-Mônica Souza!-Acordei escutando o que parecia ser uma bronca.

-Oi amiga, dormiu bem?-Falei coçando os olhos para melhorar minha visão turva. Levantei minha cabeça que repousava na mesa e direcionei meu olhar para ela.

-Como sempre, cínica, eu sei que você bebeu!-Ela falou pegando a garrafa e jogando no lixo.-Pensei que você tinha superado amiga, porque você fez isso?-Ela indagou em um tom de preocupação.

-Foi so um pouquinho... Relaxa, vamos tomar café?-Falei agindo normalmente.

-Mônica, você sabe que pode contar comigo e eu quero muito te aju...-Antes que ela terminasse a frase eu a interrompi.

-Eu sei, mas eu nao preciso de ajuda, foram so alguns copos, uma reles recaída, como eu disse, relaxa e vamos tomar café da manha.-Sorri descontraída esperando sua reação.

-Certo, mas lembre-se, eu sempre estarei aqui-Ela deu um aconchegante sorriso amarelado e pegou uma tigela no armário para pegar o cereal.

Após comermos em silencio resolvi ligar para do contra, ja que nao iríamos mais fazer a gravação. Enquanto isso Magali tomava banho no meu banheiro.

-Tchau.-Ele falou alegre.

-Oi do contra.-Respondi desanimada, ja que eu esperava seu exótico cumprimento.

-O que aconteceu para me ligar tão cedo?

-Bem... É que eu nao posso gravar com você hoje...

-Por que? Aconteceu algo grave.?-Ele indagou preocupado.

-Nao é que a Magali...-Antes que pudesse terminar a frase ouvi um grito.

-Raaaaaatoo!!!-Magali apareceu enrolada em uma toalha, ela estava toda molhada e corria desesperada pelo quarto.

-Que?-Olhei para porta do banheiro e vi um roedor cinza que nos encarava de forma assustadora e nojenta, ele começou a correr de Forma desnorteada.-Ratoooooo! Ahhh!-Falei gritando ainda com o telefone na orelha.

-O que ta acontecendo? Isso tudo é por causa de um rato?-Do contra falou aparentando segurar o riso.

-Pará de encher o saco!-falei respondendo de forma grossa.

-Ui que stress.-Ele falou imitando minha voz.

-Ele ja foi, eu acho...-Magali falou tremula.

-Eu vou tomar banho no outro banheiro.-Falei suspirando.

-Si quiser pode tomar banho no meu...-Do contra falou malicioso.

-Tchau pervertido.-Falei sorrindo, mas dizendo de forma seria.

-Oi.-Ele suspirou pela derrota.

Enquanto Magali se recuperava do susto eu ia tomar banho no outro banheiro, assim que terminei, me vesti com um roupa arrumada, mas simples, desci rapidamente as escadas e me deparei com Magali assistindo um pouco de tv.

-Vamos logo! Quero encontrar uma roupa para o luau.-Falei desligando a tv.

-Eu também, mas assim que chegarmos lá vamos tomar um sorvete.-Ela me olhou com uma carinha fofa esperando meu consentimento.

-Ta certo, mas so uma casquinha.-Falei sorrindo.

-Ei Mô, você vai com o DC pro luau? -Ela perguntou me acompanhando ate a porta.

-Ele disse que nao ia, então vou sozinha.-Suspirei derrotada.

-Humm, você vai comigo então, por que eu vou sozinha.-Ela falou rindo, tentando me alegrar.

-Sozinha? Você vai Com o nimbus, o coitado levou um fora da Marcela, a menina que ele ia, e como vocês são amigos, falei que você podia ir com ele.

-Mônica! Você sabe muito bem que...-Ela ia falar mas logo interrompi.

-Eu sei, por isso falei que você ia com ele, agora vamos.-Falei puxando-a para fora de casa, ela se fez de emburrada mas logos descontraiu quando chegamos no shopping.

