Jogo de Palavras escrita por Blitzkrieg


Capítulo 4
Capítulo 4: O Jogo: Primeira parte


Notas iniciais do capítulo

No decorrer dos anos, eu aprendi a dominar as palavras e a usufruir das alucinações graças á um jogo inventado pelo Ivan. Ajudei a desenvolver tal jogo, e a medida que jogávamos, descobríamos coisas interessantes sobre as várias interpretações que uma frase poderia assumir. Quando crescemos e nos profissionalizamos em áreas de conhecimento diferentes, pudemos estudar melhor a influência de uma frase sobre a mente humana. Como o Ivan era mais capacitado para a análise, me revelou alguns segredos do cérebro humano alguns anos depois, e eu fiquei estupefato com o tamanho do poder das palavras sobre nossas mentes. O computador e o cérebro são duas máquinas, mas uma é produzida, fabricada, organizada pela mente humana, saída de uma máquina cerebral inerente a um ser dotado de sensibilidade, de afetividade e de autoconsciência. Hoje percebo que as máquinas, como computadores, por exemplo, são completamente diferentes de um cérebro humano. Digo isto, porque me lembro que muitas pessoas tinham o hábito de fazer tal comparação. São diferentes. Como são diferentes!



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Atravessando a porta, pude avistar o interior do quarto de Ivan. Era bem amplo e continha vários móveis interessantes, como uma poltrona de cor vinho, próxima de sua cama por exemplo. Tal poltrona se encontrava de frente para a porta e contra a janela. Ivan havia me dito uma vez que a utilizava para leitura, pois preferia uma boa poltrona confortável ao invés de uma cadeira de madeira, acompanhada de uma mesa para tal atividade. O irônico era que tal cadeira e mesa também eram móveis que se encontravam em seu quarto, e o menino nerd me disse uma vez que somente as usava para estudar e não para ler livros de descontração. Esta sistematização era desnecessária aos meus olhos na época, mas aprendi a admirá-la com o tempo. 

A cama do garoto era de casal. Se você se interessa em saber o motivo, lembre-se que ele era filho de dois médicos renomados, ou seja, tinham muito dinheiro para fazer os agrados do filho. Um desses agrados, era de providenciar uma cama que o fizesse sentir confortável. Eu preferiria uma cama de casal ao invés de uma de solteiro, você não? Sempre precisamos de espaço na nossa vida, pois o ser humano gosta de espaço. Muito espaço! 

Enfim, quase tudo no quarto podia ser encontrado facilmente em outros quartos de adolescentes pela cidade. Bom, não havia revistas playboy e nem pôsteres de bandas nas paredes, pois este menino parecia ter sido “projetado” inteiramente para o mundo científico. Eu lembro que na época eu ouvia muito dizer, que crianças e adolescentes que cresciam em um mundo como aquele, tendiam a se tornarem adultos deprimidos por não terem aproveitado a vida como deveriam. Coitados dos tolos que pensavam isto, hoje em dia os que “aproveitaram” a vida, sofrem e lamentam pelo tempo perdido. Porque o tempo hoje se tornou escasso e a genialidade mais almejada que os benefícios da paixão e do amor.

Voltando a história... Eu lembro que havia percebido algo muito estranho nas atitudes do garoto, assim como suas roupas familiares. Ele se dirigiu à poltrona e foi neste momento que eu percebi algo bastante curioso. Reparei que havia um recipiente ao lado e tal recipiente estava sobre uma mesinha circular de vidro, e também pude perceber que estava cheio de balinhas de coco. Não pude deixar de notar também, a outra mesa circular que estava em frente à poltrona e sobre tal mesa, o detalhe de que se encontrava uma cartolina. Reconheci imediatamente, o propósito de o alfabeto contendo apenas 23 letras estar escrito nela, porém eu estava com a pulga atrás da orelha sobre os trajes do Ivan e as balinhas de coco.

-Onde estão os dados? – indaguei.

