New Perspective escrita por Boni


Capítulo 9
Vai à merda!


Notas iniciais do capítulo

Me amem.
surut no ombro.
Boni



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Marti:

–Eu não vou dormir com você!!!-Berrei.

–Ótimo, assim não vou precisar me controlar a noite inteira para não te agarrar. Se quiser tem o quarto do meu pai.-Disse se jogando em cima do sofá e me deixando plantada sozinha no corredor.

–Eu não vou dormir na mesma cama que o seu pai trepa, você que durma lá, afinal ele é o seu pai! Peraí o que você falou??!!

–Você acha que eu vou deitar o meu lindo rostinho de deus grego na mesma cama que o meu pai trepa com a mãe do meu melhor amigo??!! Esquece! Se quiser durma no sofá!- Falou ignorando totalmente a minha pergunta.

–Eu NÃO vou dormir no sofá!!! Durma você lacaio!!!

–O quarto é meu, queridinha, meu e ponto final!-Disse com um sorrisinho vitorioso.

Ah! Mas ele não conhece Marti Sandlers. O que ela quer, ela consegue. Peguei um travesseiro e taquei em sua cara, desmanchando aquele sorrisinho tosto e saí correndo para o quarto. Assim que ele percebeu a minha intenção já era tarde, eu já tinha entrado e trancado o quarto.

–Porra Sandlers!!! Puta que pariu!! Saí do meu quarto capeta!!! Argh eu te odeio!!!-Gritava enquanto socava a porta.

Eu estava escorada na porta rindo descontroladamente do otário do meu primo. Ele era tão idiota!

–Eu também te odeio!-Respondi segurando o riso.

Acho que aquela era a primeira vez que eu entrara no quarto dele. Era bem arrumado para um garoto, tinha uma beliche de ferro muito mal pintada de cinza, o quarto era branco, tinha um armário e uma escrivaninha de madeira e um banheiro.

Subi na cama de cima e arranquei o travesseiro e o lençol, abri a porta e em um movimento rápido taquei-os em cima de Gus, que estava sentado atrás da porta, e fechei antes que ele ameaçasse se jogar para dentro do quarto.

Viram? Não sou tão má assim (mentira). Abri novamente o armário e peguei uma blusa qualquer dele. Eu não era tão alta, tinha 1,65 de altura e o meu primo era BEM alto, tinha quase 1,90 de altura, então qualquer blusa dele me engoliria.

Por mais que eu o odeie, tinha que admitir que o cheiro dele era irresistível! Era incrível como o perfume dele estava impregnado naquela blusa. Me joguei na cama de baixo (não iria correr riscos de cair da cama de cima durante a madrugada), ela era tão confortável, tão quentinha, tão gostosa...Ah! Eu adoro a vitória!

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August:

Filha da puta! Roubou meu quarto!

Incrível a quantidade de merdas que me aconteceu desde que ela chegou. Desde aquele dia a minha vida virou um inferno, e o pior que ela me deixa louco em todos os sentidos, algumas (milhares) de vezes tive uma vontade imensa de agarrá-la e baixar a bola dela. Como ela podia ser tão peste e me deixar tão perturbado daquele jeito.

Me acomodei no sofá, era só uma noite. Uma noite no desconfortável sofá não vai me matar, amanhã você pega de volta o seu paraíso e o mini-capeta irá sofrer dormindo na folha de jornal que é o maldito sofá.

Me revirei quinhentas vezes naquele sofá, mas não conseguia dormir, na verdade era IMPOSSÍVEL dormir naquela folha de jornal! Havia chãos mais confortáveis que aquele sofá velho.

Só tinha uma solução: Implorar pela piedade inexistente daquele monstrinho para que ela me deixasse dormir. Eu estava prestes a abrir a porta quando percebi que ela estava destrancada. Será que ela deu uma escapada do quarto e esqueceu de trancar? Ah! Que péssimo erro você cometeu priminha.

Entrei no quarto pé-ante-pé para que ela não me escutasse, só que toda aquela cautela foi em vão, as duas camas estavam vazias e o banheiro também. Revirei o quarto e o apartamento inteiro e nenhum sinal de Marti.

Merda!

Subiu um frio na barriga. Puta que pariu! Assim que o meu pai voltar e perceber que o capetinha desapareceu ele me castra!!!!

Avistei a janela aberta, ela fugiu por lá. O meu apartamento é daqueles que na janela tem uma escada que liga ao térreo, propício para pestes como Marti fugirem.

A questão era para onde ela foi. Estava tentando imaginar se eu fosse um mini-capeta aonde eu iria, até que eu ouvi um barulho vindo do meu notebook.

Percebi que ele estava ligado e aberto no facebook da Marti. Tinha uma janela de conversa aberta. Bingo!

Era uma mensagem de Jake, eles tinham marcado de se encontrar no píer.

Meu sangue ferveu. Da onde ela conhecia Jake? E por que está tão interessada nele?

Vesti meu casaco, peguei as chaves do carro e saí como uma bala.

