O beco estava escuro e sombrio, porém não estava com medo. Eu precisava ajudar Lucas e ajudando ele estaria ajudando a mim também. Depois de tudo que passamos para chegar aqui, esse não pode ser o nosso fim.

Adentrei na escuridão com uma lanterna para guiar meus passos e cheguei a uma grande porta de madeira que não era para estar ali, alias sempre esteve, mas não pode ser notada por qualquer um. Bati na porta e ninguém atendeu. Tentei de novo e nada então tentei abri-la. A porta rangeu ao ser aberta e um cheiro forte de algo que eu não consegui distinguir invadiu meu olfato e um arrepio ocorreu por toda a minha espinha. A sala era mal iluminada mais eu consegui distinguir as coisas no ambiente. Entrei na sala e receosa fechei a porta que ao ser fechada levou um pouco da luz do luar consigo.

- O que queres?_perguntou uma voz vinda do outro lado da sala.

- Eu estou procurando o Lucas, o senhor por acaso o viu?

- Quem é você?_a voz me perguntou novamente e eu engoli em seco. Não posso revelar quem eu sou, meu pai disse que pode ser fatal.

- Eu sou só uma amiga que quer falar com ele._respondi me esquivando da pergunta.

- E qual seria o seu nome?_a voz perguntou de novo. Não tinha jeito eu preciso revelar quem eu sou. Eu preciso fazer isso por Lucas. Esta na hora, é agora ou nunca.

- Violet...

Não precisei esperar muito. Em um instante a voz estava em cima de mim, não a voz mais o dono dela. A figura me jogou no chão e me imobilizou.

- O que fazes aqui Violet? Seu pai não lhe alertou que é perigoso invadir um covil de um jaster?

Não respondi.

- Pois bem, já sei brigou com o papaizinho e resolveu se suicidar só para deixá-lo morrer de remorso?

Não respondi de novo.

- Não vai responder, nem gritar? Não tem senso de humor essa é a parte divertida da história. O grito, o chamamento pela vida. Todas as argumentações jogadas fora em vão, mas se é assim que você quer não me custa nada te ajudar.

Dizendo isso a figura me levantou pelos cabelos e me lançou com uma incrível força contra a parede deixando os meus sentidos confusos. Bati com força no chão e lá fiquei esperando o próximo golpe. Não demorou muito e a figura me lançou contra algo de vidro causando um corte profundo em meu ombro esquerdo.

Meus sentido já estavam profundamente afetado e a dor no meu braço estava muito forte, porém não sentia quase nada. Sei que é por causa da adrenalina e prefiro assim. Meu fim não vai ser pedindo clemência pela minha vida. Esperei, e esperei e o ultimo golpe não chegou. Abri meus olhos e não consegui enxergar nada na escuridão. Não sei quanto tempo se passou, mas já estou sentindo o enfeito da adrenalina passar já que o meu braço esta doendo cada vez mais. Meu corpo inteiro doía e doía e cada vez mais até que eu perdi os sentidos de vez e me deixei ser entregue de bandeja a morte.

Bônus Proximo Capítulo

"Nunca sei se estou acordada ou se isso não passa de um sonho. Talvez tudo o que eu tenho vivido foi só um sonho ou uma ilusão. Ou isso tudo é real. Não sei qual versão eu prefiro só sei de uma coisa, não sei de mais nada..."