que maior e mais parecendo uma escola.
Armários prateados, relógios dourados e janelas com adornos de flores.
Ela para na frente de uma porta prateada e reluzente.
Ela me entrega uma pasta preta e suspira.
– Não fique errada. E não diga nada sobre você.
Concordo com a cabeça e ela abre a porta.
Todos me encaram com um olhar indecifrável.
Diana acena para mim e tira a pasta de seu lado.
– Oi. – digo. – Perdi alguma coisa?
– Ah não. – Diana ajeita o vestido branco e aproxima a cadeira da mesa. - Só a Claire chegando completamente bêbada e dizendo que ama o loirinho.
– Vamos começar então. – Um parlamentar um pouco mais estabanado e estranho que os outros entra na sala com várias pastas nas mãos. Os óculos retangulares, camisa com uma macha de café, gravata vermelha e os cabelos castanhos despenteados. – Candice?
Diana cutuca meu braço. Me levanto e vou até ele.
– Bonita cicatriz. – diz o garoto loiro praticamente deitado na cadeira, mascando chiclete e olhando para mim.
O parlamentar me alcança uma pasta preta e sorri.
– Stan. – diz ele e Claire se levanta e coloca o pé para eu cair. Dou um pulinho e sorrio. – Um a zero para Brianna. – Ele ri.
Me sento novamente na cadeira e espero até que todos estão com as pastas pretas.
– Então, - O parlamentar pega um controle remoto prateado e luzes azuis saem de cima da mesa formando uma tabela de números e palavras. – Podem começar a reunião. Brianna, a primeira palavra é sua.
Porque?
Pigarreio e olho a tabela. População de Greeneland. Quatro milhões, trezentos e quarenta e cinco.
– População de Greeneland. – murmuro.
– Caleb? – pergunta o parlamentar.
O garoto loiro levanta a cabeça e olha para a tabela.
– Teve a diminuição de uma pessoa na população.
– Uma secretária. – diz Claire olhando em meus olhos.
– Ou um secretário. – diz Diane.
Claire balança os dedos e lança um olhar de raiva para Diana.
– Vai me morder por acaso? – pergunta Diana e solta um rosnado.
O parlamentar pigarreia e olha para Diana.
– É só isso que temos que fazer? Ver a população de cada país? – pergunta Caleb em um tom arrogante e olha para mim. – Brianna concorda comigo.
– Eu nunca disse isso. – digo.
– Ah, mas ficou toda derretida quando olhei para você ontem.
Todos começam a rir. Me levanto e vou na sua direção.
– De onde você é? – pergunto com raiva. – Pode se julgar a arrogância pelo lugar.
– Greeneland! – diz ele ainda quase deitado na cadeira. – Mas eu não vivi exatamente lá. Oxford. E você?
– Acabou de quebrar uma regra sabia? – pergunto cruzando os braços.
– Está apaixonada por mim sabia?
Dou um tapa em sua cara e saio da sala.
Eu sei que é só um teste, que ele foi colocado lá para me irritar, mas não vou ficar no mesmo lugar que este garoto nunca mais.
– Brianna! – ouço sua voz irritante e o baque da porta. – Ah, não fica com raiva.
– Sai daqui! – grito indo para qualquer direção.
Não sei como, mas ele para em minha frente e se encosta na parede.
– Ah qual é? – diz ele olhando para meus olhos. – Bonitos olhos.
Dou a volta por ele e continuo andando pelo corredor.
Ele abre uma porta de um deposito e me empurra para dentro.
Ele olha para a cicatriz em minha perna e passa o dedo sobre a cicatriz.
– Hm. Duas. – diz ele com uma cara malvada.
Dou um soco em sua cara e sua cabeça voa caindo em uma caixa. O corpo some no ar.
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muahaha!!! fim da linha para Caleb!!!!