-Na minha mão. – respondeu. Logo depois ele retirou seus tênis e meias, ficando descalço. Saltou sobre a poltrona, encurvou-se sobre a mesma e posicionando-se de frente para mim logo depois, colocou uma de suas mãos sobre o joelho e em seguida retomou a fala. – Estão aqui. – soltando quatro dados vermelhos sobre a cartolina, me olhou seriamente. 

-O que significa isso!? – indaguei, estava estupefato com a atitude de Ivan. – Onde estão seus óculos? E o que você fez no cabelo? – soltei mais indagações que o cercaram.

Simplesmente me ignorou por alguns instantes, colocando a mão direita dentro do recipiente repleto de balinhas de coco, e em seguida retirou uma delas, segurando-a com a ponta de seu dedo indicador e seu polegar. Ergueu a balinha de coco, direcionou seu olhar a ela, e a soltou fazendo-a cair dentro de sua boca. Logo depois, enquanto mastigava, me dirigiu a palavra.

-Meus óculos? – indagou, enquanto saboreava a balinha de coco que derretia em sua boca. – Estão guardados. E sobre o cabelo, deixa-me ver... – aquelas palavras provocaram a minha paciência. - Digamos que estou experimentando um novo visual. – acrescentou, terminando de engolir o que restou da balinha. – Balinhas de coco. Aceita? – estas últimas palavras me fizeram ter um ataque de nervos, mas procurei me controlar.

-Não, não quero. Quero que você me diga o que significa isso! Por que você está vestido como o... – não consegui terminar a sentença.

-Digamos que seja uma experiência. Só isso. – disse o garoto sobre a poltrona de cor vinho. Em seguida, colocou a ponta de seu polegar da mão direita sobre o lábio inferior. – Talvez me vestindo desta maneira, e me comportando desta forma, eu possa descobrir um pouco mais sobre o seu problema. 

-Como!? – eu estava furioso. – Você acha que se vestindo como o L vai me curar!? – minhas palavras se transformaram em um caderno negro da qual a capa continha uma escrita com duas palavras: “Death” e “Note”. 

-Não...não vou te curar. Nem é esta minha intenção. –Ivan permaneceu com o olhar sério direcionado a mim. – Preciso que você me diga o que está vendo neste momento. – acrescentou.

-Eu!? – esta minha última pronúncia se transformou em uma caneta com acabamentos de cor negra. – Estou vendo um idiota que está se vestindo como um personagem de anime! Você nunca foi fã de cosplay! Por que está fazendo isto!? – minhas últimas palavras se transformaram em duas mãos de aspecto demoníaco que abriram o caderno. – Ivan! – esta última palavra foi escrita no caderno por uma das mãos que utilizou a caneta para o processo. – Agora é só esperar 40 segundos. – acrescentei em seguida, chamando a atenção do garoto.

-Hum... – balbuciou, colocando as mãos sobre os dois joelhos. – Interessante! Você está enxergando o Death Note, não é mesmo? – indagou-me, se inclinando para frente e arregalando os olhos, em uma atitude de curiosidade.

-Nossa! – me espantei com a visão. – Estou mesmo! – estava fascinado. – Que legal! –quanta inocência. – Agora não vejo mais, essas palavras que eu disse agora destruíram tudo. 

-Posso deduzir com isto, que suas alucinações não surgem se espelhando nas personalidades reais das pessoas que emitem as palavras. Parece que personalidades simuladas também afetam o caráter das suas alucinações. – explicou Ivan, enquanto retirava outra balinha de coco do recipiente. – Entretanto, ainda desconheço o padrão exato de suas alucinações. – acrescentou, enquanto colocava a balinha dentro de sua boca. – Isto é... – disse enquanto mastigava. – Se houver algum. - direcionou o olhar á mim. - Mas, me diga exatamente o que você viu, por favor.

-Eu vi um Death Note, e duas mãos semelhantes aos de um shinigami abriram o caderno. Depois disso, uma delas escreveu com uma caneta de cor preta, o seu nome no Death Note. 

-Fascinante. 

