Para Sempre! escrita por Jade Potter


Capítulo 6
Capítulo 6-Não dá mais!


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, esse capitulo foi muito triste pra eu fazer por isso eu demorei tanto, espero que não me matem pelo que vão ler, mas prometo que tudo vai dar certo, por que se há uma coisa sagrada nas minhas fics é o final feliz. Então não fiquem muito tristes!



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---Como você pode me pedir uma coisa dessas? ---perguntei magoada e chocada.

---Não me coloque como vilão, Sophie! ---disse aflito. ---Você sempre deu mais valor ao seu trabalho do que a mim! Sempre colocando ele a cima de tudo.

---Por que meu trabalho é importante, mas não mais que você.

---Sério? ---disse. ---Talvez seu trabalho seja importante por causa do Jonathan...

---Você não sabe o que está falando! Eu sempre fui apegada aquele trabalho!

---Por causa dele! Sempre foi por causa dele. ---gritou magoado. ---Agora tudo faz sentido.

---É claro que não! Michael... ---tentei falar, mas ele me encarou com os olhos cheios de lagrimas e eu não consegui falar nada.

---Sophie, sai daquele lugar. Fica longe dele. ---disse com a voz entrecortada. Segurei o rosto dele com as duas mãos e o encarei.

---Você sabe o que está me pedindo? ---perguntei. Ele passou a mão pelo cabelo, depois segurou minha cintura.

---Eu sei que você ama aquele trabalho, mas eu não aguento saber que você convive com ele todos os dias. ---disse me apertando contra ele.

---Ele é meu amigo. ---falei. ---Você tem que entender que ele não quer nada comigo.

---Ele quer, Sophie. Você não consegue perceber? Por que ele te convidaria pra almoçar com ele pra resolver questões de trabalho, sendo que ele pode fazer isso no trabalho?

---Eu sei o que parece, mas ele... Ele disse que seria apenas meu amigo. Eu não posso largar meu trabalho por uma probabilidade de ele ainda gostar de mim.

---Mas...

---Mas nada. Vamos ficar bem. Por favor. É só o que eu peço. ---falei ansiosa.

---Tenta só... Tenta só não ficar almoçando com ele, tá? É demais pra mim. ---falou sorrindo afetado.

---Tudo bem. Prometo. ---falei o beijando.

***

---Você vai casar daqui a uma semana, como está se sentindo? ---perguntou Kathy elétrica, me olhando ansiosa. Suspirei cansada.

---Feliz. ---respondi séria.

---É mesmo, sua cara está berrando alegria. Fala sério, Sophie, o que houve?

---Eu amo o Michael. ---falei. ---Mas é que ele está diferente esses dias.

---Diferente como?

---Sério demais. Incomodado demais, e estamos brigando muito. ---falei triste.

---Cristo. Vocês nem se casaram e já estão com problemas?

---Michael cismou que Jonathan está afim de mim e quer que eu saia do meu emprego. ---disse. ---Só que isso é impossível.

---O que é impossível? Você sair do emprego ou o Jonathan estar afim de você. Eu acho mais provável á primeira opção.

---Eu não quero falar sobre isso.

---Qualquer coisa você me liga, ok?

---Ok. ---falei e a abracei. Era bom saber que eu tinha alguém.

---Olha aqui, não abra mão do Michael! Faça qualquer coisa pra tê-lo do seu lado.

**

Eu não queria mais ver o Michael estressado daquele jeito. Eu queria voltar a ter aquela relação calma e baseada na confiança. E eu estava disposta a fazer qualquer coisa para ter isso de volta.

Decidi nesse momento ir até a casa do Jonathan e me demitir. Mesmo que eu saiba que Jonathan não está apaixonado por mim, eu não posso arriscar meu casamento por causa de um trabalho. Michael é a minha vida. E eu não ia perdê-lo.

---Sophie? ---perguntou Jonathan quando me viu.

---Eu posso conversar com você? ---perguntei determinada. Eu não podia esperar nenhum minuto a mais.

---Claro, mas por que não esperou até amanhã? Está tarde, não é? Aconteceu alguma coisa?

---Não, na verdade eu... Eu quero me demitir. ---falei bem direta.

---Demitir? Como assim? Você é sócia daquela empresa! Não pode se demitir! ---disse exaltado.

---Mas eu vou.

---Por quê? Por causa do Michael?

---É. Eu não posso arriscar perde-lo, Jonathan.

---Ele não gosta de mim, é isso?

---É, mas é por que ele acha que você ainda é apaixonado por mim. ---falei achando um absurdo.

Ele não falou nada. Seu rosto estava levemente corado e ele parecia exasperado.

