POV Karen

– Sinistro... – Falei por impulso.

– Não basta a nossa profecia e agora temos gêmeos para salvar e mais uma profecia... – Reclama Jho.

– Isso não é legal... – Sussurra Annie.

– Não é nada legal mesmo cara! – Exclamo gritando.

– Não sou surdo Karen! – Reclama Jho.

– Sim! Você é surdo! – Tirei onda dele.

– Não importa, precisamos descobrir esse segredo escondido, se não descobrimos... – Falou Percy suspirando.

– Mortes vão acontecer certo? – Perguntou Daniel me abraçando forte.

– Sim... – Responde Percy.

– Dan... – Falei preocupada com o aperto dos braços de Daniel ao meu redor – O que houve?

Daniel piscou e olhou para mim sorrindo forçadamente.

– Nada...

– Bem, não temos tempo á perder... Teremos que ir para onde esses gêmeos estão, quem sabe se não há mais alguns semideuses lá? – Perguntou Annie encarando á todos.

– Sim. – Falei – Mas o problema é...

– Onde eles estão? – Completou Daniel.

– Não sei, mas para mim... Aquela ponte que o John descreveu, parece ser uma das pontes de Paris... – Pensou Annie com a mão direita sob o queixo.

– Faz um pouco de sentido, ponte de flores trançadas na mesma... – Falei – Que coisa mais linda!

– Oi? – Perguntou John olhando para mim confuso.

– Queria ter uma ponte dessas no jardim de casa, mas mamãe nunca deixou. – Eu disse fazendo biquinho.

– Não acredito que ouvi isso... – Resmungou John baixinho, mas em bom som para eu ouvir.

– Então... Vamos para Paris, França? Ouvi dizer que a macarronada de lá é uma delicia... – Falou John entusiasmado.

– Macarronada é na Itália cara... – Resmunguei.

– Então qual é a culinária de lá, ô sabe tudo? – Perguntou ele sorrindo.

Sorri maleficamente e respondi:

– Macarons são de lá sabia?

– Macarons? Isso é gostoso? – Perguntou o John com a boca já salivando.

– Sim, macarons são feitos de farinha de amêndoa foram introduzidos na França pela rainha italiana Catarina di Médici, chamado de "Doce da Rainha". As freiras carmelitas de Nancy descobriram a receita secreta e passaram a reproduzi-la, tornando a cidade o local famoso pelos primeiros macarons franceses. Então, no século XX, Pierre Desfontaines adicionou deliciosos recheios aos coquies (biscoitos), tornando-o do jeitinho que conhecemos hoje. – Expliquei.

– Nossa, sabe tudo, Okay! Você venceu! – Falou John levantando as mãos para o alto.

Ri da ingenuidade de meu amigo.

– Okay, depois dessa informação... Eu quero comer esses tais macarons! – Falou um entusiasmado filho de Poseidon.

– Então está decidido, vamos á França! – Exclamou Annie e todos concordaram.

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Para se viajar de uma ilha quase deserta para um país super popular não é fácil. Gastamos bastante dinheiro. Sorte que o grupo de Percy tinha dinheiro ainda. Pegamos um taxi até o aeroporto, de lá esperamos mais algumas horas para pegar nosso voo. Vocês devem estar pensando, Karen, você não está com medo? Sim, estou com muito medo, além de ser o território de meu (nada) querido tio, temos mais dois semideuses que poderiam por o avião ao mar. A espera foi horrível, eu, Jho e Percy andávamos de um lado para o outro, preocupados se o tio (nada) querido quisesse por o avião em encontro ao chão.

A espera foi difícil, mas subir no avião nem se fale! Nós três estávamos tremendo, até uma passageira que ia atrás de nós perguntou se estávamos bem. O que na cara dizia que não. Annie vendo o namorado tremendo foi para perto dele e segurou suas mãos. Mas que lindo e romântico!

– Está tudo bem? – Perguntou-me Daniel me abraçando por trás.

– Não... Não esta nada bem... – Falei tremendo.

– Eu estou aqui... Não precisa se preocupar. – Assegurou-me.

– Sim. – Me senti mais segura com ele do meu lado.

Olho para o Jho e vejo que Ariel está do lado dele o confortando.

– Isso vai dar namoro. – Riu Daniel olhando para os dois.

– Sim. – Ri também.

Entramos no avião e cada um foi para seu banco, sorte que Daniel foi depois de mim e pegou um banco ao meu lado. Sentei-me tremendo um pouco e Daniel sentou-se ao meu lado e pegou minha mão.

Olhei para ele e dei um beijo na sua bochecha e dormi em seus ombros, era isso ou ver as nuvens passando pela janela.

