Never Let Me Go escrita por Strangers in Paradise


Capítulo 20
Capítulo 20. Faxina part. l


Notas iniciais do capítulo

GENTE QUE SAUDADES DE VOCÊS!!!!!
Eu realmente sinto muito pela demora do cap. Teve a atualização do site e eu nn conseguia entrar na minha conta pra escrever o cap ou responder os reviews. MAS AGORA I'M BACK BITCHES!
Leia as notas finais, VÁ LER AGORA O CAP!



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POV. Strangers In Paradise.

– Eu vou trazer uma pessoa de confiança.

– Você tem certeza disso? - Poseidon pergunta pela terceira vez naquela noite. - Apolo, você realmente tem ideia do que está fazendo? Das consequências que você pode trazer para a vida de Angélica e para a sua?

– Eu a amo. - Apolo disse com firmeza. - Eu não desistirei dela. Principalmente agora que ela precisa de mim.

Poseidon suspirou cansado.

– Assumir uma criança que não é sua é algo que ela não precisa, Apolo.

– Mas é algo que eu farei. Não por obrigação, mas porque a amo. E não irei perdê-la por causa de Daniel ou por causa da criança. Eu irei amá-la como se fosse meu próprio filho. Eu prometi á mim mesmo que iria fazê-la feliz.

Os minutos se passaram em silêncio. Mas Poseidon finalmente disse, convencido de sua escolha.

– Eu a demitirei então. Mas preciso que você me traga alguém de confiança, Apolo. Eu confio em você. - Apolo sorrio para o amigo.

– Eu prometo que não demorará para que ele venha para a academia substituir Angélica. - assegurou Apolo.

– Mas preciso de você aqui na academia no lugar de Angélica enquanto isso. - Apolo assentiu e Poseidon suspirou. - Alguém de confiança Apolo. Mas vou avaliá-lo, ver o seu perfil e histórico. Não podemos arriscar.

Apolo assentiu e saiu da sala. Não conseguindo conter a felicidade de dentro de si. As coisas finalmente estavam dando certo para ele.

[...]

– Alô? - uma voz grogue atendeu o telefone.

– Hey, sou eu. Preciso de um favor seu. - disse Apolo. - Desculpe pelo horário, mas eu realmente preciso da sua ajuda.

– Apolo? - perguntou a voz grogue. Apolo ouviu o som de algo caindo do outro lado da linha. - Desculpe, mas eu não posso falar agora.

– Ah, claro. - disse Apolo. - Posso te ligar amanh...

A ligação fora cancelada antes mesmos de Apolo terminar de falar. Ele achou estranho, mas sabia como o seu amigo era ocupado. " Amanhã eu ligo para ele de novo. " pensou.

Mas na verdade, Apolo nem fazia ideia do que o seu "amigo" estava fazendo.

POV. Annabeth Chase

Era sábado de manhã, nem era seis horas ainda. Terminei de colocar meu suéter cinza e calcei a minha pantufa. Cruzei meus braços sobre meu peito, tremendo de frio. Com a chuva de ontem, o clima tinha mudado drasticamente. A queda de temperatura fora muito rápida, e como eu era friolenta e já estava espirrando desde ontem, não demoraria para eu ficar doente de vez.

Me aproximei da janela de nosso quarto, e olhei pelo vidro reforçado o mundo lá fora. O chão lá fora tinha alguns galhos e folhas por causa da ventania de ontem. Senti meu nariz ficar mais gelado ao perceber que havia uma fina garoa vindo das grossas e cinzentas nuvens no céu. O horizonte era cinzento, e a neblina parecia névoa. A cidade que estava á quilômetros de distância, quase se misturava a paisagem cinzenta. Os aranha-céus pareciam riscos no horizonte, quase imperceptível.

Por alguns instantes, me permito imaginar as pessoas andando nas ruas, comprando café ou undo para o trabalho. Imaginei as crianças acordando e olhando para a janela, se sentindo tristes por não estar fazendo sol para elas brincarem lá fora.

Fechei meus olhos, sentindo raiva de mim mesma por ter desejado troca de vida com uma das pessoas da cidade.

Eu tinha o plano de sair da Deadly Fights Academy quando eu completasse dezenove anos. Eu tinha planos para o meu futuro, planos que eu venho sonhado desde que Quíron tinha me levado para a Deadly. Eu já tinha tudo planejado: eu iria morar em um apartamento pequeno que dividiria com alguém ou até mesmo com Thalia. Eu iria trabalhar em uma lanchonete ou em um restaurante para pagar as contas e talvez, juntar dinheiro o suficiente para fazer minha faculdade.

Suspirei. Não. Nenhuma faculdade iria me aceitar. Eu não estudei em escolas particulares ou coisas do gênero que contam para a faculdade. Nenhuma delas iria me aceitar pelo fato do meu passado, de quem eu fui e de onde eu vim, principalmente o que aconteceu comigo. Mesmo que eu sempre tive as melhores notas na Deadly Fights, nunca seria aceita. Afinal, cresci e estudei em uma academia. Onde éramos treinados para sermos tudo, nos preparavam para ser tudo. O nosso destino dependia de como nós éramos, o quão habilidosos, rígidos e disciplinados nós éramos.

