365 Dias escrita por Jana


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Hey todo mundo >
Mais um capítulo triste pra ocês' ashuahsu
Boa leitura! :33



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Como eu sentia falta daquele paraíso. Suspirei. Ainda continuava a andar sem rumo pelo Central Park. Eu gostaria de um lugar só meu agora. Pra ficar completamente perdida em meus pensamentos. Sem se importar com ninguém ao meu redor. Um lugar que não fosse o meu apartamento. Lá seria sufocante.


(https://www.youtube.com/watch?v=m6pW_q1PvH0&list=FLCaE7kw7tuV7MVt-CDpWYJQ&index=98)

1, 2, 3, 4 - Plain White T's

– Ok, olha só a música que eu escutei hoje de manhã. – Emmett disse pegando seu celular. Aconcheguei-me em seu colo. Logo começou a tocar uma música e ele me entregou seu celular para eu ver o clipe. Escutei a sua voz sussurrando a música, bem baixinho perto do meu ouvido. Arrepiei na hora. Seu hálito quente e doce em meu pescoço...

There's only 1 thing,

Há apenas uma coisa,

2 do, 3 words,

A fazer, três palavras,

4 you.

Para você.

I love you (I love you)

Eu te amo (eu te amo)

There's only 1 way,

Há apenas uma maneira,

2 say those 3 words

De dizer aquelas três palavras

That's what I'll do.

É isso que vou fazer.

I love you (I love you)

Eu te amo (eu te amo)

Quando a música acabou virei-me sorridente para encará-lo. Ele sorria meu sorriso favorito. O mais lindo do mundo.

– Eu acho que essa podia ser a nossa música.

– Mas nós já temos uma música amor. Bubbly, lembra? – Falei chegando pertinho de seu rosto.

– Não Allie. Essa música é sua para mim. É assim que você se sente perto de mim. E 1,2,3,4 é a minha música para você. É o que eu quero te dizer. – Disse enquanto seus olhos se aqueciam. Terminou o espaço que tinha entre os nossos lábios, porém continuou parado. E começou a sussurrar entre eles, sem o ritmo da música, só as palavras. – Há apenas uma coisa a fazer. Três palavras para você. Eu te amo. Há apenas uma maneira de dizer aquelas três palavras. É isso o que eu vou fazer. – Sorriu. Encostou nossos lábios em um selinho. – Eu te amo. – Depois outro selinho. – Eu te amo. – Mais um selinho. – Eu te amo. – Dessa vez um selinho mais demorado. E depois, enfim um beijo longo e apaixonado.

Queria gritar, queria chorar, queria me atirar no chão. Porém não podia fazer nada disso. Não aqui. Precisava de um lugar. Resolvi voltar para o carro. O caminho de volta seria um pouco longo. Dava tempo de pensar em algum lugar. Em meio á muitos pensamentos nada úteis, lembrei-me de um lugar. A casa de James. Amigo de Emmett. Era em um bairro mais afastado. Tinha várias árvores ao redor de sua casa, um terreno grande ao redor, com um lago. Era um lugar bem bonito e calmo. E ele não morava ali. Estava morando na Inglaterra. Eu podia sentar-me em meio aquelas árvores perto do lago. Era algo relaxante. Já tinha ido lá varias vezes.

(https://www.youtube.com/watch?v=Bt04Ki68OcA&list=FLCaE7kw7tuV7MVt-CDpWYJQ&index=74)

Este Corazon – RBD

Dirigi meu carro em direção aquela lugar, tentando não me preocupar com nada. Queria me esquecer de tudo. Esquecer onde eu morava, esquecer quantos anos tinha, quem eu era, esquecer as pessoas que eu conhecia, esquecer que o tempo passa, esquecer que dia era hoje, esquecer de tudo. Tentei me desligar o máximo e me concentrar somente naquele meu coração. Pensei no que a Rosalie me falou. Eu tinha virado masoquista? Talvez. Mas ela não sabia a dor que eu sentia. Não a conhecia. E não entendia que mesmo depois de tanto tempo eu ainda sofria. Porque eu não tinha como recuperar o amor dele. Eu não podia tirar essa tristeza do meu coração. Pois meu mundo gira em torno dele. Ou melhor... Girava.