-Então quer dizer que se uma pessoa fingir ser outra perto de mim; minhas alucinações estarão de acordo com a personalidade da pessoa que está sendo imitada? 

-Provavelmente. Porém, eu agora estou em dúvida.

-Com o quê?

-Você disse que meu nome foi escrito no caderno. Percebi que você ficou nervoso com a minha interpretação, logo a sua alucinação poderá ter representado o seu desejo. Se for isto que aconteceu, então devo repensar minha teoria.

-Hum...Quer dizer que eu desejei te matar? – indaguei, assumindo uma expressão de deboche. Não queria acreditar no que ele disse.

-Talvez suas alucinações estejam de acordo com os seus desejos. Sendo assim, as respostas talvez estejam na sua maneira de interpretar as pessoas.

-Preciso lhe contar uma coisa. – contei todo o ocorrido sobre quando eu estava dentro do carro do meu pai.

-Intrigante. – disse Ivan, após terminar de ouvir minha história.

-Então? – indaguei.

- Quer dizer que surgiram moscas ao invés de morcegos? 

-Sim. Viu só? Naquele momento eu queria destruir as palavras do meu pai, por que as minhas não as destruíram? Eu desejei destruí-las.

-Pronuncie as palavras corretamente para mim desta vez e me diga o que você vê ok?Consegue lembrar-se das palavras? 

-Consigo me lembrar sim. Você sabe que eu tenho boa memória. Eu só errei as palavras àquela hora porque eu não sou muito bom em história, você sabe disso. Lá vai. 

-Espere... – Ivan me interrompeu. – Sente-se. Pegue aquela cadeira ali e coloque-a aqui na frente da mesa em que se encontra a cartolina. Temos que começar o jogo depois disto.

-Certo. – me apressei, e logo depois lá estava eu frente ao falso L. Inspirei o ar, e soltei as palavras. - Eu acho que a Tríplice Aliança era composta pela Alemanha, Itália e Áustria-Hungria. – minhas palavras se transformaram em morcegos. Fiquei animado com aquilo. - Mas o fato de a Áustria-Hungria fazer parte do bloco incomodava os italianos, devido à questão das “cidades irredentas’’. – eles voaram por todo o quarto enquanto eu sorria para eles. 

-Conseguiu? Está vendo os morcegos? – Ivan indagou, estava com uma expressão de curiosidade.

-Sim! Nunca pensei que ficaria feliz por ver um bando de morcegos. – nós dois soltamos algumas risadas logo depois deste comentário. Fiquei feliz, naquele momento, por saber que eu não precisaria mudar minha maneira de interpretar as pessoas, porque não seria algo agradável de se fazer.

-Bom, acho que agora podemos iniciar o jogo. – disse Ivan, enquanto com sua mão direita, retirou seus óculos de trás do recipiente com as balinhas de coco.

-Não tem nenhuma teoria sobre o que aconteceu? – indaguei, sorrindo para ele.

-Não. Você acabou de me contar algo que fez a minha teoria cair por terra. Entretanto, mais tarde eu procurarei analisar tudo isto com mais calma. – respondeu, enquanto colocava seus óculos.

-Você devia ter colocado lentes de contato, porque o L não tem olhos verdes. 

-Acho que não precisava tanto. Eu tive um enorme trabalho para me vestir igual a ele e treinei bastante para conseguir me acostumar em sentar nesta posição. O cabelo, na verdade, me deu mais trabalho que o resto, me tomou muito tempo. – disse Ivan, enquanto vasculhava mais alguma coisa atrás do recipiente.

Não resisti e soltei mais um riso.

-Você é louco, sabia? – disse em meio a risada.

-Não mais que você. Pode ter certeza. – respondeu, retirando 5 canetinhas coloridas de cores distintas de trás do recipiente das balinhas de coco. – Gostei de me sentar nesta posição, é confortável. – acrescentou em seguida, enquanto direcionava seu olhar aos quatro dados.Devido a tal comentário, eu segurei outro riso. – Vamos lá. – assumiu uma expressão séria logo depois de pronunciar tais palavras, e com sua mão direita segurou um dos dados que estava sobre a mesa, erguendo-o em seguida. Seu dedo indicador serviu de apoio para o dado, e logo depois posicionou a ponta de seu polegar abaixo do mesmo. – Você se lembra que o primeiro dado é o mais importante, não lembra? – indagou.

