Broken Mirror 2ª Temporada escrita por Renata Rodrigues


Capítulo 2
Capítulo 2 lavagem cerebral


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem desse cap eu tive uma ajuda especial para cria-lo então espero que gostem



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POV KATHERINE

-Malls?- chamo ao cruzar a porta 
- Oi Petrova - diz ela ao terminar de descer as escadas, me prendendo em um abraço de urso que só ela sabe me dar.
          Eu chacoalhei os embrulhos que havia trago para ela, e de repente Malssy arregala seus grandes olhos azuis, puxando as sacolas do meu braço e me arrastando para o sofá.
- Como foi a viagem? - ela pergunta, já sentada, fuçando nas sacolas.
- Sangrenta e fria – admiti, me entregando ao sofá macio recém comprado.
- Isso é lindo - admira ela, olhando o vestido que comprei por 0 dólares e 0 cents - para onde você foi agora?
-Alasca – respondi, pensando no frio e no sangue semicongelado. Eu nunca mais volto lá.
-O que você esperava Katherine? Se você quer calor vá ao Brasil - declara olhando a blusa que eu trouxe .
-Claro - digo ironicamente revirando os olhos -, eu e o meu português mais ou menos nos daríamos muito bem no Brasil.
- Eu falo português - ela diz sorrindo 
- Ta, ta, vamos ao Brasil qualquer dia então, ok? 
- Vou comprar um biquíni bem pequeno – diz, sorrindo maliciosa ao se levantar e levar suas compras pra cima.
        Me pus a fuçar em meu celular, sabendo o que estava procurando e sabendo como me sentiria quando achasse. Mas eu sentia tantas saudades que tive que procurar uma foto minha e de Damon no baile da primavera, eu e o meu longo vestido de baile frente única e minha linda coroa de plástico, Damon com seu terno preto usava uma gravata da cor do meu vestido. Ele carregava um sorriso orgulhoso nos lábios, afinal, éramos o rei e rainha do baile de formatura, e ele nem sequer ia à escola! Lembro-me de me perguntar como ele convenceu os diretores a aceitarem sua candidatura... Sorriu ao lembrar de minha ignorância, minha doce ignorância ... Sinto falta dela. Não consigo ficar em paz desde que ela se foi, se ela ainda estivesse aqui, Damon ainda estaria aqui e eu não teria que me afastar dele.
Damon, como eu sinto a sua falta...
          Uma lagrima desce por meu rosto ao pensar em tudo o que eu deixei pra trás. Eu não tinha uma casa, nem mesmo uma família, para onde quisesse voltar, mas eu tinha um amor... Eu o tinha e sentia falta dele.
-Nana-nina-não - diz Malls descendo as escadas. - Pare de pensar nesse homem, Petrova, isso vai te destruir, mais cedo ou mais tarde.
-Pare de bisbilhotar minha vida Pierce ou eu vou te destruir – disse, espantando a última lagrima antes que Malls visse. 
-Rá! - disse ela, debochando. - Como se eu tivesse mesmo medo de você Katherine.
-Ok, o que você sugere que eu faça que não vá me destruir?
- Sei lá... - ela fingiu pensar - Talvez tequila – respondeu por fim com um sorriso cumplice. 
- Perfeito. Eu acabei de cruzar aquela porta depois de uma viagem longa e você está afim de me arrastar para um bar e me fazer encher a cara ?
-Podemos toma um cosmopolitan se você preferir.
-Parece uma ótima ideia pra mim 
        Eram dez da noite quando fomos nos aprontar, e eu sabia que tudo em Chicago estava aberto e que permaneceria assim pelo menos até as três da manha. Eu estava vestidas com bostas com salto agulha e de cano curto, uma calça preta de rezina, uma blusa murllet branca semi transparente e um sutiã vermelho por baixo. Malls estava deslumbrante com um vestido tubinho preto bordado com paetês e uma sandália escarlate.
- Linda- disse Malls.
-Obrigada- eu disse.
-Quem disse que eu estava falando de você? - disse ela terminando de amarrar a sua trança lateral. 
- Está pronta pra ir? – perguntei, rindo.
- Estou. Vamos por fogo em Chicago!
- Estou pronta pra riscar o fósforo - disse animada. 
       Dirigimos até o centro da cidade, uma viagem de exatos 20 minutos, e eu estava preparada para perder os sentidos da maneira que fosse mais rápida. Estava disposta a esquecer meu nome e esquecer o nome de Damon também. Esquecer seu cheiro e seus beijos... Talvez eu encontrasse outro namorado, alguém legal que possa dividir uma vida comigo. 
