Batman e Sub-Man - Dupla Imbatível escrita por Goldfield


Capítulo 4
Capítulos 6 e 7




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Capítulo 6

Trocando experiências.

O Bat-móvel deixava o setor urbano de Gotham. Sub-Man, impressionado, via as árvores passando rapidamente através da janela, ao mesmo tempo em que a noite se tornava cada vez mais escura. O motorista fazia tantas manobras e tomava tantos desvios que o passageiro seria incapaz de refazer sozinho o caminho pelo qual seguiam.

–         Qual é o problema? – perguntou Batman, sempre atento à direção.

–         Como assim? – replicou “Sub”, voltando-se para o Detetive das Sombras.

–         Você não pronunciou palavra alguma desde que deixamos o centro da cidade! Há algo que o incomoda?

–         Não se preocupe... Eu apenas estou um tanto inseguro por estar a bordo do veículo de um justiceiro que pensei ser apenas fruto da imaginação daqueles oprimidos pelo crime...

–         Toda lenda tem seu quê de verdade...

Seguiram-se alguns segundos silenciosos. Depois de olhar novamente pela janela e então voltar a fitar Batman, o ex-tenente da polícia de Metro City murmurou:

–         Sabe, você é um cara que tem estilo, a começar por sua roupa... Só de olhar para ela já sinto calafrios! Além disso, sabe impor respeito àqueles que o cercam! Isso é algo que admiro muito!

–         Eu não sou um herói por gosto, Sub-Man... – respondeu o alter ego de Bruce Wayne, enquanto o Bat-móvel vencia uma curva da estrada. – Fiz um juramento muito importante e tenho que cumpri-lo!

–         Você perdeu uma pessoa especial?

Batman hesitou antes de responder:

–         Prefiro não tocar nesse assunto...

–         Pode se abrir comigo! Acredite, eu sei como é! Perdi a pessoa que mais amava no mundo de forma cruel e trágica!

–         Não permitirei que um sujeito que se diz super-herói e deixou o Sr. Frio fugir de Metro City me sirva de analista!

Diante de réplica tão ríspida, Sub-Man percebeu que seria melhor se permanecesse calado. Súbito, viu que a estrada terminava numa parede rochosa logo à frente. Antes que o protetor de Metro City pudesse alertar Batman sobre a iminente colisão, parte da superfície se moveu, revelando a entrada secreta de um túnel, o qual foi adentrado pelo Bat-móvel.

–         Você é mesmo cheio de surpresas... – afirmou “Sub” num murmúrio.

–         Onde você esteve? – perguntou o Sr. Frio assim que o Doutor Toxinian ganhou a sala.

–         Fui apenas respirar um pouco de ar fresco, apesar de esta máscara não colaborar em nada quanto a isso... – respondeu o inimigo do Sub-Man, sentando-se numa cadeira. – Tenho novidades interessantes!

–         Quais?

–         O Sub-Man está na cidade. Ele perseguiu você até aqui, e parece bastante disposto a detê-lo!

–         Pensei que ele desistiria depois de eu ter feito com que entrasse numa “fria”! – riu o Sr. Frio. – Mas não será capaz de abalar nossa aliança! É apenas um leve empecilho a ser eliminado!

–         Assim veremos...

E, sempre soturno e misterioso, Toxinian deixou o local.

Ao sair do Bat-móvel, Sub-Man olhou ao redor, procurando identificar o ambiente no qual se encontrava. Tratava-se de uma ampla e escura caverna, na qual as paredes rochosas contrastavam com equipamento tecnológico de última geração. Aqui e ali era possível ver sombrios precipícios cuja altura da queda era certamente mortal. No teto, inúmeros morcegos repousavam de cabeça para baixo.

–         Então este é o covil do Batman! – concluiu o protetor de Metro City, caminhando pelo local.

–         Eu prefiro chamar de “Bat-caverna”! – corrigiu o justiceiro de Gotham, seguindo na direção do avançado computador ali localizado. – Você possui algum esconderijo em sua cidade?

–         Meu apartamento é meu castelo... – respondeu “Sub” numa discreta risada. – Eu diria que não sou tão espaçoso!

Nisso, Batman sentou-se diante do computador, digitando rapidamente no teclado. Depois de fitar os monitores por um instante, Sub-Man perguntou:

–         Você tem informações sobre o Sr. Frio no banco de dados dessa máquina?