Cómo puder recuperar tu amor

Como posso recuperar teu amor?

Cómo sacar la tristieza de mí corazón

Como tirar a tristeza do meu coração?

Mí mundo sólo gira por ti

Meu mundo gira só por você

Talvez ainda gire. Já que eu não consigo curar essa profunda dor. Eu sinto correr a sua respiração por minhas veias. Estou tão conectada á ele... Que até nos meus sonhos eu o vejo. Eu disse uma vez que sem ele eu morreria. E acho que isso aconteceu. Aos poucos eu morri. Em cada dia uma parte de mim ia embora. Já que a melhor parte de mim já fora muito antes.

Cómo sanar este profundo dolor

Como curar esta profunda dor

Siento correr por mis venas, tu respiración.

Sinto correr por minhas veias, a sua respiração

Estoy tan conectada a ti

Estou tão conectado a você,

Que hasta en mis sueños te veo

Que até nos meus sonhos te vejo.

Sin ti yo me muero.

Sem você eu morro.

Talvez se eu tivesse morrido de uma vez só, tivesse sido mais fácil. Meu coração eu já perdi mesmo! Pois ele roubou quando foi embora... Levou com ele os meus beijos, os meus sonhos, as minhas promessas, o meu futuro perfeito. O meu paraíso. Fez meu coração bater cada vez mais lento. Mas hoje eu posso sentir. Que mesmo depois de todo esse tempo, eu sinto que dentro de mim aquela chama de amor não se apagou.

Y este corazón que te robaste

E esse coração que você roubou,

Cuando te marchaste

Quando foi embora,

Y te marchaste con mis besos

E foi embora com meus beijos,

Con mis besos y mis sueños

Com meus beijos e meus sonhos.

Y este corazón esta latiendo

E esse coração está batendo

Cada vez más lento

Cada vez mais lento

Y estoy sintiendo en mis adentros

E estou sentindo dentro de mim

Como el fuego no se apago.

Como o fogo não se apagou

No se apago...

Não se apagou...

Eu queria parar aquele carro e saí correndo dele. Cair de joelhos ali mesmo. Teve vezes que essa era a única opção quando as lembranças me atingiam. Elas traziam muita dor. Nas quais eu não conseguia lutar contra. Então caía no chão, e ali ficava encolhida, apertando os meus joelhos em meu peito. Deixando as lágrimas saírem. Tentando acabar com aquele buraco que havia nele. É tão impossível acalmar essa profunda obsessão, explicar a minha alma que tudo aquilo acabou quando ele se foi. Até louca eu cheguei a ficar.

Como calmar esta profunda obsesión

Como acalmar essa profunda obsessão?

Como le explico a mí alma que se terminó

Como eu explico a minha alma que tudo acabou?

Me estoy volviendo loco por ti

Estou ficando louco por você,

Hasta en mis sueños te veo

Que até em meus sonhos te vejo...

Sin ti yo me muero.

Sem você eu morro.

Mas aquele buraco ainda existia. E com certeza ainda iria ficar por muito tempo. Enquanto o amor ainda existir, ele seguirá ardendo... E como é que eu apagaria esse amor?

Sigue ardiendo

Segue ardendo

Mientras existe el amor

Enquanto existir amor,

No se apago el amor

Não se apagou o amor.

Y este corazón

E esse coração...

Cheguei naquele lugar. Havia várias casas grandes e bonitas lá. Estacionei o carro na entrada da casa. Caminhei devagar até chegar onde queria. Era um lugar realmente calmo. Não ouvida barulho de carros e toda aquela movimentação da cidade. Nem parecia estar situada Manhattan. Sentei-me na grama em baixo de uma árvore, e fechei os olhos. Era isso que você queria? Um lugar para morrer de dor de tanto lembrar? Então pronto Alice! Aqui você pode se torturar!

