Meus pensamentos estavam longe e eu parecia estar em outro lugar, um lugar bom onde todos gostassem de mim. Mas infelizmente voltei à realidade.
Depois que todos comemos, eles ficaram conversando um pouco eu nem liguei para o que era, talvez falassem mal de mim, se é que lembravam de que eu também estava sentado à mesa.
Saímos de lá e eu já fui chamado atenção por ter deixado a janela do carro aberta.

Pai- Se você deixa a jenela do carro aberta, um ladrão pode entrar e roubá-lo, sabia?
Eu- Pai, o carro tava dentro da garagem, trancada!
Pai- Sim... Mas temos que levar em consideração todas as cinrcunstâncias! Se um rato entra e rói o meu banco? É você que vai pagar? Não... Vai sobrar pra mim!

Eu não aguentava mais... Pedi para me retirar e fui para o meu quarto. Chegando lá lembrei do poema.

"Puts, ainda tem isso."

Sentei na mesinha que havia em meu quarto e tentar fazer o poema.
Pensei em várias coisa, mas não saia nada que prestasse de dentro da minha cachola. Abri a gaveta e achei uma foto minha com o Gee e o Mikey. Eu parecia estar feliz ali naquele momento, o Gee sempre fazia parecer tudo melhor, bem mais fácil, e como uma coisa sempre leva a outra me perdi com Jamia Nestor nos pensamentos...

"Uh!"

Yeah. Eu estava sorrindo na foto. Eu detestava rir nas fotos. Alguém pode imaginar a minha cara de besta-atômica?

Comecei a escrever, e depois de ter vários papeis amaçados e jogados na lixeira resolvi parar.
Guardei a porcaria do poema na mochila e fui deitar. Ah, detalhe. Já eram 1:30h am e eu não conseguia pregar o olho, apesar de estar morto de cansaço.
Meus lábios latejavam, ainda doía um pouco.

"Cara, o Ray é insuportável."

E era mesmo.