–         Sim, dele e de boa parte dos criminosos de Gotham... – murmurou o alter ego de Bruce Wayne. – É preciso conhecer bem seus inimigos antes de enfrentá-los!

Num piscar de olhos, o Cavaleiro das Trevas escreveu o nome do vilão na tela, inseriu uma senha e teclou “Enter”. A ficha do Sr. Frio surgiu no monitor e, conforme “Sub” a lia, Batman fornecia as devidas explicações:

–         O verdadeiro nome dele é Victor Fries. Um cientista brilhante, especialista em criogenia. Foi um dos pioneiros no ramo. Chegou a trabalhar nas Indústrias Wayne por algum tempo. Já ouviu falar delas?

–         Sim, são comandadas por um playboy chamado Bruce Wayne! Cara, aquele sujeito deve ter dólares até dentro do travesseiro!

Batman sorriu levemente antes de prosseguir:

–         Há alguns anos, a esposa de Fries adoeceu gravemente. Uma moléstia totalmente desconhecida. Victor fez de tudo para salvá-la. Levou-a aos melhores médicos do mundo, mas nenhum deles foi capaz de diagnosticar o mal do qual ela sofria. Foi então que ele resolveu utilizar seus conhecimentos de criogenia para preservar a vida de sua amada, congelando-a até que descobrisse como curá-la. Entretanto, enquanto trabalhava em seu laboratório, Fries sofreu um acidente, caindo dentro de um tanque de solução criogênica. Isso fez com que a temperatura constante de seu corpo caísse drasticamente, e ele passou a precisar vestir uma armadura especial, que funciona a base de diamantes, para manter-se frio e assim sobreviver. Victor iniciou então uma carreira criminosa, roubando jóias com o intuito de continuar vivo e também obter dinheiro vendendo-as, tendo como meta reunir recursos suficientes que o permitam restaurar a saúde de sua mulher, para ambos viverem felizes novamente...

–         Por mil DNA´s, estou até com pena daquele patife! Ele sofreu muito, mas mesmo assim isso não justifica ingressar no mundo do crime!

–         Fries apenas sofre por uma pessoa que ama intensamente... – suspirou Batman, cabisbaixo. – Pelo menos ele ainda consegue mantê-la viva...

–         Hei, cara! Eu sei que você sofre por dentro! Acredite, eu também perdi alguém que amava muito! Por favor, conte-me, qual a razão de você ter se tornado um justiceiro noturno?

O Detetive das Sombras fechou os olhos, visualizando novamente a cena que tanto quisera apagar de sua memória, mas que constituía o motivo para continuar combatendo o crime em Gotham City...

Uma família unida e feliz sai do cinema... Um homem, uma mulher e uma criança... Um menino, mais precisamente...

Alegres e sorridentes, eles comentam o filme que haviam acabado de assistir, adentrando um beco escuro e perigoso. Eles se acham seguros e protegidos, principalmente o garoto. Até que um assaltante surge das sombras...

Ele aponta um ameaçador revólver para a família. O menino, assustadíssimo, esconde-se atrás dos pais. Ele olha para a face soturna do criminoso, examinando-a com grande pavor: há um cigarro em sua boca de dentes amarelos, a qual esboça um sorriso aterrador.

“Passem o dinheiro e as jóias, agora!”.

Tudo ocorre muito rápido. O bandido avança na direção do casal, estendendo um braço para apanhar o colar de Martha, mãe do garoto. O marido, Thomas, que até então estivera tão atônito quanto a mulher, resolve reagir. Tenta empurrar o assaltante para trás, porém, devido ao desespero, não pode prever as conseqüências de seu ato...

Um tiro ecoa pelo beco.

O pequeno menino, de nome Bruce, não pode fazer nada a não ser fechar os olhos, enquanto o corpo sem vida de seu pai cai sobre o concreto. As lágrimas do pobre garoto se misturam ao sangue de Thomas, ao mesmo tempo em que o criminoso efetua o segundo disparo, desta vez contra Martha. A mulher também desfalece, contemplando o amado filho uma última vez antes de seus olhos se fecharem eternamente...

O casal Wayne está morto.

Temendo a chegada da polícia, o meliante, a passos velozes, desaparece na escuridão da viela, deixando para trás o desolado e indefeso Bruce Wayne, ajoelhado aos prantos diante dos cadáveres daqueles que permitiram sua vinda ao mundo...