– Porra! Eu me odeio! – Resmunguei. Sério, eu tava falando sozinha! Não adiantava negar. Eu já estava louca mesmo.

(https://www.youtube.com/watch?v=ac3HkriqdGQ)

Lifehouse - You And Me

– Sabe, nós devíamos vir aqui mais vezes. – Falei para Emm. Nós estávamos na casa de James, um amigo seu. Eu estava em seu colo, com as minhas costas encostadas em seu peito, enquanto seus braços estavam ao meu redor. Sentados de baixo de uma árvore. Era um lugar um tanto calmo. – Apesar de eu não gostar de James...

– Porque você não gosta dele? – Me perguntou divertido.

– Sei lá. Ele se acha muito, só porque na Inglaterra é todo riquinho. – Revirei os olhos. – Mas aqui é Estados Unidos, pô! Tem que abaixar a crista de maioral! E principalmente por causa daquela namoradinha idiota dele. Ela te come com os olhos, já percebeu?

Emmett deu uma gargalhada. – É, ele realmente mudou desde que foi para Londres. Principalmente por causa da Victoria. Mas, não exagera né amor. Ela não me “come” com os olhos!

– O que? Caraca, ela dá em cima de ti na minha frente!

– Nem percebi!

– Aham, sei! Como é que não vai perceber? – Falei. Ela era realmente bonita. Cabelos cacheados e ruivos, olhos azuis claro, e tinha um corpo bem definido com seios fartos. Fala sério! Que homem que não perceberia?

– Tudo bem... Ela pode ser um pouco inconveniente às vezes...

– Às vezes? Hahaha! Ela inconveniente sempre!

– Tá, mas não precisava ficar brava né amor?

– Eu não estou brava!

Ele deu uma risadinha. – Com ciúmes então? – Perguntou acariciando minha mão.

– Definitivamente não!

– Não precisa mentir baby... –Disse calmo. – Eu sou mais você! – Sussurrou no meu ouvido. Arrepiei. Que merda! Como ele conseguia isso tão rápido? – Ela não faz o meu tipo... E mesmo se fizesse. Eu tenho uma mulher perfeita do meu lado, porque eu iria querer outra?

Virei-me para olhá-lo. Sorri ainda mais do que sorria quando vi seus olhos brilhando. Beijei-o com vontade. Ele era meu e nenhuma piranha o tiraria de mim.

– Amor, sabia que esse lugar me fez ficar com saudades de Jacksonville? – Falei depois que separamos nossas bocas para respirar. – Você ia gostar de lá!

– Eu já fui para Jacksonville bebê! – Falou como se fosse obvio. Ia me beijar de novo mas eu virei o rosto. Então ele beijou meu pescoço.

– De morar lá, eu quero dizer!

– O que? – Perguntou assustado. – Eu gosto de Nova York!

– Eu sei... Mas ás vezes me sinto tão sufocada aqui!

– Ah, eu gosto! Porque quando estamos sozinhos, mesmo que seja no meio da cidade. No Central Park ou na rua. Eu tenho uma sensação tão legal. É como se fosse só nós dois, mesmo com todos aqueles prédios ao nosso redor e todos aqueles estranhos. – Me explicava olhando pra longe. Não pude deixar de sorrir. Tão fofo! – Porque somos eu e você e todas as pessoas. Com nada a fazer, nada a perder. E somos eu e você, e todas as pessoas e eu não sei por que não consigo tirar meus olhos de você. – Cantou u a música. Dei uma risada.

– Não conseguiu me convencer baby! – Eu disse acariciando o seu rosto.

– Você ama mesmo sua cidade né?

– Sim. – Concordei com um biquinho. Eu sentia muita falta daquele clima da Flórida. E principalmente dos meus pais.

– Porém á senhorita Brandon me ama mais do que ama Jacksonville, não é? – Falou com um sorriso bobo no rosto. Revirei os olhos.

– É claro né besta!

