Nascido Do Sangue escrita por Viúva Negra


Capítulo 27
A Primeira Vez




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Depois de alguns minutos com a mulher dentro de uma luxuosa carruagem chegaram à mansão Voiculescu, o fraque estava jogado sobre uma cadeira, o colete desabotoado, cartola, luvas e máscara estavam sobre uma mesa, sentado à beira da cama, o rapaz não conseguia esquecer o rosto de sua donzela sorrindo para outro alguém, poderia ser Tristan, mas não... Ele não tinha olhos azuis, acreditava não poder imaginar quem poderia ser aquele homem.

Sentiu um delicioso arrepio eriçar seus pelos, olhou para o lado, a bela mulher jogava seu corpo sobre seus ombros beijando lascivamente seu pescoço, fechou seus olhos e deixou-se levar pelas novas sensações afinal, não poderia desperdiçar este momento.

Ambos de joelhos sobre o colchão, as delicadas mãos femininas de Andreea retirando e arremessando o colete de Damian enquanto seus dedos ebúrneos e desajeitados tentavam desabotoar o corpete da viúva, não estava completamente bêbada ainda podendo comandar toda a situação e percebera que o jovem estava nervoso.

A cada peça de roupa jogada ao chão ganhavam-se beijos e carícias, deleitosos toques que aumentavam as batidas do tenro coração do ferreiro, os olhos do moço estavam cerrados, porém queria tanto abri-los para poder observar tudo que acontecia, este desejo era maior que ele.

A pressão prendia sua respiração em sua traqueia, não conseguia aspirar, inspirar e nem ao menos engolir em seco cada vez que a dama se aproximava, temia que ela pudesse sentir suas mãos inquietas e geladas de medo e ansiedade, fora um dia tão agitado e faltava terminá-lo descobrindo a doçura de um primeiro beijo e o prazeroso momento de deitar-se com uma mulher.

Quando a mulher despira-se por completo, sua libido aumentara ao fitar aquele corpo de curvas luxuriosas, seus seios eram fartos, seus mamilos róseos e firmes, o cheiro doce que exalava de sua tez, ela permitira que as mãos lívidas e frias do rapaz passeassem por seu corpo quente e dourado, uma vontade enlouquecida de tê-la naquele instante somente para ele, mesmo não a conhecendo muito bem, brigava com o medo.

Sentiu-se envergonhado ao ficar nu diante de seu “prêmio”, havia um nó em sua garganta, mesmo que quisesse dizer algo não poderia, estava quase enlouquecendo com aquele silêncio pairando no ar, estava enrijecido e trêmulo, queria tanto saber o que fazer, entretanto seu coração estava acelerado demais para refletir.

Andreea o deitou confortavelmente sobre travesseiros de plumas cobertos com fronhas de cetim sentando-se sobre o corpo frígido do adolescente, seus olhos miravam discretamente o semblante nervoso do rapaz e aquilo a banhava com uma nova sensação de ternura e ao mesmo tempo de desejo. Seus carnudos e quentes lábios tocaram o pescoço lúrido de Damian ao se inclinar para frente, beijos lentos e voluptuosos seguidos de carinhos que o faziam suspirar e até aumentar seus tremores nervosos.

A viúva Voiculescu beijava, lambia e até mordia levemente a branca pele arrepiada do garoto, a cada minuto sua boca descia alguns centímetros, Damian estava tentando suportar seus desejos, era quase impossível controlar-se, adoraria ir direto ao ponto, mas algo lhe dizia que todo este processo que antecedia era algo sublime e que merecia ser desfrutado, procurou relaxar.

A última vez que olhara para a mulher, seus lábios já estavam abaixo do umbigo, ela não iria parar por ali, buscou fechar os olhos, recostou a cabeça sobre o travesseiro e respirou fundo, não demorou muito para mais sensações percorrerem todo o seu corpo, novas e intensas, quase indescritíveis. Franziu a testa tentando concentrar-se neste novo prazer, abriu sua boca para poder respirar melhor, de tempos em tempos umedecia os lábios, sentia o calor dos finos e habilidosos dedos femininos apalpando carinhosamente seus testículos, sua língua fazendo movimentos circulares sobre a cabeça do seu pênis, seus lábios quentes distribuindo suaves beijos por todo o seu órgão sexual.