---Ele está errado, não é?

---Não. ---falou nervoso. ---Eu... Eu te amo, Sophie. ---completou chegando mais perto.

---Me ama? Não é possível!

---Claro que é. Você linda, sexy, inteligente, divertida, faltou mais alguma coisa?

---Sim, eu não amo você! ---falei nervosa. ---Como foi que isso aconteceu?

---Sinto muito, mas... Eu sei que você ainda sente algo por mim.

---Eu não sinto! Você sabe disso.

Ele não falou nada, mas chegou perto de mim e me agarrou. Imagine sua boca ser tomada com tanta força que chega a doer? Foi assim. Tentei me afastar dando tapas nele, mas ele se manteve firme segurando forte minha mão.

E de repente alguma coisa aconteceu e eu não estava mais lutando. Era como se meu corpo tivesse cedido aquela invasão sem o meu consentimento. Ele me soltou sem ar e me olhou apaixonado.

---Viu? Você ainda sente algo por mim.

---Não toque mais em mim. Não acredito que fez isso. ---eu estava em pânico e assustada.

---Fica comigo. Larga esse cara, e fica comigo.

---Eu amo o Michael! ---gritei exasperada. ---Eu não sei como eu pude ter sido tão cega!

E sai correndo desesperada. Meu Deus, essas coisas só acontecem comigo! O cara que eu passei a vida toda gostando está louco por mim e eu não quero ficar com ele! Agora que eu estou perto de casar com o homem que eu amo, ele aparece!

Fui correndo pra casa.

Fechei a porta e no mesmo momento senti um medo de encarar o Michael terrível. Uma culpa enorme. Tudo bem que eu não beijei o Jonathan de proposito, mas depois eu meio que... Enfim... E eu não devia ter ido pra casa dele afinal de contas. Tudo bem que foi por um bom motivo, mas... A culpa é toda minha, eu fui cega e não vi o que todos percebiam. O Michael vai me odiar pra sempre.

Ele apareceu na sala com um sorriso que raramente aparecia no seu rosto. Parecia que uma luz iluminava seus olhos azuis. Ele se ajoelhou no chão na frente de onde eu estava sentada no sofá.

---Hoje eu fui pra casa da minha mãe. ---falou suavemente alisando minhas mãos. ---Ela falou que eu não tinha motivos pra ficar louco de ciúmes, por que estava na cara que você me amava. Disse que eu estava sendo um bobo idiota.

---Michael...

---O caso, amor, é que eu cansei de ser um bobo idiota. Eu te amo e só isso importa. ---falou sorrindo. ---Eu não quero mais saber de nada que possa nos atrapalhar. Pode ficar no seu emprego, eu sei que nada pode nos separar.

Eu toquei no seu rosto, emocionada com suas palavras. As palavras que eu tanto queria ouvir.

---Mas eu já me demiti. ---falei e sem querer deixei lagrimas caírem. Se fosse apenas essa noticia que eu tivesse que dar a ele...

---O que? ---perguntou confuso.

---Eu pedi demissão hoje. ---falei. ---Mas, Michael, eu...

---Você... ---ele não aguentou e me beijou apaixonadamente. ---Não acredito que fez isso! Você ama aquele emprego.

---Eu amo mais você. ---falei o abraçando. ---Eu te amo.

---Eu sei, desculpe por duvidar de você. ---disse arrependido. ---Será que um dia você vai me perdoar?

---Ah, meu amor, desculpe. ---e pronto! Comecei a chorar. ---Eu não consigo viver sem você.

---Eu sei, eu sei. ---disse me consolando. ---Olha pra mim. Nós nos amamos. ---falou fazendo com que eu o encarasse. ---Me beija, vai.

O beijei como se minha vida dependesse disso. O remorso e o medo de o perder me fez despencar de um abismo que eu nem sabia que existia. Eu só queria me prender na única coisa que poderia me manter viva. Que era ele.

Ele me carregou até a cama e quase não paramos de nos beijar. Tiramos a roupa um do outro numa lentidão absurda. Eu não queria que aquela noite terminasse nunca. Sentia medo do que viria amanhã e algo me dizia que não era bom.

**

Acordei e o encontrei olhando pra mim com aquele sorriso mais lindo do mundo.

---Bom dia. ---sussurrei.

---Sabe qual é a melhor parte de brigar?

---E tem melhor parte?

---É fazer as pazes depois. ---disse sorrindo beijando meu pescoço causando sérios arrepios.

---É bom quando dá pra fazer as pazes. ---falei sentindo uma tristeza invadir meu corpo.

