Still Into You. escrita por paloma


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Desculpe pela demora.
Boa leitura!!



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''There's a fire starting in my heart. Reaching a fever pitch, it's bringing me out the dark...'' Bom, isso não é uma coisa que eu vejo no meu dia-a-dia com muita frequência. Alex, meu irmão, cantando Adele, fingindo cantar como ela. Se eu fosse uma irmã mais velha má, poderia gravar essa cena vexaminosa e postar no youtube e ferrar com a vida social dele. Mas você é uma boa pessoa e uma boa irmão, Cass, disse meu inconsciente. 

- Se continuar assim, vai poder participar do The X Factor e ganhar de lavada. - disse interrompendo o momento... diva do meu irmão? 

Ele se virou e me encarou, revirando os olhos. 

- Para o seu governo, a menina que to afim gosta da Adele. E sim to afim de levá-la com a gente pro Brasil, já que a Adele vai cantar lá, durante o Rock in Rio. - disse - Agora se me der licença, preciso voltar ao meu trabalho ardo aqui. Vaza! - gritou o ''vaza!''

Nossa, educação em pessoa. - disse irônica e ele deu de ombros

Desci as escadas e fui até a cozinha. Já no final da escadas, senti um cheiro maravilhoso vindo de lá. Minha mãe estava preparando uma torta de maçã. Minha preferida, pensei. Estava já salivando.

- Fecha a boca, antes que essa sua baba inunde minha cozinha, filha. - disse minha mãe, jogando o pano de prato em cima de mim

Sorri.

- Vou dá uma volta. Volto já. - e saí porta a fora

No caminho, lembrei que tinha esquecido meu Ipop. Raramente saiu sem ele. Merda, resmungo para mim. Vou andando até chegar em uma pracinha. Havia uns três ou quatro meninos mal encarados ali. Sentei no banco mais longe possível deles. Tudo bem que eu estava com um pouco de medo. Vai que esses meninos são psicopatas drogados e tentam me matar? Mas continuei ali, dizendo que a presença deles não me intimidava. Fiquei cantarolando baixo Rolling In The Deep, da Adele. Culpa do meu irmão. Fui quando derrepente noto um dos carinhas vindo em minha direção. Pronto, fudeu! Morri, pensei. Estava tremendo, queria sair correndo dali, mas por alguma razão totalmente desconhecida não conseguia me mover. O carinha vindo, usava um boné da Adidas. Tampava metade do seu rosto. Não sabia qual fisionomia ele tinha, mas seu corpo. Nossa, nossa.

Abaixei minha cabeça e comecei a mirar o chão. Respira, Cass. Respira. Talvez ele esteja vindo para cá, só para fazer uma simples pergunta e não te matar, falava a mim mesma no intuito de acalmar a mim mesma. Derrepente o cara do corpo malhado se senta ao meu lado. E eu ainda mirava o chão. Ai Deus! Ele se aproximou mais e eu comecei a ficar tensa. Quando notei que ele e eu estávamos a pouquíssimos milímetros de distância, minha respiração foi ficando ofegante. Mas por que? Nem eu mesma sabia. 

- Veio me ver é? - disse o tal cara - Achei que quisesse o Kevin a mim. - falou

Pera, essa voz eu conheço. Na mesma hora eu mirei o cara ao meu lado e não sei o porque, aquele medo que eu sentia foi tomado por uma sensação de alívio completo. Sem oxigenar o cérebro, eu soltei um suspiro e sem medir minhas palavras eu solei algo que não sei se me arrependo ou não.

- Ainda bem que é você. - o que? Merda!

Pude notar a expressão de surpresa e divertimento de Matt. Mas de surpresa. Ele não esperava que eu dissesse aquilo para ele, nem eu esperava aquilo.

- É... - gaguejei - É que...

- Já entendi. Não precisa explicar. - sorriu de lado - Queria repetir aquela noite, não é? - não acredito! - Ok, minha casa fica a uma quadra daqui. Podemos ir para lá e...

- Não vou transar com você... De novo. 

Ele apenas me lançou um olhar matador e sorriu do jeito mais canalha que já vi na vida.

- Você disse isso uma vez e olha que engraçado, transamos. - disse debochado

Ele sempre vai jogar isso na minha cara. 

Você é mesmo um idiota, sabia? 

- Sei, mas um idiota que você vai levar pro Brasil contigo. - disse 

- Como é? Quem te dis... Alex!

Um dia eu mato o meu querido e amado irmão. Filho de uma boa mãe.

Ele gosta de mim, fazer o que. E seus pais também. Seu pai um pouco menos, mas nada que eu possa inverter ao meu favor. 

Egocêntrico mesmo, revirei os olhos.

- Quem te disse que eu vou te levar pro Brasil comigo? - o encarei

Ele apenas chegou perto do meu rosto. E sorriu, quase encostando seus lábios nos meus de leve.

