Aquele Tipo De Garota. escrita por Relsanli


Capítulo 2
Final


Notas iniciais do capítulo

Bom esse é o ultimo capitulo...



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- Então Emmett você ia me contar alguma coisa...

- Que coisa?

- Sobre o que você estava pensando naquela hora.

- Bom, isso... não era nada... eu...

- Emmett!

- Eu só estava lembrando do nosso tempo de infância.

- Nosso? Pelo que eu me lembro nascemos na mesma cidade, mas não crescemos juntos.

- Era exatamente isso que estava lembrando, você era tão diferente Rosalie, tão...

- Feia? Estranha? Caipira? A menino?

- Não...

- Era assim que me chamavam, lembra?

- Lembro, você era uma garota com óculos de grau, rabo de cavalo, aparelho e roupas jogadas sem contar que trabalhava em uma oficina de carros e adorava brincadeiras de meninos.

- E isso me fazia estranha e digna de piada Emmett? O fato de não usar vestidos, saias, rosa, andar com o meu cabelo sempre arrumado e gostar de boneca e chás me fez ser a grande aberração da cidade.

- Eu...

- Sim, você e seus amigos fizeram da minha infância um inferno com suas piadas e apelidos, se um dia um de vocês inventassem um novo nome no outro a cidade inteira já sabia e também chamavam.

- Eu sinto muito.

- Não você não sente, e sabe porque? Porque se hoje eu aparecesse com a mesma aparência que tinha há alguns anos atrás você não estaria aqui comigo, não teria me apresentando para os seus amigos, mas me olharia com o mesmo olhar que me olhava quando eu tinha quatorze anos.

Eu queria dizer alguma coisa, ao menos que não era verdade, mas no fundo eu sabia que ela tinha razão.

- Tem noção do quanto vocês me fizeram sofrer naquela época? No quanto eu chorei por ser rejeitada, por ser o motivo de piada? E tudo que eu queria era ser normal, que vocês me aceitassem da maneira que eu era, eu só queria ter um único amigo que não fosse o meu cachorro.

- Nós nunca pensamos assim, erámos crianças e completamente infantis.

- Eu me perguntava qual era a graça de ser como uma Tanya ou uma Irina da vida, qual era a graça de se vestir daquela forma, mas apesar de tudo eu as invejava, invejava porque elas tinham tudo, porque elas conseguiam tudo com aquelas roupas importadas, sandálias, cabelos arrumados, maquiagem e claro... amigos nem que estes só estavam com elas por serem as lideres de torcida da escola.

- Eu não me lembro de você na escola.

- É claro que não, você era o capitão do time de futebol, namorava a menina mais popular da escola, vulgo Tanya Denalli, jamais iria olhar para a nerd, para a menina insignificante que sentava atrás de você todas as aulas de geometria e literatura, ou que fazia educação física com você e que pegava o mesmo ônibus para ir e para voltar da escola, nunca repararia na menina que usava o armário ao lado do seu e que todos os dias lhe dava bom dia, não me assusta o fato de não se lembrar de mim na escola, afinal você quase não me via.

- Eu... eu era um idiota Rosalie.

- É você era sim, afinal se a Rosalie de agora entrasse naquela escola duvido que não responderia meus bons dias com um lindo sorriso de covinhas que sempre teve no rosto, tenho certeza que me convidaria para sentar na mesa com você no intervalo, ou que viraria para a trás em todas as aulas de geometria somente para me perguntar qual era o fórmula que deveria usar, você fazia isso com todas as meninas que achava interessante, você teria me apresentado aos seus amigos de time...

- Vejo que você me conhecia muito bem...

- Estudei com você a minha vida inteira Emmett, morava na mesma rua que você, te via todos os dias e tinha também o fato que eu...

- Que você...

 - Que mesmo eu sabendo que estava agindo como uma garotinha, como uma masoquista e idiota que estava me afundando, eu sabia que você não merecia uma única lagrima que eu derramava depois de todas as vezes que você me insultava, porque eu havia aprendido a lidar com os insultos, mas os seus... os seus me feriam mais do que todos e eu me sentia fraca por chorar por um idiota como você.