---Quando a gente ama sempre dá.

---Amor? ---o chamei sentando na cama. ---Eu preciso te contar uma coisa.

Ele sentou também, e eu tive a esperança de que nada poderia destruir aquele sorriso. Ele parecia tão feliz que precisei de toda a minha força pra falar.

---Pode falar. ---disse sorrindo. ---Eu te amo, sabia?

---Eu sei. ---respondi com lagrimas querendo descer dos meus olhos. ---Michael...

---É algo ruim? Por que eu não quero que nada destrua minha felicidade hoje! ---disse gargalhando. ---Meu Deus, eu sinto que eu sou o homem mais feliz do mundo.

Minha coragem voou como um passarinho. Pronto, não tenho como falar.

---Essa semana eu estava me sentindo tão mal por ficar brigando com você, e agora eu me sinto tão leve. Eu tenho vontade de ficar beijando você o tempo inteiro, sem parar...

Eu ri, feliz.

---É? Eu também. ---falei sorrindo. ---E agora que eu não tenho mais emprego, eu só quero ficar grudada em você e não te soltar nunca mais. ---completei e pulei em cima dele. Ele riu e me beijou.

---Eu só quero saber de uma coisa. ---falou. ---O que fez você querer se demitir?

---Sua felicidade. ---falei sem hesitar. ---E eu admito que eu dava mais atenção ao meu trabalho do que a você.

---Não é verdade. Eu é que era carente demais. ---disse sorrindo.

---Era?

---Não. Sou. E sempre vou ser. ---falou e me beijou.

*

---Amor, tenho que pegar uns papeis na mão de Jeffrey lá no trabalho. ---falou ele me beijando. ---Vai ser rápido, não demoro.

---É bom mesmo.

Ele saiu e eu fiquei esperando ansiosa.

Resolvi ligar pra Kathy e falar que tudo estava bem entre Michael e eu.

Ela atendeu.

---Kathy! ---exclamei feliz.

---OI, pela sua voz o casal voltou a ser o que era.

---Sim. Quero dizer, eu espero que sim. Parece que sim.

---Que bom, eu estava torcendo por vocês. ---disse entusiasmada. ---O Michael é uma gracinha, se você não estivesse noiva dele...

---Kathy! ---reclamei. ---Eu estou tão feliz de ter o Michael daquele jeito que eu tanto amo. Sem ciúmes e paranoia.

---Então vai ter casamento semana que vem?

---É claro que sim! Eu nunca estive em duvida. ---falei abismada. ---Michael é tudo na minha vida.

---O que fez vocês ficarem de bem?

---Eu não sei, ele conversou com a mãe e eu me demiti.

---Não acredito! Você ama aquele emprego! ---falou chocada. ---Mas deve amar mesmo o Michael pra isso.

---Eu amo. E tenho medo de tudo dar errado e eu o perder para sempre.

---Não pensa nisso, nada pode separar vocês.

Ouvi a porta se bater brutalmente. Tomei um susto.

---Tenho que desligar agora, ele chegou. Beijos.

---Boa sorte, amiga. ---disse e desligou.

Olhei para ele, ansiosa por seus lábios nos meus, quando notei que aquele brilho e aquele sorriso desapareceram do seu rosto. Fiquei preocupada e cheguei mais perto, sem saber o que fazer.

---O que aconteceu?

---Que tal você me dizer? ---respondeu cruzando os braços e me encarando magoado.

---Dizer o que? Michael o que aconteceu... ---eu sabia. De algum jeito eu já sabia o que tinha acontecido.

---Sabe quem eu encontrei lá embaixo? ---perguntou. ---Não precisa responder, eu encontrei o Jonathan, é claro.

---O Jonathan?

---É, e ele me disse que você se demitiu, mas também falou que ele te beijou. ---disse com uma revolta tão grande que eu tive que desviar o olhar. ---Mas se só fosse isso, eu provavelmente não estaria acabado como eu estou agora.

Ele andou pela sala passando a mão pelo cabelo, frustrado.

---Você retribuiu, Sophie! ---gritou com lagrimas saindo do seu rosto. ---Você retribuiu e nem ia me contar o que aconteceu!

---Eu ia, eu ia contar hoje de manhã, você estava tão feliz, eu... Eu não consegui!

---Sério?! E que hora você pretendia em contar? Eu tive que saber pela merda do seu chefe! ---gritou exasperado. ---Mas eu sei muito bem o motivo de você não querer me contar. Você ainda sente algo por ele.

---Não, não...

---Sente! Sente e Caramba, eu tenho vontade de matar esse cara! ---disse e jogou o vaso no chão.

