Estranged escrita por Venom


Capítulo 17
O Começo do Fim.


Notas iniciais do capítulo

Falas feitas em formato de SCRIPT.



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And the waves they get so high

Seems everything we've ever known's here

Why must it drift away and die

O suor escorria pelo seu rosto. Talvez não se sentisse pronto para o que teria que fazer, mas já não era mais hora de decidir: teria de fazê-lo mesmo assim. O clima estava tenso, talvez um tanto demais para suportar, mas suportaria de qualquer maneira. Esta poderia ser sua tão esperada batalha final: a batalha pela liberdade, pelos seus sonhos.

Por fim, decidira: estava pronto.

Kennedy começa a atirar com um revólver. Rapidamente, Serena forma uma barreira biótica em volta de si. Aproveitando a chance, Tony atira, mas os disparos de seu rifle nada faziam contra o homem.

Tony- mas, o que é isso?!

Kennedy- esse é o poder de um biótico de uma nova era! Graças ao Dave, o Arquimago, isso foi possível!

Tony- o quê?! O que tem Dave a ver com isso?

Kennedy- oras, não teríamos conseguido sem ele. Nós o sequestramos, e o usamos em nossos testes... devo admitir que ele foi crucial para meus sonhos se concretizarem!

Tony- mas então...?

Kennedy- ele está vivo e está na Cidadela. Mas, não importa o que faça, nunca o verá de novo, até porque Nitreux está cuidando dele.

Tony- ...

Serena- isso não termina assim! Stasis!!

Ela tenta paralisá-lo, mas nada acontece: além de imune a tiros, ele parecia ser imune a biótica.

Tony- ativar Tactical Cloak!!

Tony desaparece ao ar. Kennedy, no entanto, volta-se a Serena, que recria sua barreira biótica. Os chicotes bióticos finos, aqueles mesmos que mataram Yumi, ressurgem em suas mãos. O medo podia ser visto estampado no rosto daquela jovem garota, mas teria que ser forte. Kennedy começa a chicotear a barreira, que começava a trincar.

Serena- não!

Kennedy- diga suas últimas palavras!

Tony- encontre a paz eterna no amplexo de Deus.

A adaga havia sido sacada. Contudo, ao soar do vento enquanto a lâmina se aproximava do homem, algo surpreende Tony: a lâmina, ao tocar a armadura de Kennedy, é arremessada para longe, como se a mesma fosse jogada contra um campo de energia. Ele se vira e acerta um dos chicotes em cheio em Tony: não foi o bastante para feri-lo, mas o bastante para destruir o escudo de energia gerado por sua armadura. Antes que pudesse receber outro, o ruivo soldado rola para trás e se levanta incrivelmente rápido.

Serena- Slam!!

Serena tenta levitá-lo usando biótica: o resultado é mesmo. Se antes apenas pensara que ele era imune à biótica, agora tinha certeza. Estavam diante de um monstro aparentemente imortal.

Mas não poderia ser possível.

Todo ser vivo há de morrer.

E Tony sabia disso.

Uma granada caiu sobre Kennedy, explodindo em um clarão e disparando centelhas elétricas. Um tiro ecoa ao vento em direção ao homem que agora estava de joelhos devido à explosão: o disparo de plasma atinge uma de talvez cinco esferas brilhantes que podiam ser vistas em sua armadura, e o urro do até então imortal homem pôde se fazer ouvir.

Kennedy- argh!

Ele leva a mão à esfera atingida, localizada no ombro direito: ela havia parado de brilhar e agora tinha a consistência de uma pedra ordinária.

Tony- parece que você não é tão imortal quanto pa-

Kennedy se aproxima dele em uma velocidade praticamente impossível de se acompanhar, e o segura pelo pescoço.

Kennedy- sua insolência o fará pagar caro!

Serena- ativar Neural Shock!!

O choque elétrico disparado por Serena ultrapassa até mesmo a barreira, nem que seja por um décimo, mas sendo o bastante para Kennedy soltar Tony. Assim que tem a chance, ele atira um projétil explosivo, de forma que ao menos afaste o poderoso homem de perto de si.

Serena- Tony! Está tudo bem?

Tony- sim...

Kennedy- mas não por muito tempo, eu presumo...