- Chorou por mim? Rosalie preta atenção... como você mesmo disse eu era um idiota, e eu nunca mereci e nunca irei merecer nenhuma lagrima sua, mas eu mudei Rosalie acredite em mim, eu não posso voltar atrás, mas eu posso lhe pedir perdão agora no presente. – Eu tentava de alguma forma a fazer se sentir melhor, mas eu não tinha como, havia falhado e não tinha como mudar isto, tudo que eu queria era ao menos olhar em seus olhos e dizer que sentia muito, mas meu corpo parecia ter entendido que ele não era digno de tocar naquela mulher.

- Você sabe porque? – Sua voz me despertou novamente.

- Porque o que?

- Porque eu me importava? Porque eu chorava por sua causa?

- Não...

- Porque apesar de você ser um idiota McCarty, apesar de nunca ter olhado para mim ou me tratado bem, eu... eu gostava de você, eu te admirava e tudo que eu queria era que um dia você me olhasse, eu passei toda a minha adolescência imaginando como seria se nós dois ficássemos juntos, se você também gostasse de mim, mas isso não passava de sonhos, porque todos os dias você e seus amigos me faziam lembrar da minha realidade, eu só queria que me notasse, que me amasse assim como eu o amava. – E pela a primeira vez ela olhou para mim, seus olhos estavam embargados pelas as lagrimas contidas, mas que foram deixadas cair sem serem impedidas de descerem pelo o rosto angelical em minha frente.

E com essa revelação eu fiquei mudo, o ar me faltou, e tudo que eu queria era ajoelhar em frente dessa mulher e me humilhar com todos os pedidos de desculpas do mundo, ela não merecia um homem como eu, nem mesmo nenhum tipo de apelido que eu havia inventado, e isso não era porque ela gostava de mim e eu fui um idiota por não perceber isso, mas porque as palavras saiam de sua boca com tanta tristeza e dor que chegavam a ser palpável, e mesmo depois de tudo que eu havia feito, ela estava aqui, sorrindo para mim e me fazendo sorrir, eu não via ódio nem rancor em sus voz somente uma tristeza profunda, tristeza da qual neste momento eu estava predestinado a tirar.

- Rosalie eu...

- Você não precisa dizer nada Emmett.

- Não Rosalie eu preciso, me escuta está bem, olhe para mim, por favor, obrigado. Eu era um idiota, sempre fui assim, uma pessoa que se preocupava mais com ela do que com os outros e tenho me arrependido disso todos os dias, e eu me arrependo, me arrependo do que fiz com você, de todas as palavras, por não me lembrar, você se tornou uma linda mulher Rosalie, mas não é por isso que eu me aproximei, você é incrível sabia? É impossível não se apaixonar por esse seu jeito, por você, me perdoe Rosalie, mesmo que eu não mereça, me perdoe deixe-me provar que eu mudei.

- Você não precisa me pedir perdão Emmett, porque eu já lhe perdoei, foi por isso que eu o contratei, foi por isso que eu marquei a reunião, eu sempre soube que era você Emmett, sempre, mas eu não vim por você eu vim por mim, eu precisava provar a mim mesma que eu tinha superado que o esforço não havia sido em vão e não foi. Não é necessário que me prove nada, pois já provastes isto, eu consigo ver a mudança e o arrependimento em você, não vamos mais falar nisso, agora é cabeça erguida e bola pra frente.

- Então... Amigos? – Estendi a mão direita em sinal de comprimento.

- Amigos. – Eu achei que ela apertaria a minha mão, mas em vez disso se inclinou e deu um beijo um pouco demorado em minha bochecha e eu aproveitei cada segundo dele.

- Você está com um sorriso um tanto bobo nos lábio McCarty, concentre-se! Se fica assim com apenas um beijo na bochecha imagine se decido beija-lo de verdade? Tenho até medo da sua reação.

- Fique a vontade para tentar descobrir.

- Quem sabe um dia... agora vamos!

E assim foi o resto da nossa tarde, nos conhecemos, conversamos, rimos, brigamos e tudo o que bons amigos fazem.

Já que estava escurecendo, a levei de volta para a impressa onde ela pegou seu carro no estacionamento e se dirigiu para a sua casa enquanto eu voltei para o trabalho, ainda faltavam umas duas horas para fecharmos.

Peguei o elevador e assim que parei no meu andar, pude avistar Cintia guardando alguns papeis e desligando o computador.

- Olá Cintia.

- Senhor McCarty, demorou do almoço, ligaram para o senhor, deixei tudo anotado em um caderno na sua mesa. E senhor tem algo que eu queria lhe pedir...

- Diga.