– Então que tal morarmos em Los Angeles? Eu também sinto falta da minha família, tá?

Dei uma risadinha. – Eu não vou pra lá, é muito longe!

– Ah é? E a Flórida é muito pertinho que sabe!

– É mais perto que Los Angeles! – Falei fazendo careta de criança. Ele me mostrou a língua. – Quem mostra a língua pede beijo!

– Talvez eu esteja pedindo! Afinal você tem que me compensar de alguma forma, já que não quer ir morar perto da sogrinha... – Sorriu. Eu dei uma risadinha. Isso não seria problema. Eu amava a Esme. E minha cunhadinha Bella também.

– Ok, Emmett Cullen! Seu desejo é uma ordem! – Disse sorrindo. Puxei-o para mim. Era incrível como nossas bocas se encaixavam tão perfeitamente. Depois de todo esse tempo era como nosso primeiro beijo. Nossas línguas dançavam em sincronia. Minha mão puxava-o pela nunca para mais perto de mim, enquanto sua mão passeava pelas minhas costas até minha coxa. Desejei não precisar respirar. Queria passar o resto do dia beijando ele. Era algo tão bom. Tivemos que nos separar para respirar. Emm continuou a beijar meu pescoço.

– Acho que podemos ir para casa, né? Victoria logo vai chegar mesmo... – Falei e suspirei. Porque esse cara tinha que ser tão quente?

– Concordo! - Meu deu um selinho e levantou. Limpou a bunda e depois me olhou sorrindo. Estava com a mão esticada para mim e com o meu sorriso preferido no rosto. – Vamos? – Concordei. Segurei sua mão. Ele me puxou e agarrou a minha cintura. Nossos peitos colados e rostos a centímetros. Roubou mais um beijo.

– Vamos logo pra casa Emm! – Puxei-o pela mão. Não via a hora de chegar em casa.

Eu estava sorrindo e chorando ao mesmo tempo. Sentia tanta falta daquele seu jeito de ser. Sempre sorrindo e brincando. Malicioso. Simpático com todos. De suas apostas malucas, gargalhadas estrondosas, jeito bobo de criança. Da forma como amava sua família. Zelava sua irmã mesmo de longe. Venerava a sua mãe. Enchia-se de orgulho quando falava de seu pai. Tinha tantas histórias pra falar do seu melhor amigo/cunhado. De seus sonhos, suas promessas, seus sanduíches. Pois quando Emm fazia um sanduíche já se achava um chef de cozinha. Não pude deixar de rir com isso. Percebi que eu estava com saudades da família dele também. Dos meus queridos ex-sogros: bondosa e carismática Esme, simpático e humilde Carlisle. Dos meus queridos ex-cunhados: Edward meu cunhado engraçado e chato, no qual eu brigava sempre, mas amava. E da minha Bella, irmã caçula de Emmett que virou rapidamente minha amiga. E principalmente da minha pequena Renesmee, minha sobrinha linda.

– Lice eu e o Ed queremos te contar uma coisa! – Bella disse toda animada. Ela estava grávida de 4 messes. Eu e Emmett estávamos passando as nossas férias de verão em Los Angeles. Depois iríamos para Jacksonville ficar um pouco com meus pais. Bellita tinha virado uma grande amiga. Falamos que tivemos “amizade á primeira vista”.

– O que? Fala logo Bells! Já fiquei curiosa! – Disse segurando sua mão.

– Eu e Edward queremos que vocês dois sejam padrinhos do nosso bebê! Além de você já ser minha madrinha de casamento e o Emm do Ed!

– O que? Sério mesmo Bellinha?

– Siim! – Ela disse animada. Eu dei um gritinho e comecei a pular. Ela pulou junto. Se fosse a Rosalie me chamaria de louca e falaria que não me conhecia. Mas a Bella era das minhas. Escandalosa como eu. Os meninos conversavam atrás de nós. Edward estava falando pra Emm a mesma coisa. Parei de pular e fiquei um pouco séria. – Mas... Pensasse bem nisso? Porque nem sempre os relacionamentos duram eternamente. – Quase nunca. – E se um dia eu e Emm terminarmos. Não ficaria um clima chato? – Perguntei um pouco triste. Eu não tinha planos para terminar com ele, por mim nunca ficaríamos longe um do outro. Mas não se conhece o futuro...