Os chicotes novamente reluziam à sala. O escudo de energia de Tony, que ora estava destruído e recomposto, havia sido destruído novamente por apenas o toque de um dos chicotes. Nunca em sua vida imaginara que enfrentaria um oponente tão poderoso assim. Aliás, jamais pensara que existisse alguém com tanta força... e aquele homem, que antes parecia ser apenas um simples líder que ordenava e seus lacaios obedeciam, não dava chances para um ataque preciso e, num momento súbito, Tony e Serena batem em retirada, sendo perseguidos por Kennedy logo atrás. Talvez, se lutassem em um ambiente aberto, as chances de encontrar uma guarda aberta seriam maiores. Chegaram a uma área aberta, com um dos “abismos” de Presidium Commons para o rio que corta o anel ao meio.

Kennedy- qual é o plano? Mudar o lugar de sua cova?

A arrogância de Kennedy parecia causar asco em Tony. Talvez porque ele podia ser arrogante naquela situação. Contudo, o plano de lutar em uma área maior dera certo: em um descuido de Kennedy, outra esfera brilhante – do outro ombro – havia sido atingida. O homem dá um passo para trás, em uma sensação do que parecia ser uma leve dor. Segundo o que a dupla podia ver, ainda restavam mais três esferas brilhantes: duas no peito e uma no abdome.

Pela primeira vez, talvez Kennedy sentisse um pouco de temor. Como pudera um mero soldado superar seus poderes absolutos? Nem ao menos era biótico. Nem ao menos era especial: era um humano comum.

Kennedy- não posso admitir isso... como um simples soldado pode estar me superando?!

Tony- talvez você não seja tão superior quanto pensa, não é?

Novamente, ele libera os vários chicotes, mas desta vez com uma tática diferente: Kennedy bate os mesmos para todos os lados, enquanto se aproxima de Tony. A cada choque dos chicotes com o chão, rachaduras se formavam. Tentou atingir mais uma esfera, mas errara, e Kennedy havia o cercado, logo qualquer tentativa de escapar pela direita ou esquerda o faria em pedaços. O homem não parava se aproximar, até Tony ficar contra um dos buracos.

Kennedy- fim da linha.

Ele sabia que agora estaria em apuros. Se se mantivesse parado, Kennedy o laceraria. Se pulasse, a queda seria fatal. De súbito, cacos de vidros voam a atingem as costas de Kennedy, que se vira, um tanto espantado: Serena os havia atirado utilizando biótica.

Serena- eu serei sua oponente agora!

Tony- não!!

Kennedy- hahaha...

Serena levita mais cacos e escombros e os joga contra Kennedy. Poucos o atingiam.

Kennedy- sua insolente!

Serena- Slam!!

Mais escombros voaram: Kennedy os partira ao meio em segundos com seus chicotes. E dessa vez, os dois estavam aflitos: Tony não possuía mira uma vez que Kennedy estava de costas, e Serena não conseguia atingi-lo. Além disso, estava próxima do poderoso homem, logo atirar uma granada poria a vida da jovem em risco. Porém, tivera uma ideia. Sabia que se o subestimasse, ele viria de encontro a si. A este momento, Serena criara uma barreira biótica em sua volta, mas Kennedy a destruíra em um simples golpe.

Kennedy- morra.

Antes que pudesse descer o chicote ao chão, dois tiros de plasma atingem sua armadura e ricocheteiam para os lados, e a distração gerada foi o bastante para Serena se afastar a uma distância segura. Tony sabia que dessa vez deveria tomar cuidado para não ser encurralado. O que não esperava, era que dessa vez Kennedy o atingira com o chicote, destruindo seu escudo de energia, e logo depois, sacado um revólver. Tony se esquivara como podia, mas o último disparo atingira seu ombro esquerdo.

Tony- ahh!!

Serena- essa não!

Kennedy- não esperava por essa, não é? Agora não tem mais como mirar...

Não conseguia pensar em mais nada. Seria este o fim? Serena corre até Tony, mas é interceptada por Kennedy, que a joga para longe.

Serena- Tony!!

Kennedy- chega de truques! Isso tudo acaba agora!

Tony, agora com a arma nas costas e a mão direita sobre o ferimento, ainda em pé, pensava em uma maneira de escapar, ou melhor, outra maneira de vencer Kennedy. Fitava Serena, e com uma expressão diferente, passara a correr em disparada: aproveitando a chance, ele pula pelo abismo: havia uma pequena passagem que poderia usar para fugir.

Kennedy- o quê?! Não vou permitir!!