- É que eu gostaria de saber se o senhor me deixaria...é bem...

- Fale Cintia.

- Se o senhor me libera mais cedo hoje.

- Eu posso saber o motivo, ainda faltam duas horas de trabalho.

- Bem, isso, é que eu tenho um encontro hoje.

- Encontro? E eu o conheço.

- Não... ele é um velho amigo que está na cidade e me convidou para jantar e eu aceitei.

- Contando que eu o conheça depois, preciso saber se ele é bom para você.

- Somos apenas amigos senhor...

- Claro, claro, não se preocupe Cintia, vá, você é jovem, bonita e inteligente, diga ao seu amigo que eu             quero conhece-lo só para dizer que ele é um homem de muita sorte.

- Muito obrigada senhor, posso dizer o mesmo da senhorita Hale.

- Somos apenas amigos Cintia...

- Claro, claro.

-Agora vá antes que se atrase eu mesmo fecho e desligo tudo.

- Obrigado senhor.

As duas horas restantes se passaram tranquilamente e rápidas o que me fez muito feliz, depois de tudo fechado e desligado, pude finalmente voltar para casa tomar um bom banho e dormir tendo em mente que minha vida agora sim iria começar.

                                                ------- --------- -------- -------

Era engraçado como o destino tinha a mania de brincar com a gente a alguns meses atrás estava sentado em meu escritório refletindo sobre toda a minha vida e agora, a exatamente dois meses depois, estava arrumando as minhas malas para visitar a minha família em Tennense junto com a pessoa que havia tornado tudo isso possível, durante esses dois meses não ouve um único dia em que eu e a Rosalie não conversávamos, ou um final de semana que não estávamos juntos, seja em um jantar, ou almoço e até nas minhas caminhadas matinais que a Rosalie havia passado a participar o que fez com que muitos da vizinhança e até do meu escritório comentassem a respeito.

Mas ela agora fazia parte da minha vida, da minha rotina, e sem esforço nenhum dos meus pensamentos. Era impossível negar o sentimento que permitir nutrir por ela, das coisas que só ela conseguia fazer, Rosalie era esse tipo de mulher, determinada, destemida, engraçada, companheira e uma ótima amiga, embora meus pensamentos e o meu corpo a desejavam de outra forma, mas ainda não tinha tido a coragem necessária, não queria magoa-la, não podia e parecia que tê-la por perto era melhor do que correr o risco de não tê-la mais, então... a sua amizade, sorrisos, abraços sempre eram um conforto para mim.

Porem agora seria diferente, iriamos viajar juntos, rever todas as pessoas que eu amava e que a odiaram, tinha medo da reação de todos, até mesmo da reação dela, não é do meu desejo que ela fique em nenhum momento desconfortável ali, e farei o que for preciso para isso.

Fechei a mala, peguei tudo que era necessário colocando no taxi que me esperava em frente de casa, pedi para que o taxista passasse na casa da Rosalie que já me esperava na porta com as suas malas, desci, a cumprimentei e guardei tudo no porta malas e assim seguimos juntos até o aeroporto onde pegaríamos o avião até Tennense.

Assim que chegamos, paguei o taxi e nos dirigimos até o local de embarque onde fizemos todos os procedimentos e em menos de vinte minutos estávamos dentro de um avião na primeira classe rumo ao nosso passado.

A viajem estava silenciosa, mas eu tentava de alguma forma buscar algo para falar.

- Nervoso? – Não foi surpresa Rosalie dar o primeiro passo isso normalmente acontecia.

- Eu? Porque acha que eu estaria nervoso?

- Sei lá, já faz uns dez anos que não vê a sua família e amigos então do nada você decide voltar... não seria nenhum crime estar nervoso.

- Eu não decidi voltar do nada, você decidiu.

- Tanto faz, mas é a sua família que iremos visitar não a minha.

- Eu estou... ansioso e nervoso também, não sei o que esperar, como irei reagir ou como eles irão me receber... se tem raiva de mim ou se sentem saudades...

- Raiva com certeza.

- Obrigada Rosalie está me ajudando muito.

- Desculpa, só quis ser realista.

- Seja otimista agora, por favor.

- Claro, é...bem... não se preocupe ursinho vai dar tudo certo.

- Ursinho? – Ainda não tinha ouvido esse apelido, mas ela falou de uma maneira tão natural que nem deve ter percebido e por julgar pelo o seu rosto que estava incrivelmente vermelho neste momento percebi que não estava em seus planos dizer tal apelido.