Seus olhos fechados deixando que o tato conduzisse as sensações, adorava quando sentia as unhas dela arranhando levemente sua virilha, suas mãos seguraram o colchão, não conseguia pensar em nada, fazer absolutamente nada, era tudo tão novo e tão profundo, estava com medo do que poderia acontecer. O silêncio era quebrado apenas pelo ruído abafado de sua respiração, tentava segurá-la enrijecendo seu abdômen, mas quando não mais podia suportar expirava e logo inspirava e prendia novamente o ar em seus pulmões assim como seus dedos estavam aprisionados entre as fibras dos lençóis, podia ouvir as batidas de seu próprio coração e quase senti-lo saltando de seu peito por entre as costelas.

Uma deliciosa sensação que ia e vinha sem parar, ia e quando retornava era ainda mais intensa que da vez anterior, como ondas arrastadas pelo vento até a areia, sua excitação crescia e crescia, porém o ponto mais alto do prazer lhe fora tirado brutalmente, nada mais sentiu, seu corpo estava inerte entre lençóis e não entendera por que ela havia parado.

Sentiu as mãos dela sobre sua face, fitou seu rosto, se parecia tanto com Rosalind, seu corpo rosado sobre si sorrindo, chamando seu nome, porém a encarou e vira que era apenas Andreea deitando ao seu lado, palavras eram desnecessárias para fazê-lo entender que agora era sua vez de deliciar-se com o corpo dela o quanto desejasse.

Começou tocando seu dourado pescoço com seus lábios carmesins, sentia o sabor daquela pele lasciva, não sabia se isto era comum ou se outro homem já sentira isto antes, mas ao passar sua língua sobre aquela bronzeada cútis sentia algo doce e saboroso explodindo dentro de sua boca como se fosse a primeira vez que saboreava uma torta de maçã recém-saída do forno, aquele perfume feminino o enlouquecia ainda mais, não deixava nada lhe passar despercebido, estava atento a cada sensação, o olfato, o tato, o paladar, a audição, entretanto a visão era desnecessária quando os outros sentidos trabalhavam em perfeita sincronia.

Podia ouvi-la dar alguns finos gemidos de prazer, sentia as mãos dela acariciando seus cabelos enterrando seus dedos sob aqueles fios negros como a noite. Com a ponta de sua língua brincou com os mamilos rosados e sensuais enquanto suas ebúrneas mãos seguravam os seios da mulher, era tudo tão magnífico, absolutamente perfeito e não queria que acabasse, estava morrendo de medo, não sabia se estava fazendo certo, todavia presumiu estar indo bem ao ouvir os finos barulhos de aprovação emitidos por ela.

Assim como Andreea, o ferreiro também fora explorando cada parte daquele corpo tão desejado pela maioria dos homens do vilarejo, deixou sua boca e suas mãos descobrirem cada centímetro e adorava ouvi-la gemer, para o rapaz era como se fosse um “Muito bem, você está fazendo certo”, sem contar que cada fino ruído de prazer o deixava ainda mais excitado.

O garoto abrira delicadamente com suas mãos as pernas da mulher, seus frios dedos acariciando e arranhando sua virilha assim como fizera com ele há alguns minutos, queria proporcioná-la tal qual prazer, ainda estava inseguro e acanhado, mas deixou-se levar não mais podendo parar. Segurava as pernas da viúva bem abertas enquanto seus lábios passeavam por todo o ponto mais sensível de seu delicado corpo feminino.

Com os olhos fechados, deixava apenas seu paladar e audição trabalharem, sentia o adocicado sabor daquela pele macia e ouvia os finos e deleitosos gemidos provocados por suas ações, eram finos e baixos, porém começaram a aumentar, ainda sentia os dedos dela perdidos entre suas mechas enegrecidas, aquilo causava-lhe deliciosos arrepios.

A mulher franzira o cenho buscando concentrar-se nas sensações que aquele desajeitado adolescente tentava provocar, estava conseguindo, ouvia a respiração dela arfante, sentia seus dedos segurarem fortemente seus cabelos, os gemidos tornaram-se altos excitando o ferreiro ainda mais, ele não iria parar enquanto não a visse contorcer-se, tremer, atingir o clímax.

