O mundo dos Dragões - O Dragão branco escrita por Kaito


Capítulo 5
Torturing... Torturing Friends


Notas iniciais do capítulo

Bem, desculpem a imensa demora para postar esse capítulo. Mas a criatividade não vinha para absolutamente nada.
Aproveitem ^^



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Quando o avião finalmente pousou, eu já havia dominado parte dos meus poderes, ou me lembrado de como usar, se preferir assim, já que curiosamente minha habilidade com a magia estava bem fora do normal par um iniciante.
Coloquei a mochila onde Zorn estava em minhas costas e entreguei a outra para Andrew e assim descemos do avião, caminhando na direção da saída do aeroporto.
— Chame uma limusine... — Disse para Andrew, puxando a mochila das costas dele — Isso fica comigo, claro.
— Certo... — Ele disse, com receio, puxando o celular.
Caminhei até um banco, sentado no mesmo enquanto vasculhava a mochila, puxando a pistola carregada de dentro da mesma, colocando o cano pra dentro da minha calça, prendendo-a a cintura, ocultando-a.
Dei um pequeno sorriso e então movi a cabeça de um lado para o outro, levando a mão ao celular de Andrew, que já estava ao meu lado, pegando-o. Desbloqueei o telefone e então disquei o celular de James, meu pai “adotivo”. Esperei alguns segundos e então a chamada foi atendida.
— Alô? — Disse uma voz mais grossa que a minha do outro lado da linha.
— Pai? — Perguntei calmamente.
— Noah? O que quer filho? Estou ocupado aqui com o Senhor Presidente.
— Ah nada... O pai do Andrew também está ai? Ele me pediu pra perguntar isso.

— Willian? Está sim filho, o que Andrew quer?
— Nada... Só queria saber onde ele estava. Tchau pai, boa sorte ai...

Desliguei o celular, devolvendo-o para Andrew.
— Tomara que o presidente o mate... — Comentei, levantando do banco ao ver o motorista da limusine com a plaquinha branca com nossos nomes.
Corri na direção do carro, junto com as duas bolsas, adentrando-o com velocidade. Virei à cabeça lestamente, fitando Andrew.
— Em que hotel eles estão? — Perguntei, fitando Andrew.
— No Lótus... Na suíte, claro.
— Certo... Você ouviu. Hotel Lótus, por favor.

