LEMBRETE: Antes de começar, queria dizer que eu NÃO sou a favor do uso de drogas. De NENHUM TIPO. Os fatos aqui escritos são todos fictícios e eu NUNCA usei nenhum tipo de droga. Obrigada, espero que gostem. 

Estava deitada só de calcinha na cama de Logan, ele sentava na ponta da cama só de cueca enquanto assistíamos ao noticiário. Era uma reportagem sobre um incêndio em uma festa causado por adolescentes, 5 mortos e alguns tantos de feridos. A perícia diz que o incêndio foi acidental, porém, o abuso de drogas de algumas "crianças" causaram essa tragédia, normalmente, caso de adolescentes mortos por culpa de um incêndio não me interessava, o que me interessou foi o fato da policia querer proibir festas caseiras e colocar um toque de recolher na cidade. 

– Porra. - gritou Logan, ele bateu com sua mão direita de leve em meus pés que estavam cruzados perto dele. Sentei ao seu lado com pernas de índio e beijei sua face. 

– Calma. Você acha mesmo que nessa cidade, Woodstock, Illinois, vai ter mesmo um toque de recolher? - fiz uma pergunta retórica, sussurrando em seu ouvido. Logan fez que não com a cabeça mas eu sabia que na verdade, ele estava em duvida, e então, abraçou meu corpo nu e começou a me beijar.

 Estávamos os dois, deitados um encima do outro na cama de casal de Logan, seminus, quando meu celular tocou. Era a Tracy, atendi o telefone e Logan começou a beijar minha barriga e logo estava me fazendo um boquete. 

– Alô - falei enquanto gemia. 

"Sarah, vem pra minha casa urgentemente. Eu preciso de você agora." - Tracy estava com um tom de voz triste. Aparentava que ela havia chorado antes de me telefonar. 

– Não posso... - gemi, interrompendo minha frase. Coloquei a mão na cabeça de Logan e comecei a fazer carinho nela. Logan passava suas mãos pelos meus seios - Estou ocupada. 

"Não está. Você deve estar se masturbando, venha para cá. É urgente. Por favor..." Estava prestes a negar seu pedido quando ela começou a relembrar um pacto que havíamos feito há alguns anos atras. 

– Ok. Eu vou, mas espere um pouco. 

"Eu te amo." Tracy disse e logo depois desligou. Logan terminou de me chupar e eu gozei alguns minutos depois do termino da ligação. Vesti uma camiseta dele que estava no chão bem próxima a cama, e logo após, meus shorts. Dei um beijo em Logan e fui embora. 

Chegando na casa de Tracy, sua mãe me recebeu de uma forma alegre e agradável, não aparentava que nada de ruim havia acontecido. Mas estava enganada. 

*toc, toc* bati na porta semi aberta de seu quarto, Tracy estava deitada de bruços. 

– Aconteceu alguma coisa? - falei, fechando a porta e sentando ao seu lado. 

– Sim. - ela disse com uma voz triste, sentando virada para mim. Limpou as lagrimas que escorriam em seu rosto e colocou um travesseiro em seu colo. 

– Me conte. 

– Eu... eu... ah esquece. Vou ser direta. Acho que estou morrendo. 

– Pare de palhaçada Tracy. O que aconteceu? Sid? Mark? Seus pais?

– Não. 

– Então o que?

– Deu HIV positivo. - sou lerda, admito, não entendi o que ela queria falar no primeiro momento. 

– Como é? Com quem?

– Meu exame de sangue, deu HIV positivo. Eu estou com AIDS Sarah, estou morrendo. Se já não morri. - fiquei paralisada. Sem conseguir dizer nada. Tracy não era o tipo de garota que transava sem camisinha, sério, ela tinha mais camisinha na sua bolça que na farmácia. E ainda por cima, ela SEMPRE usava camisinha feminina, em todas as festas. - Seringas compartilhadas, eu acho. 

- Tracy... - ela nunca tinha usado heroína. Não que eu soubesse. E mesmo se usasse, ela sabe o cuidado que tem de tomar, eu e Mark usamos e contamos tudo para ela, usamos na frente dela diversas vezes e tipo, quem passaria AIDS para ela? Nós fazemos exames sempre (sem brincadeira, nossa escola nos obriga a fazer exames todos os meses.) - Você usa?