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Marti:

Estava sem sono e desobedecer ordens me parecia tentador, não hesitei em aceitar o convite para sair com Jake.

Saí de fininho do quarto e fui até a minha mala, que estava jogada no corredor e peguei uma calça, blusa, jaqueta jeans e cem pratas da carteira do Gus. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=112176289&.locale=pt-br)

Fugi pela janela. Quem foi o idiota que faz uma escada que vai da janela ao térreo? Andei por um quarteirão e na esquina estava Jake me esperando na FERRARI dele.

Ele me olhou da cabeça aos pés e abriu um sorriso pervertido.

–Wow! Nossa, como você está...

–Linda? Fabulosa? Fantástica? Aceito todos esses elogios, mas se me chamar de fofinha vai levar um chute no saco.

Ele riu e abriu a porta do carona pra mim.

–Então, o que vamos fazer no píer?

–Surpresa.

–Vai à merda. Odeio ficar esperando! Eu vou morrer de curiosidade!!!

–Vai ser um prazer torturá-la então.

Meu Deus! Como ele era lindo, sedutor e misterioso! E também era atencioso e cavalheiro, bem diferente do babaca do meu primo.

Ele estacionou o carro e abriu a porta pra mim. Ele pegou a minha mão e foi me guiando, até um deck que ficava em frente à linda estátua da liberdade iluminada.

No deck tinha uma toalha branca de renda esticada no chão, duas taças de vinho, vinho, queijos, pães, tortilhas, salames e dois lindos castiçais de cristal com duas velas em cada um. Aquilo era um jantar romântico às quatro da manhã.

Nos sentamos e começamos a comer e a conversar. Tudo estava perfeito, a conversa, o vinho, a comida e quando dei por mim, Jake estava segurando o meu queixo, aproximando lentamente o seu rosto do meu.

Ele ia me beijar. Quando estava prestes a selar nossos lábios, algo, ou melhor alguém me arrancou dos braços de Jake.

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August:

Quando eu cheguei ao píer vi os dois quase se beijando. Meu sangue ferveu. Ele estava lá quase beijando a Marti, a MINHA Marti. Algo incontrolável tomou conta de mim.

Eu puxei a Marti dos braços daquele infeliz antes que eles se beijassem.

–Vem Marti. Vamos para casa agora, não quero que você se meta com o Jake.

–Winter, solta ela! O que você está fazendo aqui?!

–Fique longe dela!-Grunhi entre os dentes.

Nesse exato momento ele a puxou de mim, eu voei pra cima dele e acertei-lhe um soco na cara, ele também revidou com um soco na minha barriga, o que me fez gemer. Eu o empurrei para longe, mas não antes que ele conseguisse acertar mais um soco na minha cara, agora o meu nariz começou a sangrar. Nos embolamos no chão, até que uma hora Marti conseguiu separar de Jake.

–Acabou essa porra! Eu vou com você para com você para casa, ok?!-E me puxou em direção ao carro. Jake se levantou e ameaçou recomeçar a briga, mas Marti o interviu. –Está tudo bem Jake, eu vou com ele, mas tarde a gente conversa.

–Eu não quero que você se meta com ele.-Grunhi.

–Cala a boca!-Grunhiu de volta.

Assim que entramos no carro ela desatou a falar, mas eu ainda estava de cabeça quente por causa de Jake, tudo por culpa dele.

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Marti:

–O que deu em você? Você estragou a minha noite! Ele estava quase me beijando! Por que você foi brigar com ele? Qual o seu problema? Eu te odeio!!!-Comecei a berrar com ele, estava puta, ardendo de raiva por ele ter estragado o meu quase-beijo-perfeito-com-o-Jake.

Ele permaneceu em silêncio enquanto abria a porta de casa, na verdade ele permaneceu em silêncio o caminho todo.

–Você estragou tudo! Eu te odeio!

–Você estragou tudo desde que chegou aqui! Tornou a minha vida um inferno! Você. Está. Me. Enlouquecendo! Eu também te odeio e enquanto eu estiver respirando, eu vou fazer de tudo para te afastar do Jake!

–Vai à merda! Eu te...

Antes que eu pudesse terminar a frase, Gus me agarrou pela cintura e me beijou. Seus movimentos eram delicados mas furiosos, ele me beijava com voracidade e leveza ao mesmo tempo. Sua língua pedia passagem e eu cedi.

Ficamos por minutos eternos parados no corredor nos beijando, e por mas que isso me dê náuseas eu estava gostando de beijá-lo. Só que infelizmente precisamos do puto do oxigênio para viver, então nos afastamos centímetros para recuperar o fôlego. Ao invés de voltar a me beijar, ele se afastou mais e saiu correndo para o quarto, batendo a porta com força.

–Você sempre estraga tudo Marti!

Eu fiquei parada igual a uma babaca, confusa tentando digerir tudo o que havia acontecido.

–Vai à merda!


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Notas finais do capítulo

E aí, gostaram?
É, parece que o clima esquentou agora, rsrsrs.
sarut, bye

Boni



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