Enquanto a viagem prosseguia comecei a forçar minha mente no meu passado tentando recuperar mais alguma parte das minhas memórias, mas nada daquilo adiantava, me perdi em meus pensamentos por um bom tempo, tentando descobrir algo, uma mensagem, uma resposta... Mas sempre que chegava perto de algo do tipo, minha mente ficava em branco, tirando-me todas as lembranças que havia tido, poucas, mas ainda assim eram minhas... E me deixando novamente na ignorância absoluta.
— Eu sou um ninguém... — Comentei, olhando para frente, localizando o hotel.
Andrew me fitou com uma expressão de surpresa e dúvida, provavelmente tentava entender o que eu havia dito, e adivinhar o que eu estava pensando, senti algo chegar a minha mente, e logo após isso, me tranquei... Mantive um único pensamento em minha cabeça... Uma enorme e impenetrável parede de metal. Mantive esse pensamento por alguns segundos, e então senti a mente inimiga se afastar.
Logo ao meu lado Andrew bufou, e puxou um pouco de dinheiro do bolso, pagando rapidamente o motorista. Levei minha mão esquerda lentamente ao cabelo, arrumando-o e logo após isso agarrei as mochilas e pulei para fora do veículo, dando uma nota de cinco para o motorista, como gorjeta.
Fechei a porta com o pé, e então caminhei na direção da entrada do hotel, fitei o letreiro brilhante: “Hotel Lótus” Que ficava logo acima da porta giratória de entrada e saída. Eu e Andrew caminhamos até ela, e por fim adentramos o hotel. Puxei minha identidade do bolso e caminhei ao lado de Andrew até a recepção do local. Bati com as duas mãos no balcão da recepção e a mulher do outro lado ergueu o olhar, olhando-me por cima da lente de seus óculos.
— Em que posso ajudar?
Estendi minha identidade até a mulher.
— Gostaria do cartão da Suíte onde meu pai está hospedado. Como vê ai sou Noah Williams... Meu pai está na Suíte do hotel. O nome do meu pai é James Williams, pode checar. Eu vinha aqui várias vezes quando menor, provavelmente devem se lembrar de mim, meu pai é... Um cliente bem antigo.
A recepcionista fitou minha identidade por alguns instantes e então dirigiu sua atenção ao computador, digitando algumas coisas, em pouco mais de 5 minutos ela de virou, pegou um cartão magnético e o entregou para mim.
— Tenha uma boa estadia, senhor Williams.
— Obrigado... Ah, por favor, não avise meu pai sobre isso. Eu gostaria de fazer uma surpresa, entende?
— Claro senhor.
— Obrigado.
Acenei com a cabeça para Andrew, indicando o elevador, coloquei o cartão no bolso e então comecei a caminhar junto com ele na direção do local indicado, adentrando-o. Elevei minha mão até o botão 38, clicando no mesmo.
— Vai demorar um pouco... Por que diabos as melhores suítes tem que ser no topo do prédio? Oh chatice...
Andrew deu uma pequena risada, e então esperamos alguns minutinhos, por causa do pequeno fluxo de pessoas que entravam e saiam do elevador, fazendo-o parar a cada oito andares, em média.
Quando finalmente chegamos ao andar correto, Zorn estava se mexendo muito em minha mochila, o que estava causando um grande desconforto nas minhas costas, o xinguei mentalmente algumas vezes... Mas eu pude perceber que ficar preso estava o deixando muito bravo e triste, eu havia o deixado preso na mochila por horas.
Saímos do elevador com velocidade, caminhando na direção da suíte de meu pai. Passei o cartão magnético na “fechadura”, destrancando a porta.
Levei a mão ao braço de Andrew, empurrando-o para dentro, na minha frente. Eu estava desconfiado dele, algo tentara entrar em minha mente na limusine, e quase conseguira, mas... Graças ao treinamento no voo, consegui recuperar parte da minha memória de quando era pequeno, minha família vivia em um castelo, lembro-me bem vagamente de um professor baixinho com barbas longas e ruivas que estava sempre me xingando por ter pouca concentração e não conseguir decorar a Língua Antiga com facilidade. Lembrar disso foi o que me ajudou a bloquear o mago inimigo.
Joguei a mochila que estava com minhas roupas, dinheiro e armas em um dos sofás e coloquei a em que Zorn estava no chão, abrindo o zíper logo após isso, liberando a passagem do dragão, que saiu voando com todas as suas forças pelo grande quarto, parecia extremamente contente em estar livre novamente, poder voar e ver as coisas ao seu redor.
Fitei Andrew por algum tempo, ele havia puxado uma poltrona até a frente de uma televisão, e sentado na mesma via algum programa de vida animal, ou algo do tipo. Andrew gostava desse tipo de coisa, ele sempre me falava que havia nascido no tempo errado, que no nosso século, conviver com a vida animal era uma coisa para poucos, bem vaga e mal vista pela grande maioria.
