Batman e Sub-Man - Dupla Imbatível escrita por Goldfield


Capítulo 1
Prólogo e Capítulo 1




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Batman e Sub-Man

Dupla Imbatível

 

Introdução

 

Bem, quem leu minha fic “Marvel Vs. DC – A Disputa pelo Sub-Man”, sabe que ela inicia um projeto no qual um personagem de cada uma dessas editoras lutará lado a lado com o super-herói criado por mim. Esta é a primeira dessas duas histórias, na qual “Sub” se aliará ao Batman, um dos maiores ícones da DC Comics. Eu tomei várias liberdades em relação ao universo do “Cavaleiro das Trevas”, como os nomes dos capangas do Sr. Frio, entre outras coisas, para dar um toque pessoal à trama, mas nada muito drástico. Espero que gostem.

 

Goldfield – O autor.

 

Gostaria de deixar um agradecimento ao Dark Knight, que betou a fic para mim e deu algumas sugestões. Valeu, cara!

 

Prólogo

 

Palavras e imagens perdidas nas névoas do pensamento...

 

Uma família unida e feliz sai do cinema... Um homem, uma mulher e uma criança... Um menino, mais precisamente...

Alegres e sorridentes, eles comentam o filme que haviam acabado de assistir, adentrando um beco escuro e perigoso. Eles se acham seguros e protegidos, principalmente o garoto. Até que um assaltante surge das sombras...

Ele aponta um ameaçador revólver para a família. O menino, assustadíssimo, esconde-se atrás dos pais. Ele olha para a face soturna do criminoso, examinando-a com grande pavor: há um cigarro em sua boca de dentes amarelos, a qual esboça um sorriso aterrador.

“Passem o dinheiro e as jóias, agora!”.

Tudo ocorre muito rápido. O bandido avança na direção do casal, estendendo um braço para apanhar o colar de Martha, mãe do garoto. O marido, Thomas, que até então estivera tão atônito quanto a mulher, resolve reagir. Tenta empurrar o assaltante para trás, porém, devido ao desespero, não pode prever as conseqüências de seu ato...

Um tiro ecoa pelo beco.

O pequeno menino, de nome Bruce, não pode fazer nada a não ser fechar os olhos, enquanto o corpo sem vida de seu pai cai sobre o concreto. As lágrimas do pobre garoto se misturam ao sangue de Thomas, ao mesmo tempo em que o criminoso efetua o segundo disparo, desta vez contra Martha. A mulher também desfalece, contemplando o amado filho uma última vez antes de seus olhos se fecharem eternamente...

O casal Wayne está morto.

Temendo a chegada da polícia, o meliante, a passos velozes, desaparece na escuridão da viela, deixando para trás o desolado e indefeso Bruce Wayne, ajoelhado aos prantos diante dos cadáveres daqueles que permitiram sua vinda ao mundo...

 

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Enquanto adentrava o armazém com sua arma em punho, o tenente Luck Peterson não conseguia pensar em mais nada a não ser prender o cruel Thomas Kaine, chefe do crime organizado em Metro City e grande responsável pela intensa onda de violência que afligia a cidade. Buscando abrigo atrás das caixas espalhadas pelo local, o policial podia ouvir os criminosos conversando... Poderia pegá-los de surpresa...

Mas seu maior temor tornou-se realidade...

Sua namorada e parceira, Sarah Spencer, também havia entrado no galpão em busca dos meliantes. Luck percebeu que a vida de sua amada corria sério risco ao vê-la seguir diretamente na direção de Kaine e seus comparsas. Arrependeu-se por ter tentado bancar o herói, pois se não tivesse tomado tal atitude, Sarah não o teria seguido... Com o coração disparado, o tenente tentou alertar a jovem:

“Sarah! Cuidado!”.

Foi inevitável. Os bandidos voltaram-se para a policial e abriram fogo sem piedade. Os olhos de Luck se encheram de lágrimas, enquanto o cadáver de Spencer, uniforme tingido de vermelho, caía violentamente sobre o chão do armazém, braços abertos, como se implorasse por socorro mesmo já sem vida...

 

Capítulo 1

 

Dois crimes, dois vilões.

 

Museu de História e Artes, Metro City, 23:13.

Um vigia vagava pelos amplos, escuros e vazios corredores do prédio, realizando calmamente sua costumeira ronda noturna. O lugar nunca estivera tão silencioso. O único som vinha dos passos do guarda, que ecoavam pelo ambiente. Assoviando para quebrar ainda mais a quietude, o segurança, após cruzar uma sala repleta de imensos esqueletos de dinossauros, encontrou seu colega de trabalho, Edward.