         Eu estava disposta a esquecer Damon. Por que eu o manteria em minha cabeça  se não posso tê-lo? Eu o esqueceria e seguiria a minha vida sem toda essa dor. 
        Eu esqueceria Damon,  porque  ele tem que ser apagado da minha vida. 
            Eu queria esquecer Damon.
            Eu queria esquecer Damon ?
        Eu só responderia a essa pergunta depois de conseguir tirar minha mente desse planeta, e estava afim de alucinar, encher minha cabeça de porcarias até onde aguentasse, já não era fácil me derrubar. 
- O que vai ser?- o barman louro e forte perguntou.
- Ela eu não sei, mas eu não quero levantar do chão - eu sorri. 
O garçom ficou sem folego ao me ver sorri. 
- E eu quero algo doce e colorido -diz ela sorrindo ao ver que seu plano havia dado certo Ele não demora para trazes nossas bebidas, a de Malls verde e amarela em um copo médio, a minha em um copo microscópico de dar dó. Uma fumaça clara saía da minha bebida.
-Lavagem cerebral - disse ele, seus olhos flamejando como se tivesse feito uma aposta. 
- Só isso?- eu perguntei, erguendo uma sobrancelha. 
- É só o que você vai aguentar – disse o moreno alto sentado ao meu lado.
- Quantos você acha que eu vou aguentar? - provoquei. 
- Por favor, senhorita - disse o barman, indicando para que eu me afastasse um pouco. - Essa bebida é mesmo muito forte, e eu, se eu fosse você, não beberia perto dele. Ele não tem uma conduta muito boa...
- Não se preocupe... - eu olhei o crachá pendurado no colete preto – Felippe. Eu sei me cuidar.
- Então, quanto acha que eu vou aguentar? – perguntei novamente.
         Ele riu do meu tom desafiador.
- Garanto que consigo tomar mais que você - disse ele. 
- Acho melhor sua amiga tomar cuidado- sussurrou o louro para Mallsy.
- Katherine sabe o que faz - disse ela, um pouco mais alegre com sua bebida, já pela metade.
-Felippe - eu chamei -, traga uma lavagem cerebral pro meu mais novo amigo o... - eu esperei que ele disse o seu nome.
- Joe - ele disse, sorrindo como quem ri de uma criança que diz que vai pra lua. 
       Felipe volta com outro copo pequeno.
- E então, Joe - eu digo sorrindo -, dez dólares por copo, quem desistir primeiro paga ok?
- Espero que tenha dinheiro graçinha - ele segura seu copo na mão, confiante da minha derrota. 
- Eu também - disse a ele. 
- Prontos? - perguntou Malls – 3... 2...1! -ela bateu na mesa. 
        Em um movimento rápido eu viro o conteúdo do copo goela abaixo. A bebida é gelada na boca, muito gelada, como uma pedra de gelo quando já está há muito tempo na boca, mas descendo pela garganta ela se torna quente, e é realmente forte. Mas ainda não é o bastante pra me derrubar.
        Eu sorrio ao ver meu adversário engasgar com a sua lavagem cerebral e fazer cara feia. 
- Mais duas - eu pedi a Felipe - 20 dólares Joe, quer continuar com isso?
- Claro boneca- diz ele tentando sufocar uma tosse. 
          Felipe sorriu ao ver que eu sai vitoriosa do confronto que eu acabei de armar com esse senhor que eu mal conheço.
- 3... 2... 1! - Malls bate na mesa com ainda mais alegria, feliz por eu mais uma vez superar as expectativas.
         Mais uma vez eu viro o copo e a bebida desce como um consolo, um abraço doce e quente como o lar que eu conheci quando criança. 
Meu doce lar...
Bati o copo no balcão.
-Huuuuuuuu - disse alguém na pequena multidão que se formou para ver Davi derrotar Golias .
-Mas um - grita Malls empolgada pelo  fato de o meu gigante estar com dificuldade pra ficar de pé.
          Eu tomei o terceiro copo, e o quarto, e o quinto, e o sexto. A nossa volta, todos do bar haviam feito apostas, e muitas delas eram ao meu favor. Eu estava orgulhosa e era agora que a lavagem cerebral estava começando a fazer efeito.
            Estávamos indo para o sétimo copo quando Golias, quer dizer, Joe, aproximou o nariz no copo para sentir o cheiro de sua bebida e caiu da cadeira, desacordado no chão. Eu abri um sorriso vencedor e virei o meu copo e o de Joe deixando a multidão ainda mais animada. 
- Foi uma bela vitoria Petrova - diz atrás de mim uma voz rouca.
Eu me viro e meus olhos não acreditam no veem. 
-Elijah!

