POV Jho

Okay, deixe-me ver se perdi algo. A luta de Karen contra Locke, confere. Oceano saindo da água, confere. Uma hidra (super pesada por sinal) em cima de mim, confere. Uma garota baixinha e desconhecida saindo da floresta e com o capuz da capa escondendo seu rosto, confere.

Ela me parecia familiar... Aqueles cabelos loiros escuros e cacheados, eu já tinha visto uma foto com uma garota com os mesmo cabelos.

Foi quando ela falou com Karen, ela era sem mais nem menos a famosa Cecília Santos. A melhor amiga de Karen. Ela falava muito dessa Cecília que também queria conhecê-la. Mas ela falou que a amiga estava em outro estado e não poderia nos apresentar á ela, mas Karen tinha uma foto dela com Cecília e nos mostrou. Era a mesma garota que estava em pé na areia, olhando desafiadoramente Oceano.

Um único pensamento surgiu de mim: “Ela é louca ou algo assim?”, Oceano a olhou com desprezo nos olhos. Gruniu e gritou para os monstros:

– Chega, todos ataquem ela! – Ordenou Oceano e todos os monstros a atacaram.

Quando digo todos, eu digo TODOS mesmo. Até a Hidra desceu de cima de mim e de Locke e foi atacar a loira.

- Eita! Santo Hermes! – Exclamou a garota – Quanto!

- Ceci! – Gritou Karen, ela ia ajudar a amiga, mas Oceano a paralisou.

- Oh! Não, você não vai ajudá-la. – Gruniu ele e atacou Karen.

Depois disso minha memória só passava flashes.

Eu e Karen lutando contra Oceano, Ceci, Locke e Annie lutando com os monstros. Estava uma bagunça terrível.

Oceano aproveitando que me distrai um pouco para ver ao redor, acertou sua espada em meu braço, gritei de dor. O lugar onde o Titã cortou era grande e um pouco fundo, ele estava rodeado de verde. Veneno, pensei.

- JHO! – Gritou Karen desviando da lâmina de Oceano – NINGUÉM MACHUCA ELE! Somente eu... – Ela sussurrou nas últimas palavras, mas pude ouvi-la perfeitamente.

- Quanta preocupação heim Karen! – Gritei sarcástico.

Eu estava com os dois joelhos na areia, a dor era muita. O veneno ia entrando cada vez mais, cada vez mais profundo, cada vez mais perto de meu coração...

- AH! Que chato! – Gritou Ceci quando terminou de matar o último ciclope – Acabou a diversão!

- Dê graças aos Deuses garota! – Gritou Annie colocando as mãos no joelho, ofegando.

- Falta mais dois! – Informou Locke olhando para a Hidra e mais um “amigo” que apareceu alguns minutos atrás.

- Oba! – Exclamou Ceci alegre – Minotauro! E ai cara de vaca! Carne moída fedida!

Ela é extremamente doida.

- Você é o que? Doida? – Perguntou Annie olhando os monstros.

- Sou mui... – Falou, mas foi interrompida por um grito.

O grito veio de Karen, Oceano tinha a acertado sua perna, para ser mais exato na coxa.

- Karen! – Todos gritaram em uni sono.

- Carambola! – Gritou ela, eu acho engraçado como ela evita ao máximo para não falar palavrão – Agora você me paga! E Jho! Pare de ficar olhando para o outro lado e vem me ajudar caramba!

- To indo... Se der... – Gritei.

- Vocês não tem chances contra mim semideusa! Desista!

Levantei com um pouco de dificuldade, meu braço direito que ele acertou, então tive que empunhar a espada negra na minha mão esquerda (sou destro, não canhoto!). Avancei para um lado do Titã e Karen para o outro, fazendo assim, ele ficar indeciso de que lado defender.

Avançamos sem piedade, as espadas estavam no alto, prontas para serem abaixadas. Cravamos as espadas nos braços do Titã, mas ele usou seus poderes com a água, fazendo nos paralisar enquanto ele tentava se curar, tentava.

- Vocês vão se arrepender por terem feito isso... Vão se arrepender... – Gruniu ele e foi com uma luz azul cegante.

Nós dois caímos na areia. Tínhamos idéia que havia uma luta por perto, mas estávamos cansados e feridos, o veneno cada vez entrando em nossos corpos.

Vi pelo canto do olho que as coisas com os três não estavam indo bem, Annie estava caída no chão, seu rosto estava com vários cortes e a lateral de sua boca, tinha um filete de sangue.

Locke e Ceci tentavam de tudo para matar os dois monstros que estavam cansados, mas os dois também estavam cansados.

Foi ai que tudo ficou de câmera lenta, a Hidra atingindo Locke com a rajada de fogo que cercou o filho de Fobos. E o Minotauro atingindo Ceci com a parte chata de seu machado.