–         Eles morreram... – disse Batman em tom amargurado. – Eles morreram diante dos meus olhos, e eu não pude fazer nada... Apenas chorar... Chorar e fazer com que minhas lágrimas se misturassem ao sangue deles... Meus amados pais, mortos covardemente por um assaltante... Tudo era paz e alegria, mas, subitamente, tornou-se dor e angústia... As reviravoltas da vida sempre nos pegam de surpresa, apunhalando-nos traiçoeiramente... Eu fiz um juramento... Diante do túmulo deles... Jurei vingá-los, colocando todo e qualquer criminoso atrás das grades... Pelas almas deles, não posso decepcioná-los... Esse é meu objetivo nesta vida, Sub-Man... Retaliação, justiça com as próprias mãos... Minha sina, meu fardo, minha missão... Porque eu sou o Batman!

“Sub” permaneceu calado diante de tais palavras. Ele agora conseguia sentir a dor que o justiceiro de Gotham trazia no coração. Era tão grande quanto aquela que carregava dia e noite consigo, como uma ferida pulsante, a qual nunca estaria perto de cicatrizar...

–         Eu sei como você se sente... – afirmou por fim.

–         Será mesmo? – indagou o Cavaleiro das Trevas num tom de voz que unia revolta e dúvida. – Eles estariam hoje comemorando o aniversário de casamento se estivessem vivos, Sub-Man! Consegue mesmo imaginar minha dor? Consegue mesmo se colocar em meu lugar?

–         Sim, eu consigo...

E, sentindo-se incrivelmente atordoado e perdido, o ex-policial também fechou os olhos, desejando ao menos algum dia ser capaz de voltar no tempo para evitar que aquela tragédia ocorresse...

Enquanto adentrava o armazém com sua arma em punho, o tenente Luck Peterson não conseguia pensar em mais nada a não ser prender o cruel Thomas Kaine, chefe do crime organizado em Metro City e grande responsável pela intensa onda de violência que afligia a cidade. Buscando abrigo atrás das caixas espalhadas pelo local, o policial podia ouvir os criminosos conversando... Poderia pegá-los de surpresa...

Mas seu maior temor tornou-se realidade...

Sua namorada e parceira, Sarah Spencer, também havia entrado no galpão em busca dos meliantes. Luck percebeu que a vida de sua amada corria sério risco ao vê-la seguir diretamente na direção de Kaine e seus comparsas. Arrependeu-se por ter tentado bancar o herói, pois se não tivesse tomado tal atitude, Sarah não o teria seguido... Com o coração disparado, o tenente tentou alertar a jovem:

“Sarah! Cuidado!”.

Foi inevitável. Os bandidos voltaram-se para a policial e abriram fogo sem piedade. Os olhos de Luck se encheram de lágrimas, enquanto o cadáver de Spencer, uniforme tingido de vermelho, caía violentamente sobre o chão do armazém, braços abertos, como se implorasse por socorro mesmo já sem vida...

–         Você está totalmente correto em dizer que sou inexperiente... Na verdade, sou imaturo e inconseqüente até hoje... Minha namorada morreu por minha causa. Tudo porque eu quis bancar o herói para colocar Thomas Kaine na cadeia. Abriria mão de qualquer coisa apenas para poder reparar tal erro... Eu daria tudo para ter Sarah novamente ao meu lado... Eu vi aquele corpo perfeito ser deformado pelos disparos dos bandidos, ouvi o último gemido agonizante de minha amada sem poder salvá-la da morte... Aquela jovem que eu beijava todos os dias, amando com enorme dedicação e carinho, transformara-se num cadáver frio e inerte. Eu nunca mais poderei abraçá-la, nunca mais poderei tocar os doces e apaixonados lábios dela com os meus, nunca mais poderei deitar-me junto a ela... Tudo virou pó, Batman. Um pó doloroso que acabará por me matar também. Um pó de sepultura, angustiante e invencível, presente nas lembranças de Sarah, sejam tristes ou felizes... Nenhuma mulher poderá substituí-la, por mais que eu tente. Por isso jurei vingá-la a todo custo, confrontando os criminosos de Metro City. Bem... É difícil falar nisso...

Ambos perceberam que estavam prestes a chorar. Batman colocou uma das mãos sobre o ombro direito de “Sub”, dizendo em tom compreensivo:

–         Você é um homem nobre, Sub-Man... Um vingador digno de respeito... Desculpe-me por ter sido rude. Na verdade, eu dificilmente confio em alguém...

