A Gárgula escrita por Tsubaki


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! deixem comentários!



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A cabeça latejava...o som do vidro trincando ainda ecoava em seu cérebro como uma canção sinistra carregada de promessas homicidas. Levantou a cabeça lentamente e suas têmporas foram tomadas por pontadas doloridas, voltou a tombar no colchão...a imagem da gárgula rugindo tomou posse de seus pensamentos. Era real? Sim, ou melhor não...Deus! ela não tinha ideia! Estava surtando??? Talvez...ela sabia que  mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. Não foi trabalhar, não estava preparada psicologicamente para sobreviver ao Rúdolf Ropkins Vou Fazer Você Surtar Jr. ; ficou no quarto, deitada, sem se mexer, concentrada apenas em respirar.

Mais tarde naquele dia resolveu que não queria mais ficar deitada, tomou banho, chá, tentou conversar com Adamastor mas como sempre, assim que ele notou que ela estava presente, se virou e foi para um cômodo melhor frequentado, não tinha costume de se misturar com a gentalha.

O relógio marcava o avanço das horas, um pouco tarde para sair mas Isabel não pretendia ficar trancada naquele apartamento justo no horário em que sua alucinações de gárgulas vivas estavam no auge, era loucura alimentar sua imaginação permanecendo no local que tornava tudo tão mais real. Levantou do sofá toda dolorida, a armação do estofado já estava á amostra e o couro beje já estava desbotado e rasgado em várias partes, completamente anatômico...tanto que era possível ter escoliose e hérnia de disco só de se aproximar do móvel. Improvisou um breve alongamento, sempre amou educação física, ao longo de sua vida ganhou várias medalhas nos esportes, grandes e brilhantes com as palavras "obrigada pela participação" impressas.

Poucos minutos mais tarde Isabel embarcou no elevador, ele estava realmente gelado já que na época em que o fizeram a obra havia sido completada as pressas no lugar onde deveria ser uma grande chaminé e portanto era aberto no teto...ele recebia diretamente os impactos da mudança de tempo...as vezes era possível ouvir o som das aves que entravam ou dos ratos que caíam sobre ele pelo buraco que dava no terraço inutilizado. Isabel apertou freneticamente o botão para descer, mas o sistema era antigo por isso precisava de tempo para atender as ordens. Sentiu um calafrio, as luzes começaram a piscar e de repente se apagaram, o elevador parou, agora sem o barulho das roldanas já se tornava fácil ouvir o som do vento que vinha do buraco no terraço, devia estar fazendo um frio horrível lá fora, porquê o vento uivante e a temperatura baixa não negavam esta tese. Isabel começa a ficar nervosa, não parecia seguro ficar presa naquele elevador que era tão novo quanto um Velociraptor, estava começando a cogitar entrar em pânico quando a luz volta, mas a alegria dura pouco...algo pesado aterriza no teto do elevador fazendo com que o mesmo balançasse, Isabel solta um gritinho e cobre a boca com as mãos mas já era tarde...aquilo que havia pousado no teto agora já sabia que ela estava lá dentro; acima dela algo começa a ciscar o teto com força, o som era horrível, parecia algo pontiagudo arranhando um quadro negro e Isabel tampa os ouvidos, o barulho machucando seus tímpanos... as marcas de garras afiadas começam a se tornar visíveis de onde ela está e foram ficando cada vez mais profundas  até que por fim as garras conseguem rasgá-lo deixando três cortes grandes ao longo do teto, um único, grande e brilhante olho amarelo tenta espiá-la dentro do elevador, quando a vê some e rasga o resto do teto. Um rugido faz a jovem ficar surda e ela se dobra para frente, a visão embaçada, algo duro feito pedra envolve sua cintura e a puxa para cima....Isabel sente o ar ficar cada vez mais frio. Ela está voando.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler, até o próximo! (:



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