– Ei! – Emmett já ia começou a reclamar.

– Cala a boca! – Falei olhando pra ele. Eddie riu. Voltei à atenção pra Bella, que deu uma risadinha.

– Eu realmente acho que você e meu irmão têm um grande futuro pela frente. Porém... – Ela enfatizou o porém. – Se isso um dia vier a acontecer... Nada iria mudar. Pois você além de ser minha cunhada é a minha amiga! E nada melhor do que você e meu irmão estarem sempre na vida do meu bebê! – Sorriu. Eu sorri também e abracei-a.

– Ok. Entretanto ninguém vai ficar brava? Sua prima, ou suas amigas. Você as conhece a muito mais tempo do que me conhece!

– Nossa como você é difícil, hein! – Rimos. Os meninos sorriram.

– Eu é que sei... Pra eu levá-la pra cama demorou um bocado! – Emmett disse. Eu fuzilei-o com os olhos. Ele engoliu em seco. Edward deu uma gargalhada e Bells também riu.

– Bem... – Bellinha disse voltando ao assunto. Eu adorava chamar o Edward de Eddie e a Bella de Bellinha ou Bellita. Mas eles não gostavam, ficavam irritados, então eu só pensava. – É verdade que a Jane e eu somos muito apegadas, e talvez eu devesse pedir pra ela. E que conheço a Jéssica e a Ângela desde que tinha uns 10 anos. Contudo isso não importa. Porque pra mim não vale o tempo da amizade e sim a intensidade. E nós tivemos amizade a primeira vista, Allie! – Terminou sorrindo abertamente.

– Awn! – Falei não me segurando de tanta alegria. Comecei a bater palminhas e a dar uns pulinhos. Eu tinha a mania de fazer isso quando estava muito animada. – Eu vou comprar tanta coisa pra ela. Vestidinhos, tiarinhas, sapatinhos...

– Espera aí! – Edward me cortou. Olhamos pra ele. – Você disse ela? Tá doida Alice! Nós não sabemos ainda o sexo do bebê!

– Eu sei que é uma menina! Posso sentir! – Eu disse, e depois toquei a barriga da Bella. Ainda não tinha crescido.

– Nada ver! Eu acho que deve ser um menino! – Emmett disse confiante.

– Vai ser uma menina! Quer apostar? – Perguntei esticando a mão para Emm. Ele sorriu e apertou a minha mão. É a pessoa que eu conheço que mais gosta de uma aposta.

– E o que o vencedor ganha?

– O que o outro desejar! – Falei direta. Ele sorriu maliciosamente. Eu revirei os olhos. Agora era só torcer para o bebê ser uma menina. Emm me puxou pela mão, e me abraçou. Beijou meu cabelo.

– Bells, vamos apostar também? – Edward perguntou divertido.

– Ah, cala a boca idiota! – Disse e bateu em seu braço. Eu e Emmett rimos dele.

(https://www.youtube.com/watch?v=RkxCFjzWtuk&list=FLCaE7kw7tuV7MVt-CDpWYJQ&index=104)

