Sussurros De Uma Suicida. escrita por Aprimorada


Capítulo 25
Capítulo 25 - "Farra" - Festa l.


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Acordei poucas horas depois, morrendo de sono, mas tive que me levantar, fui ao banheiro, tomei meu banho como de costume, para ver se aquela preguiça sumia. Me troquei, arrumei meu cabelo, comi uma coisa qualquer e fui para escola, quando cheguei os portões ainda não tinham sido abertos, esperei mais um minutos ali na frente até que fossem abertos, então Evellyn veio conversar comigo, cutucou em meu ombro, me virei e ela começou a dizer:

– Acho que você é diferente do que eu pensava. – Ela sorriu. – Te devo um pedido de desculpas pela minha falta de educação nesses dias que passaram, e gostaria de poder ter sua amizade.

Eu estava incrédula, não acreditava que aquela vadia estava tentando ser minha amiga, devia ser só por causa do Edgar, então eu a respondi educadamente.

– É, poderíamos. –Dei um leve sorriso, que saiu forçado–

Abriu o portão e eu entrei, ela parecia a minha sombra, indo bem atrás de mim, como se ainda quisesse dizer algo, talvez ela quisesse mesmo ser a minha amiga, ficava indignada como tudo nessa vida, girava em torno de "homens", "sexo" e "dinheiro". Tinha certeza absoluta que ela só estava atrás de mim para isso, para se aproximar do Edgar, só que isso não iria acontecer. Entrei na sala e sentei no meu lugar, ela se sentou do meu lado, aquela situação estava me dando raiva. O professor entrou e ela jogou um papel em minha carteira, o desamassei, e li "Ira fazer o que hoje?" virei o olhar para ela, e ela deu um daqueles sorrisos de cachorra dela, eu estava tentando ser o máximo educada , mas ela estava me tirando do serio, mas mesmo assim a respondi "Creio que nada, porque?" joguei o papel, ela escreveu e o jogou de volta "Tenho um super lugar pra gente ir, mas temos que dormi fora.". Eu parei de responder o papel, já que achei aquilo de mais, sei que parecia que ela queria minha amizade, mas não eramos amigas para ela me fazer um convite como aquele, parecia que aquilo era algo que ela estava planejando para me sacanear. O sinal bateu e deu a hora do intervalo, peguei meu maço de cigarro na bolsa e sai atirada para trás da escola, tentando fugir da vista da Evellyn, cheguei atrás da escola, me encostei na viga que ali se encontrava, peguei meu cigarro e o acendi e disse a mim mesma:

– Ufa! Consegui fugir...

– Fugir? Conseguiu não. –Disse Ramon se aproximando e rindo.–

– Oi. – Ri e lhe dei um beijo no rosto.–

– Fugindo de quem?

– De uma garota, ela ta dando uma de doida, sempre me tratou mal e agora quer ser minha MELHOR AMIGA, vê se pode. – Dizia enquanto fumava meu cigarro. –

– Evellyn?

– Como você sabe?

– Ela estava perguntando se tinham ti visto.

– Não acredito.

Eu realmente não estava acreditando, o que ela queria comigo, fingindo tudo aquilo, o único jeito de saber era saindo com ela hoje a noite, mas o problema é que no outro dia eu tinha aula e não podia passar mais uma noite mal dormida. Assim que terminei de fumar meu cigarro, comecei a sair de trás da escola com Ramon e ela veio toda alvoroçada em cima de mim, toda ofegante disse:

– On..onde.. você..es...es..estava?

– Atrás da escola...