–         Pensou que eu era um espião do “Sr. Geladeira”?

Os dois riram durante alguns instantes. Logo depois, Alfred surgiu da escuridão, trazendo uma bandeja com duas xícaras de café e um prato de biscoitos.

–         Pensei que o patrão e seu hóspede iriam gostar de uma pequena refeição noturna! – afirmou o fiel empregado da família Wayne, caminhando na direção dos heróis.

–         Olha só! – exclamou Sub-Man, surpreso. – O Batman tem seu próprio mordomo! Estou começando a achar que você é algum milionário de Gotham City fantasiado de morcego!

Seguiram-se mais risos.

Capítulo 7

Ação conjunta.

Laboratório do Sr. Frio, arredores de Gotham City, 21:36.

Os capangas Freezer e Snowstorm escoltavam um homem de jaleco, óculos e cabelos grisalhos pelos corredores do local. O provável médico carregava, uma em cada mão, duas maletas de cor cinza, tendo expressão vazia no rosto. Depois de mais alguns passos, adentraram uma sala repleta de computadores, onde um indivíduo se encontrava sentado numa cadeira giratória, de costas para a entrada. Sob a mira dos canhões criogênicos daqueles que o haviam acompanhado até ali, o visitante se sentou a alguns metros do sujeito mencionado, dizendo em tom de irritação:

–         Estou insatisfeito com o tratamento que esses seus asseclas me deram, mesmo com a alta quantia que você está disposto a me pagar! Posso ao menos esperar que se retrate?

–         Saiba que eu já o teria transformado num boneco de neve se não me fosse útil, senhor Ürak... – murmurou o homem sentado de costas para ele. – Deveria estar agradecido por ainda viver...

–         Você é insano... – afirmou Ürak em voz baixa, balançando a cabeça em sinal de reprovação. – Mal posso acreditar que deixei uma importante conferência na Suíça para vir aqui encontrá-lo...

–         Existem assuntos mais importantes a serem tratados, como a saúde de minha mulher. Os médicos do mundo me desacreditaram, doutor. Todos disseram que ela morreria. Mas você é o melhor dos melhores. Ganhou o Nobel de Medicina. Juntos poderemos curá-la, tirando-a daquela maldita câmara de congelamento. E será recompensado, doutor. Muito bem recompensado...

Dizendo isso, o indivíduo voltou-se para Ürak. Era o Sr. Frio, como já era de se esperar. O vilão levantou-se da cadeira, enquanto abria um dos compartimentos de seu traje térmico pressionando um botão. De dentro dele retirou o Coração de Gandhir, o qual estendeu na direção do médico austríaco conhecido mundialmente.

–         Trata-se mesmo de um excelente pagamento! – disse este, contemplando a jóia com olhos ambiciosos. – E o sentimento de estar trabalhando em prol da humanidade ao estudar um mal desconhecido também me servirá de grande incentivo...

–         Não seja hipócrita! – exclamou o Sr. Frio, guardando o diamante novamente em sua armadura. – Eu já estou dividindo este complexo com um hóspede relativamente indesejável, portanto o espaço no qual poderá trabalhar será menor, porém suficiente. Fornecerei-lhe dados, equipamento e amostras para que comece o mais breve possível!

Ürak se levantou e, antes que pudesse deixar o recinto junto com Freezer e Snowball, ouviu a seguinte ameaça por parte daquele que requisitara seus serviços:

–         Se você não conseguir encontrar a cura para minha mulher, ou então tentar me enganar de alguma maneira, será enviado de volta à conferência na Suíça... Picado em blocos de gelo!

O doutor estremeceu, saindo logo em seguida.

Subsolo da Mansão Wayne, Gotham City, 21:51.

Na Bat-caverna, Batman e Sub-Man tomavam café calmamente. Após um gole, o Cavaleiro das Trevas perguntou, colocando a xícara sobre a bancada do computador:

–         E então, o que eu preciso saber sobre o sujeito da máscara de gás?

–         Na verdade eu sei muito pouco em relação a ele... Confrontei-o há cerca de um ano. O desgraçado estava usando uma espécie de laboratório sob Metro City como base de operações... Mas eu e meus amigos mutantes conseguimos frustrar os planos dele...

–         E ele aparentemente havia morrido...