-Uhum. – murmurei e acenei positivamente com a cabeça.

-Você provavelmente deve se lembrar que o valor do primeiro dado, é útil para especificar muitas coisas.O valor do primeiro dado especificará o sentido de seleção das letras: se for par, teremos que selecionar pelo sentido da esquerda pra direita e se for ímpar, o sentido da seleção iniciará da direita para a esquerda.
 
-Eu lembro disso. Pode jogar o dado agora. – eu estava impaciente.

-Está bem. – o Ivan pressionou seu polegar sobre o dado, lançando-o no ar. O dado rodopiou por alguns milésimos até finalmente cair sobre o chão revelando o valor aguardado. – O primeiro dado é de número 3.Vamos relembrar o que este valor significa para nós, pois no decorrer do jogo, não poderemos falhar em nada. – observou e em seguida posicionou suas mãos em formato de pirâmide. Eu conhecia muito bem aquele hábito, pois o mesmo representava o sinal do início de uma explicação minunciosa. – Este valor como foi dito anteriormente, nos revela o sentido que utilizaremos para selecionar as letras no alfabeto. Como o valor é 3, iniciaremos a seleção no sentido da direita para a esquerda por se tratar de um número ímpar.

-Sim. Começaremos pela letra Z. – detestava quando o Ivan me fazia parecer um idiota. 

-Isso. – o menino de cosplay do L ajeitou seus óculos. – Você se lembrou que sempre utilizamos a letra A como referência. 

-Aham. 

-Continuando... – parecíamos que iamos demorar um século para iniciarmos o jogo. – Este valor também especifica o limite do silêncio induzido pelas frases de Kelipót. Você se lembra deste termo? Lembre-se que uma Kelipá trata-se de uma frase que irá lhe forçar a se silenciar.

- As palavras em hebraico. Como eu poderia esquecer? – por alguma razão, o Ivan era fissurado em linguas estranhas, no meu ponto de vista, como o Hebraico e também o Tamil que é uma lingua nativa da África do Sul.

- Que bom que você lembrou isto. Fico feliz. – se estava feliz, ele conseguia disfarçar muito bem com aquela expressão séria. – O número 3 também especifica a posição em que a letra escolhida que será utilizada como referência, para a formulação de tais frases, se encontra.O valor do primeiro dado, também especifica a quantidade de erros que você poderá cometer no jogo, mas isto iremos relembrar quando eu estiver falando sobre as penitências.

-Se eu não tivesse jogado este jogo uma centena de vezes, eu estaria perdidinho agora. 

-Eu estou escrevendo um manual, em breve estará pronto.

-Ótimo! Ai a gente vai poder pular esta parte na próxima vez. 

-Idiota. – percebi que o Ivan havia se incomodado com meu comentário, mas logo tratou de continuar a explicação.

- O número 3 também especifica os dias em que o jogo ocorrerá, ou seja, ocorrerá durante 3 dias! 

-Contando a partir de segunda-feira, né? Porque não podemos jogá-lo finais de semana.

Ele ignorou minha dúvida extremamente importante e em seguida continuou a explicação do jogo mais estranho da face da terra. E mais complicado também.

- Lembre-se, que a somatória do valor dos 4 dados especificará o número que selecionará a letra correspondente as frases de Bitul.

- As frases de Bitul são aquelas que eu poderei dizer quando receber uma frase Kelipá? 

- Não me faça bater em você. – ao contrário do que você deve estar pensando, ele não disse está frase expressando raiva e sim segurando um riso. Era difícil ver o Ivan nervoso. Acho que ele herdou a paciência da mãe. – Você sabe que existem dois tipos de frases neste jogo: aquela que quando pronunciada forçará você a se silenciar e aquela que quando pronunciada anulará o efeito da frase que lhe silenciou. Tratam-se das frases Kelipót e de Bitul respectivamente.Quando iniciarmos o jogo você lembrará de tudo direitinho.