–         Isto nunca esteve tão quieto, Eddie... – murmurou o primeiro, acendendo um cigarro despreocupadamente.

–         Tem razão, Jack... – concordou o outro vigia, ajeitando seu quepe. – Chega até a dar medo!

Súbito, um barulho totalmente inesperado e suspeito foi ouvido. Os dois guardas imediatamente sacaram seus revólveres. Apontando as armas para a escuridão, a dupla de vigias imaginava o que poderia ter provocado tal som. Uma peça em exposição que viera ao chão acidentalmente? Ou um ladrão armado e perigoso disposto a matá-los para roubar algo valioso? Tal indagação seria respondida em instantes, pois uma misteriosa sombra se aproximava...

–         Seja quem for, saia daí com as mãos para cima! – ordenou um dos seguranças, temeroso.

Passos cada vez mais próximos foram ouvidos, e o vulto logo se tornou nítido ao ser iluminado pela luz do luar, que adentrava o recinto pelas janelas do corredor. O que os dois seguranças viram foi ao mesmo tempo espantoso e pitoresco. Um homem cujo corpo era coberto por uma armadura cinza que lembrava em parte as vestes de um astronauta, cabeça careca dentro de uma redoma de vidro embaçado, lhes apontava algo parecido com uma arma digna de um filme de ficção científica.

–         Qual é a desse cara? – riu um dos vigias, contemplando o estranho intruso da cabeça aos pés. – O Halloween é só no final de outubro!

O intrigante invasor sorriu, dizendo:

–         Saudações do Sr. Frio, prezados guardas!

Em seguida apertou o gatilho, pegando os dois seguranças de surpresa, num ataque totalmente indefensável. Um poderoso disparo congelante partiu da arma, atingindo em cheio a dupla de vigias. O impacto provocou uma breve e intensa neblina diante dos dois, a qual, após se dissipar, revelou que ambos haviam se transformado em estátuas de gelo completamente imóveis, bocas abertas numa expressão de imenso pavor.

O sorriso do “Sr. Frio” se ampliou, enquanto exclamava, engatilhando seu canhão criogênico:

–         Vamos, homens! Não temos a noite toda!

E avançou pelo corredor, seguido por dois homens que trajavam vestes semelhantes às usadas pelos esquimós, possuindo o mesmo armamento de seu líder. Logo ganharam uma grande sala de exposições, no centro da qual havia, protegido por vidro blindado e inúmeros mecanismos de segurança, um grande e brilhante diamante.

Caminhando lentamente, o Sr. Frio se aproximou da jóia, seus olhos brilhando ao contemplá-la.

–         Meu, finalmente... – murmurou, seu rosto sendo refletido pela valiosa pedra.

 

Química ACE, Gotham City, 23:27.

Na sala de segurança, de onde um vigia averiguava toda a fábrica através de vários monitores de vídeo diante de si, os quais revelavam o que era visto pelas inúmeras câmeras de vigilância espalhadas pelas instalações, o clima era de total calma. Sentado de maneira esculachada sobre a cadeira giratória em frente às telas, o guarda lutava com todas as forças para permanecer acordado.

De repente, viu algo suspeito num dos monitores. Uma sombra humana, para ser mais exato, que surgiu num corredor e desapareceu misteriosamente instantes depois. O segurança, assustado, endireitou-se na cadeira e apanhou sem demora o rádio em seu cinto, através do qual contatou um dos colegas que patrulhavam a área próxima ao local onde o possível intruso fora visto:

–         Roy, aqui é o Charlie! Dê uma olhada no corredor perto do escritório de administração, acho que vi alguma coisa!

–         Não me assuste, cara! – replicou o outro vigia em tom cômico. – Pode deixar, eu e o Spence vamos averiguar!

–         OK!

Roy sacou seu revólver e, olhando para Spence, que se encontrava ao seu lado, murmurou:

–         Parece que há um invasor! O Charlie pediu que nós investiguemos a área do escritório de administração!

–         Certo, vamos lá!

E, estando agora ambos com as armas em punho, seguiram na direção onde a intrigante sombra fora flagrada, seus passos ecoando pela fábrica vazia. Ao atingirem o corredor, os dois guardas começaram a revistar o escuro ambiente usando lanternas, não encontrando nada. Roy, impaciente, exclamou:

–         Acho que o Charlie andou bebendo de novo... Não há nada aqui!

–         Espere, olhe aquilo! – gritou Spence em tom desesperado.

