A Hystory Of My Life escrita por Srta Di Angelo


Capítulo 9
Momento de Fraqueza.


Notas iniciais do capítulo

Foi mal a demora gente, eu fui pra casa da minha vó e tal. E o melhor, passei um dia lá e comecei a escrever uma nova fic no celular! É pra minha diva Cara de Raposa do distrito 5. Não sei quando vou postá-la mas espero que seja logo.



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            Chris começou a nos olhar como um idiota e depois disse:

            - Você... – Ele começou a me encarar confuso. – Ela...

            Nós começamos a rir.

            - Esquece Chris. – Eu disse. – Parece que você não ta, é... Entendendo.

            Eu e Josh começamos a rir e teríamos gargalhado a tarde inteira se não fosse aquele barulho:

            - Ei, Josh. Garoto aparece. Cadê teu escravinho?

            Josh ficou assustado. Era a voz de um homem, de três homens durões na verdade. Acho que pela primeira vez tive medo de alguém sem mesmo vê-lo, era estranho, era como se meu eu tivesse sido roubado. Josh sussurrou:

            - Clarisse, você tem que sair daqui, agora.

            - Não. – Eu rebati. – Não posso deixar você aqui, na mão desses grandalhões. – Eu ia propor que fugíssemos todos, mas isso não seria muito heroico da minha parte. O que Josh acharia então de sua irmã valentona? Não queria demonstrar medo, não queria dizer a ele que até nossas forças brutas não seriam páreo para os grandalhões. Então em vês de propor uma fuga idiota e desesperada reuni minha coragem e disse: - Esses caras são um monte de idiotas, dá pra perceber que eles não conseguem nem correr direito, são umas lesmas. Já enfrentei coisas piores, por que não consigo enfrentar três patetas lentos e burros? Eu acabo com eles fácil.

            - Garota, - Josh agora tinha ficado mais sério, o garoto bem humorado agora tinha se transformados novamente no frio e grosso Josh. – Você não é páreo para aqueles caras, eles vão te detonar e você não vai conseguir se defender. Sai logo daqui se não...

            Antes que eles pudessem falar os caras viraram a esquina e nos viram.

            - Hm, quem é ela? Ah, espera, será que não é aquela garotinha indefesa de três aninhos? – Sim, ele se lembrava de mim e do meu jeito idiota e indefeso. – Coitadinha. Tão cedo. – ele me olhou como se eu fossa um bichinho com a pata machucada e em seguida sorriu.

            O que ele poderia saber sobre minha mãe? Por que ele estava falando como se fosse meu amigo íntimo?

            - O que você fez com ela? – Eu gritei e tentei avançar até ele mas novamente as mãos de Chris me pararam. Dessa vez eu não estremeci e nem mesmo me deixei ficar tonta. Comecei a sentir raiva do garoto babaca por ter falado de minha mãe, de Chris por ter me segurado, por Josh por ter sido tão fútil naquela noite, de Silena por ter sido tola de ter uma amiga assim inútil como eu (eu realmente não era o tipo de companhia para ela) e do mundo inteira, por querendo ou não eu estava ali. As vezes eu penso “não seria mais fácil ter levado o tiro por minha mãe? Não teria poupado bastante sofrimento?”. 

Naquele momento percebi que não era Josh que estava sendo fútil, e sim eu. Ele e Chris pensavam em me proteger simplesmente porque gostavam de mim e queriam me ver felizes, sem pensar neles. Enquanto eu pensava em assegurá-los para aliviar meu sofrimento por causa das minhas perdas. Se eu me atirasse daquele na frente dela na hora do tiro ela teria sobrevivido, mas ele iria passar pela mesma dor que eu, enquanto eu estaria morta e sem nem conseguir pensar nisso, de alguma forma isso teria sido melhor para mim do que para ela. Que ótimo! Agora eu estava com raiva de mim mesma simplesmente por ser eu mesma.        

            Embaralhada em meus pensamentos nem me dei conta de onde estava. Eu não estava inconsciente, mas meus pensamentos me deixaram em uma espécie de transe que me fez ver tudo embaraçado. Quando vim “despertar” dessa espécie de flash back ou sei lá o que me dei conta de que estava sendo carregada. Chris estava correndo comigo jogada no ombro.

            Ah não, Josh estava no meio daqueles babacas. Eles lhe deram chutes, murros até ele cair no chão e depois o pisotearam. Não, eu não ia deixar aqueles caras baterem em meu irmão. Comecei a me debater contra Chris.

            - Me solta seu idiota. – Eu falei cheia de raiva. Mas só consegui que ele me segurasse com mais força. – Josh! – Eu gritei esperando distrair a gangue  mas ninguém se quer me notou. Lágrimas começaram a brotar do meu rosto e não tive nem tempo de gritar quando Chris me fez desmaiar.