Dei de ombros e caminhei até a cama de casal, no centro do quarto, levando o revolver e o pote onde as munições do mesmo estavam junto comigo. Por fim dei um salto, caindo deitado no colchão da cama, com o revolver e o pote de munição em minhas mãos. Arrumei-me no colchão, colocando dois travesseiros em minhas costas, ficando com a coluna pouco erguida, nem deitado, nem sentado. Abri o tambor da arma, esvaziando-a do único espaço ocupado. Peguei seis balas no pote ao meu lado, carregando o revolver espaço por espaço, até o mesmo estar totalmente carregado. Girei o tambor, e movi a arma para o lado, prendendo-o ao resto do revolver.
Zorn! Chamei mentalmente.
Ouvi um barulho vindo a minha esquerda, um fraco rugido de dragão, e então Zorn mergulhou em minha direção, pousando suavemente ao meu lado, deitando assim, sua cabeça em meu tórax, fechando seus olhos por alguns segundos. Dei um sorriso e levei a mão à cabeça do pequeno dragão, acariciando-a.
— Ele realmente gosta de você — Andrew estava parado com uma das pistolas na mão direita, logo ao meu lado, apontando-a para minha cabeça — Eu não queria fazer isso, Noah. Mas você se lembrou de coisas que não deveria.
Tentei me virar para o lado, mas Andrew aproximou a arma, colocando o cano da mesma em minha testa, olhando-me com raiva.
— Você não quer fazer isso, Andrew.
—Meu pai vai me recompensar por isso. Eu vou ganhar um Dragão. Se eu te matar, faremos o que Galbatorix fez em Shruikan, você sabe. E finalmente teremos um cavaleiro ao nosso lado, e assim tomaremos o controle de Alagaësia.
— Se você diz...  Sabe, você vai me desculpar por isso, Andrew... JIERDA! — Ordenei, e logo após o comando, senti parte da minha energia ser drenada, uma grande parte, ele havia feito alguma proteção nesse meio tempo, mas não forte o suficiente para impedir meu ataque de penetrar. Após alguns segundos ouvi o Craque das penas de Andrew se quebrando, e ele então caiu para trás, soltando a arma.
Saltei para fora da cama, chutando a pistola de Andrew para longe.
— Está com fome, Zorn?
O pequeno dragão me olhou com um brilho nos olhos e então saltou na direção das pernas de Andrew, abocanhando uma delas, puxando um grande pedaço de carne humana da mesma, devorando-a após alguns segundos. Andrew gritava o mais alto que podia, e sem parar, sua dor era evidente.
— Já chega Zorn.
O dragão abriu suas asas lentamente e voou na direção da cama, deitando na mesma. Levei minha mão lentamente ao braço de Andrew, puxando-o até uma parede do quarto, o colocando sentado com as costas apoiadas na mesma. Me abaixei a frente do garoto, com a arma apontada para sua mão esquerda.
— Por que vocês querem o controle de Alagaësia?
— Puff... Hahaha. Acha me-mesmo que eu v-vou contar a você nosso planos? Você é apenas uma arma nisso, algo a ser usado, para um objetivo mai-
Interrompi Andrew no meio de sua frase, puxando o gatilho do revolver, liberando assim, à bala na direção de sua mão.
— AAAAAAAAAAAHH! — Andrew soltou o grito enorme, que se espalhou pelo quarto por alguns segundos, olhei para sua mão que agora, assim como sua perna, sangrava sem parar.
— O que vocês querem lá?
— Eu já disse que não vou f-falar.
Movi a arma na direção da coxa esquerda do mesmo, apertando o gatilho novamente, fazendo uma segunda bala perfurar o corpo do garoto.
Andrew gritou de dor mais uma vez, até quase ficar sem voz, começando a puxar o ar com dificuldades, arfante.
— Você vai me dar respostas concretas, ou eu vou continuar atirando em você.
— Nun-Nunca!
— Então adeus Andrew, te vejo na outra vida... Mas espere... Eu sou Imortal.
Andrew me olhou com amargura e inveja, ele sabia de tudo isso, que ele morreria agora, enquanto eu, sendo um cavaleiro, poderia viver indeterminadamente.
Sai caminhando na direção da cama, saltando na mesma, caindo deitado nela novamente.
— Pode comer Zorn.
Me virei para o lado, fitando o pequeno dragão branco saltar da cama em direção do chão, se aproximando lentamente de Andrew, provavelmente com uma expressão facial bem malvada, já que a expressão de Andrew mudou radicalmente. Meu ex-amigo estava tremendo de medo, enquanto fitava Zorn se aproximar.
— Não! Não, Noah! Por favor Noah, não! NÃÃÃÃÃÃÃÃÃO!
E então Zorn saltou na direção do pescoço de Andrew, mordendo-o com toda a brutalidade, fazendo o sangue do garoto jorrar para todos os lados, manchando o tapete, a parede e as próprias escamas brancas do dragão de vermelho-sangue. Virei-me para o pote de munição, abrindo o tambor da arma novamente, retirando os cartuchos vazios de dentro do revolver, recarregando os dois espaços desocupados. Prendi o tambor novamente na arma, e fiquei a observando, enquanto ouvia Zorn fazer um imenso barulho enquanto devorava o corpo de Andrew.