- Essa não... – Murmurou Karen se encolhendo em posição fetal – Não... Não pode acabar assim...

- Karen... Saiba que te adoro, você foi minha melhor amiga... – Sussurrei, minhas forças estavam indo embora – Te amo como amiga! Nunca te esquece...

- Pare de falar como se vai morrer! – Censurou ela – Pense positivo! Pense em...

Não deu tempo para ela terminar, pois quando ela olhou para os nossos amigos (sim, considero Locke um amigo, um amigo louco de batalhar) serem carregados para uma biga (ainda inconscientes), pelo Minotauro, ele se voltou para nossa direção. Gruni de raiva, eles não iam nos levar a lugar algum. Na biga, três semideuses estavam nas rédeas dos pégasos, esperando o Minotauro nos pegar e irem embora.

O Minotauro ignorou a Annabeth, acho que deixaria ela para depois. Mas algo aconteceu, a Hidra, que estava no mesmo lugar, virou pó brilhante de monstro sem mais nem menos.

Flechas foram lançadas no Minotauro, que surpreso não conseguiu se desviar de todas e acabou virando pó também. Os pégaso se empinaram e começaram a bater as assas. Eles iriam embora. As flechas foram direcionadas para a biga, mas infelizmente eles escaparam. Depois disso apaguei, só pude ouvir uma voz gritando meu nome.

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Acordei com uma tremenda dor de cabeça, senti que estava deitado em uma cama macia e algo gelado sendo colocado em minha testa.

Forcei meus olhos para se abrirem, antes de abrirem completamente, um par de braços delicados me abraça fortemente.

- Não... Não consigo respirar... – Murmurei fraco.

- Oh! Desculpe-me John... – Desculpou-se uma voz feminina, bem diferente de Karen, era uma voz doce e delicada.

- Hey! Dorminhoco acordou é? – Pergunto uma voz masculina, essa era grossa, mas nem tanto.

- Percy? – Perguntei forçando meus olhos se abrirem.

- Sou eu mesmo... – Falou e pelo tom, acho que ele estava sorrindo.

- Santo Hermes! Pensei que você ganharia uma passagem só de ida para o reino de seu pai! – Disse uma voz divertida.

- Mas o que... O que aconteceu? – Perguntei meus olhos já abertos, via-se Percy, Daniel e Ariel na minha frente.

- Bem, tivemos uma missão... – Começou a explicar Percy.

- Ai tivemos que primeiro viajar para Cancun... – Continuou Daniel.

- Na profecia dizia salvar os três de outra missão... E sabíamos que vocês iriam estar la... Então, fomos o mais rápido possível. – Terminou Ariel me fazendo deitar, já que havia me levantado para olhar eles.

- Então... Onde estamos? – Perguntei olhando para os lados – E cadê a Karen? E Annabeth?

- Bem, ainda estamos em Cancun, e Karen e Annie estão no outro quarto, elas ainda estão dormindo, mas estão fora de risco. – Informou-me Daniel.

- Como... Como nos acharam?

- Com os mugidos do Minotauro e as chamas para o alto da Hidra. – Deu de ombros Ariel.

- Ah... – Murmurei, meus olhos não queriam mais ficarem abertos, eles foram se fechando devagar.

- Descanse John... Você usar bastante energia hoje. – Aconselhou Percy e ele e Daniel saíram me deixando sozinha com Ariel.

- Descanse. Você merece meu herói... – Sussurrou ela no meu ouvido e cai em sono profundo.

Meu sonho começou assim:

Estava em uma ponte, não muito longa, mas o ideal para passar para o outro lado de um rio. (N/K: Não falo nada...) (N/J: O que?) (N/K: Se é uma ponte... Claro que é para passar pro outro lado...) (N/J: Ah! É...).

O corrimão era trançado de flores de todo tipo de cores, o piso era de madeira vernizada. O rio era cristalino, o céu estava um pouco nublado, mas apareciam raios de luz aqui e ali.

Sentado no fim da ponte, com os pés balançando para frente e para trás, tinha um casal de gêmeos.

A garota sentada era alta, ruiva de cabelos lisos, preços para trás com um laço preto, olhos verdes-esmeraldas. Já o garoto estava de pé, tinha cabelos castanhos, alto, magro, e os olhos eram a única coisa que os faziam idênticos, seus olhos verdes-esmeraldas.

- Você acha que, estamos ficando loucos Mitch? – Perguntou a garota ruiva.

- Acho que sim Ariel... – Murmurou o garoto – Todos esses monstros não podem ser reais.

- Mas eles podem nos encostar, podem nos ferir... E ainda acha que não são reais?

- Acho que lemos muitos livros sobre mitologia...