---Michael, me perdoa, eu te amo! ---gritei agarrando sua mão. ---Ele me agarrou, eu tentei me desfazer, mas...

---Mas você estava gostando, não é? ---disse chorando. ---E aposto que nem pretendia me contar. Não sei como pude confiar em você.

---Michael, Eu fui lá me demitir por que não queria te ver sofrer. Aí ele admitiu que ainda gostava de mim, então me agarrou, eu tentei sair, mas aí eu não sei o que aconteceu, eu...

---Será que você realmente não sabia que ele era apaixonado por você? Será que na verdade vocês não estavam, sei lá, tendo um caso?

---Como você pode falar uma coisa dessas, em? Eu não sou assim! Eu te amo e sempre te amei.

---Não, Sophie. Você nem sempre me amou. Você amou ele.

---Está vendo? Não dá certo. ---falei chorando e sentei no sofá colocando meu rosto nas mãos.

---O quê que não dá certo? Agora você quer se separar de mim? Estava tudo predeterminado, não é? Vocês se beijarem, ele me falar o que aconteceu, você dá uma de inocente e então colocar a culpa em mim?

---Eu estava errada. O tempo todo eu pensava que você confiava em mim, mas agora eu penso que você sempre desconfiou do meu amor. ---falei decepcionada. ---eu nunca quis magoar você. Eu amo você. Talvez não acredite agora e no momento até eu estou duvidando do seu amor, mas eu sei que a culpada foi eu, por que eu não devia ter ido até a casa do Jonathan.

---Duvidando do meu amor?! Do meu amor?! Como pode dizer isso! Foi você que me traiu, não o contrario.

Eu não sabia o que mais me magoava, saber que ele desconfiava de mim o tempo todo ou saber que ele acredita que o traia o tempo todo. Por que isso não é questão mais de confiar, isso é questão de conhecer. Ele me conhece mais que eu mesmo. Eu acho que na verdade foi eu que achava que conhecia ele.

---Acho melhor eu ir embora. ---falei sentindo que ia morrer a qualquer momento. Eu levantei e fui até o quarto, ele me seguiu atordoado.

---O que está fazendo?

---Eu vou pra casa da Kathy.

---Você vai sair de casa? ---perguntou exasperado.

---Vou, afinal duvido que você queira conviver com a mulher que te traiu.

---Então você confirma?!

---Não, eu só estou repetindo o que você disse. ---falei colocando minhas roupas na mala. ---Eu só estou fazendo o que você quer.

---O que eu quero? Eu nunca quis que você fosse embora! Você é que quer! Aposto que isso sempre foi o que você queria.

Eu não falei nada sentindo lagrimas apenas caírem dos meus olhos enquanto eu colocava as roupas na mala de qualquer jeito.

---Está conseguindo o que quer, não é?

Terminei de arrumar minhas coisas e o encarei.

---Eu errei, não espero que você me perdoe pelo que eu fiz, mas nunca imaginei que você me culparia por coisas que eu não fiz. ---falei chorando. ---Você me magoou muito. E já que eu te magoei também, acho que devemos repensar o casamento.

Nem vi seu rosto, saí correndo em direção a porta e a bati sem olhar pra trás.

Peguei qualquer taxi e chorei o caminho todo.  Uma parte de mim sabia que não tinha jeito de tudo dar certo, mas outra teimosa repetia e repetia que ele voltaria pra mim. Mas, eu sei que não. Ele já tinha dificuldade de acreditar em mim até quando eu só almoçava com o Jonathan imagine agora que o Jonathan me beijou? E eu retribui mesmo que só um pouco? Eu devia ter ouvido a todos quando me falavam que o Jonathan ainda me amava, eu fui tão idiota!

E até eu mesma estou magoada com o Michael. Quero dizer, nem quando eu era totalmente fiel a ele, ele confiava em mim. E agora ele falou tanta coisa... Simplesmente não acredito que tudo aquilo estava na mente dele antes.

Cheguei na casa da Kathy e bati forte na porta. Ela atendeu e estava de pijama já, nem percebi que já era de noite.

---Sophie? O que houve?

---Eu... Eu posso dormir na sua casa essa noite? ---falei chorando a prantos.

---Sim, é claro, mas o que houve? Vem, entra, você está um trapo. ---comentou me levando até o sofá e colocando minhas malas no chão.

---Eu... Eu perdi o Michael, Kathy. ---falei chorando.

---O que aconteceu?

---Eu e ele... Acabou. 


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor, eu sei que pra alguns é chato e tal, mas é tão bom ver vários comentários quando eu posto, por que dá vontade de escrever mais!
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