Eu sou aquele que procura no momento de dificuldade, sou aquele que não sai do seu lado, sou aquele que te protege, te perdoa e te liberta das tentações, mas para tudo isso, seu livre arbítrio tem que me aceitar. Eu sou um anjo.

Mais especificamente, sou o anjo do perdão. Se estiver disposto eu posso fazer perdoar suas ofensas, seus inimigos e a si mesmo. Cada momento em que derrama uma lagrima sincera para ser perdoado, você será testado, quando derramar lagrimas mentirosas irei deixar os anjos caídos interferirem. Assim decretado meu Senhor.

Não sei o que aconteceu, mas recebi em minha habitação a visita de São Pedro, Regente dos céus. Por motivo desconhecido ele me instruiu a segui-lo. Ele me levou até a entrada dos espíritos humanos, também a saída dos anjos da guarda, deu-me um pedaço de pergaminho e me empurrou do buraco.

O choque da queda me fez perder a voz. Mil coisas passaram em minha mente, mas eu sabia qual era a maior duvida, por que me fez cair?

Quando um anjo desafia os Céus, ou cai em tentação,  ele é jogado do Mundo Angelical, mas sempre com uma cerimonia própria e tem suas asas tingidas de preto. Por isso não entendo. Não desafiei e não tive desejos, mas estava caído para o Mundo Mortal.

Minha pela queimava e suplicava por uma brisa fresca, minhas asas sofriam me protegendo o máximo que podiam e meu corpo sem sexo tomou forma, lentamente, de uma mulher humana. Tentava gritar mais minha voz não era ouvida. Por fim cai de costas com um braço estendido tentando alcançar o céu e, pela primeira vez, senti lagrimas se formarem em meus olhos.

Eu caio em terra firme. No Mundo Mortal.