39º Jogos Vorazes - Quill Rivera escrita por Time


Capítulo 21
Confronto


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas!
Queria pedir desculpas pelo grande hiato que essa fanfic teve :/
Pretendo voltar a atualizar regularmente de agora em diante :)
Espero que gostem desse novo capítulo.
Está bem paradinho, na verdade.

Abçs!!



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“Que dia maravilhoso!” Drielle disse enquanto jogava a aljava no chão. Ela se atirou num caixote perto da grande fogueira que Nyssa e Travis haviam feito e continuou com suas reclamações

“Um dia inteiro andando por essa merda de arena (Que por sinal está completamente sem graça!) e não achamos um tributo. Nenhum! Nem um pirralinho sequer!” Ela disse bufando, fazendo Lux revirar os olhos. “Como, me diga, Miss Panem, como eu posso conseguir patrocinadores se não estou estraçalhando pivetes remelentos?”

Lux lançou seu melhor olhar de desprezo para a Carreirista do 4. Ela era indiferente com todos os outros carreiristas, mas Drielle a deixava louca. Ela nunca havia encontrado alguém tão repugnante em toda sua vida. “E olha que eu sou expert em ser repugnante... De um jeito muito mais gracioso, claro. Não como um bárbaro sem um pingo de educação!” Pensou consigo mesma.

Zircon se sentou ao lado de sua companheira de Distrito. Ele estava ensopado de suor e um pouco ofegante, fazendo Luxury se afastar com uma cara de nojo.

“Quem são os inúteis que desenvolveram essa arena?” Drielle continuou “Até uma porta conseguiria criar algo mais empolgante!” Ela pegou uma maçã da pilha de suprimentos e deu uma grande mordida.

“Você poderia, pelo amor de deus, CALAR ESSA MERDA DE BOCA!” Zircon gritou, farto das reclamações de Drielle. “Nós passamos seis horas andando pela arena, ouvindo você reclamar de como sua vida é um lixo, como essa arena é um lixo, como todos nós somos um lixo!” Ele disse, elevando o tom de voz a cada frase. “Nós já entendemos que você se ama e odeia o resto do mundo!”

Drielle o observava com desdém nos olhos. Um sorriso sarcástico havia se formado em seu rosto. Ela deu uma grande mordida na sua maçã e começou a falar, com a boca cheia “Ora, ora! Parece que o Bad boy está irritadinho. Tudo bem, tudo bem. Como você está pedindo com jeitinho, eu vou parar de falar sobre a minha vida” Ela se endireitou em seu caixote e continuou “Vamos falar da sua vida e de como você é útil ao grupo!”

Nyssa e Travis, que estavam cozinhando uma mockingbird, olharam na direção de Zircon e Drielle com olhar cauteloso. Ambos sabiam que esse tipo de discussão podia tomar caminhos não muito agradáveis. Principalmente com pessoas como Drielle e Zircon.

Zircon lançou um olhar fulminante na direção de Drielle, que tinha se levantado e agora andava de um lado para o outro, fingindo uma expressão pensativa.

“Vejamos” A garota do 4 continuou “Todos nós temos qualidades excepcionais e merecemos ser Carreiristas.” Ela se aproximou de Lux, que a observava com cautela, e continuou “A Miss e o Mister Panem são os bonitões do grupo” Ela disse enquanto apontava para Travis. “Podem nos conseguir bons patrocinadores. Nyssa, Valeria e eu, obviamente, somos as máquinas de destruição do grupo; o pequeno Gabbe é o nosso amado “líder””

Ela andou distraidamente e parou ao lado de Zircon, que estava rígido como uma pedra, os punhos cerrados e os dentes trincados; ódio transbordava de seus olhos. Drielle se colocou de frente para ele, seu rosto a um milímetro do de Zircon.

“Mas e você?” Ela continuou “Você não é o mais bonito, não é o mais forte, o mais habilidoso, nem o mais carismático...” Drielle se afastou alguns passos “Para mim” Ela disse erguendo a cabeça de fora confiante e desafiadora “Você não passa de estorvo”

Zircon levou a mão a espada, que ainda estava presa a sua cintura. Seus olhos fechados e os dentes ainda trincados. Drielle fez o mesmo movimento,com um sorriso vitorioso no rosto. Finalmente seria notada pelos patrocinadores

Valeria e Gabbro, que estavam mais distantes do grupo, se aproximaram rapidamente e se posicionaram, observando os dois carreiristas. Ambos estavam prontos para abafar qualquer confronto que viesse a aparecer, mesmo que isso significasse matar os dois “companheiros”.

Zircon começou a desembainhar a espada lentamente, seus movimentos eram rígidos e fortes. Drielle observava cada parte do corpo dele, estava preparada para o contra-ataque. Só precisava espera o momento certo, tudo já estava calculado. Então, subitamente, ele parou. Seus músculos relaxaram e um sorriso se formou em seu rosto. Todos o encaravam com cautela, principalemte Drielle, que era um misto de surpresa e apreensão.