Do outro lado, Serena também corria. Sabia o que significava aquilo, e não poderia perder um segundo sequer. Pelo caminho, jaziam soldados – a maioria de Galaxy’s Destiny – e o caos estava estabelecido na Cidadela. As pessoas estavam escondidas, amedrontadas. Sentia o cheiro do medo. Bem à frente, encontrara-se com Tony.

Serena- você está bem?!

Tony- sim... é apenas um ferimento. O tiro foi amortecido pela minha armadura, então a bala não penetrou fundo em meu corpo...

Ele levanta a mão direita à frente de Serena, ensanguentada: o projétil estava à palma. Ela não gostaria de imaginar a dor que Tony possa ter sentido ao retirar a bala.

Tony- ele já deve estar vindo...

Serena- eu ainda estou com a carga completa de Medi-gel em meu Omni-tool. Ativar First Aid.

Serena aplica medi-gel no ferimento, que reage e parecia começar a cicatrizar. Na melhor das hipóteses, ao menos agora Tony não mais sentia dores.

Kennedy chegara até o local: era uma área semelhante a qual estavam lutando anteriormente. Ele espalhara e estendera seus chicotes, atravessando paredes e destruindo janelas e portas de vidro de lojas. De repente, mais cacos voaram em sua direção, sem que antes Kennedy pudesse destruí-los no ar. Em uma fração de segundos, Um tiro cruza o ar por entre os cacos, atingindo-o: a esfera da direita, do peito, havia sido neutralizada.

Impaciente, Kennedy não conseguia entender como pudera ser superado pelos dois.

Kennedy- não... não ficará assim!

Pelos óculos, Tony via os olhos de Kennedy brilharem em azul, de maneira como não o fizera antes. Afinal, o que seria aquilo? De qualquer forma, não pretendia arriscar.

Kennedy- não posso permitir que isso continue por mais tempo! Eu tenho que admitir que nunca esperei que você, Tony Hectic, pudesse achar um meio de me deter. Mas... isso termina agora.

Faíscas de energia saíam de seu corpo. Os chicotes, que antes eram finos fios, se tornavam algo como grandes serpentes. A cada vez que os mesmos tocavam o chão, faíscas e explosões tomavam conta do lugar. Só restava aos dois fugir.

Kennedy- não fugirão de mim!!

Não só seu grito ecoara: um de seus ataques fizera com que algumas partes superiores dos prédios caíssem e bloqueassem o caminho.

Esta era sua última granada e maior esperança. Rapidamente, ele a atira de seu Omni-tool, mas para seu espanto, Kennedy a destruíra com os chicotes, antes mesmo que pudesse explodir perto de si. A ideia de tentar fazer com que baixe a guarda foi jogada ao lixo. Inutilmente, Serena atira os escombros contra o homem, cujos chicotes não permitiam que os mesmos o tocassem. Ela formara uma barreira biótica, e Tony tentava uma mira enquanto supostamente protegido, mas o homem não parava de bater os chicotes ao chão, e era impossível uma mira com precisão. Tentaram fugir, mas ele se aproximava com rapidez.

Estavam cercados.

Subitamente, surgem dois soldados de elite de GD, e aproveitando a última distração, outro disparo atinge mais uma esfera: a última do peito.

Soldado#1- mestre!

Ele, que agora estava com a mão sobre a esfera recém neutralizada, se viu em uma situação difícil. Não poderia arriscar uma última tentativa, pois esta seria de fato a última. Contra seu orgulho, ele toma uma decisão.

Kennedy- parece que subestimei você, não é?

Tony- ...

Uma aeronave pequena havia baixado até ao canto do abismo.

Tony- ei! O que pretende fazer?!

Kennedy- eu acho que isso não foi um desafio de verdade...

Tony- está pensando em fugir?! Covarde!

Kennedy- eu já consegui o que queria aqui na Cidadela, meu caro... se quer um desafio de verdade, me encontre na base lunar. Estarei aguardando-o, se sobreviver... soldados, são todos seus.

Ele se retira em sua nave, ficando apenas contra os dois soldados. Sem dificuldade, Tony e Serena os despacham.

Finalmente, GD parecia ter perdido aquela luta. Os policiais de Bailey conseguiram retomar a Cidadela após muito custo. Às pressas, Tony e Serena haviam tomado a decisão de ir atrás de Kennedy. Não tinha outro jeito, e agora acreditavam que teriam a chance de acertar as contas de uma vez por todas. Ainda em Presidium, estavam o grupo de Benom, finalmente podendo descansar.

Benom- finalmente conseguimos... a Cidadela foi salva!

Dave- sim... e foi muito cansativo.