POV DAMON

- O que foi?- perguntou Stefan quando esbarrou comigo no corredor do hotel. 
- Elena me beijou - eu digo sem parar pra prestar atenção nele. 
- O que?! - pergunta Stefan, me seguindo.
- Elena me beijou - eu repeti, mais pra mim mesmo que pra ele.
-Damon, não dê esperanças a Elena! Ela não é tão forte quanto Rachel, ela pode ficar muito magoada.
-Foi ela que me beijou, Stefan! - eu me defendi.
-O que você foi fazer no quarto dela?
- Eu fui... - eu pensei... O que eu tinha ido fazer no quarto de Elena, afinal? - Eu fui ver se ela estava bem instalada.
- E desde quando que você se importa com isso? – metralhou. Stefan estava com a arma carregada de perguntas sobre meu relacionamento com a Elena, e aquilo me irritava. 
         Elena e eu tínhamos um relacionamento? 
       Elena era linda, isso ninguém podia negar, tinha alguma coisa a mais nela que chamava a minha atenção. Não era a mesma coisa com Katherine eu não queria comparar os amores. Eu não faria isso, eu nem mesmo poderia. Mas sim, Elena tinha uma certa inocência charmosa que me fazia querer cuidar dela, protegê-la... 
O que eu sentia por Elena?
-O que você realmente foi fazer no quarto de Elena, Damon?- ele perguntou de novo. 
- Elena me atrai, ok?- eu disse e, de novo, aquilo era mais pra mim que pra ele.
-O que? - Elena perguntou, saindo do quarto. 
-Elena eu... 
- Então eu atraio você? - ela pergunta, se aproximando devagar .
- Elena depois de tudo o que passamos juntos... Você me fazendo companhia todos esses tempos em que... - Eu empurro a ultima palavra sem saber o efeito que ela causara em mim e em Elena. – Todo esse tempo em que Katherine esteve longe...
- Eu te atraio ou não, Damon? - ela perguntou, pressionando-me, tomando as rédeas da situação pela segunda vez no dia, ainda se aproximando de mim e da verdade que eu acabara de constatar.
- Você me atrai, Elena – pronto, estava feito, eu tinha dito.
- Não doeu , doeu?- perguntou ironicamente passando por mim. 
-Você me atrai, Elena, sabe disso desde o dia que nos beijamos, por que essa pergunta agora? - ela finalmente para quando eu pergunto. 
- Porque não quero que se esqueça disso quando Katherine voltar. 
         Elena caminhou pelo corredor e entrou no elevador enquanto eu encaro feito bobo a mulher em que Elena se transformara.
Antes que minha cabeça pudesse dizer que era errado, meu corpo correu atrás do de Elena, perseguindo-a para saber até onde ela me surpreenderia.
- Decidiu vir comigo, Damon? - ela pergunta incrédula.
-Vamos aonde você me leva. 
      Ela sorriu, ainda descrente, como se não acreditasse no que estava acontecendo. 
     Fomos a um bar, ou uma boate, eu não sei. No meu tempo chamávamos aquilo de taverna.
       Elena sentou em banco em frente ao balcão e balançou as pernas freneticamente. Ela parecia ansiosa.
- Você não vai beber, vai?- perguntei cauteloso. 
- Vou - ela diz com um sorriso.
- Você já bebeu antes?- eu pergunto. 
- Sim - ela diz -, no Baile de Máscaras.
- Isso foi há quase um ano, Elena, isso não conta. 
- E você ainda consegue andar! - comemora o garçom, parecendo surpreso ao olhar Elena.
- Sim, eu consigo - ela responde, sem jeito. 
- Quer mais uma lavagem cerebral?- ele pergunta. 
- Dois, por favor - ela pede sem nem mesmo saber o que é aquilo.
         O garçom volta com dos copinhos de onde provem uma fumaça clara.
       Eu cheirei, a bebida tinha um cheiro doce e era gelada em contato com a língua, mas quando descia pela garganta era quente como fogo.                  Elena estava vermelha, fazendo careta, o corpo encolhido.
- Como estava a sua lavagem cerebral, Elena? – pergunte, rindo de sua expressão.
- Com toda a certeza lavou meu cérebro - ela fechou os olhos, tentando afastar a tontura. 
- Chega de beber então?
     Elena riu alto de uma piada que ninguém contou, provavelmente efeito do álcool. Ela se levantou do banco e caiu nos meu braços, os olhos nos meus, mãos na minha nuca, e seu sorriso escandaloso foi perdendo a intensidade e baixando o tom. Eu a coloquei de pé e encarei aquele sorriso bobo em seu rosto. Ela parecia um anjo e eu, mais uma vez ,não pude negar ao chamado dos seu lábios, clamando pelos meus e mais uma vez estávamos perdidos no estaze de nossos labios se tocando. 
       Eu sorri depois que me afastei dela 
-  Eu não sabia que tinha voltado Katherine - disse uma garota que eu nunca tinha visto na vida. 
- Você me chamou de Katherine? - perguntou Elena, ainda meio grogue.
- Vamos, vamos pra casa Katherine, acho que eu vou vomitar a qualquer momento - continua a garota.
     Katherine está por aqui, mas onde ela está? Eu me viro para procurá-la, e não muito tempo depois a encontro em pé, o olhar quebrado, uma lágrima muda congelada nos olhos. Ela olhou pra cima, para espantar a lágrima, e desapareceu em seguida.
   Ela havia visto o beijo que eu dei em Elena. 
    Katherine estava puta comigo eu tinha certeza. 
  E eu não me lembro de ter ficado mais feliz em outro momento qualquer de toda a minha vida. 


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Notas finais do capítulo

espero que gostem, sobre broken mirror eu ñ sei como termina nem o que vai acontecer nos próximos caps tudo o que sei é o que os personagens são livres eu simplesmente escrevo o que acontece com eles obrigado pelo comentários