- NÃO! – Gritou a garota colocando as mãos nos ouvidos, como se não quisesse ouvir o garoto – Tudo é nossa imaginação ISSO!

- Ariel... Acho que... – Começou o garoto, mas um rugido o interrompe. E meu sonho muda.

Agora estava no acampamento, todos estavam reunidos na frente da casa grande. Encontrei meus amigos que ajudei a salvar ali como, Kirstie, Angie, Mariah e James.

- O que esta acontecendo? – Pergunta Mariah para Angie.

- Não sei... – Respondeu ela.

- Coisa boa não pode ser... – Murmurou Kirstie.

- Fala a filha dos céus... – Sussurra James.

“Filha dos céus”? Kirstie já foi reclamada? Ainda por cima uma filha de Zeus? Minha mente estava a mil, galopes vindos de dentro da casa chamaram atenção de todos os presentes.

- Campistas... Temos uma notícia ruim... – Anunciou o centauro.

- Fala Quíron! O que é ruim? – Pergunta Clarisse do meio da multidão.

- Algo muito poderoso está se reerguendo...

- O QUE? – Gritaram todos incrédulos.

- Não me diga que... – Começou um campista de Hefesto, mas Quíron o interrompe.

- Não... Cronos é só um deles...

- O QUE? – Gritaram novamente.

- Os Titãs, estão se erguendo, acordando e... Bem... Vocês já entenderam não?

- Se os Titãs estão acordando... – Fala Mariah.

- Teremos problemas! – Diz Angie.

- Não teremos paz nunca? – Grita um campista de Afrodite.

- Nunca venceremos tantos Titãns como agora! – Grita Kirstie.

- Estamos ferrados... Isso sim Kirstie! – Murmura James para Kirstie.

- Acalmem-se campistas! – Disse Quíron, mas como ninguém o ouviu Sr. D deu um passo adiante.

- SILÊNCIO PIRRALHOS! – Grita furioso – Os Deuses estão fazendo de tudo para deter eles.

- Mas e as missões? E Karen e sua equipe de resgate? – Pergunta James preocupado.

- Eles terão que terminá-la, eles serão nossa esperança para vencer. – Disse Quíron calmamente, mas dava para ver que ele não estava tão calmo assim.

- Precisamos fazer alguma coisa! – Grita um filho de Deméter.

- Calma! O grupo de Percy é provável que já os acharam. – Falou o Centauro.

- Mas terão tempo para procurarem os semideuses raptados? – Perguntou Mariah preocupada.

- Temos que acreditar neles. – Disse o Sr. D e o sonho se dissolveu.

Acordei ofegante e soando frio. A toalha em minha testa caiu quando me levantei, olhei para os lados tentando ver onde estava, a porta se abriu e de lá saiu Ariel com uma bacia azul e uma toalha branca.

- Bem... Vejo que já acordou e... – Ela franziu a testa – O que houve John? Teve pesadeiros?

- Sim... Um pesadeiro e tanto... – Fechei os olhos – Diga Ariel... Vocês têm uma profecia não?

- Er... Eu não sou a pessoa mais adequada para falar isso John... Fale com Percy ou Daniel...

- Certo... – Murmurei – Karen e Annie estão bem?

- Sim elas acabaram de...

- MAS QUE PORCARIA É ESSA DANIEL NÃO SEI O SEU SOBRENOME! – Gritou furiosa a voz de Karen.

- Bem... Como você ouviu... Karen está bem acordada e já está dando bronca no namorado... – Sorriu ela.

- Falando nisso, nuca soube o sobrenome de Daniel... Você sabe qual é? – Perguntei curioso.

- Ninguém sabe. É um mistério para todos.

- Hum... – Nessa hora meu estômago roncou – Acho que estou com fome...

- Você acha? – Perguntou Ariel forçando para não rir.

- Que barulho foi esse? – Pergunta Karen, ou melhor grita do outro quarto.

- Que barulho? – Perguntou a voz de Daniel.

- AH! JHO ESTA COM FOME! – Cantarolou Karen.

- Vai verse eu estou na esquina Karen! – Grito sorrindo.

- E você, vai catar coqui... – Ouço um barulho, era a barriga de Karen.

- KAREN ESTA COM FOME! – Cantarolo tirando com a cara dela.

- Vai catar coquinho! – Grita com raiva.

- Vocês dois... DA para PARAR de GRITAR? – Falou a voz de Annabeth.

- N-Ã-O! – Soletramos.

- Sério Daniel! Dá para pegar comida para mim? – Pergunta Karen e posso imaginar ela fazendo biquinho.

- Com esse biquinho ai... Não dá para recusar. – Responde ele e ouço passos se afastando.

- Também quer que eu pegue comida para você? – Pergunta Ariel.