Crunch- cansativo? Eu tenho gás para mais uns cinquenta deles!

Exodus- talvez não.

Lingzhu- isso não importa mais... pelo o que eu soube através de alguns soldados da C-Sec, eles planejam uma retomada imediata da Terra.

Dave- Terra...

Um misto de emoções chocara-se em sua mente. Lembrava-se de tudo detalhadamente, como se não fizesse tanto tempo assim. Mas a dor de não ter visto seu amado e sua irmã ainda perduravam.

Levantado, Dave vai até a ponta do abismo, e passa a olhar para o nada. Benom se aproximara logo depois.

Dave- ...

Benom- como se sente, garoto Dave?

Dave- já não sei mais o que sentir...

Ao longe, Tony, que corria para chegar até sua nave, em meio à correria de médicos e policiais, avista Dave. Seu coração disparara, envolto em uma felicidade impossível de descrever em palavras. Quando percebera, já estava parado em meio àquelas pessoas apressadas.

Tony- Dave...

Sentira uma vontade imensa de ir atrás dele. Mas não. Não poderia, pensou. Não pretendia deixar que Serena o acompanhasse na luta final, mas com Dave seria diferente, e isso implicaria arriscar sua vida.

Não tinha jeito: teria de vencer Kennedy primeiro. Essa fora a decisão mais árdua de sua vida, mas se confortava ao lembrar que estava tão perto de ficar para sempre ao lado de quem tanto amava.

Este era o último sacrifício.

Ele voltou a se mexer. Fora para sua nave e não demorara a partir. O grupo de Benom, no entanto, iniciava os planos finais.

Lingzhu- se a Aliança pretende retomar a Terra, talvez devesse ser nosso dever ir até lá. Não acham?

Crunch- eu topo!

Exodus- afirmativo.

Dave- voltar para a Terra... então, o dia de enfrentar os fantasmas do passado chegou.

Benom- sente-se pronto para isso, garoto Dave?

Dave- eu não sei... não sei se conseguiria.

Benom- ora, vamos lá! Você treinou todos esses anos para esse momento! Eu sei que é apto.

Dave- ...

Lingzhu se aproxima humildemente de Dave. Nunca o vira agir de tal maneira antes.

Lingzhu- acho que eu devo um pedido de desculpas.

Dave- hm?

Lingzhu- talvez nossa rivalidade tenha sido ruim. Eu nunca gostei de ver alguém me superar, mas ao ver sua nobreza, eu tenho que admitir que você merece ser o melhor.

Dave- muito obrigado, mas não sou tão bom assim. Nós temos nossas singularidades... somos especiais à nossa maneira.

Lingzhu- ...

Ele não esperava por essa. Arrependera-se de não ter sido amigo de Dave antes, pois agora o achava incrível.

Dave- vocês têm razão... hora de ir para a Terra, para acertarmos nossas contas.

Benom sorrira diante da decisão de seu aprendiz. Sentia-se satisfeito não só com ele, mas por sentir-se realizado como professor.

Benom- vamos nos preparar para ir, então. Lutaremos ao lado da Aliança e você, Dave, mais do que todos, tomará de volta o mundo que lhe pertence, assim como me ajudou a tomar Palaven.

Lingzhu- antes de irmos, acho que posso conseguir algo para nos ajudar... duas armaduras especiais da Aliança para vocês dois, Dave e Benom. São elas: Dragoon e Havoc. Dragoon permitirá ao Dave o uso de chicotes bióticos, assim como dos soldados Fênix. É uma armadura considerada pesada, mas própria para bióticos. Havoc permitirá ao Benom uma super força, além de propulsores nos braços e pernas, para curtos voos e principalmente para esquiva. Isso dará a vocês – e consequentemente a nós – uma vantagem.

Dave- agradeço... mas e quanto a vocês?

Exodus- não há necessidade de upgrade.

Crunch- eu gosto da minha armadura.

Lingzhu- a minha armadura foi projetada especialmente, então estou bem com ela.

Benom- perfeito. Obrigado pelos presentes.

Crunch- ahn, o que faremos agora?

Lingzhu- buscarei as armaduras. Aconselho que descansemos antes da viagem.

Benom- nós podemos ir até minha nave. Acomodem-se por enquanto. Sairemos em umas cinco horas.

Crunch- mas, Benom?

Benom- o quê?

Crunch- onde está a nave?

Benom- ...