Após alguns minutos Zorn pousou ao meu lado, manchando a cama de sangue.  Ele mexeu o corpo todo, lançando gotas do líquido vermelho para todos os lados, inclusive em minhas roupas e face.
— Zorn...
Ele virou o rosto para mim, girando-o 30 graus para cada lado, provavelmente se perguntando o que eu queria, enquanto me fitava com seus olhos azuis brilhantes. Saltei para fora da cama, caminhando lentamente até o banheiro do quarto, levando o revolver, o pote de munições e uma toalha comigo.
— Venha.
Abri a porta do banheiro, girando os registros, fazendo duas “torneiras” se abrirem, começando a encher a banheira com água morna. Após alguns segundos, com metade da banheira cheia, desliguei os registros, parando o nível de água.
— Entra.
Zorn recuou um pouco, achei que ela iria fugir, que não queria se limpar ou algo do tipo, mas alguns recuar alguns passos, ele saltou e flutuou por cima de mim, até pousar dentro da banheira, apenas com a cabeça para fora da água. O sangue nas escamas do dragão começou a se soltar, deixando a água, em poucos segundos, completamente avermelhada. Puxei Zorn para fora da banheira, pegando uma bucha de banho, começando a esfregar as escamas do dragão, tirando as manchas que sobravam nele. Destampei o sumidouro da banheira, deixando toda a água escoar, antes de ligar mais uma vez um dos registros, terminando de lavar o pequeno dragão branco.
Peguei a toalha, envolvendo Zorn com a mesma. Fiquei em fim de pé, levando o pequeno dragão para fora do banheiro, caminhando na direção da cama. Deixei-o, ainda envolvido na toalha em cima do colchão, enquanto caminhei na direção da mochila que estava no sofá, pegando meu notebook e uma camiseta preta, colocando-os ao lado da mesma. Fui até o banheiro, abrindo a torneira da pia, lavando o rosto das manchas de sangue.
— Eles estão demorando demais...
Tirei minha camiseta, jogando-a no chão e então peguei o revolver e a caixa de munição, que estavam ao lado da banheira, por fim caminhei até o notebook, colocando a camiseta preta. Peguei o computador portátil, levando-o até a cama. Subi na mesma, e então me sentei com as costas apoiadas nos travesseiros, colocando o notebook no colo. Apertei o botão de Power, enquanto observava Zorn lutar contra a prisão feita com a toalha, até finalmente se libertar, e saltar em minha direção, fingindo um ataque, mordendo de leve meu braço, brincando.
— Vamos Zorn, durma.
Ele me olhou com uma expressão de desaponto, mas se deitou ao meu lado, apoiando a cabeça na minha perna, tentando dormir.
Quando o computador finalmente ligou, o conectei a rede wi-fi do Hotel. Mas, antes de poder fazer qualquer coisa na internet, a porta do quarto passou voando a minha frente, até estourar na parede ao lado da porta do banheiro. Tirei o computador de cima de mim, e puxei o revolver, saltando para fora da cama, enquanto erguia o braço direito, atirando contra a cabeça do primeiro homem que apareceu, matando-o na hora. Outros sete apareceram juntos, e logo atrás deles estavam meu pai e Willian, o pai de Andrew, que olhou para o que sobrava do corpo de seu filho, com ódio. Meu pai fitava Zorn, completamente encantado, enquanto um dos seus guardas apontou a mão para mim, ordenando.
— Letta!
E assim, todos os meus membros foram paralisados, mesmo com toda a força, não consegui nem mover um dedo. Zorn olhou para os homens, mostrando as presas, com raiva.
— Bom te ver... Filho.


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Notas finais do capítulo

Jierda: Quebrar
Letta: Pare/Parar (imperativo).

~~~~~~~
Já comecei o próximo capítulo, ele provavelmente sai sábado, se tudo der certo, não prometo nada.



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