Tempos Complicados escrita por Anônima


Capítulo 3
Vícios acabam com você de vários modos.


Notas iniciais do capítulo

Historia fictícia. Nesse capitulo tem violência e estupro. Não leiam se não gostarem disso.



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LEMBRETE: Antes de começar, queria dizer que eu NÃO sou a favor do uso de drogas. De NENHUM TIPO. Os fatos aqui escritos são todos fictícios e eu NUNCA usei nenhum tipo de droga. Obrigada, espero que gostem.

Sabe quando você faz tudo para para mas não consegue? Não estou falando dos meus vícios. Estou falando do fato de eu não conseguir parar de pensar no Sid. O amor, a droga mais pesada de todas. Amor não vicia, você tenta parar mas não consegue é como se todas as forças do universo fizessem você continuar amando. É pior que tudo, porque quando ele te pega, ele te destrói. Lenta e dolorosamente.

Não conseguia dormir depois daquela Rave, só pensava no Sid, e isso me destruía. Cada vez que eu pensava no sorriso dele. Abri então a gaveta onde costumo guardar drogas. Lá dentro, onde costumava ter 10 g de maconha, um pequeno saco com cocaína, alguns pacotes com remédios e comprimidos, estava praticamente vazia. Teria que sair para comprar mais. Fui até o beco onde eu compro alguns comprimidos, desci as escadas da ponte e cheguei até o lugar onde os traficantes costumavam ficar.

– O que a patricinha vai querer hoje? - disse o cara. Ele estava com uma touca, um agasalho sem blusa por baixo.

– 10 comprimidos e um pouco de cocaína - Charlie o traficante que sempre me atendia estava lá e fez o "pedido" pra mim - E não chame ela de patricinha

– 20 na verdade - falei

– Trouxe o dinheiro? - disse o garoto de touca, entreguei o dinheiro para ele e ele me entregou um saco de papelão.

Fui embora, decidi pegar um caminho alternativo por baixo da ponte. Num domingo lá não é tão cheio, mas durante a semana e principalmente sábado você encontra uma aglomeração de skatistas e metidos a anarquistas dando sua própria. Estava andando por lá, assustada é claro. Não costumo ter medo mas aquele local, por ter níveis de assalto muito altos naquela região. Estava frio, acho que a época de neve vai começar. Ande rápido, mas não demonstre medo. Era só isso que eu conseguia pensar até o momento que eu passei na frente de um beco escuro que dividia 2 boates. Como eu já disse, em Woodstock, tudo fecha cedo e as boates no domingo nunca abrem. Por esse motivo, a rua estava deserta e eu estava com um puta cagaço. Passando por aquele beco, comecei a escutar gritos femininos e masculinos. Não fiquei para assistir sai correndo como se minhas calças estivesse em chamas e então eu escutei

– PEGUEM ELA! - nesse momento eu corri como se minha vida dependesse disso, e realmente, dependia. Corri tão rápido que meu capuz caia, minha touca voou e meu tênis estava saindo do meu pé. Corri tanto que me sentia voando mas não corri o bastante. Um cara que estava correndo atrás de mim me agarrou. Eu mordi ele e dei um chute em sua genitália. O cara caiu no chão mas ele puxou meu cabelo e eu cai também, bati minha cabeça no asfalto mas não desmaiei, só senti uma dor insuportável. Então, outros caras que estavam no beco começaram a me chutar e me bater, sentia o gosto de sangue, parecia que meu rosto inteiro estava sangrando.

– Tirem a calça dela, vamos brincar com essa vadia. - um garoto loiro que parecia ser o mandante, estava com um cigarro na mão. No momento em que ele disse isso, os garotos penderam minha mão e começaram a tirar minha calça. Me contorcia e tentava chutar alguém, gritava e chorava. Enfiaram um pedaço de pano em minha boca para impedir que eu gritasse. Eu continuava a gritar mas os sons saiam abafados. Tiraram completamente minha calça e o menino loiro subiu encima de mim. - Agora você vai saber o que é um homem de verdade.

Os outro meninos riam enquanto ele beijava minha bochecha e lambia meu pescoço. Ele colocou a mão por baixo de minha blusa e nesse momento alguém chegou

– SOLTEM ELA! - uma voz masculina gritava e então, os garotos pararam. Saíram de cima de mim e foram conversar com o homem. Não pensei duas vezes, peguei minha calça e sai correndo. Depois de correr umas duas quadras, comecei a colocar minha calça, mas não parava de correr. Esse foi meu erro, cai de cara no chão e comecei a chorar. Não tinha forças pra levantar. Virei de barriga para cima e cheguei se as drogas ainda estavam no meu bolço, ria e gritava ao mesmo tempo. Tudo ainda estava lá. Até meu celular. Beijei a tela que estava quebrada e liguei para Ron. Meu irmão, alguns minutos depois chegou naquele lugar e me colocou no carro.

– Que bom que você está bem. - Ron disse, depois de chorar por alguns minutos. Ele é muito sentimental - Eles não te estupraram né?

– Não. - me olhava no espelho para ver o estrago, minha sobrancelha estava aberta e eu sentia dores insuportáveis na barriga, levantei a blusa e vi que minha barriga do lado esquerdo estava toda vermelha e tinha pequenos coágulos internos. - Você pode me levar pro hospital? Acho que vou ter que levar pontos.

– Claro. - fomos até o hospital, a enfermeira achou que Ron havia feito isso comigo e não queria deixar ele entrar na sala. Demorou um tempo para conseguirmos explicar tudo. Mas quando terminamos eu já estava sedada, deitada em uma maca esperando minha sobrancelha ser costurada. Estar sedada era maravilhoso. Dormi enquanto os médicos me davam pontos e dormi até quando fizeram raio X da minha barriga. Estava tudo bem, eu não tinha quebrado nenhum osso sem deslocado nada. Estávamos prestes a ir embora quando os policiais me esperavam para eu fazer queixa. Não senti vontade de fazer isso porque ia perder tempo pros policiais não fazerem merda nenhuma então foda-se.

Fui para minha casa e dormi feito um bebê. No dia seguinte, na escola, todos me olhavam com caras estranhas de dó. Todos me ajudavam a fazer qualquer merda que eu tinha vontade. Exceto Mark, que disse que, só porque eu estou toda fudida eu não preciso ser tratada feito uma princesa.

Naquela noite, eu percebi que a vida é uma merda e todos nós seriamos melhor sem ela.


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Notas finais do capítulo

Comentem :)



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