- Sim, por favor. – Sorrio para ela, a mesma cora e vai buscar minha comida.

- Jho! – Chamou Karen do outro quarto depois de alguns minutos.

- Sim?

- Você ta podendo heim?! – Ouvi ela dando risadas.

- Hahaha muito engraçado senhorita Clark.

- Olha como fala comigo Blame!

- Olha como fala comigo Clark!

Depois de alguns minutos, Ariel chega com uma bandeja de comida.

Sanduíches, sucos naturais, cereais (N/Deméter: Cereal é bom para a saúde!) (N/J: Sim sei Deméter... Agora pode me deixar continuar?) (N/D: Pode continuar!), frutas, bem tudo saudável.

- Nossa. Estou tão mal assim a ponto de não comer um Hambúrg? – Pergunto pegando um sanduíche e colocando na boca.

- Não, só para não piorar sua saúde. – Responde ela se sentando em uma cadeira qualquer.

- Uhum... Você que manda enfermeira! – Falei sorrindo, olhando para ela, que desviou o olhar vermelha.

- Bom, já que esta tudo bem com você... Vou sair para te deixar mais a vontade. – Falou ela se levantando e indo para a porta – Melhore. – E então saiu.

- Mulheres... – Murmurei para mim mesmo – Nunca conseguirei entender.

Terminando meu “Almoço”, saio da cama me sentindo novinho em folha.

Calcei os tênis e fui em direção ao quarto de Karen (pelo menos a que achava ser o quarto dela).

Chegando à porta, ouço Karen e Annie conversando baixo, me aproximo da porta e empurro.

- Toc, toc! – Falou colocando a cabeça para dentro.

- Jho! Acordou! – Exclamou Karen alegre e um pouco irônica.

- Bom vê-lo bem John! – Fala Annie.

- Falo o mesmo para você Annie. – Sorrio para ela.

- EI! E eu aqui? – Reclama Karen fazendo biquinho.

- Bom vê-la bem também Karen. – Falei sorrindo para ela.

- Deixe pra lá... – Murmurou baixo revirando os olhos.

- Como está se sentindo? – Pergunta Annie.

- Estou bem e vocês?

- Estamos bem... – Começa Annie.

- Até você chegar... – Sussurra Karen.

 - Hey! Eu ouvi essa última parte viu? – Falei indignado.

Ela deu seu sorriso mais largo.

- Bom vê-lo bem Jho! Do fundo do meu coração! E quase senti falta de suas brincadeiras... Quase.

- Legal. Mas alguém pode me falar o por que de Ariel e os outros dois estarem aqui? – Pergunto não me direcionando a ninguém.

- Percy me disse que tinha uma profecia, onde falava que era para eles irem á Cancun e salvar nossa equipe e resgatar, com nossa ajuda, os semideuses seqüestrados. – Disse Annie.

- Hum... Só isso que ele falou?

- Para mim sim, ele não falou a profecia. – Respondeu ela.

- Karen você... – Falou mas quando vejo, ela tinha fechado os olhos e estava dormindo – Cara... Como ela consegue dormir, quando acabou de acordar? – Pergunto impressionado.

- Não sei... – Riu Annie.

Ouço a porta se abrindo e Daniel aparece com uma bacia de água e com um pano branco.

- Para o que é isso? – Pergunto apontando para a bacia em suas mãos.

- Karen está um pouco de febre, por isso trouxe isso. – Respondeu colocando a bacia no chão e se ajoelhando ao lado da cama de Karen.

- AH! – Bato minha mão fechada na minha outra mão aberta – Por isso ela dormiu tão rápido.

- Daniel. – Chamou Annie me ignorando – Você sabe a profecia?

- Sim, eu estava lá quando Rachel saiu correndo pelo acampamento.

- Então... – Falei esperando ele recitar.

- Agora não é hora... Vamos esperar ela acordar, daí sim eu falo. – Suspirou cansado.

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Passado algumas horas, Karen acordou se sentindo muito bem, até tirou com minha cara. O que já era normal.

Todos estavam reunidos ao redor da mesa que havia na cozinha. Lá aproveitei e contei meus sonhos.

- Gêmeos? – Pergunta Karen com a cabeça encostada no ombro de Daniel.

- Sim, por quê a pergunta?

- Adoro gêmeos...

- Por que?

- Porque adoro o jeito que eles completam as falas um do outro. – Responde Karen sorrindo.

Reviro meus olhos.

- Bem, então Percy... Você pode contar a profecia? – Pergunta Annie.

Ele respira fundo e recita.

- A ilha do onde se encontra o medo irá

Salvar a outra equipe terá que ir

Semideuses seqüestrados divididos estão

Para resgatá-los o segredo desvendado terá

Caso contrário mortes vão vir

 No fim, salvar será uma questão.