...Quarto de Diego...

Diego:

-Diego, onde você estava? - Tomás me perguntou quando eu entrei.

-No quarto da Roberta.

-E ai? Tá conseguindo o impossível?

-Não é impossível, Tomás, não é, você vai ver que até a semana que vem eu consigo o que eu quero.

-Hm... Eu duvido muito.

...Sala de aula...

-Diego e Tomás, atrasados de novo! – A professora gorda de filosofia reclamou.

-Desculpe senhora. – Respondi.

-Como eu estava falando, em relação àqueles trabalhos sobre o amor, Diego e Roberta, vocês ainda não me mostraram a tal “grande coisa” do amor, e eu quero que vocês apresentem agora para toda a turma.

-É... Não tem como, porque é uma música. – Disse.

-Então cantem!

-Mas na frente de todo mundo?

-É a sua nota, decidam.

-Hm... Tudo bem. Hay unas que llegan en al alma
Que te hacen mover las palmas
Otras que llegan al corazón. – Roberta começou, se levantando da cadeira e indo até minha mesa.

-Hay unas que se necesitan
Otras que nunca se olvidan
Que te hacen despertar pasión. – Completei, me levantando. Ficando nós dois em pé, no meio da sala.

-Oyendo una canción para tí, para mí
Y que nos llegue al pensamiento
Para vivir y expresar todo que yo siento
Quiero tenerte
Te dedico esta canción. – Cantamos juntos. Quando acabamos, a sala inteira aplaudiu, mas nesse momento, veio uma continuação da música na minha mente, o que me fez a puxar pela cintura, fazendo com que ficássemos entrelaçados.

-Perdiendo el tiempo
Pensando en tí
Yo sé que nunca vas a regresar a mi. - Nesse momento, eu percebi o quanto ela é linda, e como os seus olhos são os mais brilhosos e pretos do mundo. Isso a fez olhar para baixo e morder os lábios, como eu já percebi que ela faz quando está nervosa. Agora, quando a música acabou de verdade, todos aplaudiram novamente, e Lupita na mesma hora se levantou e disse:

-Miguel, no intervalo nós queremos falar com você, na sala de espera, Mia, Miguel, Roberta, Diego e Michel. - Mia e Miguel trocaram olhares estranhos.

-Maravilhoso! - A professora de filosofia que pela primeira vez elogia alguém, falou. - Isso me soou tão sincero! - Sinceridade é a única coisa que falta na minha vida, em todos os sentidos. -Agora, eu vou dar uma aviso, no sábado, como comemoração da volta da professora Elisa do hospital teremos uma festa no bar 779, o colégio irá levar vocês, estejam prontos às 19h. Vocês tem hoje à tarde e amanhã para comprarem suas roupas e se organizarem, nessas duas tardes, todos estão com saídas liberadas. Podem sair para o intervalo. - Saí da sala como todo mundo, Roberta foi a última a sair pois estava ajeitando algo em sua bolsa, fiquei a esperando do lado de fora da porta, a surpreendendo quando ela saiu.

-Ah Diego, que susto. O que foi?

-Nada não... Eu só achei que a gente foi muito bem, parabéns.

-Hm, que nada Diego, você quem criou a outra parte. Mas e ai, "perdendo o tempo, pensando em você..." Quem é a sem sorte? A Jena?

-Sem sorte?! Bem que você queria ser sem sorte assim.

-Não queria ser sem sorte como ela.

-Não é ela. - Mas também não é a Roberta, na verdade, eu só fiz isso porque eu preciso conquistar Roberta de qualquer forma, com falsidade ou não. É o meu violão, minha música.

-Ah, e o que importa para mim que é? Vamos logo pra a sala de ensaio, devem tá esperando a gente.