- É... que, bem, eu... ah! Sei lá...

- É impressão minha está ficando vermelha Rose?

- Vermelha? Não...  deve ser só o blush.

- Você costuma passar blush na testa?

- Para! Esta me deixando com vergonha.

- Sei..., mas diga ai... Ursinho? Da onde tirou isso?

- É que você é grande, forte de um jeito que até assusta, mas ao mesmo tempo é fofo e bonito, que nem um urso. – Foi inevitável não sorrir diante a sua teoria, mas apesar de ser engraçado meu coração havia dado um pulo ao a ouvir dizer que me achava bonito e isso é um ponto positivo para mim. – Está vendo, agora você esta rindo de mim...

- Eu não estou rindo de você Rose, eu só achei... interessante e novo, mas eu gostei, afinal não existe nada que venha de você que eu não goste.

- É verdade... você gosta de tudo em mim.

- Convencida.

- Você gosta disso também.

- Nada além da verdade, e falando em verdade... quer dizer que eu sou forte e bonito?

- Como se você não soubesse...

- Saber é uma coisa ter a confirmação vinda da sua boca é outra completamente diferente.

- Certo... se isso te deixa feliz... você é um homem que possui as suas qualidades.

- Obrigado.

As horas foram se passando e em pouco tempo Rosalie já dormia encostada em meu ombro, passei o meu braço direito em torno do seu ombro e me virei um pouco de lado, sua cabeça ficou em meu peito e foi incrível como tudo parecia se encaixar perfeitamente. Acabei pegando também no sono e quando acordei anunciavam a nossa chegada, acordei a Rose e nos arrumamos para descer do avião.

Depois de tudo pronto, pedimos um taxi e fomos para a minha casa, no caminho ninguém se atrevia dizer nada, apenas observávamos as ruas que eram as mesmas, as mesmas casas, as mesmas arvores, era incrível como nada havia mudado, me sentia em casa finalmente e a cada esquina virada, sempre que o carro chegava mais perto da minha antiga casa o coração parava, então o carro parou.

Fiquei um tempo olhando pela a janela antes de descer e pisar naquele chão que a tanto não tocava, paguei o taxista que havia deixado as nossas malas ao nosso lado, e voltei a encarar a casa, a pintura velha a grama rasteira... o jardim impecável que dona Esme sempre amou, a arvore que eu e meus irmão passamos a vida inteira subindo e até mesmo o balanço que nela estava pendurado, o balanço que eu havia construído para a Alice quando ela era bem pequena... tudo tão familiar, acolhedor... senti uma mão segurar firme a minha, olhei para Rosalie e ela deu o seu famoso sorriso perfeito dando sinal que estava aqui, eu queria entrar, queria bater na porta, mas não sabia o que dizer e meus pés não saiam do lugar. Pude ver alguém olhar pela a janela e tentar de alguma forma reconhecer as figuras do lado de fora e logo após pude ouvir alguém gritar dentro de casa “Mãe! Tem alguém lá fora!”, “ Quem é Alice?” “ Não sei... não reconheci, é um homem e uma mulher.” E logo a porta foi aberta por uma figura de um homem, com a aparecia de ser mais velhos, com seus cabelos louros e grisalhos, mas ainda tinha a postura de homem forte e auto, foi impossível não reconhece-lo como meu pai.

- Boa tarde meus jovens... o que desejam? – Ele não haviam me reconhecido, não o condenava, e sem mesmo perceber me permitir derramar algumas lagrimas e sorrir ao ver meu pai, vivo e bem na minha frente.

E foi como se ele tivesse se tocado, pude notar o brilho em seus olhos constatei então que ele havia me reconhecido.

- Boa tarde... pai. – Seu sorriso foi indescritível e com um convite ele abriu os braços e eu sem recusar andei até ele e o abracei, então ambos choramos.

- ESME! ESME! Corre aqui... você não vai acreditar!- Meu pai gritava e sorria ao mesmo tempo.

Em segundo uma linda mulher com seus cabelos castanhos e rosto acolhedor saiu da casa com um olhar assustado.

- O que aconteceu Carlisle? Não grite assim! Você sabe que... – Então ela me viu, eu não sei se foi intuição de mãe, mas ela sabia.

- Emmett? Filho? – Seus olhos já estavam embargados de lagrimas.

- Mãe.