Sonho On

Eu estava no que parecia um campeonato, muitas pessoas passando para lá e para cá, com roupas brancas e um tipo de mascara de cabeça... Não sei explicar direito, mas em suas mãos, havia espadas sem ponta. Dei-me conta que eu estava sonhando com um campeonato de esgrima. A multidão estava se enfrentando para ganhar o prémio, mas em uma arena havia mais pessoas do que as outras, fui me aproximando e vi duas pessoas lutando.

– Essa pessoa é muito boa, não acha? – Perguntou um garoto na minha frente.

– Sim, ela é muito boa, tomara que eu não caia com ela... – Rezou o outro garoto.

Aquela pessoa era mesmo muito boa, tinha flexibilidade e agilidade, defendia todos os ataques do oponente e ainda revidava. A luta estava para terminar, e que estava vencendo deu o golpe final e ela sai vitoriosa.

– Valeu! – Gritou o juiz – A vencedora deste duelo foi...

A pessoa tirou o protetor de cabeça e pude ver seu rosto nitidamente, era uma garota, com seus cabelos longos e loiros, olhos azuis.

– Mallory Marchand! – Anunciou a garota.

Sonho Off

Eu acordei com Daniel me chamando.

– Está tudo bem?

– Tudo. – Respirei fundo – Onde estamos?

– Quase chegando. – Anunciou Annie no banco da frente.

– Tomara que chegamos logo... Tomara que chegamos logo... – Rezava Jho apertando a mão de Ariel.

– Quero terra... Quero terra firme... – Murmurava meu irmão Percy.

– Como pode ver, você é a mais calma dentre os três. – Riu Daniel me abraçando de lado.

– Sonhei... Com uma pessoa... – Murmurei para ele.

– Sonhou comigo? – Perguntou com um brilho brincalhão nos olhos.

– Não... Mas acho que essa pessoa é especial...

– Entendo, será um dos semideuses? – Perguntou-me.

– Acho que sim...

After...

Finalmente descemos do avião (N/J: TERRA FIRMEEE!!) (N/K: Dá para parar de gritar pelo amor de Zeus?) (N/P: TERRA FIRME! COMO TE AMO!!) (N/K: VOCÊS DOIS SAIAM DAQUI!) (N/J: Ui! Tá nervosinha hahaha) (N/P: TERRA FIRMEEE!!) bem... Como estava dizendo antes desses dois babacas me interromperem... (N/P/J: EI!) descemos do avião correndo, lê-se eu, Jho e Percy.

– Agora para onde vamos? – Perguntou Ariel olhando para os lados.

– Vamos primeira achar uma ponte como aquela que o John viu. – Respondeu Annie saindo na frente.

Andamos, andamos e andamos, tentamos perguntar para os franceses como poderíamos encontrar uma ponte trançada de flores, mas infelizmente, ninguém entendia o que falávamos.

– Ahh! E agora? Eles são franceses nos Americanos... – Reclamei sentando em um banco na praça.

– Não tem jeito, precisamos encontrar por conta própria. – Murmurou Annie.

– Gente... – Chamou Ariel olhando para atrás de mim – A ponte poderia ser aquilo ali?

Todos viraram para ver, a ponte estava destruída, mas ainda dava para ver as flores que á algum tempo era trançada no corrimão da ponte.

– ISSO! – Exclamou o Jho – Era essa ponte!

Corremos para perto, a ponte já era, mas não estávamos interessados nela. Olhamos para todos os lados á procura dos gêmeos e nada.

– Procurando algo? – Perguntou uma voz infantil atrás de nós.

Olhei para a dona da voz, ela era um pouco alta, cabelos ruivos presos atrás por uma fita preta e olhos grandes e verdes-esmeraldas.

– Achamos! – Gritou Jho.

– Dá para parar de gritar sim? – Reclamei para ele.

A garota virou a cabeça de lado com a carinha confusa e... MAS QUE COISA MAIS FOFA!

– Acharam o que senhor? – Perguntou ela.

– Vocês estão bem? Nenhum machucado? A cara! Não acredito que achamos tão de pressa! – Falava sem fim o filho de Hades.

– “Vocês”? Só tem eu aqui moço. – Disse a garota com o olhar cauteloso.

– Não liga para ele, é um desmiolado... – Fale para ela.

–Ô! Eu estou aqui sabia! – Exaltou Jho.

– Ariel, onde você está? – Gritou uma voz de garoto.

– Aqui! Na ponte! – Gritou ela em resposta.

Com isso um garoto de cabelos castanho e alto e seus olhos iguais aos dela, verdes-esmeraldas.

– É perigoso ficar aqui Ariel e... – Parou de falara quando nos avistou perto da garota.