Eu sabia que meu futuro dependeria de meu passado. Eu sempre soube disso. Mas é só agora que eu vejo que não importa o quanto eu me esforce, o passado ainda estaria preso ao meu futuro e meu presente.

Botei minhas mãos em meu rosto. Eu senti meu corpo pesar e meu estômago revirar. Eu não consegui evitar, o flashback fragmentado tinha domado a minha mente, assim como já fizera diversas outras vezes.

FLASHBACK ON

– Frederick? - a voz de minha mãe falhou. Eu senti meu pai me abraçar mais forte.

– Cale a boca!. - uma voz grossa e fria interrompeu-a.

– Quem é você e o que quer? - meu pai pergunto, o seu tom demonstrava medo, mesmo ele tentando escondê-lo.

– Ora Frederick, não acredito que você se esqueceu de nós... - uma segunda voz apareceu. Ela era masculina, mas seu tom era suave. Me encolhi ao lado de meu pai, ao perceber que a voz estava próxima do sofá. - Amigos antigos não deveriam ser esquecidos... Principalmente amigos do nosso tipo.

– Não sei do que está falando! - meu pai falou e eu gritei ao sentir um puxão violento em meu braço, me levando brutalmente dos braços de meu pai. - Annabeth! Não!

O homem me puxou como uma boneca velha para longe do sofá. Eu só consegui ouvir a minha mãe gritando - Fique longe da minha filha! - antes que ela fosse silenciada.

– Annabeth? Annabeth, Annabeth... - perguntou uma terceira voz. Parecia que ele testasse a intensidade de meu nome. Seu tom era calmo, quase como se não tivesse acontecendo nada ao seu redor. - Lindo nome, Frederick. Gostaria muito de conhecê-la, a sua filha. Deve ser uma menina muito inteligente e teimosa como a mãe, e sensível e sorridente como o pai. - ele disse, e se movimentou pela sala.

Senti lágrimas escorrerem pelo meu rosto ao sentir meus braços doerem pela pressão que as mãos do homem que me pegara. Não consegui conter um soluço.

– Calma, Richard. Não estamos aqui por causa dela. - disse o terceiro homem. Richard soltou um pouco o seu aperto de mim, e eu só consegui sentir o medo controlar o meu corpo, e as lágrimas caírem de meus olhos. - Então, Frederick, temos antigos assuntos para discutir.

[....]

– Não dê a eles, Frederick! Não importa o que aconteça conosco.... - minha mãe fora silenciada com o som de um estralo, provavelmente um tapa forte. Eu não conseguia ver o que acontecia ao meu redor. Estava tudo escuro.

– Que romântico Atena... "Não importa o que aconteça..." - ele repetiu, calmamente. - Frederick, será que você teria coragem de fazer o que a sua amada esposa tanto pede? Eu duvido muito...

O som de algo metálico caindo fez minha mãe dar gritar abafado, provavelmente tinha um pano em sua boca, ou algo tapando a mesma. Eu arregalei os olhos. O que estava acontecendo? Quem eram eles?

As luzes se acenderam. Eu gritei aterrorizada ao ver minha mãe, caída no chão da sala, seus cabelos negros e cacheados molhados com o seu próprio sangue. Ver ela se afogando com o líquido vermelho, aterrorizou minha mente. Sua garganta estava cortada, e um objeto afiado e fino estava caído perto de sua cabeça.

FLASHBACK ON.

Eu abri meus olhos com força. Meu estômago se revirou e eu tive vontade de vomitar. Corri para o banheiro e me ajoelhei ao vaso sanitário. Minhas mãos tremiam, assim como o meu corpo. Eu não vomitei, mas mesmo assim permaneci naquela posição por mais alguns instantes. Depois, me levantei e me escorei na pia. Eu lavei meu rosto. Nem tinha percebido que algumas lágrimas tinham caído de meus olhos. Respirei com dificuldade enquanto fechava a torneira.

Eu não tinha forças para relembrar aqueles momentos. Eles eram muito reais, mesmo sendo apenas flashback's. Quando foi a última fez que eu os tive? Há quase um ano, acho... Eu não gostava de relembrar o que aconteceu no meu passado. Era perturbador demais.

[...]

Me sentei em uma mesa qualquer e comecei á comer o meu café da manhã. O refeitório estava vazio. Os alunos da academia deviam dormir até tarde nos finais de semana. Deve ser por isso que os cozinheiros nem colocaram muita coisa no bufe. Somente frutas, cereais e iogurtes. O básico para se alguém acordar. Como por exemplo eu, que deveria ser a única acordada.

Terminei de comer o meu iogurte, e quando estava me preparando para levantar, vi Jason e Reyna entrando no refeitório. Eles estavam sério, mais Reyna do que Jason. Eles passaram por mim, e somente Jason acenou com a cabeça. Reyna estava séria demais. Algo a estava incomodando. Seus olhos estavam sem luz e frios, e a expressão de seu rosto era neutra.

Ela comenta algo com Jason, que somente assenti com a cabeça. E eu tenho o pressentimento de que algo ruim aconteceu.