-Maga, Nao!-Gritei em vão olhando para o seu corpo deitado no chão,todo aquele liquido em sua volta deixa-vá sua aparência ainda mais deplorável, fazia tempo que eu nao a via tendo esse tipo de reação.

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-Ai, onde eu to?-Magali perguntava enquanto seus olhos começavam a abrir.

-Na minha casa.-Falei enquanto ria, relembrando do ocorrido.

-Pensei que a gente tava no... Shopping.-Ela falou enquanto acariciava as têmporas

-Você teve uma recaída, tomou um monte de sorvetes, no ultimo você acabou desmaiado, acho que congelou o cérebro.-Falei segurando o riso.

-Que mico! Alguém mais me viu assim?-Ela indagou receosa.

-o DC, ele pegou o carro do pai dele emprestado e te trouxe aqui.

-Além de ter me visto assim eu ainda o incomodei? Ah-Ela falou com o rosto entre as mãos.

-Calma maga, eu nao vou encher seu saco por causa disso, é normal a pessoa... Tomar 20 ou 30 casquinhas de sorvete e desmaiar em seguida.-ele falou e em seguida beijou sua cabeça.

-Nhamoster!-Ela embolou a língua e subiu correndo para o meu quarto.

-Ham, o que foi...isso?-Ele perguntou se posicionando ao meu lado no balcão da cozinha.

-Ela ia dizer obrigada, mas ficou com vergonha e nervosa.-Falei sorrindo.-Quer ver tv?

-Nao valeu. Eu tenho que ir, tchau Mô.-ele andou ate a sala mas eu o segui e segurei seu braço.

-Tchau? Quem é você e o que fez com o do contra?

-Eu sou eu ue, eu so falei rápido e nem me toquei, enfim eu tenho que ir, oi.-Ele sorriu meio tímido.

-Você esta tentando me evitar? Você parecia bem quando nos falamos hoje de manha.-Disse enquanto o fazia olhar nos meus olhos.

-Claro que nao Mô, você sabe que  eu nao conseguiria, eu so preciso mesmo ir.-Ele falou serio.

-Então para de me evitar.-Falei sorrindo e empurrando seu ombro.

-Eu ja disse que eu nao estou te evitando.-Ele falou desviando o olhar.

-Esta sim.-Falei agora seria.

-Nao estou!

-Prova.-Disse desafiadora.

Ele me encarou e suspirou derrotado. Seu corpo me pressionou contra uma parede que estávamos próximos enquanto uma de suas mãos pousavam na minha cintura, eu me surpreendi com seus atos ja que eu esperava apenas sua companhia como prova, seus lábios começaram a roçar no meu pescoço, sentia sua respiração quente próximo a mim, o que fazia meu corpo arrepiar, sua boca fez um pequeno caminho até a minha, ele depositou um pequeno selinho  lá, logo em seguida parou e me encarou dando um leve sorriso malicioso, eu entrelacei minhas mãos em sua nuca fazendo a atual distancia entre nossos lábios serem selados por um beijo cheio de urgência e paixão, quando paramos em busca de fôlego, ele nos separou e foi em direção a porta, o que me deixou perplexa.

-Oi.-ele abriu a porta e estava prestes a... Sair.

-M-mas... Do contra, voce nao acha que precisamos conversar?-Perguntei em busca do ar que ainda estava em falta.

-Eu preciso mesmo ir, depois a gente se fala-Ele ia atravessar a porta mas antes me deu mais um selinho e saiu de lá quase correndo.

-EU SOU UMA IDIOTA!-Gritei batendo aporta com toda a força que tinha, o que fez algumas lasquinhas de Madeira voarem dela, como eu fui acreditar que ele realmente me amava? Claro, ele É só mais um em minha vida que me usou, como o cebola, o fabinho, robertinho... Até o luca, e posso incluir nessa pequena lista o idiota do do contra.

-Como eu pude acreditar nele?-Perguntei a mim mesma enquanto me jogava no sofá.-Chega, eu nao sou obrigada a aturar isso! Tudo vai ser diferente a partir de agora.