– Fugindo de mim né? Não conseguiu. –Ela riu.–

Pegou em minha mão e me puxou para a mesa das metidas, aquele bando de menina nojenta, só falando de festas, dinheiro, roupas e HOMENS, o coisa enjoada. Evellyn me fez sentar ali, me apresentou as meninas Thifanny, Tiina, Molly e Carmem, é a mesma menina do Fabio, a namorada dele, fiquei em silêncio na mesa, enquanto elas diziam:

– Comprei uma roupa linda, bem curtinha, vou abalar hoje. –Disse Thiffany–

– Eu também, bem piriguete né?  – Disse Molly, enquanto elas riam.–

– E você, vai com que roupa? – Disse Thiffanny para mim. – Ei garota?

– A..Oi, desculpa tava meio distraída. –Deu uma risada– Nem sei pra onde vocês vão.

– Lembra que eu disse que tinha um lugar pra gente ir hoje? Então é uma das maiores festas, é muito legal, é bem no limite da cidade, lá não tem ninguém pra atrapalhar, e depois vamos para minha casa e dormimos lá. –Disse Evellyn.–

– A sim. – Pensei por um segundo e decidi comigo mesma que eu iria. – Eu ainda não comprei nenhuma roupa.

– Isso não é um problema, depois da escola nós vamos fazer compras. – Disse Evellyn.–

Bateu o sinal e voltamos para sala, eu meio que estava me acostumando com a ideia de talvez ter Evellyn como uma colega, ela não era tão vadia assim quanto parecia. As duas ultimas aulas passaram rapidamente, assim que saímos da escola, Evellyn foi comigo até em casa para que eu tomasse um banho e nós fossemos para o shopping, tomei um banho, e me troquei, coloquei um shorts curto, daqueles que são divididos em duas cores, uma blusa branca soltinha e um snicker, arrumei meu cabelo, fiz uma maquiagem básica, peguei minha bolsa e uma economia que eu tinha, e então fomos para a casa da Evellyn, eu não sabia onde ela morava, não era uma das maiores casas, mas era bem bonita, com uma grande entrada, ao entrarmos vi algumas pessoas passando, deviam ser os empregados, já que eles usavam uniforme, subimos par ao quarto dela, que era lindo,todo delicado, ela foi para o banho, enquanto fiquei ali observando tudo, ela saiu e se trocou, colocou um vestido soltinho e um salto, não tão alto, devia ter uns 7cm, ela passou no quarto do pai dela e então pudi ouvir ela dizer:

– Pai, preciso do seu cartão.

– Pega na minha gaveta ali.

Ela saiu aos pulinhos e me disse que ainda bem que o pai dela deu o cartão,já que o dela ela tinha estourado o limite, um motorista levou a gente até o shopping, andamos por lá durante umas horas, até que encontrei o vestido que eu queria, ele era lindo, bem curtinho e colado, preto com detalhes brilhantes, combinaria perfeitamente com o meu colar e os meus brincos, só que o valor era um pouco alto, mas isso não foi um problema, já que Evellyn insistiu para que eu levasse que ela pagaria, e assim eu fiz, o levei, ela ainda comprou um lindo salto para mim e disse que tinha marcado hora no salão, eu sempre tive uma boa renda, mas nunca como aquela, ela era pobre de rica, alias, os pais dela. Fomos para o salão, arrumamos o cabelo e as unhas, e depois passamos para comer em um restaurante, tudo bem caro e ela pagou tudo, sem miséria. Nos despedimos era quase umas 18hrs00min, ela me deixou em frente a minha casa e disse que passaria para me pegar junto com as meninas as 22hrs00min. Cheguei em casa e minha mãe já tinha chegado, resolvi avisar para ela que iria sair.

– Mãe?

– Oi filha. –Disse ela meio avoada.–

– Vou em uma festa hoje, ta? E irei dormi na casa de uma amiga.

– Amiga? –Disse ela surpresa–

– Sim mãe, ela é da escola.

– Tudo bem filha, fico feliz que você esteja fazendo amizades novas. Só toma cuidado e leva a chave e se poder, me apresenta essa menina antes de sair com ela.