Fico assim sem você - Adriana Calcanhotto

Nem me preocupei em enxugar as lágrimas. Eu sentia muita falta da Bellita e do Eddie. Mas eu me sentia tão mal em ficar perto deles sem o Emm. Eu parecia uma intrusa. Era algo ruim. Tudo me fazia lembrar-se dele. Bella era tão parecida com ele. Tinha cabelos longos, lisos e loiros. Olhos azuis e covinhas. Era um pouco mais baixa que eu. Magra e sorridente. Esme não era muito diferente. Também tinha olhos azuis, cabelos castanho claro e encaracolados. Era alta e tinha um rosto arredondado em forma de coração. Era a pessoa mais amável que eu já conheci. Carlisle era loiro e tinha olhos azuis mais escuros que dos outros. Era muito atraente para sua idade. Médico bem sucedido que podia ter tudo o que queria, mas era tão humilde e simpático. Uma pessoa tão boa. Edward perdeu os pais quando tinha quatro anos de idade, e foi criado por sua tia, que era empregada dos Cullens. Elizabeth. Ela era uma pessoa maravilhosa e melhor amiga de Esme. Trabalhava lá porque gostava. Edward e Emmett foram criados juntos. Esme e Carlisle nunca lhe deixaram faltar nada. E apesar de terem sido criados com irmãos, Ed e Bella se apaixonaram. Eu sentia falta de todos eles. Mas sem Emmett não era a mesma coisa.

– Lice eu sinto sua falta... – Bella sussurrou. Estávamos conversando pelo telefone depois de quatro messes sem se falar.

– Eu também Bells. Muita... – Falei tentando não mostrar que estava chorando. Eu realmente queria abraçá-la. Mas não tinha a mínima vontade de ir até lá. Traria-me lembranças indesejadas. Lembranças que me fariam cair de joelho no chão e implorar para morrer.

– Então porque você não vem nos visitar? Todos sentem sua falta. E vamos te receber muito bem amiga!

– Eu sei... Mas não posso Bella. Eu não... Consigo. – Foi tão difícil declarar isso. Ficamos em silêncio por algum tempo. Parece que ouvi um soluço do outro lado da linha? Queria perguntar se ela estava bem, mas tinha medo de que se abrisse a boca os soluços que eu estava trancando fossem ouvidos.

Awn Li eu sinto tanto... – Ela começou a dizer. Estava chorando. E eu também. Cortava-me o coração ouvir o seu choro. Eu queria ninar ela em meus braços e dizer que estava tudo bem, que não precisava chorar. Mas como é que eu conseguiria fazer isso no estado que eu estava? Se ela me visse com certeza ficaria pior. Esse era mais um dos motivos do qual eu não iria para lá. Eu estava péssima. Não só na alma, também fisicamente. Olheiras profundas, pele e cabelos mal cuidados, boca machucada. Meus braços estavam cortados... Sim, eu estava fazendo isso. Eu estava louca, eu sabia disso. Era algo que eu nunca devia cogitar. Com 26 anos se cortando? Porém eu não ligava. Ninguém sabia mesmo. Ninguém mais sabia do jeito como eu me encontrava. Eu não queria ver ninguém. As únicas que não respeitavam isso eram a Rose e minha mãe. Bella ainda chorava. Eu tinha que falar alguma coisa. Entretanto não sabia o que falar, não conseguia dizer uma só palavra.

Desculpa Bella. Por tudo! Eu amo você! Amo todos vocês! Tchau! – Falei tudo o mais rápido possível e desliguei. Eu era uma covarde. Não podia mais escutá-la chorar. Escutar as respostas dela. Não queria mais falar disso. Eu não podia. Tomei comprimidos para dormir e tomei um pouco d’água. Enrolei-me no edredom e chorei. Era Sábado mesmo. Não iria levantar dessa cama pelo resto do dia.

Agora eu estava soluçando. Aquela dor insuportável sempre voltava quando eu me lembrava. Eu tinha feito mal para todos ao meu redor. Tinha sido tão egoísta. Mas o que eu podia fazer? Se a dor que eu sentia era mais forte do que eu? Não conseguia nem me levantar. Não conseguia sorrir. Não conseguia escutar música ou ver TV. Não conseguia falar com as pessoas. Eu pensava que se proibisse todos de me ver estaria poupando-os de sofrerem. Mas foi pior. Fui horrível com eles que só me queriam bem. A minha desculpa era e ainda é, que nenhum deles sentia a dor que eu estava sentido. Não sabiam o quão ruim era. Porém esqueci que Bella e Esme também sofriam. De uma forma diferente e talvez mais intensa que a minha. Eu era egoísta. Queria minha afilhada aqui. Queria poder vê-la e recuperar todo o tempo que passei longe dela. Afinal ela era minha e de Emm. Ela tinha uma parte dele, mesmo que fosse pequena.