[...]

Termino de comer minha maça e abro a porta da biblioteca.

– Ella? - pergunto, e fecho a porta. Ela não me responde, a biblioteca está em um silêncio só. Olho em sua mesa, e vejo que ela não deve ter chegado na Academia ainda. Os papéis estavam arrumados e organizados assim como o restante de sua mesa.

Olho ao redor e penso que seria melhor eu começar á limpar a sala de treinamento.

Cruzo meus braços e sinto que iria espirrar. Espirro e ando em direção á porta. Quando ia abri-la, alguém faz isso por mim. Olho surpresa para a pessoa que havia entrado na biblioteca, segurando dois panos de limpeza, um balde cheio de produtos, e ouvindo música nos fones de ouvido.

Percy me olha surpreso também.

– O quê faz aqui? - pergunta e retira os fones de seus ouvidos.

– Eu vim ver a Ella. - minto. - Queria ver se ela poderia me indicar algum livro.

Ele franze o cenho.

– Que graça tem em ler livros? - ele pergunta e me olha, como se quisesse uma resposta para uma pergunta difícil. - É mais fácil ver o filme. - o olhei séria. Eu tive vontade de socar a cara dele. - Mas esqueça... - ele disse e andou até a estante de livros. Eu o observei ir, sentindo uma raiva crescer dentro de mim.

" Como ele ousa falar uma coisa dessas? Que não tem graça em ler livros?" penso e respiro fundo, tentando me acalmar.

Faço um coque desfiado em meu cabelo e fecho meus olhos por alguns instantes. Percy começa á retirar os produtos de dentro do balde e os coloca no chão. Me aproximo dele e pego um pano que estava no seu ombro, tentando não tocar nele.

– O quê pensa que está fazendo? - ele pergunta e se levanta, olhando para mim.

– Eu tenho que limpar também. Ares me deu este castigo por ter interferido na luta. - digo simplesmente e pego um produto para retirar o pó das estantes.

Me afasto dele antes que ele pudesse fazer qualquer tipo de comentário e vou até a sessão de biologia. Respiro fundo e começo á retira os livros grandes de estudo das prateleiras. Espirrei ao sentir o pó entrar em meu nariz. Coloquei dois livros no chão, e depois peguei outros dois e os coloquei no chão também. Peguei o pano e coloquei o produto no mesmo. Quando comecei á retirar o pó, vejo Percy retirando os livros da sessão de drama. Ignorei-o, e continuei á retirar o pó.

– Sabia que era proibido interferir em uma luta á menos que o Professor peça? - Percy perguntou, retirando mais livros e os colocando no chão.

– Não sabia. - respondo. - Mas mesmo assim teria interferido na luta. - digo. Retiro mais quatro livros da estante e os coloco no chão. Quando vou retirar o pó de onde os livros estavam, vejo Percy me olhando pelos espaços dos livros que faltavam da prateleira.

– Por que faria isso por Piper? - perguntou intrigado.

– É o que se faz pelos amigos. - digo.

– Mas a conhece nem faz três dias. - ele rebate.

– E isso faz diferença? Uma amizade pode surgir em questão de segundos ou anos. Não importa quanto tempo demore. Se for verdadeira, é tudo o que importa.- digo e desvio o meu olhar do dele.

Percy ficou em silêncio, assim como eu. Termino de retirar o pó da pratilheira e percebo que meu pano estava completamente sujo. " Há quanto tempo que Ella não retirava o pó? " penso. Saio de trás da pratilheira de livros e vou na que Percy está. Me aproximo dos produtos e procuro por um que seja para lubrificar ou dar brilho nas capas dos livros. Enquanto procuro, sinto o olhar de Percy sobre mim. Não ouso olhar em seus olhos. Somente continuo á procurar o produto. E quando finalmente o acho, o pego assim como um outro pano de limpeza, e saio de perto discretamente rápido, ainda sentindo o seu olhar sobre mim.

Pego o produto e o despejo sobre o pano limpo. Pego um livro da pilha e começo á limpá-lo. Espirrei. O produto tinha um cheiro forte de limão que fazia o meu nariz arder. Espirrei de novo, sentindo meu olhos ficarem úmidos.

– Hey, tudo bem? - pergunto Pecy.

– Sim, só o cheiro do produto é meio forte e eu estou meio que grip... - não terminei a frase. Espirrei de novo.

Ele ficou em silêncio enquanto eu sentia uma coceira e ardência horrível em meu nariz. E eu não podia coçar meu nariz, já que minhas mãos estavam com o cheiro do produto.

– Que tal trocarmos? - perguntou. - Eu cuido de passar os produtos nas capas dos livros e você tira o pó das estantes.

" Por que eu estou com o pressentimento de que isso não vai acabar bem? " penso.


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Notas finais do capítulo

Quem gostou? Quem quer o próximo cap? Ah! Não pensem que eu esqueci a perguntinha do cap anterior: "Qual a sua cor favorita?" ela vai aparecer no próximo. Deixei esta base para dar sinal de vida para vocês, meus ruffles. Sinto muito pela demora, de verdade :'(
Beijos! Bye! .-.