Past's Brand escrita por Jr Stutzel
Notas iniciais do capítulo
Heeeeeeeeeeeeeeeeeey gente. Como vão?
Melanie sendo adotada né? Será que ela vai querer ficar com a família? E como o Jonas vai agir? Mais algo estranho irá acontecer na casa? Descubram aí.
Todos se entreolharam, Ana e Augusto sorriam, Melanie e Jonas estavam de olhos arregalados.
-Como? Não! - Jonas gostava de Melanie e estava até sendo legal viver com ela, mas não ia querer tê-la como irmã.
-O que quer dizer, Jonas? - perguntou Ana, indignada. - Estou recebendo pelos trabalhos no site e Augusto está com um ótimo emprego no centro, podemos cuidar de Melanie por dois anos, além disso simpatizamos muito com ela, e ela parece uma ótima garota - sorriu para Melanie.
-Quer saber, façam o que quiserem.
Jonas subiu para o seu quarto, aborrecido.
Melanie corou, não sabia o que dizer, ficou chateada pela reação de Jonas. Mas conseguia entender, seria meio rápido demais ter uma irmã adotiva daquela maneira.
-Então, Melanie. O que nos diz? - Augusto sorriu para a adolescente.
-Eu não sei, é...
Um grito agudo ecoou de algum lugar da casa.
-Lívia - Ana se levantou e seguiu o grito.
Todos correram em direção ao quarto de Ana e Augusto, onde Lívia também dormia. A menina estava ajoelhada diante a um grande espelho arredondado, chorando.
-O que houve, filha? - Ana a puxou pelos braços e a pegou no colo.
-O espelho, tinha algum bicho ali, mamãe. Tava tentando me puxar.
-Bicho? - a colocou no chão e se aproximou do espelho.
Tudo o que via era seu próprio reflexo. Se aproximou e tocou-o, nada aconteceu. Lívia chorava abraçando as pernas do pai, Melanie e Clarissa estranhavam a atitude da garota.
-Vai ficar tudo bem, filha - disse Ana, agachando perto da filha, que se desagarrou do pai e abraçou a mãe.
-Bom... - soltou Clarissa - Preciso ir, podemos ir rápido com isso?
-Claro - disse Augusto, levando todas as outras até a sala.
Ana e Clarissa voltaram a se sentar e Augusto segurou a mão de Lívia, encostado no braço do sofá.
-Então, Melanie. O que nos diz?
A menina pensou em tudo o que já passou. A morte de seus pais, seu avô, e então sua avó. Não iria suportar ficar sozinho. Seria como morar com estranhos, mas ela sabia. Tinha se apaixonado pelo garoto, ele era tão atencioso e carinhoso apesar de seus nervosísmos. Fora a primeira vez em que se apaixonou por alguem tão rápido. Foram menos de dois dias, mas ela sabia que sentia algo forte por ele. Então tomou sua decisão...
-Eu aceito.
23 de janeiro de 2013, ás 13:02
O dia anterior passara em silêncio. Jonas se trancou no seu quarto e se enterrou em horas de Crossfire, Pointblank e Counter-Strike. Melanie arrumou suas coisas no quarto em que dormira mesmo temendo o que acontecera na noite anterior.
Por quê Lívia estava fazendo aquilo? Por que estava tão estranha? E por que a puxava para aquele lado do quarto, onde havia um buraco na parede, tampado por uma tampa de ferro?
A curiosidade a consumia, sabia que a casa não era dela e também que não devia mexer no que não a pertencia, mas talvez pertencia. A casa fora de seus tataravós, talvez o que estava lá era deles.
Agaichou perto da tampa e a arrancou, foi mais fácil do que pensou, estava mal colocada.
Dentro do pequeno compartimento haviam apenas folhas velhas com manuscritos curiosos e um livro parecido com um diário. Na capa haviam escritas desconhecidas em dourado e em letras corsivas, algo como: eispéiris.
Melanie recolheu todos os papéis e se sentou em sua cama. Abriu o livro e começou a ler...
"Que droga é essa?" ela pensou, curiosa.
No diário haviam fotos estranhas, todas de Catarina deitada em algum lugar com aparencia estranha, olhos fechados e em cada uma delas Catarina tinha uma estrela na testa.
Abaixo de cada foto havia escrito o seguinte: Eipéiris I, Eispéiris II... Crescendo respectivamente em cada foto."É minha tataravó?", se perguntava, Melanie. Já havia visto a tataravó em fotografias bem velhas, mas não daquela maneira estranha. Estava pálida e inconsciente, não sabia do que o livro se tratava, mas concerteza era algo estranho.
Ouviu a porta de Jonas se abrindo, colocou todos os papéis e o livro em baixo da cama rapidamente. Os passos vieram lentamente em direção ao quarto. A figura de Jonas apareceu na porta, Melanie o encarou com tristeza.
-Melly? - chamou o garoto, sua espressão era triste e arrependida.
-Oi - Melanie sorriu.
Jonas entrou lentamente no cômodo e se sentou no colchão ao lado de Melanie.
-Me desculpa... Eu não quis ser egoísta. Eu gosto de você e te quero aqui comigo, será ótimo te ter como irmã e... - o garoto foi calado com um beijo. Um lento e caloroso beijo.
-Não, não quero você como um irmão.
Jonas sorriu e os dois se abraçaram.
23 de janeiro de 2013, ás 19:46
-Bom... Vejo que vocês se entenderam - disse Augusto, ao ver Melanie e Jonas descendo as escadas de mãos dadas.