– Já sei! – Gritei alto fazendo os três pularem. Bella já estava com uma barriga enorme de sete messes. Sabia que era menina, e eu ainda não tinha decidido o meu prêmio da aposta que fiz com Emmett. Estávamos passando o final de semana em Los Angeles para ajudar eles escolherem o nome da bebê. Era uma grande briga. Sábado à noite, Ed, Bells, Emm e eu estamos no quarto de Bella com livros de nomes para crianças, procurando na internet e fazendo listas. – Eu estava juntando vários nomes e consegui a combinação perfeita! – Falei animada.

– Xiii... – Edward começou. Eu e Bella estreitamos nossos olhos para ele.

– Continua amiga!

– Pensei na junção do nome de sua mãe, Esme. E o nome de minha tia, Renée. Então ficou... Renesmee! – Sorri.

– Renesmee? – Bella repetiu.

– Renés o que? – Emmett perguntou de sobrancelha levantada.

– Renesmee! R-E-N-E-S-M-E-E. – Soletrei.

– O que você acha amor? – Bella perguntou para Ed.

– Gostei. É diferente! – Disse pensativo.

– E eu... AMEI! – Gritou. Rimos e nos abraçamos.

– É meio difícil de dizer né? – Emm disse com uma cara confusa. Rimos dele. – Acho que tenho que inventar um apelido!

– Não Emmett! Seus apelidos são horríveis mano! – Bells falou com os olhos arregalados. Eddie concordou e eu ri.

– Huum... Que tal Renes?

– Não! – Falamos os três juntos.

–Meezinha?

– Definitivamente não! – Eu e Bella falamos. Edward riu.

– Eu gostei! É fofinha amor!

– Tá pirando é?

– Ok, me deixa pensar em outro! – Emm disse desfazendo a cara de felicidade. – Já sei! Nessie!

– Legal!

– Amei! – Eu e Edward dissemos um atrás do outro. Bella fez uma careta.

– Minha filha não é o Monstro do Lago Ness!

– Mas é legal maninha!

– Não é não!

– Ela não é um monstro amor, é um apelido bonitinho!

– Eu disse que não gostei!

– Amiga, por favor! Emmett vai sempre errar quando falar o nome dela! Assim ele nunca vai errar! E é fofo! – Pedi fazendo biquinho e piscando meus olhinhos. Ninguém resistia á aquela carinha.

– Aceita logo Bella! Antes que eu saia comprando o mundo para ela parar de fazer essa carinha! – Emm disse com cara de dor. Edward riu e eu me segurei pra não rir também.

– Bella... Eu não consigo olhar por muito tempo! O que essa mulher tem caramba? – Eddie disse.

– É o que eu me pergunto sempre brother! – Emmett completou.

– OK! Tudo bem você ganhou Alice! Vocês estão autorizados á chamar minha filha de Nessie!

– EEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE! – Gritamos juntos e corremos para abrasá-la.


Renesmee já tinha um ano e quatro messes. E eu não consegui ir ao aniversário de um aninho dela. Mandei um grande presente e uma carta enorme me desculpando. Sinto-me muito culpada por isso. Porém eu não ia conseguir. Estar lá do lado dela sem... Ele junto comigo. Suspirei. Eu tinha que ser mais presente na vida dela. Por ela, por Bella, por mim, por Emmett. Deitei-me na grama olhando para árvore em cima de mim. As coisas não foram nada fáceis nesse ano. Errei muito, fui muito ausente com todos. Mas á ausência daqueles sentimentos causados por ele era tão grande...



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Notas finais do capítulo

E então??
Mereço reviews? Espero q sim >
Please, compartilhem aí a fic com os amigos (;
Quem quiser dar uma olhadinha na minha outra fanfic é só ir lá, UNV é um doce *-*
Beijooooos ♥



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