Ela se jogou em meus braços e eu a abracei como nunca havia a abraçado antes, assim que eu a soltei ela olhou novamente para mim e me bateu.

- Nunca. – mais uma batida – Mas nunca mais faça isso novamente – mais um tapa – Ouviu bem Emmett McCarty? – Mais um tapa.

- Ai, mãe, para! isso dói.

- E é para doer mesmo, onde já se viu sumir assim...

- Me perdoem, por favor... me perdoem.

- Agora já foi, vem, vamos entrar, deve estar com muita fome, e convide a sua amiga também.

Então me lembrei da Rosalie, olhei para trás e ela se encontrava no mesmo lugar apenas vendo a cena feliz, mas pude ver uma pontada de tristeza em seu olhar, talvez saudade, pois esses últimos meses que passamos juntos de uma coisa eu tinha certeza era que a Rosalie amava a família e estar só deve ser difícil para ela...

- Venha Rose...vamos entrar.

Lado a lado entramos em minha casa, onde pelo o incrível que pareça toda a minha família estava presente, Edward com a sua esposa Bella que estava gravida, Alice e seu noivo Jasper e até mesmo Jacob e Leah que eram recém casados, mas nenhum deles me reconheceu, afinal eu os reconhecia por fotos que Alice me mandava, mas eu nunca fiz questão dessas coisas.

- Mãe quem é?- Alice perguntou, era incrível como ela havia crescido, seu cabelo não era mais longo e sim curto e repicado, continuava a mesma baixinha de sempre, Edward havia se tornado um homem, todos haviam, Leah estava ainda mais bonita e Jasper não parecia ser o garoto estranho e esquisito, mas sim um homem auto e forte... pelo o visto o exercito estava o fazendo bem.

- Esse minha querida... é o seu irmão Emmett que finalmente veio nos visitar. – Minha mãe não tirava nem por um segundo o sorriso do rosto.

- E...Emmett? Não é possível! – Falava Edward enquanto se dirigia até a mim.

- E eu posso saber porque não topetudo?

- Emmett cara é você.

- Ai meu Deus! Finalmente grandão! – Alice e Edward me abraçaram juntos.

E assim foi, todos me abraçaram, pedi desculpas por todos esses dez anos e conversávamos, mas sentia que estava esquecendo de alguma coisa.

- E Emmett.

- Sim anã.

- Não vai apresentar a sua amiga?

Foi então que lembrei do que estava esquecendo, procurei pela a Rose e ela estava encostada na parede apenas olhando.

- É claro que vou. – Levantei em um pulo e me posicionei ao lado da Rose passando meu braço em torno dos seus ombros. – Família esta vocês já conhecem e muito bem, mas assim como eu também não a reconheceram e tenho certeza de que muitos principalmente os homens ficarão de queixo caído...

- Pare com isso Emmett não exagera! – Rosalie já estava apontando que começava a ficar com vergonha.

- A pura verdade... então pessoal, essa mulher linda aqui do meu lado, é o motivo pelo o qual eu estou aqui... foi ela que me incentivou a fazer essa viagem que ha muito deveria ter feito mas não tinha coragem...

- Se foi ela que te trouxe aqui meu filho desde já eu a agradeço.

- Sim mãe e ela merece...

- Será que dá para dizer logo o nome dela Emmett.

- Sempre impaciente não é Leah?! Bom, essa é a Rosalie, Rosalie Hale.

- Rosalie? - todos os homens falaram ao mesmo tempo, incluído meu pai.

Edward estava sem reação, meu pai continuava olhando para ela, Jacob fingia ter engasgado com alguma coisa e Jasper apenas a olhava de baixo para cima com a boca aberta, as meninas pareciam não acreditar.

- Rosalie Hale, a garota estranha do colégio?

- Sim.

- A garota menino?

- É os caras ela mesma.

- Mas, ela está...tão linda. – Jacob levou um pequeno tapa da Leah ao pronunciar isso.

- Obrigada meninos.

- Sente-se querida e conte-nos sobre vocês, como se reencontraram...

E assim foi o resto do dia, nos alojamos aqui, e dormimos... em poucos dias chegou o natal onde festejamos, trocamos presentes, revemos outras pessoas inclusive Tania que estava namorando um tal de Mike Newtom, mas apesar de estar bonita não chegava aos pés da minha Rose, que por sinal havia surpreendido a todos na festa, não houve um único minuto em que um homem não tentou se aproximar até mesmo o Mike namorado da Tanya, e eu claro me encarreguei de expulsar todos de perto dela, Edward junto com os outro me zoavam dizendo que estava com ciúmes, pura mentira, apenas cuidava do que é meu.