Era tarde demais. Dois disparos romperam o silêncio da noite e a tranqüilidade que antes predominava na Química ACE. A dupla de seguranças veio ao chão, baleada mortalmente. Foi quando um vulto surgiu das trevas, possuindo um revólver calibre 357 em sua mão direita. Aos poucos suas feições tornaram-se nítidas: trajava um espesso casaco negro que lhe cobria boa parte do corpo. Um par de óculos escuros, aliado a um chapéu de abas largas, lhe ocultava totalmente a face.

Novos passos foram ouvidos. Uma outra figura igualmente sinistra surgiu atrás daquele que assassinara os vigias. Sua silhueta denunciava que usava um jaleco de laboratório ou veste parecida, além de possuir algo como uma perturbadora máscara de gás lhe cobrindo o rosto.

–         Bom trabalho, Merezani... – disse o provável chefe do atirador, voz abafada. – Venha, vamos tratar de nossos assuntos!

Súbito, os dois intrusos ouviram o engatilhar de uma arma. Voltaram-se imediatamente para trás, deparando-se com Charlie, que, trêmulo, lhes apontava uma espingarda calibre 12.

–         Parados! – gritou o segurança, suando frio. – Coloquem as armas no chão, agora!

O sujeito de jaleco finalmente deixou as sombras, revelando seu aterrador semblante. Realmente usava uma máscara de gás, e seu traje branco de cientista estava todo rasgado. Pisando sonoramente com suas botas pretas, o horripilante invasor seguiu calmamente na direção de Charlie. Este, paralisado pelo medo, não era capaz de apertar o gatilho.

–         Que patético... – resmungou o demoníaco doutor.

Em seguida, o homem da máscara de gás estendeu seu braço direito na direção do atônito guarda, que o fitava sabendo que sua vida chegara ao fim. Na palma da mão do intruso havia uma bizarra glândula esverdeada, a qual liberou um fatal jato de ácido sobre o pobre segurança. Atingido em cheio, Charlie começou a gritar desesperado, debatendo-se enquanto sua pele era corroída. Gargalhando, o psicopata seguiu pelo corredor, acompanhado de Merezani, até que parou diante de dois enormes tanques contendo ácido sulfúrico.

–         Doutor Toxinian veio pegar o que é seu por direito! – exclamou o indivíduo mascarado soturnamente.

 

Avenida Carlsen, Metro City, 23:42.

Várias viaturas da polícia se encontravam na frente do Museu de História e Artes, onde há poucos minutos ocorrera um assalto. Não seria algo incomum, se não fosse pelo fato dos guardas terem sido transformados em estátuas de gelo. Já fazia certo tempo que coisas estranhas vinham ocorrendo na metrópole, mas mesmo assim, era aterrador.

Jeremias Farfield, chefe do Departamento de Polícia, circulava entre os policiais. Coçando o queixo, contemplou a imponente fachada do museu, perguntando-se sobre quem poderia ter roubado o “Coração de Gandhir”, diamante de valor incalculável que estava em exposição no local. Entretanto, havia uma pessoa que poderia auxiliá-los nas investigações... Um super-herói, para ser mais exato...

 

Rua Kane, Gotham City, 00:06.

A situação era semelhante diante da Química ACE. Inúmeros carros da força policial cercavam o perímetro da fábrica, enquanto o comissário James Gordon, face preocupada, caminhava até alguns policiais que conversavam sobre a ação criminosa que ali tivera palco há pouco:

–         É difícil de engolir! – exclamou um dos homens da lei. – Os desgraçados levaram embora dois enormes tanques de ácido sulfúrico, sem contar os demais produtos químicos roubados! Se ao menos eles não houvessem destruído as fitas das câmeras de segurança, poderíamos tê-los identificado!

–         E ainda por cima todos os seguranças foram mortos! – observou outro oficial. – Um deles foi vítima de um ataque com ácido ou coisa parecida! Vi o estado em que ficou o corpo, realmente lastimável!

–         Acalmem-se, senhores... – disse Gordon num tom relativamente calmo, guardando seu telefone celular num dos bolsos da jaqueta. – Tenho notícias!

–         Foi o Coringa?

–         Não. Segundo os guardas do Asilo Arkham, o “Palhaço do Crime” está muito bem trancado em sua cela, incapaz de fazer mal a uma mísera mosca! Devido ao ataque com ácido, outro suspeito seria Harvey Dent, o conhecido Duas-Caras, mas ele está se recuperando de uma cirurgia plástica no rosto, sob efeito de incontáveis sedativos. Parece que temos um novo criminoso em Gotham...

–         O senhor acha mesmo?

–         Caberá a um aliado nosso descobrir...

E, dizendo isso, o comissário fitou o céu escuro da madrugada, onde era projetado um sinal de luz amarela, forma circular, no centro do qual era possível ver a nítida imagem de um morcego...

Continua... 


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