- Você vai me levar, ou então... - fez cara de pensativo - Eu posso contar a nossa noite super... 

- Já entendi. Vai me chantagear é isso? - ele assentiu

- Sei muito bem que você não quer contar para os outros que transamos, o que eu acho estranho, já que fomos namorados...

- De mentira - o interrompi

- Que seja. - revidou e olhou para os amigos dele - Tenho que ir, nos vemos amanhã na escola, Cass. - se levantou e saiu

[...]

Já havia se passado um mês. Pelas contas do meu irmão, que não são nada certas e precisas, já que ele é um burro quando o assunto é matemática, faltava menos de três semanas para irmos para o Brasil. Eu já havia escolhido quem levar. Calli e Nate é claro. E infelizmente Matt. Não queria que a escola soubesse nos mínimos detalhes minha relação corporal com ele, digamos assim. Preferia deixar aquilo entre as quatro paredes e em minha mente e na mente dele. 

Alex ia levar a menina que ele estava afim. Candy, o nome dela eu acho. E levaria mais dois amigos. Evan e Ty. Ninguém havia entendido o porque de eu levar Matt comigo, já que tínhamos terminado. Mas também não dava explicação a ninguém.

Era uma sexta-feira, como sempre Calli tinha festa para ir. No últimos mês eu inventava alguma desculpa para ir, pois se fosse, ficaria de vela dela e Nate. E ninguém gosta de virar vela. Mas hoje ela insistia para eu ir, queria que eu fosse porque queria.

- Calli, não to afim. Você sabe que eu não curto isso. E mais, não vou segurar vela para vocês dois, então a resposta é não. - olhei para Calli, que me olhava com carinha do gato de botas -  E nem vem com a essa carinha. Já disse que não vou.

- Te odeio! - falou fechando a cara, o que fez Nate e a mim ri

 - Odeia, sei... - disse rindo dela

As aulas passaram rápido. Já estava em casa, em meu quarto, escutando música. No meu aparelho de som tocava Locked Out Of Heaven, do Bruno Mars. Derrepente meu celular toca. 

- Alo? - disse

- Não posso dizer que meu sexo te leva ao paraíso, pois não mostrei tudo o que posso fazer ainda. - disse Matt com uma voz debochada e extremamente maliciosa ao mesmo tempo

Revirei os olhos e me levantei e fui abaixar o som. 

- O que quer? - perguntei 

- Nada. - disse

Ok, me liga pra dizer ''nada''? Tem coisa aí.

- Fala, o que quer. Você não me ligou para nada. - o senti suspirar - Aposto que não saiu da festa para me ligar. - ele não disse nada - Pior, você não interrompeu um sexo selvagem com uma das suas vadias para me ligar. Então fala logo.

Ele bufou.

- Porque acha que eu sempre tenho que está comendo alguém. Não sou ninfomaníaco não, sabia? 

Apenas ri quando ele disse aquilo.

- Ok, me fez ri depois dessa. 

- Você é idiota demais, sabia? - e desligou

Que? Além de me chamar de idiota, o filho da puta desliga na minha cara? Ai que ódio, gritei jogando meu travesseiro na porta, que foi aberta pelo meu irmão naquela mesma hora.

- Ei, tudo bem que nos odiamos as vezes, mas não precisa me atacar com um travesseiro. Isso pode me fazer dormir ao invés de me matar. - disse rindo

- Já disseram que suas piadas são péssimas? - revidei

- Já e sabe o que eu disse para a pessoa que me falou isso? - neguei - Foda-se! - falou rindo

- Há há há! - ri falsadamente - Mas o que quer aqui? - perguntei

- Só vim te avisar que eu to saindo. - falou

Agora eu notei a beca dele toda. Estava cheiroso, bem arrumado. Olhando assim, parecia uma miniatura de Matt Dixon. Para de pensar nesse sem educação pervertido, Cassie Bowen, falou meu inconsciente.

- Ok! Mamãe e papai sabem? - ele negou. Agora sim entendi o porque dele ter me avisado, queria cobertura - Ok, mas uma coisa, quem te ajudou a se vestir assim? - perguntei

- Oxe, eu posso me vestir bem desse jeito sozinho ok? - cruzei os braços - Ok, liguei pro Matt, o seu ex e ele me deu dicas.

Eu não acredito!

Você pediu dicas pro Matt pra sair com uma garota? - ele assentiu - Ok, me passa o número dessa sua ficante aí, que eu já vou alertá-la para a grande merda que ela tá fazendo. 

- Há há há, engraçada você. Agora tchau! - falou e saiu

Ninguém merece. Revirei os olhos, bufando. Me levantei e aumentei o som de novo. Agora tocava algo do Coldplay.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM GENTE!!
VALEU!!