Como pudera se esquecer?! A nave havia ficado em Zakera Wards e, em meio ao tumulto, ele já começa a rezar para que ela estivesse inteira. Não adiariam a viagem. Sem maiores delongas, eles chegam até o local de onde a deixaram, e incrivelmente estava intacta. No andar inferior, Crunch se jogara em cima de uma das quatro camas, quase quebrando-a.

Crunch- ahh... eu queria muito isso!

Benom- não se acostume...

Crunch- eu acho que isso tá parecendo uma missão suicida.

Dave- ...

Benom- ...

Um silêncio incômodo se instalara. Missão suicida? Se parassem para pensar, talvez pudesse ser. Nova York, a esta altura, poderia estar infestada de Velhas Máquinas.

Poderiam não suportar a luta e morrer.

Morreriam se não bolassem um plano. E foi isso que Benom pensou.

Benom- não será uma missão suicida. Armaremos uma tática de combate para ajudar a Aliança. Vocês estarão sob meu comando!

Dave- certo.

Exodus- afirmativo.

Benom- chegaremos em Nova York, e esperem que a cidade esteja caótica. Alguns membros da Aliança já estarão lá, mas eu acredito que ainda sim enfrentaremos uma horda de monstros. Chegando lá, montaremos uma tática própria para cada um. Dave e Lingzhu, por serem bióticos puros, farão uma dupla para defesa e ataque da equipe por meios bióticos. Tudo bem?

Dave- sim.

Benom- Exodus é nosso engenheiro dedicado. Para todo e qualquer tipo de hack ou manuseio de máquinas, ele nos dará este suporte.

Exodus- afirmativo.

Benom- Crunch comporá a artilharia pesada e eu ficarei puramente para a proteção biótica e engenheiro suporte.

Crunch- então poderei atirar de montão? Irado!

Benom- ahn...

A animação do krogan soava um tanto desconhecida para Benom, mas assentira com a cabeça. Não muito depois, Lingzhu chegara com as armaduras. Como conseguira era algo que Benom se perguntava, mas àquele momento, não tinha tempo para fazer perguntas.

Lingzhu- tudo pronto, eu presumo?

Benom- agradeço a sua ajuda, sr. Krios.

Lingzhu- eu faço parte da Aliança. Era o mínimo que poderia fazer para ajudar.

Benom- seu ato não será esquecido. Agora, espero que todos descansem.

E eles se deitam em suas camas, exceto Exodus, que optara por ficar sentado na poltrona do piloto.

Severos minutos se passaram, e o turian notara a falta de Dave. Fora da nave estava ele, sentado à ponta do abismo, com as pernas ao ar.

Benom- o que faz acordado? Deveria descansar!

Dave- eu não estou com sono...

Benom- hm?

Dave- eu sei que amanhã será a missão final... mas o que farei depois disso?

Benom- você irá atrás do Tony, não irá?

Dave- se estivermos vivos até lá, sim... Mas se eu descobrir que ele já não estaria entre nós, eu desistiria de tudo.

Benom- o que quer dizer?

Dave- de que adianta viver sem estar ao lado dele?

Benom- ...

Dave- desculpe, eu não quis parecer ingrato. Vocês, meus amigos, são todos importantes.

Benom- não precisa se desculpar... eu até entendo-lhe. Não se preocupe, pois Tony é um dos soldados mais fortes que já vi.

Dave- obrigado...

Ele se levanta, e abraça seu mestre. Depois, decide finalmente descansar.

---

Bem longe dali, em Omega, Aria caminhava para a área de espaçonaves. Junto, um jovem turian a seguia.

Aria- você tem certeza disso, menino?

Nestor- sim. Quero rever meu pai.

Aria- a Terra estará um caos. Não espere que eu seja sua babá!

Nestor- eu sei me cuidar sozinho.

Aria- a decisão é sua. Partiremos em dez minutos.

Nestor- já tomei minha decisão.

Aria- tudo bem... além de nós, um grupo de cada facção nos dará suporte.

Nestor- por que estamos fazendo isso, mesmo?

Aria- porque acho que devemos.

Nestor- pff... eu já deveria esperar por isso.

Eles tomam a espaçonave, e sem demoras, partem para o vazio estrelado.

---

Muitas horas depois, o quinteto finalmente chega até Nova York. A nave pousa ao Central Park, e ao que podiam ver, era um fim tarde muito chuvoso e frio, e, portanto, a visibilidade seria um tanto dificultada.

O momento havia chegado.

Seria agora ou nunca.

A hora de provar a que veio.

A porta da nave se abre.


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