A festa continuava, havia mais comida do que convidado, tudo estava indo extremamente bem, até eu sentir falta da presença da Rosalie.

Caminhei a sua procura e a encontrei do lado de fora olhando para o céu, tinha que admitir que ela estava linda nesta noite, o vestido tubinho azul havia combinado perfeitamente com os seus olhos, o cabelo solto e cacheados dançavam, era a visão perfeita. Aproximei-me tentando não fazer muito barulho.

- Pensando? – Perguntei quando estava ao seu lado.

Ela olhou para mim e seus olhar era indecifrável, mas em vez de dizer alguma coisa ela apenas encostou a cabeça em meu ombro e eu me permitir abraça-la.

- Quando eu era pequena minha mãe gostava de olhar as estrelas comigo, e em todas as noites de natal toda a minha família, meu pai, eu e minha mãe, sentávamos no quintal de casa e ficávamos olhando as estrelas enquanto minha mãe cantava e meu pai tocava com seu violão, ficávamos assim até eu pegar no sono, minha mãe dizia que quando eu estivesse em uma noite de natal que nem ela nem o papai estivessem comigo, eu só precisava olhar as estrelas que eles estariam lá para mim, desde que eles morreram eu faço isso, mesmo sabendo que pessoas não se transformam em estrelas. Eu sinto falta deles...

- Eu sei... mas eu estou aqui também e tenho certeza de que seus pais nunca a deixaram só eles sempre estarão com você Rose.

- As vezes isso não é o suficiente, mas obrigado.

- Sabe Rosalie tem algo que eu queria lhe contar já faz bastante tempo... – Respirei fundo tentando tomar coragem de finalmente falar.

- E o que é? – Seu olhar parecia conseguir ler-me por completo, era inevitável não entrar em seus olhos.

- É que... desde que eu a conheci, depois de alguns meses convivendo com você eu... bem, eu nunca disse nada parecido antes nem senti algo assim...

- Continue...

- Bem... você sabe, eu... você tem sido uma grande amiga para mim, e foi impossível não...

- Não... vamos Emmett continue.

- Não me apaixonar por você.

Então veio o silencio... aquele que você não sabe o que esperar, Rosalie me olhava de uma forma tão intensa e isso me deixava completamente nervoso.

- Por favor Rosalie diga algu...- Mas antes que eu conseguisse terminar a frase, senti seus lábios tocarem o meu, eu não podia imaginar sensação melhor do que esta.

Então eu a beijei, minha mão estava em sua cintura e cabelo enquanto ela segurava o meu pescoço, nosso beijo era intenso, forte, calmo, mas mostrava toda necessidade, e quando o ar nos faltou tive que separar, mas continuei beijando o seu pescoço, orelha...

- Eu achei que nunca diria. – Confessou ofegante.

- Nem eu...

E voltamos a nos beijar dessa vez com mais urgência. Eu não podia acreditar que estava em meus braços a mulher mais perfeita do mundo, aquela mulher que fazia o meu mundo de pernas para o ar, e que eu amava, desejava e sonhava...e ali eu prometi que ia ser para sempre que dessa vez eu ia fazer durar.

E assim foi durante cinco anos, cinco anos de amor, risos, brigas, acertos, noites, e agora cinco anos depois estávamos nós dois deitados na grama em uma noite de natal, as alianças em nossas mãos esquerdas provavam que era para durar, Rosalie encostava sua cabeça em meu peito e eu acariciava a sua barriga que já estava grande dos cinco meses de gestação, os nossos dois filhos que logo nasceriam e seriam mais uma prova do nosso amor, não existia felicidade maior do que tê-la como minha e ter nos feito uma família.

Agora ali deitado eu podia me considerar completo, bem ali, deitado na grama, olhando as estrelas ouvindo Rosalie cantar um musica lenta com a sua voz perfeita e suave e olhar em seus olhos e dizer que a amava e que eu não me arrependia em nenhum momento de ter dito sim um dia, mesmo que as vezes seja difícil, Rosalie sempre valeria a pena.


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Notas finais do capítulo

Então gostaram? Espero que sim, por favor comentem...ou quem sabe até recomendem.



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