“Talvez eu seja mesmo um estorvo” Ele disse encarando o chão “Não sou o melhor em nada nesse grupo, não tenho nada que me destaque do restante...” Ele levantou os olhos para a carreirista e continuou “Mas voltemos a falar da sua vida, ‘docinho’.” Ele cuspiu a ultima palavra, fazendo Drielle parar de sorrir.

“Você é a nossa máquina mortífera, isso é incontestável” Ele disse ainda sorrindo. O sarcasmo transbordava da sua boca, nutrindo a raiva de Drielle “Mas, se me lembro bem, uma garotinha remelenta do D10 lhe humilhou na frente de todos os outros tributos” Ele se aproximou da carreirista “E você não fez nada...”

“Pessoal, parem com isso” Gabbe disse, tentando soar o mais diplomático possível “Precisamos nos manter unidos se quisermos...”

“Se não me engano” Zircon continuou, ignorando completamente a existência de Gabbe “Essa mesma garotinha tirou uma nota muito melhor que a sua nas avaliações e te fez de idiota na Cornucópia.”

“Cale essa boca” Drielle disse rígida.

“Isso não faz de você...” Zircon disse, aproximando-se do seu rosto, seus lábios a poucos milímetros do ouvido e Drielle.

“Cale essa boca...” Drielle sussurrou entre dentes. Todos os seus músculos estavam contraídos. Seu corpo tremia. Cada molécula do seu corpo vibrava de ódio.

“...Um ESTORVO?” Ele sussurrou, abrindo um sorriso largo, deliciando-se com cada sílaba, cada letra dessa palavra. Sua nova palavra favorita.

Antes que Drielle pudesse desembainhar sua espada, antes que tivesse o prazer de fatiar cada pedacinho do corpo de Zircon e jogá-lo às bestantes, alguém segurou firmemente seu braço.

“Me solte seu pedaço de...” Drielle virou o rosto, seus olhos se encontraram com frios olhos cinzentos, que lhe encaravam fixamente, como se tentassem congelar sua alma. Drielle respirou profundamente e falou entre dentes:

“Valeria, me solte”

“Já chega.” Valeria falou ainda olhando fixamente para a Carreirista. Seu olhar estava sério e seu tom autoritário, quase incontestável.

“Eu disse para me...”

“JÁ. CHEGA.” Ela disse um pouco mais alto, seu tom firme e gélido fez com que todos os pelos do corpo de Drielle se arrepiassem. “Eu não vou avisar mais uma vez”.

Drielle inspirou profundamente, seu corpo relaxou. Valeria soltou seu braço, que estava com as marcas vermelhas dos finos dedos do tributo. Ela andou tranqüilamente até a pilha de suprimentos, pegou mais uma maçã e seguiu em direção a floresta, sem dizer uma palavra.

“Aonde você está indo?” Lux perguntou, na esperança de que Drielle fosse embora e nunca mais aparecesse na sua frente

“Foda-se” Drielle respondeu sem se virar, continuando em direção a floresta. Todos a observavam sem falar uma palavra. Logo, ela desapareceu nas sombras das árvores.

“Ela nos deixou?” Travis quebrou o silêncio.

“Se tivermos sorte, sim” Lux disse, sentando-se graciosamente num toco de árvore.

“Provavelmente não” Nyssa falou. Sua voz grave rouca ecoava por toda clareira “Ela não iria embora sem pegar mais suprimentos...” Ela coçou o queixo relaxadamente “Ou sem matar você” Ela disse olhando na direção de Zircon. Ele apenas deu de ombros e se sentou ao lado de Lux.

“Já chega disso. Voltem a cuidar de suas vidas” Valeria disse se afastando do grupo. “Se isso se repetir, não serei tão paciente” Ela disse encarando todos os tributos “Estejam cientes”.

Lux, distraidamente, começou a fazer carinho na cabeça de Zircon. Dois minutos atrás ele teria concordado com Drielle quando ela disse que ele era um estorvo para a aliança, apenas mais um retardado em sua vida, mas, depois dele enfrentar a tributo do D04, ela começou a enxergá-lo com outros olhos. Claro, ainda o achava um perdedor, mas poderia se aproveitar dessa pequena fama dele para se promover um pouco.

Travis seria muito melhor” ela pensou enquanto afagava Zircon “MUITO melhor... Pena que ele é tão certinho e retardado. Seriamos venerados por toda Panem”.

Valeria andou até uma árvore na borda da floresta e se sentou entre suas raízes, observando o céu e se perguntando por que as pessoas eram tão idiotas. E o porquê dela ainda insistir em conviver com elas.


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Notas finais do capítulo

Desculpem pelos erros e pela demora
Espero que gostem :D

Abçs!



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