A Sereia escrita por Santori T
Notas iniciais do capítulo
Sejam bem-vindos!!
Quero agradecer a todos que estiveram sempre por aqui, acompanhando; Aos visitantes novos, aos antigos, pelo apoio de TODOS, porque sem vocês essa história não seria nada! Foi muito bom escrever esse conto pra vocês, pra mim. E foi maravilhoso ver sempre comentários tão incentivadores, tão gentis e verdadeiros. Espero levá-los comigo para minhas outras histórias!
Torço pra que guardem esse conto com vocês, repassem aos amigos, aos familiares, a quem se interessar por coisas assim, afinal, mais do que comentários, os autores gostam quando suas histórias são levadas pelos ventos ^^
Obrigada a todos, de coração!
Não deixe de acessar a trilha desse capítulo!
* * *
Não poderíamos perder mais tempo. O Ritual da Imortalidade tinha que acontecer na noite da decisão do humano a ser transformado. Yen voltou com Jade para dentro do chalé e me deixou no píer, com o punhal de rubis. Eu sabia o que tinha que fazer.
Quando entrei no chalé, Yen e Jade trocavam palavras em tom baixo. Ele parecia dar-lhe incentivo e, de certa forma, amparo. Jade se apegara a Yen de um jeito que lhe confortava, e ele também parecia sentir-se diferente ao lado dela. Talvez, eu me arriscava a pensar, mais humano.
–Aqui está – Dei a Yen meu vestido, que embrulhava algo muito especial. Depois, sentei-me no sofá, exausta.
Jade sentou-se na bancada da cozinha, como Yen lhe instruíra. Em seguida, ele lhe deu garfo e faca e serviu num prato uma fatia de carne de peixe. Ainda estava fresca e Jade fez careta ao morder o primeiro pedaço. Contudo, não demorou para que o prato estivesse limpo e todos nós, muito apreensivos.
–Isso vai doer? – Perguntou ela, sentando ao meu lado e deitando a cabeça em meu ombro.
–Não, minha querida – Eu afaguei seus cabelos com amor – Você não vai sentir nada. Acredite.
–Eu acredito – Respondeu Jade, fechando os olhos e sorrindo.
–Além do mais, você vai ser uma sereiazinha linda – Falou Yen.
–Isso é bom.
* * *
Acordei cedo e fitei o teto por uns instantes. Estava feito. Eu estava voltando para casa. Havia sonhado com aquele dia por tanto tempo que ainda não conseguia acreditar. Levantei e abri a gaveta da cômoda, tirando a carta que Ermont me enviara há meses passados. Coloquei um vestido branco e comprido, depois desci para a sala.
Yen terminava de fazer o que eu havia mandado. Encheu a casa com querosene. Era preciso apagar todos os rastros que eu deixara naquele lugar, naquela cidade. Nós, Jade e eu, deveríamos sumir do mapa. Para sempre.
–Jade – Eu toquei seu ombro e sentei ao seu lado nas escadas da varanda. Entreguei a carta em suas mãos e sorri, amigável – O que você vê?
Ela me olhou e depois voltou sua atenção para a carta. Uns minutos analisando e voltou a me encarar.
–Foi a carta que Ermont te escreveu. Diz aqui que ele foi enviado pra te visitar – Explicou ela, confusa. – Mas por que está me mostrando isso?
–Por nada – Eu sorri, misteriosa.
–Prontas pra ir? – Yen parou em nossa frente, uma caixa de fósforos nas mãos.
Nos levantamos de mãos dadas. Os cabelos de Jade ondulavam com a brisa fresca e eu podia sentir a mesma satisfação que ela, o mesmo medo.
–Estou pronta pra voltar pra casa – Respondi, no que Yen sorriu.
–E seremos uma família! – Completou Jade, animada.
Apertei sua mão e nós rimos. Todos nós.
Yen riscou alguns palitos de fósforo e os atirou dentro do chalé. Junto com eles eu joguei a carta de Ermont. Observamos o chalé se incendiar e todas as nossas lembranças morrerem com ele. Depois seguimos para o lago.
–Não precisa ter medo – Falei para Jade.
–Vamos estar com você – Completou Yen, segurando-lhe a outra mão.
Jade meneou a cabeça afirmativamente e juntos, nós caminhamos até as águas até desaparecermos sob elas. Para sempre.
* * *
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OBRIGADA!! ^^
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