Zack Willians, esse era o nome do castanho na minha frente com o sorriso presunçoso que me irritava sem explicação.

– Satisfeita marrentinha? - diz com aquele sorriso estampado no rosto e olhando para mim

– Muito, mas agora se nos der licença temos que sair dessa floresta antes que o Basilisco acorde. Foi um desprazer conhecer você – falei

– O Basilisco? Aquele ali não vai acordar tão cedo não se preocupem, pois podem demorar o quanto quiser. O que me intriga é o que seis pessoas estão fazendo em uma floresta como essa e tendo “armamento pesado” – falou fazendo aspas com as mãos ao falar armamento pesado

– O que nós fazemos ou deixamos de fazer não é nem um pouco da sua conta. E em relação ao basilisco é melhor nos prevenirmos – digo

– Samantha! – Milla me chamou atenção, apenas revirei os olhos. Ela sabia que eu era grossa quando quero, por que a surpresa? Acho que pelo fato de eu não ter motivos para falar assim com ele, afinal ele me ajudou. Argh, mas só de vê aquele sorrisinho dele me da uma raiva imensa – Não precisa falar com o garoto assim, ele apenas fez uma observação

– Uma observação que não é da conta dele – retruquei, mas na verdade não era da conta dele mesmo.

– Olha marrentinha, eu só estou curioso. Alias você me deve um favor afinal eu te “ajudei” a sair de uma das boas – falou me lembrando desse péssimo detalhe. Ele tinha me ajudado e como é a lei da vida eu devia um favor a ele.

– Oras se é assim eu também vou querer saber como você conseguiu essa espada – apontei para a espada que estava na bainha – Assim ficamos quites

– Essa espada eu achei nessa floresta mesmo, no meu primeiro ataque de monstros quando eu tropecei nessa. Eu não fazia idéia de como manusea - lá direito, fui pegando pratica com o tempo. Agora você pode responder minhas perguntas, já que eu respondi as suas – respondeu minha pergunta não me dando chances de eu me recusar a responder a sua pergunta.

– Nós estamos em busca do basilisco, sou louca por essa floresta e como estava no Japão não poderia perder essa oportunidade – falei

– E como explica o armamento pesado? - ele perguntou.

– Bom, nos ouvimos falar desses monstros, nos preparamos como o devido caso houvesse mesmo os tais monstros – eu não estava mentindo, apenas omitindo alguns (muitos) fatos. Ele olhou serio para a minha cara e depois começou a rir

– Vocês acham mesmo que eu não consigo reconhecer que vocês são semideuses – afirmação dele me assustou muito. Era possível que ele soubesse que sobre os deuses?

– S-semideuses? - Milla gaguejou.

– É cara, vocês acham mesmo que podem me enganar. Conheço filhos de deuses de longe ou vocês acham mesmo que eu não conheço as historias do famoso Percy Jackson e sua namorada Annabeth Chase? – falou olhando para nós, vi de canto o casal ternura corar – Mas o que ainda me perturba é o que seis semideuses fazem na floresta conhecida por ser sem proteção dos deuses, tudo bem que temos gente experiente aqui, mas para ter tanta gente deve ser algo importante.

– Como eu disse novamente não é da sua conta – falei novamente. Quando nós iriamos ir embora daqui? Não gosto da presença desse menino já disse

– Poderia ajudar vocês! Ah já sei vocês querem o tão famoso chifre do Basilisco não acertei? - perguntou

– Como você sabe? - perguntou Leo confuso

– Meu caro, eu sou um especialista quando o assunto é essa floresta. Mas pelo visto vocês não sabem a importância do chifre – falou vendo nossa indiferença

– Para o que serve? - perguntou Píper curiosa

– O Basilisco que matem o equilíbrio da floresta, sem ele a floresta simplesmente morre. Os chifres representam o equilíbrio da floresta, de um lado fica o “bom” e de outro o “ruim”. O que está quebrado é o lado bom da floresta, antes essa floresta era uma das mais belas do mundo. Mas alguém, há anos quebrou o chifre do Basilisco e agora a floresta está sombria.

– Mas quem quebrou o chifre do Basilisco? - Jason pergunta

– Foi... – Logo interrompido por um sibilar de uma serpente. Mas não era o sibilar de qualquer serpente, era o Basilisco

– Seu energúmeno! Você disse ele ficaria inconsciente por um bom tempo! – gritei na cara do moleque que estava na minha frente.

– Olha eu não vou calcular o tempo que esse bicho fica dormindo – retrucou – e você não foi embora porque não quis garota

– Olha o jeito que você fala comigo garoto – eu estava prestes a voar em cima do garoto

– SAMANTHA! - Milla gritou, chamando minha atenção – Olhem para trás!

– O que? - gritamos eu e Zack em uníssono. Nos viramos e demos de cara com o Basilisco levantado.

Ele estava indo em direção aos nossos amigos. Ele estava indo em direção a Nico.

- Nico! Cuidado! – foi eu gritar e a cena seguinte passou devagar diante do dos meus olhos