–         Exato. Juro que o vi derreter, após eu ter arrancado aquela máscara que ele usa. Mas você deve conhecer aquele ditado popular: vaso ruim não quebra... O maldito voltou para cometer crimes, desta vez em Gotham...

–         Conheço o tipo... Eu penso que ele possui algum tipo de envolvimento com o Sr. Frio...

–         Isso também passou por minha cabeça... Bem, já que eles formaram uma dupla de vilões, serão obrigados a enfrentar uma dupla de heróis!

Batman olhou para “Sub” de modo sério.

–         Não que isso seja permanente! – sorriu o ex-tenente da polícia.

–         Nós agiremos em conjunto! – murmurou o alter ego de Bruce Wayne. – Basta esperarmos que eles movam suas peças para a partida prosseguir...

Fábrica de Corantes Greenstone, Gotham City, 21:53.

Um dos últimos funcionários da empresa que ali se encontrava estava pronto para trancar tudo e ir embora. Já havia desligado as máquinas e guardado os barris de corante no depósito. Após um suspiro de cansaço, o empregado retirou seu crachá, enquanto caminhava tranqüilamente até a saída...

Quando, subitamente, ouviu um barulho.

O operário virou-se na direção do repentino som, assustado. Viu um sinistro vulto se aproximando rapidamente de si, respirando de forma ofegante. O pobre funcionário gelou, como se houvesse sido atingido por um disparo do canhão criogênico utilizado pelo Sr. Frio e seus capangas.

–         Afaste-se de mim! – gritou o infeliz empregado, trêmulo.

Em fração de segundos, um mortal jato de ácido atingiu-o no rosto.

Subsolo da Mansão Wayne, Gotham City, 21:59.

Batman e Sub-Man ainda conversavam sobre suas vidas e batalhas contra o crime, quando Alfred adentrou o recinto mais uma vez, informando:

–         Patrão, o Bat-sinal está no céu! Há algo errado acontecendo na cidade!

–         Bem, é hora de irmos atrás dos canalhas! – exclamou “Sub”.

–         Espere aí! – pediu o Detetive das Sombras. – É melhor usar alguns dos meus equipamentos para garantir o sucesso de nossa incursão!

–         Que tipo de equipamentos?

O justiceiro de Gotham entregou um comunicador a Sub-Man, semelhante aos fones utilizados por seguranças. Em seguida deu-lhe as devidas explicações:

–         Poderemos manter contato constante através desse aparelho. Estou utilizando um idêntico por baixo da minha máscara. É uma maneira rápida e eficiente de comunicação.

–         Esses seus brinquedos são realmente muito interessantes... – murmurou o protetor de Metro City, acoplando o comunicador ao ouvido esquerdo. – Algo mais?

–         Você possui alguma arma?

–         Uma pistola Colt calibre 45, a qual uso raramente! – respondeu “Sub”, apontando para o coldre em seu cinto. – Por quê?

–         Eu estou desenvolvendo um novo tipo de equipamento... – disse Batman, apanhando algo. – Chamo de “Bat-surpresa”.

O alter ego de Bruce Wayne estendeu o artefato para Sub-Man. Era um objeto metálico em forma de morcego, semelhante ao bumerangue que salvara o ex-policial das garras do Doutor Toxinian.

–         O nome é bem sugestivo... – afirmou “Sub”, apanhando o acessório. – Acho que perderia a graça se eu perguntasse o que esta coisa faz, não?

–         Você descobrirá quando precisar usá-la... Vamos, para o Bat-móvel!

Os dois vingadores entraram no veículo. Sub-Man já estava se acostumando a “pegar carona” naquele pitoresco meio de transporte. Cantando pneus, o carro do Cavaleiro das Trevas adentrou o túnel pelo qual havia penetrado na caverna algumas horas antes, ganhando a mesma estrada que levava ao setor urbano de Gotham City. Intrigado, o protetor de Metro City indagou:

–         Onde está o tal Bat-sinal?

–         Olhe para cima!

“Sub” obedeceu e, fitando o céu noturno, viu nele um sinal de forma circular, luz amarela, onde, no centro, era possível contemplar o imponente emblema de um morcego...

–         Por mil DNA´s! – exclamou Sub-Man, impressionado. – Os tiras têm um sinal próprio só para chamá-lo quando for necessário? Preciso pedir que a polícia de Metro City crie um desses pra mim!

–         Você é um poeta, Sub-Man... Quando calado!

E seguiram rumo à metrópole.

Continua... 


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