– Ta bom mãe. –E lhe dei um beijo no rosto e depois subi para o quarto.–

Minha mãe andava ultimamente assim, sem ligar muito para as coisas, se fosse em outro tempo, ela jamais deixaria eu dormi na casa de alguém que ela não conhecesse muito bem, mas eu até acha bom essa liberdade. Fiquei no meu quarto ouvindo música e depois de 1hr00min, resolvi tomar um banho, tomei o maior cuidado para não molhar meu cabelo, já que ele estava fabuloso, eu estava com o cabelo bem cumprido, estavam bem negros já que eu havia pintado e as pontas estavam enrolados, bem bonito, terminei o banho, passei o meu melhor creme, fiz uma maquiagem bem bonita, olhos escuro, um batom vermelha que deixa minha boca um pouco carnuda, já que eu mal tinha lábios (rs), coloquei meu vestido, meu salto, o colar e os brincos que Edgar me deu, e por ultimo o meu melhor perfume, eu estava linda, mas devo dizer que na verdade, bem pirua, bem vadia mesmo, peguei uma bolsinha minha, coloquei meu dinheiro, algumas camisinhas(nunca se sabe né), meu celular, e outras coisinhas. Poucos minutos depois que e tinha me arrumado, Evellyn chegou, ela estava realmente linda, com aqueles cabelos loiros soltos, com uma maquiagem bem selvagem, com um vestido bem colado e curto, e um saltão, descemos e só se encontrava a Thiffanny, Tiinha e Molly, já que a Carmem não pudia ir, ela estava gravida mesmo. Fomos de táxi, o tempo passou rápido, chegamos na festa rápido e descemos do táxi mais rápido ainda, olhei em volta e vi que tudo era bem deserto e não se podia ouvir o som da musica da festa, entramos por um grande corredor, Evellyn bateu na porta que se encontrava ali no final, um grande homem saiu, eles trocaram algumas palavras e depois entramos, pudi ver alguns casais se pegando por ali, além de muitos bêbados, casais brigando, entramos finalmente, e vi que era uma casa, uma grande e enorme casa e ali haviam muitas pessoas dançando espremidas juntas, o dj estava no canto e bebia desesperadamente algo em seu copo, vários casais em cantos escuros, gente sentada na escada conversando ou só olhando, pessoas indo para outros cômodos, fomos para a cozinha, Evellyn sempre com a mão segurando a minha, para a gente não se perder uma da outra, ela abriu o freezer, tirou um litro de vodca, uma garrafa de energético e alguns copos, encontramos as meninas sentadas em uns banquinhos com uma mesa no meio, ela colocou a vodca e o energético junto aos copos, tomei a vez e servi a vodca e o energético no meu copo, olhei em volta, peguei o meu copo e virei tudo, notei que estava forte, as meninas gritaram quando virei, eu ri, mas era melhor assim, servi de novo e desta vez fiz mais fraco, decidi não virar, fique apreciando, enquanto conversava com as meninas, até que elas eram legais, começou a tocar uma eletrônica, Evellyn agarrou em meu braço e me puxou para a pista de dança, gritando "ESSA É A MINHA MÚSICA"  chegamos no meio da pista e começamos a dançar, de uma forma meio louca, depois meio sensual, até rimos com a situação, terminei de entornar meu copo e lhe disse que iria encher e que já voltaria, voltei a mesa e só a Molly se encontrava lá, enchi meu copo e me sentei ao seu lado e perguntei:

– O que foi? Vamos dançar.

– Nada, é que eu usei um negocio aqui, to muito tonta. –Ela riu.–

– O que você usou?