– Mas Mitch... – Tentou argumentar a garota Ariel, mas o garoto a interrompeu.

– Ariel vem já para cá... – Falou o tal do Mitch.

– Mas...

– VENHA JÀ!

A garota se encolheu e correu para o lado do garoto.

– Quem são vocês? – Perguntou-nos.

– Somos que nem você... Não precisa ficar assim. – Falei calmamente.

– São loucos? – Perguntou ironicamente.

O Jho bufou e foi para frente.

– Somos semideuses, filhos de Deuses com mortais, lutamos contra monstros e blá blá blá. – Explicou ele.

– Monstros? – Perguntou a garota atrás do Mitch.

– Foi isso que destruí esta ponte né? – Perguntou Annie apontando para a mesma.

– Não vimos quem foi, mas era grande e cheirava muito mal. – Respondeu a garota.

– Bem, seja o que for, foi em bora. – Falei e me aproximei deles.

– Qual seus nomes crianças? – Perguntei.

– Não somos crianças. – Revoltou-se a garota Ariel.

– Okay, Okay, sem crianças. – Eu disse.

– Meu nome é Camilla. – Falou a garota.

– O meu é Michael Michigan e sou o mais velho. – Respondeu estufando o peito.

– Mentira! Só por alguns segundos! – Reclamou a Camilla.

– Vocês são gêmeos? – Perguntou Jho.

– Sim, mas EU sou o mais velho! – Exclamou alegremente Michael.

– Só por alguns segundos! – Voltou a reclamar Camilla.

– Prazer, meu nome é Karen e esses são meus amigos. – Apontei para eles.

– Sou John!

– Prazer, sou Annabeth.

– Meu nome é Percy.

– Meu é Daniel.

– Eu sou Ariel.

– Mana, uma pessoa com seu apelido. – Riu Michael.

– Ah! Cala a boca Mitch! – Falou Camilla.

– Bem, como vocês podem ver aquilo que os atacou... Acho melhor mandar vocês para o acampamento. – Disse Annie andando até o lago – Percy poderia me ajudar?

– Sim. – Respondeu e foi para junto da Annie.

– Acampamento? – Perguntou Camilla com os olhos brilhando.

– Sim, lá vocês estariam seguros e treinariam bastante para puderem se defenderem sozinho. – Respondeu Ariel sorrindo para eles.

– Legal! Eu quero uma espada! – Exclamou Mitch entusiasmado.

– Eu quero aquelas adagas que tem nos filmes! – Falou Camilla dando pulinhos.

Rimos da alegria deles.

– Sim, vocês terão a arma que quiserem lá. – Falei rindo.

– Pronto! Quíron já foi avisado. – Falou Annie – Só esperarmos e...

Ela foi interrompida por um estrondo no meio da floresta que cercava o parque.

– O que é isso? – Perguntei olhando uma luz voando para cima e explodindo no alto.

– Vamos lá! – Gritou Annie e foram correndo para a floresta.

Passamos pelas arvores e encontramos uma clareira, nela havia um bando de cães infernais e uma garota com um arco e flecha. Ela atirava as flechas incandescentes em direção aos cães e eles desintegravam em instantes.

– Vamos ajuda-la? – Perguntei quando Annie parou de correr.

– Não... – A voz dela estava sombria – Deixe ela se virar...

– Mas... – Argumentei – Se nós não fazermos nada...

– Deixe-a fazer o que bem entender. – Deu a resposta final.

– Esses cachorros grandes, era isso que nos atacaram... – Disse Michael.

– Eles ainda fedem! – Falou Camilla com a mão tapando o nariz.

Não pude fazer nada, o tom de voz de Annie foi a mais estranha que ouvi, ela nunca falava desse jeito em nenhuma das ocasiões dessa missão.

Após alguns minutos, a garota derrota todos os monstros e se vira para o nosso grupo.

– Ora. Se não é a sabichona do acampamento... – Falou ironicamente a garota.

– Ora. Se não é a pessoa mais orgulhosa do acampamento. – Respondeu Annie no mesmo tom.

– O que você está fazendo aqui? Fora do acampamento? – Perguntou Percy.

– Hunf! – Fungou ela guardando seu arco e cruzando os braços – Não te interessa garoto.

– Não fale assim com meu... – Anunciou Annie, mas a interrompi.

– Certo... Vocês dois conhecem ela? – Perguntei apontando para a garota de cabelos longos e castanhos.

– De certo modo sim... – Afirmou Percy.

– Então... Quem é ela? – Perguntou Jho.

– Ela é... Nicole Summer... – Anunciou de modo venenoso – A filha de Apolo.