– Comecei há alguns meses atras. - olhei para as manchas em sua pele, e meus olhos começaram a lacrimejar. 

– PORQUE VOCÊ NÃO ME CONTOU?? NÓS NÃO TE ENSINAMOS NADA?? - levantei da cama num gesto brusco, comecei a chorar, e apertar minha boca. 

– FOI NUMA FESTA. NÓS ESTÁVAMOS BRIGADAS OK?

– ME CONTAVA MESMO ASSIM CARALHO. EU SEMPRE TE CONTEI TUDO, SEMPRE. E VELHO, VOCÊ NÃO APRENDEU PORRA NENHUMA DEPOIS DE TUDO QUE O CHARLIE PASSOU?? NADA??? COMO VOCÊ PODE SER TÃO BURRA?

– Sarah... - ela disse tentando me acalmar. - Eu fodi tudo ta legal. 

– Quando você descobriu? 

– Mês passado. - ela disse. Eu me lembrei que, mês passado Tracy me contou que ela estava com suspeita de gravidez por ter transado com alguém sem proteção. - Eu queria te contar mas....

– Você... Você... Você transou com quem? 

– Sarah... - o silencio correu pelo quarto. - Philip. 

– O que? - Philip era um garoto super inteligente e fofo com um enorme futuro pela frente. COMO VOCÊ PODE SER TÃO EGOÍSTA??? PORQUE?? 

– Sah...

– Só me fale porque. - agora a tristeza tinha se transformado em raiva. 

– Estava com raiva. De você, do Sid, do cara que me deu aquela seringa, do mundo.

– E teve que descontar isso no garoto que não tinha porra nenhuma haver com o assunto? No garoto que tinha a merda de uma vida pela frente? Tinha? - meu rosto estava vermelho de tanto gritar e chorar. - Phil é um dos únicos dessa merda de cidade que não usa porra de droga nenhuma e com certeza teria uma vida. Diferente de você, diferente de nós. 

– Eu só queria... 

– Não fale mais porra nenhuma. Cansei de te ouvir. - interrompi ela. - Eu sei onde é a porta da frente. E antes de eu ir, conte para ele, conte para seus pais, quanto antes eles souberem melhor. 

– Sarah... - sai do quarto dela chorando e bati a porta com toda a força. Desci as escadas correndo e limpando as lagrimas que escorriam pelo meu rosto. A mãe de Tracy viu meu desespero e perguntou o que tinha acontecido, não respondi nada. Sai de lá o mais rápido possível. Olhei da rua, para a janela do quarto de Tracy onde estava ela gritando e batendo no vidro. Corri até uma rua perto da minha casa, sentei no meio fio e comecei a gritar. 

Quando cheguei em minha casa, subi logo para meu quarto e comecei a chorar. Tracy me ligava, Sid me ligava, Logan me ligava mas eu não queria falar com ninguém. Comecei a sentir enjôos e dores de cabeça quando Tracy entrou no meu quarto. 

– Eu não vou sair. Não ligo para o que você vai fazer. - Tracy disse. Corri e a abracei. Já estava arrependida de tudo que tinha acontecido, mas logo depois que a abracei, meu estômago se embrulhou e eu vomitei. Tracy fez uma cara de nojo e logo começou a gritar entusiasmada. - Sarah! Temos que ir à uma farmácia agora! 

– Porque? - fomos até a farmácia e Tracy comprou um teste de gravidez, fiquei olhando para ela com cara de "Sério? Sério mesmo?" Voltamos a minha casa e eu tive que mijar naquele treco. Sentei na privada e fiz o que tinha que fazer. 

– Já deu o tempo? - Tracy perguntou. 

– Ainda não. 

– E agora? 

– Se eu estiver gravida eu vou te matar. 

– É culpa dos espremas do Logan e não minha. - olhei para ela. Quando deu o tempo, minha barriga começou a dar nós. 

– Dois tracinhos. - exclamei 

– Significa.... - Tracy olhou no pacote. - Não gravida.