Sangue acoplado escrita por Lorena L


Capítulo 12
Capítulo 12 - Irmão ou ex-namorado?


Notas iniciais do capítulo

Desculpa a demora meus queridos... Mais ai está!

Antes de qualquer outra coisa, queria dizer pra vocês que... A FIC GANHOU A PRIMEIRA RECOMENDAÇÃO *---------* Alguém sabe a felicidade que eu tô gente? MUITO obrigada Dríada Dias, você me deixou muito feliz com isso ♥

Boa leitura!



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- Vocês conhecem ele? - perguntei para meus pais.

- Claro que sim, como iriamos esquecer de seu primeiro namoradinho?! - disse meu pai dando-me um beijo na testa e indo em direção à sala para assistir TV. 

- Bom, fique a vontade, Richard. - minha mãe falou acompanhando meu pai.

- Como.. - Tentei achar as palavras certas mais eu não encontrava.

- O Derek me pediu pra eu te ajudar. - ele disse abrindo um sorriso.

- Mas você não é meu ex-namorado. - eu ainda estava confusa e ele riu.

- Relaxa, eu fiz eles acreditarem que era. - ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Como você fez isso? - questionei.

- Hipnose. - ele sorriu. - É muito útil sabia?

- Eu também consigo fazer isso? 

- Claro que sim, só que você ainda não está pronta para isto.

- E quando vou estar? 

- Não sei. - ele olhou para mim, com um olhar de "Não tenho todas as respostas do mundo. Surpresa!" - Vamos descobrir com o tempo. Então.. o que você quer saber?

- Tantas coisas... É verdade que somos vampiros? 

- Sim. 

- Bom, eu consigo me olhar no espelho perfeitamente, então essa coisa de reflexo é mentira, correto? - perguntei.

- Mais ou menos. Quando você fica muito tempo sem se alimentar de sangue você fica muito fraca. Não, nossos reflexos não somem ou algo do tipo. Eles somente mostram quem você é realmente.

- Como assim? - questionei meio confusa.

- Seu corpo agora está normal. Meu irmão disse que você se alimentou a pouco tempo, a alguns dias certo? Então... se você ficar mais de um mês sem se alimentar seu reflexo vai mostrar outra coisa do que os outros vêem agora, mostrará uma pessoa se decompondo. Sua pele ficará mais pálida, seu corpo mais murcho, pele descascando, unhas roxas, olhos mais fundos, entre outras coisas horríveis que um cadáver decomposto por alguns dias em baixo do solo tem. 

Ele percebeu meu desespero e logo tratou de me confortar.

- Relaxa, se você se alimentar pelo menos 1 vez por semana nada mudará. 

- Crucifixos, alho? - disse mudando de assunto.

- Isso eu não sei te responder.

- Como assim? 

- Desculpe mais ninguém em sã consciência colocaria um colar de alho em volta do pescoço ou encostaria um crucifixo em mim. Bom, pelo menos eu sei que se eu olhar um crucifixo nada acontece. 

- Estaca de madeira? 

- Nunca tentei, quer que eu tente em você? - ele perguntou ironicamente.

- Com certeza. - Demos uma leve risada. - Eu já sei que essas coisas de ouvir algo perfeitamente bem estando à metros de distância e conseguir ampliar minha visão ou até enxergar no escuro são verdade, por experiência própria. Mas tem algo a mais para me acrescentar? 

- Não, acho que é só isso. - Richard disse finalizando o assunto.

- Então quer dar uma volta? - perguntei quebrando o silêncio.

- Claro. - ele falou meio sem graça.

Avisamos aos meus pais que iriamos dar uma passeio pelo bairro e eles deixaram. Já havia se passado alguns minutos e nenhum de nós dois havia se manifestado em falar alguma coisa. Estávamos sem fala, sem assunto e simplesmente não nos conhecíamos direito. Era trágico saber que ele era a pessoa mais parecida comigo mas nem sabia que ele existia a alguns dias atrás. 

- Já comeu hoje? - ele perguntou virando-se para mim que até então estava do meu lado fitando o chão enquanto andava.

- Sim. Almocei com os meninos e depois lanchamos antes de voltar para a casa.

Ele arqueou as sobrancelhas e continuou parado me olhando.

- O que foi? - falei sem entender.

- Não foi isso o que eu quis dizer. - ele falou começando a andar novamente.

- E o que você quis dizer? - perguntei, mas logo percebi sua real intenção na pergunta. - Ata. - falei e ele soltou uma risada. - Ainda não, não me alimento a dias.

- Então vamos? - ele perguntou pegando em minha mão e puxando-me, fazendo-me correr ao seu lado.

- Para onde? 

- Em algum lugar onde possamos nos alimentar. - ele falou e logo soltou minha mão. - Vamos ver quem chega mais rápido? - Ele começou a correr muito rápido, quase não conseguia ver ele se movendo. Quando percebeu que eu estava parada no mesmo lugar que ele havia me deixado, voltou. - O que foi? 

- Desculpa, flash! Mas ainda não sei correr desse jeito. - falei meio emburrada e ele riu.

- Pegue impulso em seu corpo, corra normalmente tentando sempre ir mais a frente e mais rápido, quando você menos esperar você estará correndo igual o Sr Flash aqui. 

Depois disso começamos a correr normalmente, ele estava me esperando. Quando que para minha surpresa estávamos ambos correndo super rápido e eu não havia percebido. Estávamos numa floresta que ficava a horas de distância da minha casa, parei de correr para admirar a natureza que estava bela, o cheiro estava ampliado e havia várias flores ao redor e, seus perfumes invadiam meu olfato. 

- É bom né? - ele falou de olhos fechados respirando profundamente para apreciar o cheiro. 

Não respondi e ele logo abriu os olhos e avistou um corvo por ali perto. Ele saltou em cima do corvo e quebrou seu pescoço, trouxe o corvo nas mãos enquanto andava em minha direção lentamente.

- Come. - ele olhou para mim e colocou o corvo em minhas mãos. 

- Não vou comer isso. - disse me exaltando. 

Ficava imaginando a sujeira daquele pássaro, as penas entrando na minha boca... Mas logo ele correu novamente e matou outro corvo, mas dessa vez mordeu-o para se alimentar. Aquilo era tão forte, assim que senti o cheiro do sangue eu não me contive e fui ao seu lado. Ele parou de se alimentar, olhou para mim e olhou para o pássaro que estava na minha mão, me incentivando a come-lo. Não pensei duas vezes e simplesmente o mordi. Ficamos procurando por mais algum tempo alguns pássaros, encontramos mais dois, um para cada. Depois resolvemos ir para casa já que estava tarde. Ele me deixou na minha e logo correu pela rua desaparecendo. 

Tanta coisa havia acontecido hoje e eu estava tão bem. Havia descoberto algo mais sobre quem eu era agora e isso me deixava muito feliz. Apenas fui para cama e fiquei com esse pensamento na cabeça enquanto fitava o teto do meu quarto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e claro, espero ansiosamente pelos reviews e saber sobre a opinião de vocês! Obrigada novamente pela recomendação, Dríada.
Beijinhos ♥