Quando isto finalmente aconteceu, quando a viu segurar o lençol com uma das mãos e a outra puxar seus cabelos negros proporcionando-lhe uma aguda, porém estranhamente gostosa dor, quando ouviu seus altos gemidos excitantes, quando teve que segurar com mais força as pernas da mulher, pois sentiu-as tremer, quando um longo e satisfatório suspiro fora emanado, abrira um imenso sorriso e no mesmo instante buscou seus sensuais e carnudos lábios.

Deitou sua cabeça nos travesseiros, novamente a dama subira sobre seu corpo, o coração de Damian bateu mais forte quando sentiu que seu pênis já estava dentro da viúva Voiculescu, a mulher mais desejada. Todos os homens fariam qualquer coisa, possível ou não, para estar em seu lugar e, no entanto, era ele que a tinha naquela noite, faria o que quisesse, ela era sua, somente sua.

Aquelas mãos douradas suavemente apoiadas sobre seu peito pálido enquanto seus lúridos dedos apertavam os seios da donzela entregue de bandeja para si, os movimentos que fazia eram lentos, mas a cada minuto a velocidade aumentava na mesma medida que o desejo tornava-se maior, às vezes inclinava-se para beijá-lo, o moço gostava quando fazia isso não tornando aquele momento tão superficial quanto imaginou que seria.

De tempos em tempos abria seus olhos para fitá-la, via que sua cabeça estava reclinada para trás, estava aproveitando o momento, “Parecia tão fácil para ela” pensava ele, não conseguia concentrar-se, estava explodindo de libido, porém ainda faltava alguma coisa, era tudo tão novo e tão estranho, em certos momentos quis parar, em outros queria ele mesmo conduzir o ato, mas não sabia como.

Algo estava acontecendo, algo estranho, o momento estava chegando perto do fim, estavam quase atingindo o ápice do prazer juntos, foi então que começou a ouvir os batimentos cardíacos dela, nitidamente como se colocasse a orelha sobre seu peito, podia ouvir também o sangue correndo tão rapidamente pelas veias para bombear ainda mais o coração libertino, aquilo o excitou mais do que tudo que passara até aquele instante.

Os sons se misturavam, as batidas rápidas do coração da viúva Voiculescu, seus movimentos, sua respiração, seus gemidos cada vez mais altos, tudo unido somente para excitá-lo, para fazê-lo delirar, para que chegasse ao clímax pela primeira vez, pensou até estar ficando louco, mas por um momento jurou poder sentir o cheiro do sangue dela, um aroma ainda mais doce do que o perfume que estava usando, tão veemente quanto tudo até agora.

A hora havia chegado, Damian apertara ainda mais os seios de Andreea em suas mãos quando ela inclinara-se para frente, era algo tão forte e esta força somente crescia, fechara os olhos para aproveitar os poucos segundos de um prazer tão profundo que nunca sentira antes, não conseguia pensar em outra coisa, aqueles poucos segundos de puro êxtase e adrenalina esvaziavam sua mente e espantavam pensamentos que poderiam estragar este momento, como um manto negro cobrindo tudo e logo após, um alívio seguido de um suspiro longo e exaustivo.

Abrira lentamente os olhos e então viu a mulher jogar seu corpo suado sobre o seu, ouvia a respiração arquejante dela e não somente isto, ainda conseguia ouvir as batidas de seu coração aos poucos desacelerando, feito um tambor com batidas altas e frenéticas que aos poucos morriam no silêncio, sentiu-a segurar sua mão e deitar a cabeça em seu peito, se pudesse fazer um pedido, queria que fosse Rosalind ali junto a ele cansada após um momento de amor puro e verdadeiro, seus cachos de bronze sobre seu peito ebóreo, os dedos rosados entrelaçados entre os seus tão álgidos e níveos.

Fechou os olhos e pensou tê-la em seus braços, como queria ganhá-la, como queria que seu primeiro momento de prazer fosse com ela, aquela garota tão meiga, tão doce, tão delicada, acariciou os cabelos louros da viúva, porém tendo em mente que eram os lindos cachos afogueados de sua amada donzela.


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