            Estava frio e estranhamente confortável, mas eu ainda sentia o pavor e começava a escutar uma voz dizendo:

            “Eu sei quem é você garotinha, e ele vai pagar por isso.”

            - NÃO! – Acordei gritando

            Minha tia Emilly aparece no quarto desesperada com Chris ao seu lado. Como eu havia pensado Chris me fizera desmaiar e me levou para um lugar “seguro”.

            - Finalmente você acordou! – Disse minha tia correndo até mim e me sufocando com um abraço. – Como você veio parar aqui? Você tava louca menina? Sua sorte foi Chris ter aparecido!

            - Ah! – Eu disse ainda tentando despertar por completo. – Sorte minha mesmo. Meu pai me mandou aqui pra visitar a senhora mas eu peguei o ônibus errado. – Eu disse piscando para Chris.

            - Menina, você quase me mata de susto!  - Disse minha tia me abraçando ainda mais. – Vamos comer alguma coisa.

            - Eu não to com fome. – eu disse ainda tonta. – Vou pro jardim, te vejo depois. – Eu disse e saí correndo.

            Tropecei e caí numa árvore próxima, eu estava no único lugar tranquilo, meu refúgio.

            - Cuidado garotinha. – Disse Chris se sentando ao meu lado.

            - Ela mandou você vir aqui né?

            - Quem? Sua tia?

            - Não – eu disse irritada. – minha tataravó.

            - Ei, não precisa ficar irritada. – Ele disse colocando a mão em volta do meu ombro. – Ela não me mandou nada, vim aqui porque quis.

            - Tira mão daí. – Eu disse me afastando com raiva. – Você sabia de tudo não era? – Meu corpo estava em chamas. Tudo estava girando ao meu redor e cada vez mais a raiva tomava conta de mim.

            - Não, Clarisse, eu nunca soube de nada. Josh nunca me disse nada, apenas me obrigou a obedecê-lo.  

            - Josh! – Eu falei. – Onde ele está?

            - Clarisse, ele se machucou bastante, ta no hospital e talvez demore meses por lá. – Chris estava muito tenso. – O maior problema é que se descobrirem quem ele é poderão levá-lo para a cadeia. – Eu comecei a me desesperar. – Ei - ele passou a mão em meu rosto tentando enxugar as lágrimas. – Não chore, essa não é a Clarisse que eu conheço.

            - Foi culpa sua! – Eu gritei. Eu odiava Chris, principalmente pelo fato de que eu não conseguia odiá-lo e pensava nele a todo momento. – Você poderia ter me deixado alí, eu saberia me defender! Você deveria ter salvado Josh. Eu quero meu irmão de volta, idiota. – Eu caí em seu colo ainda chorando. Eu quero vê-lo.

- Não podemos, se formos lá eu e ele poderemos ser presos.

- Que se dane, só quero meu irmão.  – Eu gritei. - O que você disse pra minha tia afinal?

- Que era seu namorado. – aquilo me deixou em estado de choque, como ele poderia ter feito aquilo comigo?

- O que? Meu namorado? Por favor, né Chris, você quer se aproveitar até desse momento?

- Não to querendo me aproveitar, mas acho que sua tia pensaria nessa hipótese de todo jeito.

- Mas custava negar a hipótese?

- Sabe. – Ele disse agora bem calmo. – Um garoto me mandou ir atrás de uma garota uma vez. – Meus olhos agora estavam vidrados nos dele. – E desde o começo ela me conquistou. Eu fiz de tudo para ser seu guardião, fiz de tudo para vê-la a salvo e feliz, porque sua alegria era o que mais importava na minha vida. – Um pequeno sorriso agora aparecia em meu rosto. Então ele continuou. – Mas ela nunca sequer olhou para mim, mas mesmo assim eu ainda a amava. Ela me odiava e pensava que eu fazia de tudo para acabar com ela, mas...

- Continue. – Eu disse com um brilho nos olhos.

- E então um dia descobri que o garoto tinha um parentesco com a menina e que ela estava correndo perigo. Eu tentei salvá-la, mas não pude defender o garoto. E agora a garota mais incrível do mundo me odeia. O que eu faço. – Ele perguntou.

Eu ri e disse:

- Eu acho que você não é uma pessoa fácil de se odiar.

Meus lábios encontraram os seus como num sonho inesperado e estonteante.  Como naquele momento do seu sonho em que você não sabe o que vai acontecer e mais que tudo você não quer acordar. Um momento de fraqueza... 


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Notas finais do capítulo

Hahahaha, espero ter atendido a vontade de todos vocês com esse final ^.^
Romântico não, espera, essa é mesmo a Clarisse?
Kkkkkk