Os dois se olharam e sorriram, Augusto sorria com desconfiança.
-O jantar está pronto? - perguntou Jonas com o rosto vermelho de vergonha, soltou a mão de Melanie.
-Está sim, filho - gritou a mãe de Jonas da cozinha.
A família se sentou a mesa e começaram a comer. Ana e Augusto se sentiam felizes por abrigar Melanie, Jonas se sentia ótimo por tê-la ao seu lado e Lívia já não estava tão estranha. Comia normalmente ao lado dos pais, conversava sobre assuntos bobos com o pai, sem nada estranho.
Após a janta a família se sentou na sala, começaram a conversar sobre velhas aventuras engraçadas da família e tudo mais, enquanto a novela se passava na TV.
-Gente, vou subir para dormir, to com sono. Boa noite - anunciou Jonas.
-Boa noite - disseram todos em coro.
Jonas se levantou, olhou para toda a família e sorriu. Se sentia feliz.
Subiu as escadas e foi para seu quarto, ainda sentia medo do que acontecera mas sentia como se tivesse acabado, de alguma maneira não sentia que sua irmã estava "daquele jeito" novamente.
Se deitou e fechou os olhos pensando em como seria viver com Melanie. Sentiu um ar quente em seu pescoço, e que havia alguem deitado ao seu lado, ou algo. Virou a cabeça lentamente e viu Melanie. Mas não era Melanie, quer dizer, era. Sua roupa era a mesma, seus cabelos e seus profundos olhos azuis eram os mesmos, mas a pele era cinzenta e nojenta, parecia um monstro. Rapidamente ele se levantou da cama gritando, a coisa tentou puxar seu pé, era muito forte, porém lenta. Ele agitava a perna para que o monstro o soltasse mas não adiantava, ele cotinuava puxando.
Jonas gritou por ajuda, mas parecia que ninguém ouvia, além de que a porta estava fechada, não se lembrava de ter fechado a porta. Quando enfim conseguiu se soltar das mãos da coisa ele correu até a porta. Estava tracada.
-O que você quer? - perguntou, chorando.
-Eispéiris - o mostro rosnou, sua voz era grave, mas se camuflava com a de Melanie. - Eispéiris - gritou novamente.
A maçaneta da porta se mexeu, Melanie apareceu sorrindo e viu Jonas caído no chão. Rapidamente sua expressão ficou séria.
-O que houve Johnny? - ela perguntou, se ajoelhando ao seu lado.
-Eu não sei... Alguma coisa alí... Me puxando - apontou para a cama.
-Não foi um pesadelo?
-Não - respondeu rapidamente - Foi de verdade, eu vi.
Melanie começou a se preocupar.
-O que essa coisa queria?
-Eu não sei, só o que ela disse foi...
-Foi o quê?
Jonas colou seus olhos nos de Melanie e disse:
-Eispéiris.
24 de janeiro de 2013, ás 12:45
Augusto havia saído para trabalhar, Ana estava ocupada com seu trabalho no computador e Lívia brincava com seus brinquedos na sala. Melanie prometera a Jonas que o mostraria o que sabia sobre aquela palavra então os dois se trancaram no quarto da garota.
-O que é isso? - questionou Jonas, ao ver a papelada que Melanie tirava de baixo da cama.
-Lembra do dia em que a Lívia estava me...
-Lembro - interrompeu-a, fechou os olhos porquê não queria se lembrar daquela cena.
-Eu olhei dentro daquele buraco na parede - apontou para a tampa de ferro - e achei isso.
-Papéis e um livro velho?
-Exatamente. Mas não é qualquer livro.
Melanie mostrou a capa do livro para Jonas, após um tempo para decifrar a antigas letras corsivas enfim, conseguiu ler.
-Eispéiris?
-Sim, e olha - abriu o livro e mostrou-o, - são fotos da minha tataravó, Catarina. E são estranhas. E aqui atrás - passou algumas páginas - várias coisas estranhas.
-O que está escrito aí?
-Vou ler:
Não gosto de estar fazendo isso com minha querida Tina. Mas preciso descobrir o que matou meus pais. Sinto que estou perto, só preciso de mais tempo.
-Tina? A amiga imaginária da minha irmã.
-O que? - perguntou Melanie, ela não sabia sobre aquilo.
-A minha irmã a alguns dias dizia que tinha uma amiga imaginária chamada Tina.
-Nossa! Isso é estranho.
-Sim, e o que é isso de "algo matou meus pais"? O que isso quer dizer?
-Eu não sei, mas se algo matou os pais dele...
-E daí.
-O modo como ele diz, é como se "algo" tivesse matado os pais dele, sabe? "Algo ruim".
-Um demônio, você quer dizer?
-Sim. E eu pesquisei na internet. Fui em um tradutor e descobri que Eispéiris é uma palavra irlandesa, o que faz sentido, meus acestrais eram irlandeses. E Eispéiris quer dizer Experiência.
-Experiência...
-Sim - Melanie o encarou como se esperasse que ele soubesse o que estava acontecendo, e por sorte ele sabia.
-Você está dizendo que seu tataravô era algum tipo de Sheik que usava o corpo da sua tataravó para 'experiencias' deste tipo?
Melanie assentiu. Depois ficaram em silêncio, não sabia realmente o que dizer, mas sabia que iria a fundo para descobrir o que estava acontecendo naquela casa.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Então o que acharam? Será que a Tina era realmente Catarina? O que será que Tina quer? Até o próximo capítulo. Deixem Reviews.