O beijo foi se intensificando, cada vez mais. Mas não normal, apenas momentâneo, na hora não percebi. Ela passou suas mãos por meu pescoço, e a prendi mais na parede. Minhas mãos foram descendo por sua cintura a caminho de sua coxa. E de um instante a outro prendi suas pernas ao entorno de meu corpo e eu a fui levando para o apartamento, a porta aberta facilitou a entrada.

O quarto estava bem perto, a derrubei na cama, e me debrucei sobre ela prendendo seus punhos contra os travesseiros, meu joelho estava de cada lado de sua perna. Tirei sua blusa rapidamente e ela fez o mesmo. Suas mãos tremiam caminhando pelo meu abdômen. De repente a garota inocente desapareceu e ela mudou as posições.
E aconteceu.

No dia seguinte.

Ela não estava na cama, ergui a cabeça e a vi se trocando rapidamente.

– Onde você vai, meu amor? - Apoiei meus braços de leve no travesseiro
– Embora.
– Mas, por quê? Eu te machuquei? - Preocupado levantei.
– Não.
– Então por que você não senta aqui com seu marido e relaxa.
– Você não entendeu?
– O que? - Perguntei confuso enquanto ela colocava o sapato.
– Isso foi um adeus. - Ela disse simplesmente.
– Ma-mas você correspondeu.
– Eu sei, mas ao fazer isso eu percebi que já não éramos as mesmas pessoas de antes. A vida que tínhamos juntos não é a mesma. Temos muitos problemas. E cada vez fica pior. - Ela olhou para o chão rapidamente.
– Mas nós podemos passar por isso juntos.
– Não, não podemos. - Suas mãos se machiam com nervosismo. - Eu quero o divórcio.