-Certo. – eu estava começando a ficar com sono.

- Cada jogador deverá ter elaborado 23 frases antes do jogo, das quais a primeira palavra contenha como letra inicial, uma das letras do alfabeto em cada frase. – em seguida, o menino nerd retirou de um dos seus bolsos, vários bilhetes das quais o verso dos mesmos, tinham a marcação de suas letras correspondentes e os colocou sobre a cartolina. – Onde estão as suas frases?

-Estão aqui. – retirei meus bilhetes do bolso, que tinham o mesmo aspecto. – Preparei umas muito legais dessa vez. Espero que uma delas seja a escolhida. – olhei-o nos olhos logo depois.

-Quem sabe hoje não é o seu dia de sorte? – o Ivan pegou meus bilhetes e colocou em um canto na mesa de vidro circular para que pudesse direferenciá-los dos dele, desta forma ele retirou os bilhetes de cima do alfabeto. – Vou jogar os próximos dados. – logo depois lançou-os. – O segundo dado é de valor 1. – dizendo tais palavras, fez anotações em um espaço em branco da cartolina. – O terceiro é 4 e o quarto é 3.

- Podemos começar a escolher a letra agora? – eu estava ansioso.

-A somatória dos valores dos dados é 11. – disse enquanto terminava a anotação.

-Por que não escreveu com uma das canetinhas e sim com uma caneta normal? 

- Você sabe para que as canetinhas servem. – logo depois de tal pronunciamento, o Ivan retirou a tampa da canetinha azul. – Vamos começar.

Representarei o jogo de uma forma que o leitor possa compreender. Pelo menos eu espero que compreenda. Qualquer coisa, peço que não me culpem. Culpem o Ivan, ele era o cientista maluco ali. 

Eis o alfabeto que eles utilizaram:

A B C D E F G H I J L M N O P Q R S T U V X Z 

- Como a somatória deu 11; serão contadas 11 letras, iniciando-se pela letra Z, pois sempre utilizamos a letra A como referência, para a seleção da letra que será útil na escolha das frases de Bitul. – explicou Ivan.

A B C D E F G H I J L M  O P Q R S T U V X Z 

- A letra N foi a letra escolhida. – anunciou o otaku que se fantasiava de L, enquanto circulava a letra N com a canetinha azul. – Pode retirar a frase que contenha a primeira palavra com a inicial N, dentre as frases que você trouxe Lucas. – lembro que eu resmunguei alguma coisa antes de procurar o bilhete que continha tal frase, pois a letra que eu queria que fosse escolhida nem ao menos estava perto da letra N. – A minha é esta. – o L também conhecido como Ivan, com sua intelectualidade fora do comum, desvendou o mistério da frase envolvendo sua posição rapidamente e a colocou sobre a cartolina lodo depois.

Se você estiver curioso(a) sobre o significado das palavras Kelipá, Kelipót e Bitul, irei fazer uma breve explicação:

Como eu narrei na história, tratam- se de palavras oriundas do alfabeto hebraico. A palavra Kelipá que é o singular de Kelipót, significa “casca”; semelhantes aquelas que cobrem e oculta o interior de uma fruta, etc. Mas a palavra Kelipá também pode significar algo sobre “forças do mal”, como algo que envolve a bondade ou divindade. Desta forma, cabe a você desvendar qual dos significados desta palavra o próprio Ivan adotava. A palavra Bitul apresenta um significado menos metafísico, pois significa simplesmente “anulação”. Eu poderia incrementar o significado de Bitul com o termo “ nulificação do ego” ou também poderia dizer que trata-se de uma “auto-anulação” , mas acho que não precisaria tanto.  

No próximo capítulo, continuarei narrando a explicação sobre o jogo...


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Notas finais do capítulo

Comentem, por favor ^^