– Lança. – E ela me estendeu a latinha.–

Peguei a latinha e ela disse que era só puxar, tipo cigarro, a famosa baforada, e assim fiz, dei uma, duas e toci, e mais duas seguidas, e brisa sumiu na hora, nós duas riamos feitos bobas, poucos segundos depois passou e ela disse que poderíamos dançar, virei meu copo e fiz outro, enquanto ela foi para a pista, fui andando lentamente para a pista, até que alguém vir por trás e me puxar, me empurrou para a parede e me beijou intensamente, colando os nossos corpos e passando a mão por todos os lugares que alcançava, abri os olhos quando ele se afastou um pouco, me assustei quando vi Ramon vermelho e ofegante na minha frente, fiquei sem fala e respirava com dificuldade, estava confusa e sem conseguir pensar direito, ele me olhou nos olhos e ele sorriu malicioso. Sai rapidamente e fui ao encontro de Evellyn, a puxei de canto e disse o que aconteceu, ela riu durante horas e depois disse:

– VOCÊ ESTÁ ABALANDO MENINA.

Ela já estava meio bêbada, rimos da situação e voltamos para a pista, eu já estava no meu quarto, quinto ou era sexto copo? Eu já tinha perdido a conta, estava bem bêbada, rebolava e descia até o chão ao som de um funk muito explicito e ousado, senti as mãos de alguém segurando em minha cintura e puxando com firmeza para trás, continuei a dançar sem saber quem era, pudi sentir que era um homem e que sei membro já se encontrava ereto, e então me virei, vi que era o Ramon, dei um leve sorriso e me afastei, ele era bonito e legal, mas não queria me envolver com alguém da escola, da mesma idade e tudo mais. Me sentei em um dos bancos que ali se encontravam, eu estava exausta e meus pés estavam me matando, decidi sair para tomar um ar, quando sai, peguei meu celular para dar uma olhada e vi que havia 5 ligações perdidas do Vitor, fiquei pensando comigo, o que ele queria comigo? Eu estava curtindo tanto o momento e ele estava quase sumindo de minha mente, pelo menos eu evitava lembrar dele em todos os momentos, decidi não ligar já que era bem tarde, mandei uma mensagem "Desculpe, não tinha visto você me ligando, se quiser me ligar depois da escola, tudo bem, se não depois eu retorno, quando não tiver ocupada. Beijos", vi também que tinha uma mensagem do Edgar e vi que esse era o momento para mim aproveitar, talvez passar a noite com ele, é eu era bem vadia mesmo. Então eu liguei.

– Oi minha princesa.

– Oi, vi que você me mandou uma mensagem.

– É, ia ti chamar para jantarmos fora, mas você não respondeu.

– Desculpe, eu não vi, e eu sai também nem iria dar.

– Tem como a gente se ver agora?

– Eu to em uma festa, daqui a 1hr00min, creio eu que vou embora, e eu posso dormi fora hoje, já que disse que passaria a noite na casa de uma amiga. – Deu uma risadinha.–

– Opa, perfeito. Me passa o endereço que eu vou ti buscar.

– Mas eu to com umas amigas, pode dar uma carona pra elas?

– Claro. Me liga quando tiver saindo.

Voltei para a festa, e eu estava longe de tudo, em um outro mundo, vamos assim dizer, eu estava curtindo tudo ao máximo. Fui até a cozinha, fiz uma dose de vodca pura e virei, desceu rasgando em minha garganta, fiz uma cara feia e fiz uma outra dose, virei do mesmo modo, fiz um outro copo, normal dessa vez, minha mente estava tudo girando, andava me apoiando nas coisas e nos móveis, eu nem sentia mais dor nos meus pés, claro, a vodca os deixou dormente, encontrei Evellyn e disse que o Edgar iria buscar a gente, ela ficou surpresa, mas   creio eu, que ficou feliz. Curtimos mais um pouco a festa e Ramon continuou atrás de mim o resto da noite, até que decidimos ir embora, liguei para Edgar, passei o endereço e poucos minutos depois ele chegou.


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Notas finais do capítulo

Gente dei uma parada aqui, porque se não ia ficar muito grande essa capitulo kkkkk' Espero que tenham gostado. Amanhã posto a continuação, não esqueçam do review. Beijinhos ssz



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